Christopher Landon deveria dirigir Pânico 7, mas deixou o projeto e agora quebrou o silêncio sobre sua saída, sobre ter recebido ameaças de morte de fãs, e deixou claro que não teve envolvimento na demissão de Melissa Barrera.
Quando foi anunciado que Landon dirigiria Pânico 7, a resposta dos fãs foi positiva. Ele já havia equilibrado horror e comédia em filmes como A Morte Te Dá Parabéns e Freaky: No Corpo de um Assassino, além de ter criado grandes sustos na franquia Atividade Paranormal.
No entanto, quando a nova protagonista de Pânico, Melissa Barrera, foi demitida por expressar sua opinião sobre a guerra Israel-Hamas nas redes sociais, o projeto começou a desmoronar. Jenna Ortega também deixou o elenco logo depois, seguida por Landon.
Em entrevista à Vanity Fair, Landon descreveu a experiência com Pânico como "muito sombria e tumultuada". Ele revelou que ficou em choque após saber da demissão de Barrera, e que isso arruinou toda a sua visão para o filme, levando ao cancelamento imediato dos seus planos. Como resultado, fãs revoltados passaram a culpá-lo, chegando a ameaçar sua vida e a de sua família, a ponto do FBI se envolver.
Landon esclareceu: "Eu não demiti [Barrera]." Ele explicou que muitos fãs não entendem como Hollywood funciona e acabaram direcionando a culpa para ele injustamente. Mesmo após ter a chance de reiniciar o projeto, o diretor recusou, dizendo que as ameaças e o abuso acabaram com seu amor pelo trabalho. Agora, Kevin Williamson voltou para comandar Pânico 7, e membros do elenco original como Neve Campbell, Courteney Cox e Matthew Lillard também retornaram. Landon afirmou não guardar ressentimentos e torce para que o filme seja um sucesso.
Entenda a treta!
A treta envolvendo Melissa Barrera e a guerra Israel-Hamas aconteceu em 2023, quando a atriz fez postagens nas redes sociais comentando sobre o conflito. Barrera compartilhou mensagens condenando ações de Israel contra os palestinos, chamando Israel de "estado colonial" e acusando-o de cometer "genocídio" contra a população palestina. Ela também postou frases defendendo a causa palestina.
Após essas publicações, o estúdio Spyglass Media Group — responsável por Pânico 7 — decidiu demitir Melissa Barrera do filme, alegando que suas postagens "tinham sido antissemitas". Barrera, por sua vez, se defendeu dizendo que condenava o antissemitismo e qualquer tipo de ódio, e que sua intenção era apoiar os direitos humanos.
Essa demissão gerou grande polêmica, dividindo a opinião pública: alguns fãs e colegas a defenderam, dizendo que ela apenas criticou o governo israelense, enquanto outros apoiaram a decisão do estúdio. A situação escalou ainda mais porque logo depois, Jenna Ortega também deixou o projeto (oficialmente por conflitos de agenda, mas o clima de bastidores já estava muito tenso).
Pânico 7 está previsto para ser lançado nos cinemas em 27 de fevereiro de 2026.