Apesar de adorar a ambientação, o figurino e as várias tramas que prendem a atenção, confesso que a terceira temporada se arrastou por demasiado, a ponto de achar uma enrolação algumas partes. Entretanto, a qualidade do elenco deve ser destacada, todos fizeram seus personagens com muita desenvoltura e talento. Uma pena que o final tenha sido corrido, deixando diversas pontas soltas das outras duas temporadas. Além disso, a quantidade de injustiças também foi decepcionante.
(A seguir, muitos spoilers). O último episódio foi focado no passado de Diego, mostrando em detalhes o que já se sabia que havia acontecido e todos os acontecimentos posteriores foram mostrados em simples fotos em preto e branco. Foi frustrante ver o Julio ir para o Gran Hotel com o propósito de encontrar a irmã e logo depois simplesmente esquecer a existência dela, eu achei que em algum momento ele iria descobrir que foi a Sofia matou a Cristina. Mas, finalmente Júlio e Alicia ficaram juntos, um lindo casal, com belas atuações. Também esperava mais do desfecho do Diego, a Alicia nem descobriu que seu pai foi assassinado por ele, isso era crucial. E o final do Diego deveria ter sido mais sofrido, não isolado apenas com Cisneros, que, aliás, não me convenceu muito como amante da Marta. A morte da mãe do Diego ficou por isso, ninguém soube e nem foi revelado se foi Cisneros que a matou e se foi ele realmente que explodiu o hotel e se a finalidade era simplesmente para sequestrar a Alicia. A Maitê foi uma agradável surpresa dessa última temporada, adorei a personagem usando calça, sendo advogada em meio ao mundo dos homens, com personalidade e caráter, mas infelizmente não aproveitaram muito a personagem. Não gostei que fizeram ela se apaixonar pelo Julio, achei desnecessário. E o envolvimento dela com o Andrés foi muito repentino, totalmente do nada, eu até achei possível uma aproximação deles quando ele foi preso, mas isso não foi trabalhado. Assim como outros personagens, a Camila saiu da série rapidamente. Achei que o Andrés iria atrás dela, mas, ao invés disso, o Andrés voltou com Belén como se nada tivesse acontecido, o que não faz o menor sentido porque ela já tinha mostrado que não valia nada e ele tinha plena consciência disso. Belén pelo menos teve um final merecido. Além disso, foi legal ver o Andrés fazendo de sua mãe uma Senhora e ela melhorando as condições de vida dos empregados. Foi emocionante quando o Detetive Ayala e o Hernando salvaram o Andrés da forca. Agora, sobre o final dos três personagens que eu menos gostei: - Dona Teresa mostrou um lado mais humano, apaixonou-se e fez a coisa certa com a Alicia, pela primeira vez. Entretanto, ela matou e fez muitas coisas erradas e não pagou por absolutamente nada. - A Sofia merecia um final infeliz, pois enganou o marido sobre a gravidez, matou duas mulheres, teve um caso com um padre, e ainda assim ficou com o apoio do marido tão digno. - O Javier continuou o inútil de sempre, que apesar de achar a mulher da sua vida (claro que tinha que ser alguém com problemas mentais para ficar com ele), acho que ele não a merecia.
Assim, tirando os furos, a série no geral foi bem envolvente e empolgante com aquela fórmula infalível para prender a atenção e querer assistir até o final.
A série continua empolgante, com uma trama envolvente, mas do nada salta em episódios. Nessa temporada houve uma queda nas tramas, com alguns furos e acontecimentos sem noção. Virou quase uma novela mexicana dramática, porém divertida e envolvente. Diego e Belén continuam tinhosos em maldade. Sofia é sem graça e perversa em suas atitudes, a verdadeira come quieta. Alfredo é um coitado comandado pela mãe, esposa e sogra, deveria abandonar essa família. O inspetor Ayala e o Hernando continuam divertidíssimos. Júlio e Alicia assumiram o posto de investigadores. O Javier me irrita muito, só faz besteiras e se safa de tudo, com atitudes exageradas. E o Andrés continua um querido, que de tão inocente dá vontade de dar um soco para acordar!
É uma série espanhola de gênero misterioso e dramático. Os acontecimentos passam-se em 1905. Julio Olmedo, um jovem de origem humilde, chega ao Gran Hotel, situado nas redondezas da aldeia de Cantaloa, para visitar sua irmã Cristina que trabalha ali. Então, ele descobre que, há mais de um mês, ninguém sabe nada dela após ser expulsa do hotel por um suposto roubo a um cliente. Julio decide ficar como camareiro e investigar o seu desaparecimento, criando, então, uma relação com Alicia Alarcón, uma das filhas de Dona Teresa, a proprietária do hotel. Alicia lhe ajudará nas suas investigações junto com Andrés, um humilde camareiro filho da governanta do hotel com quem cria uma grande amizade. Entre Julio e Alicia nasce algo mais que amizade, mas a diferença de classes lhes colocará muitas dificuldades na sua relação. Juntos irão descobrindo mentiras e segredos guardados entre as paredes do hotel.
A série é cheia de clichês, com aquelas coincidências absurdas que só existem na ficção, mas que empolga em uma trama tipicamente novelesca e viciante. É composta pelo belíssimo casal Julio e Alicia; Alaya, o detetive inteligente, sagaz e fofo que ajuda a todos (talvez Hercule Poirot de Agatha Christie como referência), ajudado por Hernando, o aparvalhado assistente; o cruel vilão Diego e seu passado oculto; o bonzinho, honesto e ingênuo Andrés, sempre disposto a ajudar a todos; Angela, a mãe de Andrés, virtuosa, mas nem tanto; a implacável Teresa, que só pensa no hotel; o caricato Javier, que só se mete em encrencas; a insatisfeita Sofia e seu covarde marido Alfredo; e a interesseira e dissimulada Belén. Assim, apresenta uma gama de personagens, muito característico de tramas folhetinescas, que mesmo sem apresentar novidades, são ótimos atores.
Não dá para cobrar verossimilhança, apenas embarcar na trama, pois todos se esgueiram pelos corredores, ouvem conversas atrás das portas, encontram e escondem cartas e documentos, vivem paixões e intrigas, entre misteriosos assassinatos. Um pouco irritante o fato de que todas as paredes tenham ouvidos, as portas não tenham trancas, um entre e sai, e espreitas o tempo todo com meras coincidências, mas os personagens e as muitas reviravoltas me prenderam. Enfim, a série é boa e instigante, se não fossem os furos seria melhor ainda. De certa forma o início me lembrou um pouco o clima de Downton Abbey.
Achei essa temporada a mais fraca de todas, mas com uma significativa melhora no final. Entretanto, ela é frustrante, daqueles do tipo ''a série vai acabar, então vamos fazer um fim dramático para que ninguém esqueça''. No geral, achei a série toda bem água com açúcar. Da onde que um grupo de amigos com tanta pegação e troca, entre eles, conseguem continuar melhores amigos? E quantos amores eternos que só duram um verão? Acredito que o grande problema dessa série é a troca de casais e as idas e vindas dos romances, isso foi se tornando algo exaustivo para a narrativa. O roteirista foi muito impaciente com os relacionamentos em geral, nenhum durou muito e todos tiveram términos com justificativas muito superficiais, desde o primeiro fora que a Joey deu no Dawson. Além disso, vários atores aparecem e somem do nada, para nunca mais serem mencionados. Cadê a Andie que voltaria depois de um ano? Cadê a meia irmã da Jenn? São dois casos entre muitos. E a Audrey, que ficou chatíssima nessa última temporada? O que foi lindo foram as paisagens em Capeside, incríveis cenas no final.
Dawson: As últimas duas temporadas só me atraíram mesmo por causa dele e o caminho para a realização do seu sonho. A Joey se tornou a protagonista, aparecendo mais, mas o Dawson ainda era a alma da série. Achei bonita a amizade dele com o diretor inglês, construíram bem, mas exploraram pouco. Durante toda a série o Dawson se mostrou um rapaz de bons princípios, fazendo o certo e ajudando os outros, aí é claro, se ferrou no final. E que fim sem noção deram para ele, deixaram para no último episódio a Joey chata se decidir com quem ficar, daí passa o tempo e o Dawson ainda está sozinho. Sem falar no absurdo de em nenhum momento mencionarem o Mitch, o maior incentivador na carreira do Dawson, ele não apareceu nem como lembrança nas cenas.
Joey: Nesta temporada, a maioria dos personagens ficou em segundo plano e focaram mais na Joey, que estava insuportável, só sabia reclamar e fazer drama por tudo. As indecisões sobre com quem ela queria ficar foi o que mais me irritou em acompanhar. Achei muito injusto, depois de estar numa boa, ela ter largado o Pacey no mesmo momento que soube que o Eddie tinha voltado. Nossa, foi difícil de ver vários episódios, Joey chata, Eddie chato, professor chato, filha do professor chata, credo! Acho que a Joey deveria ter ficado sozinha, ela não merece o Eddie, muito menos o Pacey depois de tudo o que se passou. Entretanto, preferi ela ter escolhido o Pacey, nunca gostei de Dawson e Joey como casal. Ela não o merecia, nunca quis ele como namorado, só enrolava um monte.
Pacey: Até o personagem do Pacey conseguiram estragar nessa temporada. Não houve por quem ele não morreu de amores! Que fim deu a mulher que dividia o apartamento com ele e o Jack? Nunca mostraram nada naquele apartamento, depois de toda a luta que foi para conseguir. Aí do nada o Pacey se apaixona por ela também e depois ela some da série! E por que tiveram que fazer o Pacey fracassar no emprego em que ele estava indo tão bem?! O único ponto positivo foi ele voltar para a gastronomia e ter o restaurante dele.
Jenn: Não gostei do final que deram pra ela. O salto que deram na série não foi natural. Do nada a Jenn teve uma filha, o pai (não sei quem) não assumiu, e ainda por cima ela fica doente e morre?! Tentaram chamar a atenção para um "Gran Finale" e utilizaram a Jenn para isso. Apesar de o final escolhido para a personagem ser ridículo, a morte dela foi conduzida de uma forma bem realista e emocionante. Mas achei injusto, pois ela foi a personagem que mais sofreu durante a série, sempre teve tragédias em sua vida, eu esperava um final feliz para ela para variar. Sem falar que nunca mais mostraram ou falaram do pai dela e a mãe estava na Europa, mesmo com a filha e a mãe com problemas de saúde sérios! Coitada da Evelyn, ela já tinha perdido o marido, não se dava bem com a filha, já estava com idade avançada, com câncer e ainda perde a neta, que maldade! Também achei tudo muito arranjado para o Jack ficar com a filha dela.
Jack: E daí do nada o Jack está com o irmão do Pacey? De onde veio isso?! Eles mal se falaram durante a série inteira, mas no final estão perdidamente apaixonado um pelo outro e vão criar a filha da Jenn juntos?! Eu até já tinha suspeitado que isso fosse acontecer, mas achava que isso seria desenvolvido, não revelado e jogado no último episódio. O ponto bom foi ver o desenvolvimento da Andie, ainda bem que não esqueceram o quão importante ela foi para a série.
Fiquei animada com os novos rumos dos personagens fora de Capeside, mas o que para mim antes estava em um patamar razoável, a partir daqui desmorona. Achei essa temporada bem encheção de linguiça, com vários episódios sem foco e arrastados, com tramas mirabolantes que acabaram deixando-a cansativa. Além disso, a partir dessa temporada a série poderia se chamar "Joey's Creek", pois os episódios passam a focar mais em torno da rotina da Joey.
Dawson: Ele não é mais o protagonista. O episódio "The Long Goodbye", onde o Mitch morre, é um dos mais emocionantes, e, sem dúvidas, um dos mais marcantes. Deu muita pena do Dawson quando os amigos estão reunidos em Boston e ele sozinho, sofrendo o luto pela perda do pai. Defendo o personagem nessa temporada, ele enfrentou os problemas de uma forma mais madura e menos egoísta que nas temporadas passadas. O namoro dele com a Jenn foi bem inesperado nessa altura do campeonato. Entretanto, achei que ocorreu de um jeito bem sutil e foi bonito o envolvimento deles, mas, foi ridículo demonstrarem um grande amor e acabarem com o casal em quatro episódios, sem falar na horrorosa justificativa dada. Era quase óbvio que o romance deles não iria durar até o final da série, uma pena, mas já que terminaram, então que fosse bem desenvolvido.
Joey: O que fizeram com o relacionamento da Joey e do Pacey foi ridículo, pareciam dois estranhos nessa temporada! Na quarta temporada era o maior amor do mundo e aí de repente simplesmente terminou e ficou por isso mesmo, em nenhum episódio eles conversam sobre isso. E para piorar, no final da terceira temporada deu a entender que a Joey ainda amava o Dawson, parecendo, assim, que ela mentiu esse tempo todo para o Pacey. Tirando esse “pequeno” deslize da série, nota-se nessa temporada uma evolução na maturidade da Joey, ao vê-la realizando o sonho de estar fora de Capeside, fazendo novos amigos e estudando em uma universidade (com a ajuda do Dawson). Mesmo sem nenhuma química, sempre braba e fazendo caretas o tempo todo, ela tentou se relacionar com um professor, com o Charlie, ex da Jenn, e com o Eddie, mas ela ama o Dawson ou o Pacey. Além disso, tendo a oportunidade de ser bolsista pesquisadora na faculdade, ela vai trabalhar novamente em um bar. Ah, e a carreira de ser artista plástica que ela tanto queria inicialmente também foi totalmente esquecida.
Pacey: Ele ficou bem deslocado dos demais personagens até quase o final da temporada, quando aí começa a namorar justamente a colega de quarto da Joey, o amor da sua vida, por favor, mais uma barbaridade! Gostei do rumo que deram para ele ao se descobrir no ramo gastronômico, mas é claro que o que está bom na série eles têm que estragar. Outra coisa sem cabimento é o porquê de tantos relacionamentos, toda hora ele está apaixonado por alguém!
Jenn: Ela estava em uma montanha-russa, a cada quatro episódios a personagem apresentava uma personalidade. Apesar de abrupto o trabalho na rádio, eu achei que combinava com o estilo dela, pois sempre foi de dar conselhos e ouvir os outros, além disso, por ser de cidade grande ela tinha conhecimentos sobre tendências. O relacionamento com Charlie foi chocante, coitada, não precisava de mais isso. Depois teve o relacionamento com o Dawson, quando estava tudo bem, aí dá na louca de achar que não está feliz e termina tudo.
Jack: Achei ele completamente mudado e as suas atitudes não me agradaram, até senti raiva da personalidade dele em vários episódios. Entendi o propósito dele de fazer novos amigos e ser aceito sem recriminações e preconceito, mas ele não precisava tratar mal todas as pessoas que só queriam o bem dele.
Audrey: Parece que colocaram a Audrey para suprir a falta da Andie, mas achei que não colou. A personagem é até bacana no início, traz uma leveza para a trama, mas, além das duas namorarem o Pacey, as semelhanças "problemáticas" entre elas são gritantes. E depois, aos poucos, a personagem foi se mostrando chata, mimada e completou o grupo dos dramáticos com problemas exagerados.
A partir dessa temporada a série se torna bem difícil de assistir. Essa deveria ter sido a última temporada, pois parece que o roteirista ficou sem rumo e não soube o que escrever, houve um exagero nos dramas, e muita coisa acaba ficando bem irreal. Está certo que adolescentes são dramáticos e exagerados, mas falta a diversão e os diálogos bobos que permeiam essa fase, a linguagem usada pelos personagens é muito formal para a idade deles, muitas vezes eles agem como adultos, ao mesmo tempo que em certos momentos são muito imaturos. Uma das poucas coisas que me agradou nessa temporada foi o episódio do jantar de despedida da Andie, onde houve o perdão entre os amigos.
Dawson: estava um pouco mais maduro nessa temporada. Apesar de achar estranho um relacionamento justamente com a irmã do Pacey, eu gostei do romance dele com a Gretchen, mas era visto que ia durar pouco, visto que ele só ficava falando sobre a Joey enquanto estava com ela, até que durou. Também gostei do desenvolvimento de amizade dele com o senhor cineasta.
Joey: Continuo não simpatizando com ela, mas durante o romance com o Pacey a personagem ficou menos chata. O relacionamento dos dois foi bem legal de acompanhar. Já a conversa e o beijo dela com o Dawson, no último episódio, sendo que ela estava "sofrendo" pelo Pacey, foram ridículos.
Pacey: O desenvolvimento dele foi crescente e gradual desde a primeira temporada, e de repente acabaram com tudo, o fizeram regredir. O mesmo que aguentou coisas mais pesadas, como a doença da Andie, por exemplo, agora teve uma postura desproporcional ao dizer que quando ele está com a Joey ele se sente um nada, que ela o faz se sentir assim. O encanto do Pacey era justamente a resiliência frente a tanto descrédito e falta de fé dos professores, família e até amigos. Parece que tudo foi feito pra abrir de novo um caminho para o relacionamento de Joey e Dawson. Sem propósito, visto que ficou claro que a Joey só vê o Dawson como amigo desde a segunda temporada. Enfim, se era pra eles se separarem, que fosse por um motivo razoável e mais trabalhado, como foi com a Andie (traição e problemas de saúde mental). Sem falar que no término do relacionamento eles mal choraram, fugiram um do outro. Muito incoerente.
Jenn: Ela sofreu a série inteira até agora. Seus relacionamentos, sejam amorosos ou não, sempre acabam por justificativas bobas, e sem sentido, algo meio relâmpago. Assim foi também com o Henry nessa temporada, depois de tanto acompanharmos o difícil início do namoro e seus entraves, ele acabou do nada, por e-mail. O fortalecimento da amizade da Jenn com o Jack foi bem bacana. Também foi legal saber mais da origem da personagem, entender o vazio que ela sente e porque o seu passado a abala constantemente. Um destaque para a relação dela com a avó.
Novamente uma temporada regular. Gostei mais da reta final, que foi salva por Pacey e Joey, mas confesso que o triangulo amoroso Joey, Dawson e Pacey foi tedioso. Mudou o tema de abertura e parece que tentaram ressaltar mais a imagem de outros personagens. Além disso, não sei quais dos pais foi pior: o pai da Joey, o pai do Pacey, o pai do Jack e da Andie ou a mãe da Jenn.
Dawson: Os sentimentos dele variaram de tempos em tempos e as atitudes dele em não aceitar o relacionamento da Joey com o Pacey são grotescas, isso mostra o quanto ele continua imaturo. Joey passou um tempo sem ninguém, e quando ela resolve ficar com alguém ele decide que quer ficar com ela. Haja paciência! Novamente foi o personagem menos atrativo, a relação dele com o cinema é legal, mas suas cenas continuam arrastadas. A relação dele com a Eve, suposta irmã da Jenn, foi ridícula, não gostei da personagem e de nenhuma atitude dela.
Joey: Ainda não consegui simpatizar com a Joey, falam do Dawson, mas ela é muito imatura também: "Olha Dawson, eu te amo, mas não vou ficar com você, prefiro seu melhor amigo. Mas te amo, tá?" Socorro! Sem falar nas mil caretas e bocas que ela faz em todas as cenas. Achei que Pacey e Joey ficaram bem como casal, Joey fica melhorzinha quando está com o Pacey. Finalmente, quase no fim da temporada ela falou seus sentimentos para o Pacey. O fato de irem velejar juntos foi bem irreal, pois deu a entender que foram sem levar nada ou avisar alguém, os dois de menor, sem dinheiro e experiência, três meses velejando em mar aberto em um barco restaurado pelo Pacey, que até a pouco tempo era um idiota.
Pacey: Novamente se mostrou maduro e com boas atitudes. A conquista dele com a Joey foi legal de acompanhar, principalmente a estória de alugar uma parede para ela poder expressar a sua arte. Espero que o “triângulo amoroso” traga algumas transformações e amadurecimento aos três personagens.
Jenn: Ela amadureceu um pouco, entretanto, ela estava um tanto deslocada do enredo dos outros personagens. É perceptível que os problemas que ela passou nas temporadas passadas fizeram ela se tornar mais adulta. Achei o namorado dela meio mala, mas gostei da forma que ela se viu apaixonada por ele.
O começo foi morno, depois da metade ficou melhor ao abordar assuntos mais profundos sobre ansiedade, depressão, religião, bullying, traição, preconceito, suicídio e homofobia de uma forma realista e sensível. A entrada dos personagens Jack e Andie acrescentou muito, fez a trama dos outros personagens ficar mais dinâmica. Entretanto, Joey e Dawson estavam chatos demais, as melhores cenas ficaram com Pacey, Jack e Andie. Assim, foi uma temporada regular.
Dawson: Apesar de ser chato e às vezes egoísta, eu gosto dele, mas o excesso de drama, por várias vezes, o tornou insuportável. Ele não amadureceu e, por ser o protagonista, também foi estranho ele não ter grande importância na temporada. Não sou muito fã de o Dawson ficar com a Joey, para mim eles não combinam como casal. Durante a temporada, eles começaram namorando, terminaram, voltaram novamente por alguns episódios e no final a Joey odeia o Dawson. O namoro deles é só drama, quase não teve cenas felizes deles se amando, aproveitando a juventude, eles sempre tinham problemas e brigas, são duas pessoas que não dão certo como casal tentando se prender a uma relação sem sentido.
Joey: Eu não tinha gostado muito dela na primeira temporada e continuo não gostando. Apesar de ter achado legal ela querer se encontrar e pensar em si, ela foi bem imatura nas brigas desnecessárias com o Dawson, nas desculpas sem cabimento, como quando terminou com ele pra "ficar sozinha" e começou a sair com o Jack pouco tempo depois. Sem falar no fato de ela dizer que até poderia perdoar o pai e ela mesma, mas nunca perdoaria o Dawson. Entendo que a situação era difícil, mas o Dawson fez o que fez porque era o certo e também queria protegê-la. Também não gostei do envolvimento dela com o Jack, não consegui vê-los como um casal.
Pacey: Sem dúvidas o melhor personagem dessa temporada, amadureceu muito. Foi ótimo quando ele enfrentou o sistema educacional e o seu pai, numa cena muito bonita entre os dois. O romance dele com a Andy foi muito bonito, combinaram bastante. Como separaram esses dois assim? Espero que ela volte e eles possam ficar juntos, foi muito triste o que aconteceu com a relação dos dois.
Jenn: Em alguns episódios eu gostava dela e em outros eu odiava, principalmente quando estava com a Abby. Na primeira temporada ela se mostrou tão evoluída e nessa ela parecia perdida, se comportando como vivia em Nova York. Gostei do relacionamento dela com Jack, acabou se tornando uma bonita amizade, a parceria dela com ele ficou bem melhor do que a parceria dele com a Joey.
Jack e Andy: Uma das coisas positivas desta temporada foi a entrada desses personagens. A estória da família deles deixou a trama mais madura, era bem tocante ver o quanto eles eram sozinhos e com todas as coisas que tinham que lidar. O Jack se mostrou ser uma ótima pessoa e amigo. Entretanto, achei o relacionamento dele com a Joey desnecessário, ele surgiu do nada, se apaixonou pela Joey do nada, a beijou do nada também, com direito a maior tensão sexual entre os dois e no fim, sem mais nem menos, assume que é gay (?). Também não entendi os motivos de criarem aquela estória para a Andy ir embora, o relacionamento dela com o Pacey estava tão legal, um ajudando o outro a superar seus dramas.
Evelyn: Na primeira temporada ela se mostrou bem diferente, parecia que ia ser uma daquelas carolas chatas, mas nessa temporada ela se revelou uma avó amorosa que está disposta, apesar das diferenças e brigas, a ajudar a neta a superar seus traumas. Deu para entender tanto o lado dela como o da Jenn. Foi muito tocante quando defendeu o Jack e lindo ao acolhê-lo na casa dela.
Abigail: Eu tive esperanças que algo bom fosse sair dessa personagem, eu esperava que fosse revelado algum dilema familiar ou algo que justificasse tanta maldade, mas não, Abby era má, simplesmente, porque adorava um drama. A única pessoa que realmente sentiu falta dela foi Jenn. Penso que, talvez, o motivo da participação dela na série fosse mostrar a influência e as consequências das más companhias.
Séries dos anos 90 me trazem aquela nostalgia gostosa da adolescência. Quando passou na TV aberta eu vi poucos episódios, mas lembro que eu gostava, então resolvi assistir, pois tem aquele clima agradável de cidade pequena interiorana, com adolescentes se descobrindo. No início estranhei ver atores com mais de 20 anos interpretando adolescentes de 15 anos, mas depois acostumei. Além disso, notei alguns dramas desnecessários que me irritaram.
Dawson: é loiro, bonito, classe média alta, mora em um paraíso de casa e cidade, tem pais que o amam, uma escola legal, um melhor amigo fiel e duas meninas correndo atrás dele o tempo todo e, mesmo assim, só sabe reclamar de tudo. Foi difícil gostar dele no início, suas histórias geralmente são chatas e seu jeito sonhador incomoda um pouco.
Joey: vive com a irmã e lida com a perda da mãe e a prisão do pai, mesmo com o núcleo familiar bastante problemático, ela é uma das melhores da escola e sonha em fazer faculdade, para não ter a mesma vida dos pais ou da irmã. Ela faz bem os momentos dramáticos, como nas cenas com o pai, em diálogos que fala sobre sua mãe e também sobre o Dawson. Entretanto, algumas vezes eu acho que ela força demais, vive fazendo caras e bocas e revirando os olhos sem necessidade alguma.
Pacey: apesar de não aparecer muito no início, protagonizou os melhores diálogos e as cenas mais engraçadas, e se abriu sobre os dramas familiares. Depois do relacionamento com a professora ele deu uma leve amadurecida.
Jenn: enfrentou alguns dramas em Nova York, o que a levou a morar com a avó em Campeside. É uma personagem com personalidade forte, entretanto sem muito carisma, como na cena com o avô, que poderia ser emocionante, mas ela não derramou nenhuma lágrima, ficando bem artificial. Apesar dos traumas e a adaptação de relacionamento com a avó, Jenn estava ali para todos, querendo fazer parte do grupo, mas ninguém se importou com ela.
Essa última temporada é bem entediante com muitas idas e vindas, tentativas e erros, que já não apresentam nada de muito novo. Os personagens continuam sem carisma, com extrema violência (mortes a pedrada, filha mata pai, mãe mata filha, homem mata criança para supostamente proteger seu filho), sem falar na falta de sinceridade e de conversas coesas. O pessoal continuou sem comer, sem tomar banho, sem se comunicar dignamente, mas se pegando fortemente. A chata da Martha teve mais destaque e outros personagens mais interessantes sumiram. A estória é arrastada demais, cada episódio parece uma eternidade, clima escuro o tempo todo, efeitos sonoros de suspense em excesso. Nos episódios finais eu já estava exausta e nem cuidava mais em qual ano se passava. O roteiro criou plots que não precisavam e outros que não foram desenvolvidos, houve falta de dinâmica para apresentar o mundo paralelo, e o apocalipse ficou extremamente limitado. Enfim, a temporada demora muito pra engrenar e no fim, tudo o que constrói se mostra inútil para o desfecho simples que teve.
A possibilidade de viagem no tempo é interessante, no entanto, são tantas viagens e tantos personagens indo e voltando que acaba ficando complexo e cansativo. Acho que a série peca pelo excesso de informações e pela confusão que aparece entre os personagens. Fica difícil acompanhar sem ter tido tempo de criar algum envolvimento com eles. Um ponto positivo foi a escolha dos atores para os personagens, os personagens do passado são muito parecidos com os personagens do futuro e vice-versa. Algumas revelações eu achei complexas e não compreendi como Charlotte e Elizabeth podem ser mãe e filha ao mesmo tempo, ou seja, serem a mesma pessoa. Outro questionamento é Mikkel e Michael (pai do Jonas) terem convivido na mesma linha temporal sendo a mesma pessoa. Resumo dessa temporada: Todo mundo se ama, todo mundo se odeia, todo mundo é parente, todo mundo quer consertar tudo, todo mundo atrapalha todo mundo e ninguém usa guarda-chuva! Até aqui achei superestimada, para mim foi o desenvolvimento de uma ideia complexa de um assunto não tão explorado, e que por não ser de origem estadunidense ajudou a causar o frenesi.
O tema central da série é sobre viagem no tempo. Essa primeira temporada vai abordar a apresentação de personagens e a introdução dos enigmas que permeiam toda a narrativa. A trama é um emaranhado complexo necessitando de atenção para não perder o fio da meada. Achei que em vários pontos ela lembra a série Lost. Dark puxa dela vários aspectos como os inúmeros mistérios, os planos cinematográficos, os muitos personagens protagonistas, as viagens no tempo, os loops, os efeitos sonoros, os flashbacks, e até o bunker. Mas, infelizmente, uma característica primordial Dark não se assemelha: no carisma dos personagens. Não tive afeição por nenhum personagem, apesar de ótima atuação, achei-os ríspidos, tristes, inexpressivos, falam pouco e todos são parecidos entre si, são sempre grossos, agressivos, tomam decisões egoístas, brigam o tempo todo. Exceto o Jonas, que sempre está perambulando para cá e para lá, com pouca fala e sem fazer nada de muito relevante. Não se pode negar que os primeiros episódios de Dark também lembram a série Stranger Things na ambientação (floresta, clima dark, década de 80), no desaparecimento de uma criança e nos jovens andando de bicicleta, mas não é uma crítica, visto que o próprio Stranger Things também se baseia muito em ideias de filmes oitentistas. Em resumo, gostei da temática e ambientação, mas me incomodou o excesso de questões com poucas respostas e não consegui simpatizar com os personagens.
A estória traz Frank Griffin, bandido sanguinário que amedronta o oeste americano junto do seu bando com mais de 30 homens. Um protegido seu, Roy Goode, se revolta com as atitudes do “padrinho” e foge com todo dinheiro do último assalto. Frank quer se vingar e organiza uma sangrenta caçada a Roy. Em cada cidade que Frank e seu bando passam, deixam a marca da violência e da destruição. Roy acaba sendo preso na cidadezinha chamada La Belle, habitada quase que totalmente por mulheres, uma vez que quase todos os homens morreram em um acidente na mina. Frank fica sabendo que Roy está escondido nessa a cidade e parte para lá.
A série possui vários subenredos, abordando também temas como relacionamento inter-racial e de gênero. O desenvolvimento dos personagens principais foi muito bem escrito, desdobrando-os aos poucos ao trazer à tona suas histórias em flashbacks. É difícil não criar empatia e não se emocionar pelas pessoas da cidade, que tentam reestruturar suas vidas, reerguer a cidade e ainda sobreviver nas mãos dos aproveitadores. O drama consegue manter o espectador intrigado mesmo em episódios quase tão longos quanto um filme. A cada episódio o enredo vai revelando o angustiante destino de La Belle, num contexto carregado por trágicas perdas nos confins de um lugar empoeirado e perdido no tempo.
A simplicidade da trama não é problema, se destaca a sensibilidade e a inteligência na elaboração do roteiro, que lançou mão da ausência de diálogos em algumas cenas, conduzindo o espectador através de olhares, insinuações e uma fotografia espetacular, acompanhados por uma trilha sonora dramática. A série também possui um ótimo figurino e atuações maravilhosas. No início pensei que a atriz Michelle Dockery estaria estigmatizada com a personagem de Mary Crawley (Downton Abbey), mas ela surpreendeu com uma contundente atuação, vide a merecida indicação ao Emmy. Além disso, a trama tem um dos melhores vilão, com um olhar frio e intimidador Jeff Daniels levou o merecido Emmy.
Algo que também achei louvável é que produções desse gênero tendem a ser sempre representados pelo sexo masculino, e essa série mostra um retrato novo da mulher nesse contexto, onde as perdas de seus maridos as fizeram “se virarem sozinhas”. Gostei muito da boa representatividade feminina. Enfim, a série tem um começo, meio e fim bem executados, sem enrolação, sem pontos soltos. Os únicos pontos que não me agradaram muito foi o final dos moradores de Blackdom, muito frustrante para ótimos guerreiros que viraram lenda entre os índios, e a morte do Whitey Winn, que achei desnecessária e sem graça, se era para ele morrer que fosse de uma forma mais “digna”. Também teria gostado mais se as mulheres tivessem derrotado o bando sozinhas de dentro do prédio, pois os homens só chegaram bem no finalzinho mesmo, como que só para salvar o dia.
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Grande Hotel (3ª Temporada)
4.2 58Apesar de adorar a ambientação, o figurino e as várias tramas que prendem a atenção, confesso que a terceira temporada se arrastou por demasiado, a ponto de achar uma enrolação algumas partes. Entretanto, a qualidade do elenco deve ser destacada, todos fizeram seus personagens com muita desenvoltura e talento. Uma pena que o final tenha sido corrido, deixando diversas pontas soltas das outras duas temporadas. Além disso, a quantidade de injustiças também foi decepcionante.
(A seguir, muitos spoilers).
O último episódio foi focado no passado de Diego, mostrando em detalhes o que já se sabia que havia acontecido e todos os acontecimentos posteriores foram mostrados em simples fotos em preto e branco.
Foi frustrante ver o Julio ir para o Gran Hotel com o propósito de encontrar a irmã e logo depois simplesmente esquecer a existência dela, eu achei que em algum momento ele iria descobrir que foi a Sofia matou a Cristina. Mas, finalmente Júlio e Alicia ficaram juntos, um lindo casal, com belas atuações.
Também esperava mais do desfecho do Diego, a Alicia nem descobriu que seu pai foi assassinado por ele, isso era crucial. E o final do Diego deveria ter sido mais sofrido, não isolado apenas com Cisneros, que, aliás, não me convenceu muito como amante da Marta. A morte da mãe do Diego ficou por isso, ninguém soube e nem foi revelado se foi Cisneros que a matou e se foi ele realmente que explodiu o hotel e se a finalidade era simplesmente para sequestrar a Alicia.
A Maitê foi uma agradável surpresa dessa última temporada, adorei a personagem usando calça, sendo advogada em meio ao mundo dos homens, com personalidade e caráter, mas infelizmente não aproveitaram muito a personagem. Não gostei que fizeram ela se apaixonar pelo Julio, achei desnecessário. E o envolvimento dela com o Andrés foi muito repentino, totalmente do nada, eu até achei possível uma aproximação deles quando ele foi preso, mas isso não foi trabalhado.
Assim como outros personagens, a Camila saiu da série rapidamente. Achei que o Andrés iria atrás dela, mas, ao invés disso, o Andrés voltou com Belén como se nada tivesse acontecido, o que não faz o menor sentido porque ela já tinha mostrado que não valia nada e ele tinha plena consciência disso. Belén pelo menos teve um final merecido. Além disso, foi legal ver o Andrés fazendo de sua mãe uma Senhora e ela melhorando as condições de vida dos empregados. Foi emocionante quando o Detetive Ayala e o Hernando salvaram o Andrés da forca.
Agora, sobre o final dos três personagens que eu menos gostei:
- Dona Teresa mostrou um lado mais humano, apaixonou-se e fez a coisa certa com a Alicia, pela primeira vez. Entretanto, ela matou e fez muitas coisas erradas e não pagou por absolutamente nada.
- A Sofia merecia um final infeliz, pois enganou o marido sobre a gravidez, matou duas mulheres, teve um caso com um padre, e ainda assim ficou com o apoio do marido tão digno.
- O Javier continuou o inútil de sempre, que apesar de achar a mulher da sua vida (claro que tinha que ser alguém com problemas mentais para ficar com ele), acho que ele não a merecia.
Assim, tirando os furos, a série no geral foi bem envolvente e empolgante com aquela fórmula infalível para prender a atenção e querer assistir até o final.
Grande Hotel (2ª Temporada)
4.2 41A série continua empolgante, com uma trama envolvente, mas do nada salta em episódios. Nessa temporada houve uma queda nas tramas, com alguns furos e acontecimentos sem noção. Virou quase uma novela mexicana dramática, porém divertida e envolvente.
Diego e Belén continuam tinhosos em maldade. Sofia é sem graça e perversa em suas atitudes, a verdadeira come quieta. Alfredo é um coitado comandado pela mãe, esposa e sogra, deveria abandonar essa família. O inspetor Ayala e o Hernando continuam divertidíssimos. Júlio e Alicia assumiram o posto de investigadores. O Javier me irrita muito, só faz besteiras e se safa de tudo, com atitudes exageradas. E o Andrés continua um querido, que de tão inocente dá vontade de dar um soco para acordar!
Grande Hotel (1ª Temporada)
4.2 56É uma série espanhola de gênero misterioso e dramático. Os acontecimentos passam-se em 1905. Julio Olmedo, um jovem de origem humilde, chega ao Gran Hotel, situado nas redondezas da aldeia de Cantaloa, para visitar sua irmã Cristina que trabalha ali. Então, ele descobre que, há mais de um mês, ninguém sabe nada dela após ser expulsa do hotel por um suposto roubo a um cliente. Julio decide ficar como camareiro e investigar o seu desaparecimento, criando, então, uma relação com Alicia Alarcón, uma das filhas de Dona Teresa, a proprietária do hotel. Alicia lhe ajudará nas suas investigações junto com Andrés, um humilde camareiro filho da governanta do hotel com quem cria uma grande amizade. Entre Julio e Alicia nasce algo mais que amizade, mas a diferença de classes lhes colocará muitas dificuldades na sua relação. Juntos irão descobrindo mentiras e segredos guardados entre as paredes do hotel.
A série é cheia de clichês, com aquelas coincidências absurdas que só existem na ficção, mas que empolga em uma trama tipicamente novelesca e viciante. É composta pelo belíssimo casal Julio e Alicia; Alaya, o detetive inteligente, sagaz e fofo que ajuda a todos (talvez Hercule Poirot de Agatha Christie como referência), ajudado por Hernando, o aparvalhado assistente; o cruel vilão Diego e seu passado oculto; o bonzinho, honesto e ingênuo Andrés, sempre disposto a ajudar a todos; Angela, a mãe de Andrés, virtuosa, mas nem tanto; a implacável Teresa, que só pensa no hotel; o caricato Javier, que só se mete em encrencas; a insatisfeita Sofia e seu covarde marido Alfredo; e a interesseira e dissimulada Belén. Assim, apresenta uma gama de personagens, muito característico de tramas folhetinescas, que mesmo sem apresentar novidades, são ótimos atores.
Não dá para cobrar verossimilhança, apenas embarcar na trama, pois todos se esgueiram pelos corredores, ouvem conversas atrás das portas, encontram e escondem cartas e documentos, vivem paixões e intrigas, entre misteriosos assassinatos. Um pouco irritante o fato de que todas as paredes tenham ouvidos, as portas não tenham trancas, um entre e sai, e espreitas o tempo todo com meras coincidências, mas os personagens e as muitas reviravoltas me prenderam. Enfim, a série é boa e instigante, se não fossem os furos seria melhor ainda. De certa forma o início me lembrou um pouco o clima de Downton Abbey.
Dawson's Creek (6ª Temporada)
4.0 139Achei essa temporada a mais fraca de todas, mas com uma significativa melhora no final. Entretanto, ela é frustrante, daqueles do tipo ''a série vai acabar, então vamos fazer um fim dramático para que ninguém esqueça''. No geral, achei a série toda bem água com açúcar. Da onde que um grupo de amigos com tanta pegação e troca, entre eles, conseguem continuar melhores amigos? E quantos amores eternos que só duram um verão? Acredito que o grande problema dessa série é a troca de casais e as idas e vindas dos romances, isso foi se tornando algo exaustivo para a narrativa. O roteirista foi muito impaciente com os relacionamentos em geral, nenhum durou muito e todos tiveram términos com justificativas muito superficiais, desde o primeiro fora que a Joey deu no Dawson. Além disso, vários atores aparecem e somem do nada, para nunca mais serem mencionados. Cadê a Andie que voltaria depois de um ano? Cadê a meia irmã da Jenn? São dois casos entre muitos. E a Audrey, que ficou chatíssima nessa última temporada? O que foi lindo foram as paisagens em Capeside, incríveis cenas no final.
Dawson: As últimas duas temporadas só me atraíram mesmo por causa dele e o caminho para a realização do seu sonho. A Joey se tornou a protagonista, aparecendo mais, mas o Dawson ainda era a alma da série. Achei bonita a amizade dele com o diretor inglês, construíram bem, mas exploraram pouco. Durante toda a série o Dawson se mostrou um rapaz de bons princípios, fazendo o certo e ajudando os outros, aí é claro, se ferrou no final. E que fim sem noção deram para ele, deixaram para no último episódio a Joey chata se decidir com quem ficar, daí passa o tempo e o Dawson ainda está sozinho. Sem falar no absurdo de em nenhum momento mencionarem o Mitch, o maior incentivador na carreira do Dawson, ele não apareceu nem como lembrança nas cenas.
Joey: Nesta temporada, a maioria dos personagens ficou em segundo plano e focaram mais na Joey, que estava insuportável, só sabia reclamar e fazer drama por tudo. As indecisões sobre com quem ela queria ficar foi o que mais me irritou em acompanhar. Achei muito injusto, depois de estar numa boa, ela ter largado o Pacey no mesmo momento que soube que o Eddie tinha voltado. Nossa, foi difícil de ver vários episódios, Joey chata, Eddie chato, professor chato, filha do professor chata, credo! Acho que a Joey deveria ter ficado sozinha, ela não merece o Eddie, muito menos o Pacey depois de tudo o que se passou. Entretanto, preferi ela ter escolhido o Pacey, nunca gostei de Dawson e Joey como casal. Ela não o merecia, nunca quis ele como namorado, só enrolava um monte.
Pacey: Até o personagem do Pacey conseguiram estragar nessa temporada. Não houve por quem ele não morreu de amores! Que fim deu a mulher que dividia o apartamento com ele e o Jack? Nunca mostraram nada naquele apartamento, depois de toda a luta que foi para conseguir. Aí do nada o Pacey se apaixona por ela também e depois ela some da série! E por que tiveram que fazer o Pacey fracassar no emprego em que ele estava indo tão bem?! O único ponto positivo foi ele voltar para a gastronomia e ter o restaurante dele.
Jenn: Não gostei do final que deram pra ela. O salto que deram na série não foi natural. Do nada a Jenn teve uma filha, o pai (não sei quem) não assumiu, e ainda por cima ela fica doente e morre?! Tentaram chamar a atenção para um "Gran Finale" e utilizaram a Jenn para isso. Apesar de o final escolhido para a personagem ser ridículo, a morte dela foi conduzida de uma forma bem realista e emocionante. Mas achei injusto, pois ela foi a personagem que mais sofreu durante a série, sempre teve tragédias em sua vida, eu esperava um final feliz para ela para variar. Sem falar que nunca mais mostraram ou falaram do pai dela e a mãe estava na Europa, mesmo com a filha e a mãe com problemas de saúde sérios! Coitada da Evelyn, ela já tinha perdido o marido, não se dava bem com a filha, já estava com idade avançada, com câncer e ainda perde a neta, que maldade! Também achei tudo muito arranjado para o Jack ficar com a filha dela.
Jack: E daí do nada o Jack está com o irmão do Pacey? De onde veio isso?! Eles mal se falaram durante a série inteira, mas no final estão perdidamente apaixonado um pelo outro e vão criar a filha da Jenn juntos?! Eu até já tinha suspeitado que isso fosse acontecer, mas achava que isso seria desenvolvido, não revelado e jogado no último episódio. O ponto bom foi ver o desenvolvimento da Andie, ainda bem que não esqueceram o quão importante ela foi para a série.
Dawson's Creek (5ª Temporada)
3.9 59Fiquei animada com os novos rumos dos personagens fora de Capeside, mas o que para mim antes estava em um patamar razoável, a partir daqui desmorona. Achei essa temporada bem encheção de linguiça, com vários episódios sem foco e arrastados, com tramas mirabolantes que acabaram deixando-a cansativa. Além disso, a partir dessa temporada a série poderia se chamar "Joey's Creek", pois os episódios passam a focar mais em torno da rotina da Joey.
Dawson: Ele não é mais o protagonista. O episódio "The Long Goodbye", onde o Mitch morre, é um dos mais emocionantes, e, sem dúvidas, um dos mais marcantes. Deu muita pena do Dawson quando os amigos estão reunidos em Boston e ele sozinho, sofrendo o luto pela perda do pai. Defendo o personagem nessa temporada, ele enfrentou os problemas de uma forma mais madura e menos egoísta que nas temporadas passadas. O namoro dele com a Jenn foi bem inesperado nessa altura do campeonato. Entretanto, achei que ocorreu de um jeito bem sutil e foi bonito o envolvimento deles, mas, foi ridículo demonstrarem um grande amor e acabarem com o casal em quatro episódios, sem falar na horrorosa justificativa dada. Era quase óbvio que o romance deles não iria durar até o final da série, uma pena, mas já que terminaram, então que fosse bem desenvolvido.
Joey: O que fizeram com o relacionamento da Joey e do Pacey foi ridículo, pareciam dois estranhos nessa temporada! Na quarta temporada era o maior amor do mundo e aí de repente simplesmente terminou e ficou por isso mesmo, em nenhum episódio eles conversam sobre isso. E para piorar, no final da terceira temporada deu a entender que a Joey ainda amava o Dawson, parecendo, assim, que ela mentiu esse tempo todo para o Pacey. Tirando esse “pequeno” deslize da série, nota-se nessa temporada uma evolução na maturidade da Joey, ao vê-la realizando o sonho de estar fora de Capeside, fazendo novos amigos e estudando em uma universidade (com a ajuda do Dawson). Mesmo sem nenhuma química, sempre braba e fazendo caretas o tempo todo, ela tentou se relacionar com um professor, com o Charlie, ex da Jenn, e com o Eddie, mas ela ama o Dawson ou o Pacey. Além disso, tendo a oportunidade de ser bolsista pesquisadora na faculdade, ela vai trabalhar novamente em um bar. Ah, e a carreira de ser artista plástica que ela tanto queria inicialmente também foi totalmente esquecida.
Pacey: Ele ficou bem deslocado dos demais personagens até quase o final da temporada, quando aí começa a namorar justamente a colega de quarto da Joey, o amor da sua vida, por favor, mais uma barbaridade! Gostei do rumo que deram para ele ao se descobrir no ramo gastronômico, mas é claro que o que está bom na série eles têm que estragar. Outra coisa sem cabimento é o porquê de tantos relacionamentos, toda hora ele está apaixonado por alguém!
Jenn: Ela estava em uma montanha-russa, a cada quatro episódios a personagem apresentava uma personalidade. Apesar de abrupto o trabalho na rádio, eu achei que combinava com o estilo dela, pois sempre foi de dar conselhos e ouvir os outros, além disso, por ser de cidade grande ela tinha conhecimentos sobre tendências. O relacionamento com Charlie foi chocante, coitada, não precisava de mais isso. Depois teve o relacionamento com o Dawson, quando estava tudo bem, aí dá na louca de achar que não está feliz e termina tudo.
Jack: Achei ele completamente mudado e as suas atitudes não me agradaram, até senti raiva da personalidade dele em vários episódios. Entendi o propósito dele de fazer novos amigos e ser aceito sem recriminações e preconceito, mas ele não precisava tratar mal todas as pessoas que só queriam o bem dele.
Audrey: Parece que colocaram a Audrey para suprir a falta da Andie, mas achei que não colou. A personagem é até bacana no início, traz uma leveza para a trama, mas, além das duas namorarem o Pacey, as semelhanças "problemáticas" entre elas são gritantes. E depois, aos poucos, a personagem foi se mostrando chata, mimada e completou o grupo dos dramáticos com problemas exagerados.
Dawson's Creek (4ª Temporada)
4.1 63A partir dessa temporada a série se torna bem difícil de assistir. Essa deveria ter sido a última temporada, pois parece que o roteirista ficou sem rumo e não soube o que escrever, houve um exagero nos dramas, e muita coisa acaba ficando bem irreal. Está certo que adolescentes são dramáticos e exagerados, mas falta a diversão e os diálogos bobos que permeiam essa fase, a linguagem usada pelos personagens é muito formal para a idade deles, muitas vezes eles agem como adultos, ao mesmo tempo que em certos momentos são muito imaturos. Uma das poucas coisas que me agradou nessa temporada foi o episódio do jantar de despedida da Andie, onde houve o perdão entre os amigos.
Dawson: estava um pouco mais maduro nessa temporada. Apesar de achar estranho um relacionamento justamente com a irmã do Pacey, eu gostei do romance dele com a Gretchen, mas era visto que ia durar pouco, visto que ele só ficava falando sobre a Joey enquanto estava com ela, até que durou. Também gostei do desenvolvimento de amizade dele com o senhor cineasta.
Joey: Continuo não simpatizando com ela, mas durante o romance com o Pacey a personagem ficou menos chata. O relacionamento dos dois foi bem legal de acompanhar. Já a conversa e o beijo dela com o Dawson, no último episódio, sendo que ela estava "sofrendo" pelo Pacey, foram ridículos.
Pacey: O desenvolvimento dele foi crescente e gradual desde a primeira temporada, e de repente acabaram com tudo, o fizeram regredir. O mesmo que aguentou coisas mais pesadas, como a doença da Andie, por exemplo, agora teve uma postura desproporcional ao dizer que quando ele está com a Joey ele se sente um nada, que ela o faz se sentir assim. O encanto do Pacey era justamente a resiliência frente a tanto descrédito e falta de fé dos professores, família e até amigos. Parece que tudo foi feito pra abrir de novo um caminho para o relacionamento de Joey e Dawson. Sem propósito, visto que ficou claro que a Joey só vê o Dawson como amigo desde a segunda temporada. Enfim, se era pra eles se separarem, que fosse por um motivo razoável e mais trabalhado, como foi com a Andie (traição e problemas de saúde mental). Sem falar que no término do relacionamento eles mal choraram, fugiram um do outro. Muito incoerente.
Jenn: Ela sofreu a série inteira até agora. Seus relacionamentos, sejam amorosos ou não, sempre acabam por justificativas bobas, e sem sentido, algo meio relâmpago. Assim foi também com o Henry nessa temporada, depois de tanto acompanharmos o difícil início do namoro e seus entraves, ele acabou do nada, por e-mail. O fortalecimento da amizade da Jenn com o Jack foi bem bacana. Também foi legal saber mais da origem da personagem, entender o vazio que ela sente e porque o seu passado a abala constantemente. Um destaque para a relação dela com a avó.
Dawson's Creek (3ª Temporada)
4.1 111Novamente uma temporada regular. Gostei mais da reta final, que foi salva por Pacey e Joey, mas confesso que o triangulo amoroso Joey, Dawson e Pacey foi tedioso. Mudou o tema de abertura e parece que tentaram ressaltar mais a imagem de outros personagens. Além disso, não sei quais dos pais foi pior: o pai da Joey, o pai do Pacey, o pai do Jack e da Andie ou a mãe da Jenn.
Dawson: Os sentimentos dele variaram de tempos em tempos e as atitudes dele em não aceitar o relacionamento da Joey com o Pacey são grotescas, isso mostra o quanto ele continua imaturo. Joey passou um tempo sem ninguém, e quando ela resolve ficar com alguém ele decide que quer ficar com ela. Haja paciência! Novamente foi o personagem menos atrativo, a relação dele com o cinema é legal, mas suas cenas continuam arrastadas. A relação dele com a Eve, suposta irmã da Jenn, foi ridícula, não gostei da personagem e de nenhuma atitude dela.
Joey: Ainda não consegui simpatizar com a Joey, falam do Dawson, mas ela é muito imatura também: "Olha Dawson, eu te amo, mas não vou ficar com você, prefiro seu melhor amigo. Mas te amo, tá?" Socorro! Sem falar nas mil caretas e bocas que ela faz em todas as cenas. Achei que Pacey e Joey ficaram bem como casal, Joey fica melhorzinha quando está com o Pacey. Finalmente, quase no fim da temporada ela falou seus sentimentos para o Pacey. O fato de irem velejar juntos foi bem irreal, pois deu a entender que foram sem levar nada ou avisar alguém, os dois de menor, sem dinheiro e experiência, três meses velejando em mar aberto em um barco restaurado pelo Pacey, que até a pouco tempo era um idiota.
Pacey: Novamente se mostrou maduro e com boas atitudes. A conquista dele com a Joey foi legal de acompanhar, principalmente a estória de alugar uma parede para ela poder expressar a sua arte. Espero que o “triângulo amoroso” traga algumas transformações e amadurecimento aos três personagens.
Jenn: Ela amadureceu um pouco, entretanto, ela estava um tanto deslocada do enredo dos outros personagens. É perceptível que os problemas que ela passou nas temporadas passadas fizeram ela se tornar mais adulta. Achei o namorado dela meio mala, mas gostei da forma que ela se viu apaixonada por ele.
Dawson's Creek (2ª Temporada)
4.0 109O começo foi morno, depois da metade ficou melhor ao abordar assuntos mais profundos sobre ansiedade, depressão, religião, bullying, traição, preconceito, suicídio e homofobia de uma forma realista e sensível. A entrada dos personagens Jack e Andie acrescentou muito, fez a trama dos outros personagens ficar mais dinâmica. Entretanto, Joey e Dawson estavam chatos demais, as melhores cenas ficaram com Pacey, Jack e Andie. Assim, foi uma temporada regular.
Dawson: Apesar de ser chato e às vezes egoísta, eu gosto dele, mas o excesso de drama, por várias vezes, o tornou insuportável. Ele não amadureceu e, por ser o protagonista, também foi estranho ele não ter grande importância na temporada. Não sou muito fã de o Dawson ficar com a Joey, para mim eles não combinam como casal. Durante a temporada, eles começaram namorando, terminaram, voltaram novamente por alguns episódios e no final a Joey odeia o Dawson. O namoro deles é só drama, quase não teve cenas felizes deles se amando, aproveitando a juventude, eles sempre tinham problemas e brigas, são duas pessoas que não dão certo como casal tentando se prender a uma relação sem sentido.
Joey: Eu não tinha gostado muito dela na primeira temporada e continuo não gostando. Apesar de ter achado legal ela querer se encontrar e pensar em si, ela foi bem imatura nas brigas desnecessárias com o Dawson, nas desculpas sem cabimento, como quando terminou com ele pra "ficar sozinha" e começou a sair com o Jack pouco tempo depois. Sem falar no fato de ela dizer que até poderia perdoar o pai e ela mesma, mas nunca perdoaria o Dawson. Entendo que a situação era difícil, mas o Dawson fez o que fez porque era o certo e também queria protegê-la. Também não gostei do envolvimento dela com o Jack, não consegui vê-los como um casal.
Pacey: Sem dúvidas o melhor personagem dessa temporada, amadureceu muito. Foi ótimo quando ele enfrentou o sistema educacional e o seu pai, numa cena muito bonita entre os dois. O romance dele com a Andy foi muito bonito, combinaram bastante. Como separaram esses dois assim? Espero que ela volte e eles possam ficar juntos, foi muito triste o que aconteceu com a relação dos dois.
Jenn: Em alguns episódios eu gostava dela e em outros eu odiava, principalmente quando estava com a Abby. Na primeira temporada ela se mostrou tão evoluída e nessa ela parecia perdida, se comportando como vivia em Nova York. Gostei do relacionamento dela com Jack, acabou se tornando uma bonita amizade, a parceria dela com ele ficou bem melhor do que a parceria dele com a Joey.
Jack e Andy: Uma das coisas positivas desta temporada foi a entrada desses personagens. A estória da família deles deixou a trama mais madura, era bem tocante ver o quanto eles eram sozinhos e com todas as coisas que tinham que lidar. O Jack se mostrou ser uma ótima pessoa e amigo. Entretanto, achei o relacionamento dele com a Joey desnecessário, ele surgiu do nada, se apaixonou pela Joey do nada, a beijou do nada também, com direito a maior tensão sexual entre os dois e no fim, sem mais nem menos, assume que é gay (?). Também não entendi os motivos de criarem aquela estória para a Andy ir embora, o relacionamento dela com o Pacey estava tão legal, um ajudando o outro a superar seus dramas.
Evelyn: Na primeira temporada ela se mostrou bem diferente, parecia que ia ser uma daquelas carolas chatas, mas nessa temporada ela se revelou uma avó amorosa que está disposta, apesar das diferenças e brigas, a ajudar a neta a superar seus traumas. Deu para entender tanto o lado dela como o da Jenn. Foi muito tocante quando defendeu o Jack e lindo ao acolhê-lo na casa dela.
Abigail: Eu tive esperanças que algo bom fosse sair dessa personagem, eu esperava que fosse revelado algum dilema familiar ou algo que justificasse tanta maldade, mas não, Abby era má, simplesmente, porque adorava um drama. A única pessoa que realmente sentiu falta dela foi Jenn. Penso que, talvez, o motivo da participação dela na série fosse mostrar a influência e as consequências das más companhias.
Dawson's Creek (1ª Temporada)
4.1 223Séries dos anos 90 me trazem aquela nostalgia gostosa da adolescência. Quando passou na TV aberta eu vi poucos episódios, mas lembro que eu gostava, então resolvi assistir, pois tem aquele clima agradável de cidade pequena interiorana, com adolescentes se descobrindo. No início estranhei ver atores com mais de 20 anos interpretando adolescentes de 15 anos, mas depois acostumei. Além disso, notei alguns dramas desnecessários que me irritaram.
Dawson: é loiro, bonito, classe média alta, mora em um paraíso de casa e cidade, tem pais que o amam, uma escola legal, um melhor amigo fiel e duas meninas correndo atrás dele o tempo todo e, mesmo assim, só sabe reclamar de tudo. Foi difícil gostar dele no início, suas histórias geralmente são chatas e seu jeito sonhador incomoda um pouco.
Joey: vive com a irmã e lida com a perda da mãe e a prisão do pai, mesmo com o núcleo familiar bastante problemático, ela é uma das melhores da escola e sonha em fazer faculdade, para não ter a mesma vida dos pais ou da irmã. Ela faz bem os momentos dramáticos, como nas cenas com o pai, em diálogos que fala sobre sua mãe e também sobre o Dawson. Entretanto, algumas vezes eu acho que ela força demais, vive fazendo caras e bocas e revirando os olhos sem necessidade alguma.
Pacey: apesar de não aparecer muito no início, protagonizou os melhores diálogos e as cenas mais engraçadas, e se abriu sobre os dramas familiares. Depois do relacionamento com a professora ele deu uma leve amadurecida.
Jenn: enfrentou alguns dramas em Nova York, o que a levou a morar com a avó em Campeside. É uma personagem com personalidade forte, entretanto sem muito carisma, como na cena com o avô, que poderia ser emocionante, mas ela não derramou nenhuma lágrima, ficando bem artificial. Apesar dos traumas e a adaptação de relacionamento com a avó, Jenn estava ali para todos, querendo fazer parte do grupo, mas ninguém se importou com ela.
Dark (3ª Temporada)
4.3 1,3KEssa última temporada é bem entediante com muitas idas e vindas, tentativas e erros, que já não apresentam nada de muito novo. Os personagens continuam sem carisma, com extrema violência (mortes a pedrada, filha mata pai, mãe mata filha, homem mata criança para supostamente proteger seu filho), sem falar na falta de sinceridade e de conversas coesas. O pessoal continuou sem comer, sem tomar banho, sem se comunicar dignamente, mas se pegando fortemente. A chata da Martha teve mais destaque e outros personagens mais interessantes sumiram. A estória é arrastada demais, cada episódio parece uma eternidade, clima escuro o tempo todo, efeitos sonoros de suspense em excesso. Nos episódios finais eu já estava exausta e nem cuidava mais em qual ano se passava. O roteiro criou plots que não precisavam e outros que não foram desenvolvidos, houve falta de dinâmica para apresentar o mundo paralelo, e o apocalipse ficou extremamente limitado. Enfim, a temporada demora muito pra engrenar e no fim, tudo o que constrói se mostra inútil para o desfecho simples que teve.
Dark (2ª Temporada)
4.5 897A possibilidade de viagem no tempo é interessante, no entanto, são tantas viagens e tantos personagens indo e voltando que acaba ficando complexo e cansativo. Acho que a série peca pelo excesso de informações e pela confusão que aparece entre os personagens. Fica difícil acompanhar sem ter tido tempo de criar algum envolvimento com eles. Um ponto positivo foi a escolha dos atores para os personagens, os personagens do passado são muito parecidos com os personagens do futuro e vice-versa. Algumas revelações eu achei complexas e não compreendi como Charlotte e Elizabeth podem ser mãe e filha ao mesmo tempo, ou seja, serem a mesma pessoa. Outro questionamento é Mikkel e Michael (pai do Jonas) terem convivido na mesma linha temporal sendo a mesma pessoa. Resumo dessa temporada: Todo mundo se ama, todo mundo se odeia, todo mundo é parente, todo mundo quer consertar tudo, todo mundo atrapalha todo mundo e ninguém usa guarda-chuva! Até aqui achei superestimada, para mim foi o desenvolvimento de uma ideia complexa de um assunto não tão explorado, e que por não ser de origem estadunidense ajudou a causar o frenesi.
Dark (1ª Temporada)
4.4 1,6KO tema central da série é sobre viagem no tempo. Essa primeira temporada vai abordar a apresentação de personagens e a introdução dos enigmas que permeiam toda a narrativa. A trama é um emaranhado complexo necessitando de atenção para não perder o fio da meada. Achei que em vários pontos ela lembra a série Lost. Dark puxa dela vários aspectos como os inúmeros mistérios, os planos cinematográficos, os muitos personagens protagonistas, as viagens no tempo, os loops, os efeitos sonoros, os flashbacks, e até o bunker. Mas, infelizmente, uma característica primordial Dark não se assemelha: no carisma dos personagens. Não tive afeição por nenhum personagem, apesar de ótima atuação, achei-os ríspidos, tristes, inexpressivos, falam pouco e todos são parecidos entre si, são sempre grossos, agressivos, tomam decisões egoístas, brigam o tempo todo. Exceto o Jonas, que sempre está perambulando para cá e para lá, com pouca fala e sem fazer nada de muito relevante. Não se pode negar que os primeiros episódios de Dark também lembram a série Stranger Things na ambientação (floresta, clima dark, década de 80), no desaparecimento de uma criança e nos jovens andando de bicicleta, mas não é uma crítica, visto que o próprio Stranger Things também se baseia muito em ideias de filmes oitentistas. Em resumo, gostei da temática e ambientação, mas me incomodou o excesso de questões com poucas respostas e não consegui simpatizar com os personagens.
Godless
4.3 220 Assista AgoraA estória traz Frank Griffin, bandido sanguinário que amedronta o oeste americano junto do seu bando com mais de 30 homens. Um protegido seu, Roy Goode, se revolta com as atitudes do “padrinho” e foge com todo dinheiro do último assalto. Frank quer se vingar e organiza uma sangrenta caçada a Roy. Em cada cidade que Frank e seu bando passam, deixam a marca da violência e da destruição. Roy acaba sendo preso na cidadezinha chamada La Belle, habitada quase que totalmente por mulheres, uma vez que quase todos os homens morreram em um acidente na mina. Frank fica sabendo que Roy está escondido nessa a cidade e parte para lá.
A série possui vários subenredos, abordando também temas como relacionamento inter-racial e de gênero. O desenvolvimento dos personagens principais foi muito bem escrito, desdobrando-os aos poucos ao trazer à tona suas histórias em flashbacks. É difícil não criar empatia e não se emocionar pelas pessoas da cidade, que tentam reestruturar suas vidas, reerguer a cidade e ainda sobreviver nas mãos dos aproveitadores. O drama consegue manter o espectador intrigado mesmo em episódios quase tão longos quanto um filme. A cada episódio o enredo vai revelando o angustiante destino de La Belle, num contexto carregado por trágicas perdas nos confins de um lugar empoeirado e perdido no tempo.
A simplicidade da trama não é problema, se destaca a sensibilidade e a inteligência na elaboração do roteiro, que lançou mão da ausência de diálogos em algumas cenas, conduzindo o espectador através de olhares, insinuações e uma fotografia espetacular, acompanhados por uma trilha sonora dramática. A série também possui um ótimo figurino e atuações maravilhosas. No início pensei que a atriz Michelle Dockery estaria estigmatizada com a personagem de Mary Crawley (Downton Abbey), mas ela surpreendeu com uma contundente atuação, vide a merecida indicação ao Emmy. Além disso, a trama tem um dos melhores vilão, com um olhar frio e intimidador Jeff Daniels levou o merecido Emmy.
Algo que também achei louvável é que produções desse gênero tendem a ser sempre representados pelo sexo masculino, e essa série mostra um retrato novo da mulher nesse contexto, onde as perdas de seus maridos as fizeram “se virarem sozinhas”. Gostei muito da boa representatividade feminina. Enfim, a série tem um começo, meio e fim bem executados, sem enrolação, sem pontos soltos. Os únicos pontos que não me agradaram muito foi o final dos moradores de Blackdom, muito frustrante para ótimos guerreiros que viraram lenda entre os índios, e a morte do Whitey Winn, que achei desnecessária e sem graça, se era para ele morrer que fosse de uma forma mais “digna”. Também teria gostado mais se as mulheres tivessem derrotado o bando sozinhas de dentro do prédio, pois os homens só chegaram bem no finalzinho mesmo, como que só para salvar o dia.