Godard constrói um estudo lírico do processo cinematográfico e criativo ao desconstruir a história de seu filme Paixão. "Eu não queria escrever o roteiro", ele afirma, "Eu queria vê-lo." Posicionando-se em uma sala de edição de vídeo na frente de uma tela de cinema que evoca para ele a "página em branco de Mallarmé," Godard usa o vídeo como um caderno de desenho com o qual a concebe seu filme. O resultado é uma ruminação filosófica frequentemente humorística sobre o desejo e o trabalho que envolvem o processo conceitual e imagético do cinema.