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Últimas opiniões enviadas

  • Luiz Felipe Andrade

    Este é um de meus filmes favoritos. Acalmem-se! Dizer isso não significa que tenho, de certa forma, um "mal-gosto" para filmes, já que sei o quanto este filme divide opiniões. Tinha 11 anos quando, em 2014 assisti ao filme em Blu-ray com meu irmão mais velho. Meu irmão, que tanto se atém aos princípios bíblicos ensinados por minha avó, não gostou (claro). E eu, que já nem entendia direito meu amor pelo cinema, tive uma das experiências cinematográficas mais maravilhosas de minha vida(depois de "Logan" e "The Irishman").

    Um filme deve andar por suas próprias pernas. Por isso, não irei discutir a fidelidade deste no que cerne aos textos bíblicos, já que Aronofsky enfatizou várias vezes que este não era um filme bíblico. Além disso, este não é um filme sobre o dilúvio e a arca, somente. Este, como o próprio título já sugere, é um filme sobre...Noé. É um retrato sobre um homem que, fiel a seus princípios, recebe uma tarefa árdua de seu criador e deve cumpri -la. Mesmo que, para isso, ele deva tomar decisões difíceis. Basta apenas isso para que o filme funcione como um todo, e ir além dos acertos estrondosos de Aronofsky na direção e fotografia, dos estonteantes efeitos visuais, de sua edição e montagem irretocável, e da trilha sonora absolutamente fantástica e assustadora de Clint Mansell.

    Russel Crowe, com uma entrega admirável, da vida a um dos personagens mais perturbados da filmografia de seu diretor. Noé é moldado por suas escolhas; Ele deve salvar apenas os animais pelas ordens do criador...mas o que será de sua família? Ele sabe que não há espaço para homens no paraíso e deve lidar com o fato do filho Cam lhe odiar por não lhe dar uma esposa que gere filhos. Ele vê seus filhos lhe julgando por não salvar as pessoas que morriam enquanto a água do dilúvio as engolia. Ele deve cumprir a tarefa de salvar o paraíso e matar suas próprias netas em uma cena sufocante. E tudo isso progride lentamente até que ele chegue ao seu limite e questione sua própria servidão. É um personagem muito interessante, que ao final do filme se vê tão cego por seus princípios religiosos que se torna capaz de matar sua própria família e a si mesmo por enxergar que a maldade está em todos nós.

    "A maldade está em todos nós". A verdade mais arrebatadora do longa, que não só fascína em seus quesitos técnicos, mas que nos mostra o quão importante é a discussão do quanto estamos fazendo mal ao nosso lar: O planeta. Um filme que, não só responde certas questões como também abre espaço para um questionamento: Há espaço para a humanidade no mundo?

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