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Últimas opiniões enviadas

  • André

    É impressionante como esse filme romantiza abusos e como mascara uma relação abusiva a partir de um conceito de tabu e de amor.

    Estou chamando de abusivo por alguns motivos. Em primeiro lugar a própria idade dos personagens, afinal, não é possível olhar para uma cena de uma mulher madura ir buscar um menino na escola e beijá-lo (de uniforme) - características estas que já tem sido indicativas de abuso infantil e na adolescência com meninas (ex: gravar vídeos íntimos com parte do uniforme). Em segundo lugar, há inúmeras relações não consensuais na trama: as masturbações, a relação homossexual, o café surpresa, todas as cenas envolvendo os dois protagonistas pelo primeiro motivo apontado...

    Mas é claro que não percebemos isso como algo abusivo, porque o personagem é homem e está no limiar da menoridade. Não parece um abuso porque não conseguimos superar a imagem de que só homem é abusador, que o ato da penetração masculina que configura o abuso, e que o homem deve, o tempo todo, ter vontade de fazer sexo com mulheres, independente da idade (corta pra cena dele contando pro amigo maravilhado que transou com uma mulher, exibindo-se).

    O que eu quero deixar aqui é que o filme corrobora com isso, produz isso e é conivente com isso. As extensas cenas de carícias entre os dois são parte da trama que quer nos dizer sobre o amor, ou melhor, convencer a aceitabilidade da relação. Coloca-se a sociedade como julgadora (pais e amigos) da relação, como se o problema estivessem unicamente naqueles que enxergam a situação como problema. Estabelece-se uma relação de personagens em que o conflito é sempre externo a eles, dizendo que Angela é carente sem em nenhum momento demonstrar essa carência. Os contra argumentos aparecem de maneira fraquíssima, como a mãe que trava na hora de dizer os abusos envolvidos nessa relação. Enfim, o filme produziu essa relação não só como aceitável, mas como algo que devemos nos sensibilizar (as entrevistas e análises todas se direcionam que deveríamos olhar mais para os afetos, sem considerar em nenhum momento a relação como abusiva), como uma relação bela que foi construída entre uma mulher de 40 e poucos e um menino menor de idade.

    Por fim, faço um convite: pense em situações inversas (um cara mais velho com uma menina) e veja se nesse contexto você considera as representações aceitáveis.

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  • André

    A animação (em termos de qualidade visual) é linda, e a trilha sonora tem uma qualidade excelente também. O filme traz à tona uma cultura não tão comum, a Mexicana. Esta cultura, porém, é apresentada em muitos pontos de maneira estereotipada, uma vez que os principais produtores do filme e enredo são norte americanos. Ainda assim, há um ganho sobre algumas tradições do Dia de los Muertos (não conhecia nada sobre os animais espirituais, por exemplo).

    O grande problema do filme foi apresentar e representar um discurso hegemônico e, ao que eu julgo, tóxico. A trama do filme é acerca da família, e muitos filmes (como Lilo e Stitch) são perfeitos para lidar com a temática. Esse filme (VIVA), porém, não teve seu êxito, ao exibir situações de que a família é a instituição mais importante (não estou dizendo que não tem sua importância) e que falhas pessoais podem ser perdoadas em nome da família.

    Comentário contando partes do filme. Mostrar.

    Assim, um pai que abandona a família (por mais que isso se mostre contrário ao decorrer do filme) pode ser perdoado, como se nenhum estrago tivesse sido feito.

    Ou ainda uma ambição de um garoto ser cortada pelo simples fato de a família há muito tempo atrás ter entrado em contato com isto, e ter dado ruim.

    Desta forma, com minha concepção chata de quem tá fazendo críticas sociais a filmes de criança, digo que, por mais que Miguel tenha estabelecido vínculos afetivos interessantes, uma observação mais próxima permitiria concluir que grande parte destes tenham apenas se consolidado a partir do momento em que a questão familiar entra.

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  • Nenhum recado para André.

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