Após o roteirista-chefe de Mighty Morphin Power Rangers, Tony Oliver, afirmar que a série teria cometido um "erro" ao escalar atores de minorias étnicas para personagens com cores específicas, o ator Walter Emanuel Jones, o Ranger Preto original, ofereceu uma visão muito mais madura e positiva sobre o assunto — indo na contramão da cultura woke.
Jones se manifestou em seu Instagram, rebatendo a narrativa de que sua escalação teria sido um equívoco:
"Eu sempre acreditei em focar no lado positivo", afirmou. "Entendo o impulso de abordar o tema como insensibilidade cultural, mas chamar de 'erro' desmerece todo o impacto que isso teve em incontáveis pessoas de todo o mundo, que encontraram inspiração e representatividade no primeiro herói negro da televisão, se transformando no Power Ranger Preto! Não foi um erro, foi um marco. Foi uma honra", concluiu o ator, recusando a postura de vitimização e defendendo com orgulho sua contribuição histórica.
Enquanto Tony Oliver hoje recua e rotula a escalação como um "erro enorme", revelando que só percebeu o "problema" depois que um assistente apontou, Walter Jones enxerga a importância real: ser um símbolo positivo para crianças e jovens que buscavam heróis com quem pudessem se identificar.
Durante as gravações, o próprio Jones, com bom humor e leveza, brincou sobre a coincidência:
"Meu nome é Walter Jones, eu faço o Zack. Eu sou negro, e interpreto o Ranger Preto – vai entender."
Sua atitude contrasta com a tentativa atual de revisar o passado sob as lentes do politicamente correto. Em 2013, o co-criador da série, Shuki Levy, também havia negado qualquer intenção maliciosa, lembrando que tanto ele quanto Haim Saban cresceram em Israel, onde questões raciais não tinham a mesma carga de tensão:
"Ser negro lá era como ser qualquer outro. Não era algo que ficávamos discutindo o tempo todo."
Já Amy Jo Johnson, a primeira Ranger Rosa, comentou que Jones fazia piadas com bom humor sobre o assunto, mas hoje, de forma mais alinhada ao discurso progressista, afirmou que "isso não aconteceria hoje em dia" — ignorando justamente a importância simbólica que o próprio Walter Jones faz questão de defender, é o clássico caso de brancos progressistas tentando ensinar o negro a ser negro.