É sabido que o filme teve um dos (senão o) maiores orçamento da indústria do cinema, não devido aos efeitos, cenários ou aos atores, mas sim ao mal planejamento. Tal mau planejamento resultou em mudanças de roteiro em cima da hora, reconstrução de diversas cenas, adiamento do prazo de entrega do filme, dentre outro problemas. Supõe-se que uma das estratégias feita para recuperar o dinheiro e obter um bom lucro encima do filme foi abaixar a faixa etária do filme, para abranger um maior número de público.
Devido a necessidade de se ter um filme acessível a quase todas as idades acabou-se formando um filme ingênuo de zumbis. Não se pode dizer que é um filme de terror/horror ou suspense, quase não se vê sangue, os momentos de tensão são fracos e não há nenhuma cena que causa desconforto na platéia. Maior público, menor qualidade. O longa se encaixa no gênero de ação ou até mesmo de aventura, decepcionando a muitos nas salas de cinema, que obviamente não esperavam por um filme de aventura. Porém, diga-se de passagem, a trama se tornou uma excelente aventura ou filme de ação.
Os zumbis, que estavam sendo questionados por serem mau feitos, estão muito bem. É realmente estranho ver os mortos vivos no formato de computação gráfica, mas com o tempo acostuma-se. Eles não estão no formato clássico muito conhecido, são ferozes, rápidos e andam sempre em bando, outro fator que causa certa estranheza de primeira vista, mas que não compromete o rendimento do filme, pelo contrário, atrai a atenção e aumenta a curiosidade do público.
O ponto mais interessante do longa, que o livra de ser...
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Guilherme del Toro está de volta, o diretor super elogiado por seu trabalho em O Labirinto do Fauno (2006) e também conhecido por HellBoy (2004)e O Orfanato (2007) volta as telonas com o terror Mama.
O filme começa contando a história de um investidor, após perder a maioria de suas ações por causa da crise de 2008 entra em pânico. Perdido no que fazer e como lidar, acaba assassinando seu sócio e sua mulher. A policia chega ao local e começam a procurar o suspeito, que foge com suas duas filhas pequenas horas antes. Dirige na estrada sem destino e acaba batendo o carro em uma floresta. Saindo do carro com as pequenas, encontra uma casa abandonada. Chega a quase cometer suicídio, mas não as podiam deixar ali. Em um ato de loucura, ia matar sua filha de quatro anos, quando some misteriosamente. Ela e a irmã, de um ano, ficam ali, abandonadas.
Cinco anos depois, as garotas Victoria (Megan Charpentier) e Lilly (Isabelle Nelisse) são encontradas por dois homens contratados pelo seu tio Lucas (Nikolaj Coster-Waldau) e sua tia Annabel (Jessica Chastain), que passa todos esses anos procurando os três desaparecidos. Estão em um estado primitivo, como animais. Começa então uma reintegração delas a sociedade, mas as garotas insistem em conversar com uma entidade imaginária, a qual se referem como “Mama”.
Analisando a filmografia do diretor mexicano podemos nos decepcionar com determinados aspectos, ter nossas expectativas correspondidas em outros mas em nenhum momento del Toro nos surpreende na sua mais nova trama.
Dentre os aspectos que correspondem as expectativas de acordo com o histórico do diretor temos a arte visual, que está linda, del Toro sempre fazendo um bom trabalho com seus monstros. Outro aspecto é o modo do qual a história é carregada, mesmo sendo uma trama simples e sem surpresas o filme nos prende. Também podemos observar a cobrança de del Toro sob o elenco, que não carrega nenhum grande nome mas não deixa a desejar, mas deixemos isso pra depois.
Dentre os aspectos que decepcionam temos a trama fraca, que se não fosse pela arte e pelas atuações o filme podia ser levado como apenas mais um filminho de terror pra se ver com os amigos a noite e tomar alguns sustos. Mas, inevitavelmente é o desfecho o ponto crucial da crítica negativa do filme, final fraco, exageradamente dramático, quebrando, por assim dizer, o filme.
A boa ou má atuação de uma criança em um filme deve-se 80% ao diretor, quando bem dirigida, a criança atua bem, quando má dirigida, a criança atua mal. Vale ressaltar a...
A fase dois da Marvel, ou fase pós Vingadores, prometia chegar em grande estilo com o herói mais badalado dos últimos anos, mas a promessa não se cumpriu. No filme não temos mais aquele Tony Stark que estufa o peito e diz com todo orgulho “Eu sou o Homem de Ferro”, começamos com um Stark numa espécie de crise existencial pós ataque alienígena em Nova York, mostrado no filme dos Vingadores. O heróis diz ser apenas um homem enlatado no meio de deuses alienígenas e outras dimensões. Lembrando-se das primeiras divulgações do filme, das quais prediziam um filme num tom sombrio e mais sério pode-se supor que os produtores se aproveitaram do sucesso de O Cavaleiro das Trevas Ressurge para chamar a atenção do público. Apesar de o filme ter realmente um tom mais dramático que os dois anteriores, está longe de ser um longa sombrio a ser levado num tom mais sério. Para manter a personalidade extravagante do herói que conhecemos bem, o filme não economizou em piadinhas, quando parece que o filme está encaminhando a um drama bem elaborado tal clima é quebrado de uma maneira, que muitas vezes deixam de ser engraçadas e se tornam irritantes. Convenhamos que o contexto do qual acaba-se de ver sua mulher sendo torturada não proporciona um momento bem humorado. Podemos dizer que o filme decepciona em alguns aspectos, o principal dele é o vilão Mandarim que é de longe o melhor vilão das HQs do Homem de Ferro. Dentre todas as adaptações cinematográficas da Marvel pela Disney, o Mandarim é o personagem menos fiel já adaptados a mídia. O vilão do terceiro filme é sim o melhor dos já mostrados nos anteriores, o que não é nenhum grande feito, mas continua sendo um vilão com pouca carisma e muito mal construído. A proposta colocada na adaptação do vilão as telonas é interessante, mas não passa disso, muito por conta de ser pouco explorada. Assim como um vilão mal formulado temos um roteiro mal formulado, repleto de falsas coincidências e com alguns furos que não coincidem com os filmes anteriores, como armaduras que...
Trazer figuras idolatradas por cinéfilos para a telona de forma biográfica é sempre um trabalho ousado e exige uma grande responsabilidade, um trabalho do qual dificilmente agrada seu público e sempre traz consigo grandes controversas. O filme estrelado por Anthony Hopkins não foge do esperado.
Inspirado no livro Alfred Hitchcock e os Bastidores de Psicose, a trama se passa entre a estreia de Intriga Internacional (Julho de 1959) e a estreia dePsicose (Agosto de 1960). O filme nos mostra um Hitchcock desconfiado, irônico, autêntico, insistente, detalhista e que não economiza palavras na hora de utilizar seu humor negro. O cineasta é apresentado como uma figura única e icônica, uma personalidade que se espera de um ídolo como Hitchcock e tira a expectativa de alguns de o verem como uma figura mais humana.
Hitchcock começa o filme em um mal estar consigo mesmo, pode-se dizer que o personagem se encontra numa crise existencial. Após ler certas críticas sobre Intriga Internacional o diretor se sente subestimado e deixado de lado, o que o leva a uma epifania de sede ao novo, buscar surpreender ao seu público e principalmente aos seu críticos, levando-o a produzir Psicoseuma de suas mais sucedidas obras.
Para aqueles que vão ao cinema esperando um filme 100% focado em Hitchcock, o filme surpreende. O que é extremamente normal já que o título carrega o nome do cineasta. Alma Reville (Hellen Mirren) recebe muita ênfase na trama, pode-se se dizer que a mulher do diretor chega ate a roubar cena, ou no mínimo dividir as atenções das câmeras. Fato curioso do filme, pois a mulher que é mostrada como uma figura importante na história do cinema, pois era extremamente influente na obra de seu marido, recebe pouca ênfase em livros, documentários dentre outras mídias correspondentes a história da sétima arte.
Hopkins, vencedor do Oscar (Silêncio dos Inocentes - 1991) com a ajuda de uma maquiagem caricata mas que não deixa de ser muito boa, esta numa atuação impecável junto a sua companheira de cena Hellen Mirren não deixa a desejar. O elenco representa e não sentem o peso de retratar figuras históricas para o cinema. Temos também a atuação breve porém muito boa de Scarlett Johansson., interpretando Janet Leigh, a atriz da famosa cena do chuveiro.
Interessante também como nos é mostrado o lado marketeiro de Hitchcock, o que também gerou polêmica, pois dizem que há diversos mitos nessas histórias. Deixando o lado Mythbusters de lado, um dos...
O 11 de setembro é o acontecimento mais importante do século XXI. É pouco provável encontrar alguma pessoa que não se lembre do que estava fazendo nesse dia até assistir à tragédia. Não é de se esquecer, afinal, estávamos todos observando o país mais poderoso do mundo sendo atacado em seu próprio território.
Uma grande mudança na configuração do mundo começou a partir do fato, o que foi instantaneamente refletido no cinema. O sotaque russo dos vilões foi substituído pelo árabe, e o patriotismo voltou a comparecer nas telonas, só que agora com uma atmosfera mais documental e menos caricata em relação aos anos 80. Katherin Bigelow é um dos nomes dessa nova forma de elevar o país, diretora de “Guerra ao Terror“, ela aposta agora na caçada por um dos grandes causadores dessa mudança no mundo: Osama Bin Laden.
“A hora mais escura” é um filme que retrata os bastidores da caçada pelo líder terrorista Bin Laden a partir da persistência de Maya (Jessica Chastain) em procurá-lo. Com um final que todos já sabem, o filme aposta na interpretação de Jessica e nos detalhes que envolveram a missão para manter a trama envolvente. Maysa é uma espécie de “soldado de gabinete”, nesses novos tempos em que a luta se passa num computador.
Essa percepção da diretora já foi registrada em “Guerra ao Terror“, quando os homens-bomba representavam as poucas açōes significativas em terra firme, o conflito real estava nas redes de informação e no simples botão capaz de destruir o “inimigo“. Para tal efeito, o silêncio é uma das marcas também em “A hora mais escura“, ela é permanente nos diálogos, sem a colaboração de um efeitos musicais. A interrupção dessa amenidade de escritório se dá pelas explosões, ora ao redor do globo (Madrid,Londres), ora ao lado da embaixada americana no Oriente Médio.
O mérito em contextualizar a “guerra“ passa também por uma sensação de estranheza quando observamos práticas medievais vivas. A tortura é mostrada ainda como uma das maneiras que o homem se utiliza para conseguir informações. Os primeiros minutos estão repletos dessas cenas. Inicialmente o filme não se posiciona. Assim como Maya, somos meros espectador dessa realidade, até que a protagonista se manifesta, dividindo as opiniões do que cada um pensa sobre questões humanísticas.
Essa indiferença aos direitos humanos em nome da pátria é também acompanhada de uma das mais fortes manifestações nacionalistas que os norte americanos possuem: a crença de que eles serão os condutores da ...
Um dos gêneros cinematográficos mais controversos da história volta a marcar presença no Oscar. Depois de Chicago, DreamGirls, e Nine, outro musical promete agradar a academia em todas as categorias que disputa.Os Miseráveis é mais uma daquelas obras que dançam conforme a música hollywoodiana, tanto por ser uma história que se permite explorar vários elementos estéticos (figurino, cenário, direção de arte, trilha), quanto por manter vivo os atributos básicos de um ator americano (cantar, dançar, atuar).
O filme se baseia num dos romances mais lidos de Victor Hugo, e já teve 2 outras adaptaçōes no cinema. O enredo conta a trajetória de Jean Valjean (Hugh Jackman) numa França do século XIX, anos depois da grande revolução de 1789. Jean é perseguido pelo policial Javert (Russell Crowe) por ter ferido sua liberdade condicional, e passa décadas foragido.Nesse tempo, o protagonista se comove com a história de Fantine (Anne Hathaway), cujos sonhos estavam desolados por estar se sujeitando a prostituição,além de estar longe de sua filha Cosette (Isabelle Allen e Amanda Seyfried).A solidariedade do personagem de Jackman é tanta que ele decide cuidar de Cosette, sendo um pai para a garota devido aos problemas de Fantine.
Todo esse desenvolvimento é contado através de músicas, deixando pouquíssimos espaços para diálogos.Um tanto cansativo para quem fica em cima do muro dessa oposição que o gênero causa, mas que pode ser curado com os elementos encantadores da trama. As atuaçōes de Anne Hathaway e Hugh Jackman são um desses elementos, enquanto Hugh encarna fielmente a redenção de Valjean, Anne tem passagem curta no filme, mas suficiente para arrancar choros e arrepios da plateia. “I Dream the dream” é a música do filme que rendeu a atriz a indicação ao Oscar e são os minutos preciosos...
É raro ver filmes do gênero concorrer aos grandes prêmios anuais cinematográficos. O Lado Bom da Vida concorre a oito prêmios da Academia, incluindo melhor filme, e concorreu a quatro estatuetas do Globo de Ouro, ganhando apenas o prêmio de melhor atriz para Jennifer Lawrence. Foi também o grande vencedor do Spirit Awards 2013, considerado o maior prêmio do cinema independente, levando estatuetas de melhor filme, diretor, roteiro e atriz.
O filme se destaca entre outros do gênero por não fazer jus total ao que o seu gênero pré define, pois ao longo do tempo é possível perceber uma variação entre comédia romântica e comédia dramática. Tal divisão de gêneros e a base do enredo fazem com que o filme possa ser considerado o filme indie estadunidense do Oscar 2013. É baseado no de mesmo título, o primeiro do autor Matthew Quick.
O Lado Bom da Vida foca muito no enredo e no elenco, tornando inevitável o alto envolvimento da plateia com a obra. O filme trata-se de uma história de romance muito bem tramada e, mesmo com alguns clichês, original. Um romance envolvendo personagens com distúrbios psicológicos e problemas familiares, o segundo já é marca do diretor David O. Russell (Três Reis – 1999, O Vencedor – 2010), conseguindo levar a situação num tom leve mas mantendo a seriedade do assunto, fazendo o filme variar entre risos descontraídos a momentos tensos de roer as unhas, seguindo a linha do vai e volta, do calmo ao distúrbio, assim como a doença dos personagens.
O elenco foi muito bem escolhido, confirmando o potencial das antigas promessas Bradley Cooper (Se Beber Não Case) e da Jennifer Lawrence (Jogos Vorazes). Os dois atores receberam merecidamente indicações a melhor ator e atriz ao Oscar e arrisco dizer que Jennifer Lawrence é uma forte candidata ao prêmio da Academia.
Cooper interpreta Pat Solitano Jr., que acaba de sair de um hospital psiquiátrico e segue em busca de reconstruir sua vida e reconquistar sua mulher. O problema que Pat tem transtorno bipolar, e um dos grandes méritos desse filme é como são apresentados esses problemas psicológicos. O assunto é apresentando em um tom verdadeiro, chegando a ser cômico para o espectador e ao mesmo tempo digno de pena. Há atitudes imprevisíveis que surgem de surtos, representando a veracidade e também a voracidade do transtorno, que até então era representado, e de maneira errada, por piadas seguidas por estereótipos como “Eu amo ser bipolar. Eu odeio ser bipolar.” Registrando o transtorno como se fosse uma simples variação de humor.
Já Jennifer interpreta Tiffany. A extravagante personagem conhece Pat em um jantar, que por conta dos problemas do dois, acaba sendo considerado um desastre pela anfitriã. A moça sofre de depressão depois da morte do marido. A veracidade de como a depressão é tratada, passando do estereótipo “choro e cama”, impressiona até mais do que o modo de como o transtorno bipolar de Solitano é tratado. Tiffany é confusa e tem atitudes de moral...
Todos (é o que se espera) conhecem a lenda de João é Maria, a história está presente no nosso inconsciente coletivo. O filme conta uma história alternativa de “after” João e Maria, onde os dois irmãos dominaram a arte de caçar bruxas usando principalmente a sua imunidade a feitiços. A proposta inicial é interessante, pode se dizer que chega até a ser ousada, mas, por ser muito mal explorada, não passa disso.
Por ser um filme que não exige muito de seus atores, a presença do ator indicado duas vezes ao Oscar Jeremy Renner passa quase que despercebida. O personagem não exige muito, pode-se dizer que é um personagem fácil de ser interpretado.
As cenas de ação, mesmo com o filme usufruindo da tecnologia 3D, não convencem e muito menos impressionam. Algo intrigante, pois a ação é o foco da trama e chega até a ser interessante quando apresentada, mas ao passar do tempo se torna enjoativa por ser extremamente repetitiva. A maquiagem, por sua ver é ruim, muito abaixo daquilo que se espera de uma bruxas hollywoodianas, nesse quesito o filme realmente decepciona.
Para não dizer que o filme só possui pontos negativos, vale lembrar do cenário. O longa se passa quase na integra numa vila em formato medieval e nas florestas ao seu redor. O cenário é interessante e bem feito, juntando com a tecnologia 3D tem se um bom resultado.
Filmes do gênero, quando não levados a sério podem até...
Quando Hollywood se propõe a retratar nas telonas um fato histórico pensa-se de cara que o americano será o “bem” e o não ianque será o “mal”. O não ianque pode se traduzir em russos, japoneses, iraquianos, iranianos, alemães, tudo conforme o contexto. Ben Affleck, que já atuou no patriotesco “Pearl Harbor”, pretende em seu novo filme evitar esses confrontos e levar ao seu público a tensão provocada pelo acontecimento.
Em 1979, uma crise diplomática envolvendo os Estados Unidos e o Irã provocou diversas manifestações no país do oriente médio. As massas iranianas exigiam que o governo americano entregasse o xá Reza Pahlevi, deposto pelo aiatolá Khomeine. Ao receber um “não” do tio Sam, manifestantes aprisionaram 54 funcionários da embaixada estadunidense, deixando escapar seis pessoas. Tony Mendez (Ben Affleck), agente da CIA, tem a missão da resgatar os refugiados antes que os iranianos encontre-os.
Com essa urgência Tony tem uma ideia arriscada e ao mesmo tempo inusitada para o resgate: montar um filme falso cujas locações se encontram no Irã. Nesse ponto é que a trama ganha tons cômicos, já que o agente precisa da consultoria de Hollywood para cumprir a missão. O especialista em maquiagem John Chambers (John Goodman) e o produtor Lester Siegel (Alan Arkin) são os escalados, tanto Alan Arkin quanto John Goodman agradam a plateia com suas piadas diante do projeto. No entanto, esse humor traz uma estranheza para a história, já que, por outro lado, o clima é sufocante.
Conforme o filme se desenvolve, a descontração se casa com a seriedade. O personagem de Affleck precisa persuadir seu chefe nos Estados Unidos e o grupo de refugiados no Irã sobre o projeto e, desse modo, a tensão é dobrada e o roteiro encontra o momento certo para apresentar esses impasses. Para ajudar, o acompanhamento visual beira a uma reportagem jornalística, fruto também de...
Michael Haneke é conhecido por mostrar em suas obras o comportamento humano em situações extremas, geralmente demonstrando um comportamento negativo em tais contextos. Amor não foge, como já dito por outras críticas, completamente disso. O diretor mantém sua característica de explorar situações extremas, mas dessa vez com um comportamento longe de ser considerado negativo.
George e Anne são um casal que já passou dos 80, ex professores de música e compartilham um bom gosto musical. O cotidiano do casal muda drasticamente quando Anne sofre um derrame e George se encarrega de cuidar de sua mulher.
Haneke retrata o tema amor de umas das maneiras mais sinceras e mais puras já vistas no cinema. Um amor sem interesses, um amor sem o encanto ilusório adolescente, um amor maduro e convincente, um amor que faz jus ao título.
Assistir a obra pode ser uma experiência desconfortável. O diretor apresenta a velhice de forma assombrosa, criando uma sensação ruim para a plateia, dando até vontade de retirar-se da sala. A vontade não se deve pelo filme ser ruim, longe disso, mas sim pelo desconforto que segue a linha proposta de Hanike.
O filme inteiro conta com um tom perturbante, são raros os sorrisos nos rostos dos personagens e mais raros ainda são os sorrisos nos rostos presentes na plateia. O cenário composto apenas...
O cinema é uma das mídias mais suscetíveis aos avanços tecnológicos. Desde o movimento de um trem que assustava plateias no século XIX, diretores, produtores e cenógrafos0 procuram novas ferramentas para continuar nos deslumbrando. Nos dias de hoje a locomotiva é o 3D, e cada vez mais filmes estão provando o quão mágico o cinema ainda pode ser.
O filme As Aventuras de Pi é mais um exemplo desse espetáculo. Nele conseguimos presenciar múltiplas sensações seja na serenidade de uma ilha paradisíaca ou até na tensão de um navio naufragando.O Chinês Ang Lee (O Segredo de Brokeback Mountain) assina como diretor e produtor da obra e conta uma história adaptada do livro de mesmo título.
Pi (Irrfan Khan), já adulto, mora no Canadá, lá conta a um jornalista (Rafe Spall) como passou a acreditar em Deus. O filme passa então a ser biográfico, mostrando a infância do personagem na Índia até o acontecimento mais importante da sua vida. A diversidade de influências que o garoto recebia na infância já tira a ideia de que o filme possa ser religioso ou dogmático, ao contrário, acompanhamos a trajetória de uma criança conhecendo as diferentes convicções dentro da cultura indiana (hinduísmo), dentro das religiões que o seu país de origem abriga (islamismo, cristianismo) e até mesmo do ceticismo do seu pai (Adil Hussain). Ao longo da história, principalmente no desfecho, também se tem exemplos que o filme está longe de querer converter alguém.
Mas não é só de experiências internas que As Aventuras de Pi encanta...
Os Irmãos Wachowisky (Matrix, V de Vingança) estão de volta!! Nos mostrando que, mesmo após o fracasso de Speed Racer, eles ainda sabem fazer filmes envolventes e reflexivos. No seu novo filme eles fazem, como poucos, uma mixagem de gêneros do cinema.
A proposta do filme segue a premissa de filmes como Babel (Alejandro González), Magnólia (Paul Thomas Anderson) ou até do recente 360 (Fernando Meirelles), filmes dos quais seguem a proposta de dizer que “tudo está ligado”. O que diferencia A Viagem (título mal traduzido de Cloud Atlas) dos demais títulos está no fato de que os acontecimentos e os personagens dos quais se ligam durante toda a trama não atuam em único tempo e espaço. O filme migra desde 1849 até 2144, nesse espaço de tempo nos é apresentado seis histórias, todas pulando longinquamente no tempo e todas deslumbrantemente ligadas.
O filme pode não ser muito bem recebido por aqueles que não simpatizam com teorias espirituais como carma, reencarnação, vida após a morte e afins, pois toda sua trama percorre em base em tais preceitos, dizendo que nossa vida está diretamente ligada com os mais simples atos bondosos ao mais cruéis de nossas vidas do passado e de que nossos atos no presente formarão a nossa próxima encarnação. Porém o filme vai além, utilizando tais preceitos para fortalecer outra mensagem nada dogmática e muito mais digna, teclando na Quebra de Convicções, na luta contra aqueles que quererem a permanência, que impõe ciclos antiéticos dentre outras convicções. A mensagem é passada de diversas maneiras, desde um jogo de futebol passando na TV ao fundo da Inglaterra vs Escócia, de velhinhos fugindo do asilo, de grupos abolicionistas e caminhando até grandes revoluções.
O roteiro, muito por conta de ter seis diferentes histórias envolvidas, é instável. É inevitável que você se prenda muito mais a um enredo e se canse de outro. Porém...
Competência, talento e prazer. Talvez esses sejam os principais atributos para atingir-se o sucesso em qualquer área. Quentin Tarantino os possui, não por acaso, é considerado o diretor de cinema mais influente de sua geração. Em Django, seu trabalho mais recente, se vê uma prova de tudo isso, desde o impecável cenário, até na ousadia de abordar um tema esquecido nos filmes de faroeste: A Escravidão.
A História se passa nos Estados Unidos, em 1858, numa época em que o país ainda não era tão unido, dois anos antes da Guerra de Secessão. O Personagem Django (Jamie Foxx), um escravo que com a ajuda do caçador de recompensas Dr.Shultz (Cristopher Waltz) livra-se de sua condição e parte em busca da escrava Brunhilda (Kerry Washington), esposa de Django e propriedade de Calvin Candie (Leonardo di Caprio).Um enredo divertido e com a tema Vingança se repetindo , desde Kill Bill e Bastardos Inglórios.
Mas essa não é a repetição que mais interessa, os personagens icônicos, o cenário violento e os diálogos empolgantes também estão de volta, além da presença cativa de homenagens à história do cinema. O prazer do Diretor em fazer filmes se reflete também no prazer dos atores de representarem as caricaturas que suas figuras históricas possuem. É o caso de Leonardo di Caprio e Samuel L. Jackson, que formam uma dupla de arrancar risadas e carisma por parte do público. Enquanto Jackson completa o álbuns de interpretações clássicas, di Caprio se mostra uma grande novidade como vilão: excêntrico, divertido e com a personalidade que o todo holioodiano deveria ter. Se o assunto é personalidade, Cristopher waltz também tem de sobra, o ator consegue repetir o trabalho que fez em Bastardos Inglórios e traz consigo truques geniais, além de um coadjuvante que, muitas vezes, rouba a cena do próprio protagonista.
Com todo esse elenco, o diretor consegue fazer uma de suas grandes obras, mas dificilmente a maior delas...
O alto nível de qualidade técnica visto na trilogia do anel se repete em O Hobbit, maquiagem impecável, figurinos impecáveis, trilha sonora impecável, cenários impecáveis, fotografia impecável, sonoridade impecável, efeitos especiais impecáveis, enfim, o visual do filme em geral impecável (os 48 frames por segundo realmente impressionam). Alguns dos conceitos técnicos da saga do anel são até superados em O Hobbit, como maquiagem e efeitos especiais, o que era de se esperar pelo avanço tecnológico ocorrido nesses últimos dez anos.
As atuações de Martin Freeman e de Ian McKellen também não deixam a desejar, Freeman incorpora muito bem a figura de um Hobbit, sempre muito carismático e autêntico. McKellen, como já era de se esperar, está muito bem como Gandalf. Quando os dois atores contracenam resulta sempre em uma cena envolvente, as vezes hilária noutras vezes comoventes.
O problema de O Hobbit é que além de nos trazer de volta todas as qualidades técnicas deslumbrantes vistas em O Senhor dos Anéis, Peter Jackson nos trouxe de volta o mesmo roteiro arrastado, diálogos longos e poucos objetivos e um filme sem ritmo constante, podendo até ser um filme cansativo para aqueles que não têm conhecimento da trilogia de Jackson ou do universo de Tolkien.
Tratando-se de uma adaptação de um livro infantil era de se esperar um filme que não...
Fui para o cinema esperando algo em um tom mais realista e mais distante das origens da franquia como visto nos últimos dois filmes. Felizmente me enganei. Parece que devido ao fato da franquia 007 completar 50 anos surgiu uma proposta de se fazer algo que pode-se comparar com um tributo aos antigos filmes e ainda assim se mantendo atual, se encaixando muito bem no contexto moderno. Cenas de ação com clichês clássico, cenas com animais, um vilão caricato, volta de personagens antigos, utensílios extravagantes, dentre outros fatores proporcionam um tom nostálgico aos antigos fãs da série. Além do filme também manter um clima menos fantasioso em relação aos antigos e se atualizar bem ao nosso atual contexto, como abrir uma discussão sobre a importância da existência de agentes secretos no mundo de hoje. Juntando essas duas coisas resultou-se em um ótimo filme, pode-se dizer um dos melhores da franquia. Fica aqui minha indicação.
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Guerra Mundial Z
3.5 3,2K Assista AgoraÉ sabido que o filme teve um dos (senão o) maiores orçamento da indústria do cinema, não devido aos efeitos, cenários ou aos atores, mas sim ao mal planejamento. Tal mau planejamento resultou em mudanças de roteiro em cima da hora, reconstrução de diversas cenas, adiamento do prazo de entrega do filme, dentre outro problemas. Supõe-se que uma das estratégias feita para recuperar o dinheiro e obter um bom lucro encima do filme foi abaixar a faixa etária do filme, para abranger um maior número de público.
Devido a necessidade de se ter um filme acessível a quase todas as idades acabou-se formando um filme ingênuo de zumbis. Não se pode dizer que é um filme de terror/horror ou suspense, quase não se vê sangue, os momentos de tensão são fracos e não há nenhuma cena que causa desconforto na platéia. Maior público, menor qualidade. O longa se encaixa no gênero de ação ou até mesmo de aventura, decepcionando a muitos nas salas de cinema, que obviamente não esperavam por um filme de aventura. Porém, diga-se de passagem, a trama se tornou uma excelente aventura ou filme de ação.
Os zumbis, que estavam sendo questionados por serem mau feitos, estão muito bem. É realmente estranho ver os mortos vivos no formato de computação gráfica, mas com o tempo acostuma-se. Eles não estão no formato clássico muito conhecido, são ferozes, rápidos e andam sempre em bando, outro fator que causa certa estranheza de primeira vista, mas que não compromete o rendimento do filme, pelo contrário, atrai a atenção e aumenta a curiosidade do público.
O ponto mais interessante do longa, que o livra de ser...
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Mama
3.0 2,8K Assista AgoraGuilherme del Toro está de volta, o diretor super elogiado por seu trabalho em O Labirinto do Fauno (2006) e também conhecido por HellBoy (2004)e O Orfanato (2007) volta as telonas com o terror Mama.
O filme começa contando a história de um investidor, após perder a maioria de suas ações por causa da crise de 2008 entra em pânico. Perdido no que fazer e como lidar, acaba assassinando seu sócio e sua mulher. A policia chega ao local e começam a procurar o suspeito, que foge com suas duas filhas pequenas horas antes. Dirige na estrada sem destino e acaba batendo o carro em uma floresta. Saindo do carro com as pequenas, encontra uma casa abandonada. Chega a quase cometer suicídio, mas não as podiam deixar ali. Em um ato de loucura, ia matar sua filha de quatro anos, quando some misteriosamente. Ela e a irmã, de um ano, ficam ali, abandonadas.
Cinco anos depois, as garotas Victoria (Megan Charpentier) e Lilly (Isabelle Nelisse) são encontradas por dois homens contratados pelo seu tio Lucas (Nikolaj Coster-Waldau) e sua tia Annabel (Jessica Chastain), que passa todos esses anos procurando os três desaparecidos. Estão em um estado primitivo, como animais. Começa então uma reintegração delas a sociedade, mas as garotas insistem em conversar com uma entidade imaginária, a qual se referem como “Mama”.
Analisando a filmografia do diretor mexicano podemos nos decepcionar com determinados aspectos, ter nossas expectativas correspondidas em outros mas em nenhum momento del Toro nos surpreende na sua mais nova trama.
Dentre os aspectos que correspondem as expectativas de acordo com o histórico do diretor temos a arte visual, que está linda, del Toro sempre fazendo um bom trabalho com seus monstros. Outro aspecto é o modo do qual a história é carregada, mesmo sendo uma trama simples e sem surpresas o filme nos prende. Também podemos observar a cobrança de del Toro sob o elenco, que não carrega nenhum grande nome mas não deixa a desejar, mas deixemos isso pra depois.
Dentre os aspectos que decepcionam temos a trama fraca, que se não fosse pela arte e pelas atuações o filme podia ser levado como apenas mais um filminho de terror pra se ver com os amigos a noite e tomar alguns sustos. Mas, inevitavelmente é o desfecho o ponto crucial da crítica negativa do filme, final fraco, exageradamente dramático, quebrando, por assim dizer, o filme.
A boa ou má atuação de uma criança em um filme deve-se 80% ao diretor, quando bem dirigida, a criança atua bem, quando má dirigida, a criança atua mal. Vale ressaltar a...
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Homem de Ferro 3
3.5 3,4K Assista AgoraA fase dois da Marvel, ou fase pós Vingadores, prometia chegar em grande estilo com o herói mais badalado dos últimos anos, mas a promessa não se cumpriu. No filme não temos mais aquele Tony Stark que estufa o peito e diz com todo orgulho “Eu sou o Homem de Ferro”, começamos com um Stark numa espécie de crise existencial pós ataque alienígena em Nova York, mostrado no filme dos Vingadores. O heróis diz ser apenas um homem enlatado no meio de deuses alienígenas e outras dimensões.
Lembrando-se das primeiras divulgações do filme, das quais prediziam um filme num tom sombrio e mais sério pode-se supor que os produtores se aproveitaram do sucesso de O Cavaleiro das Trevas Ressurge para chamar a atenção do público. Apesar de o filme ter realmente um tom mais dramático que os dois anteriores, está longe de ser um longa sombrio a ser levado num tom mais sério. Para manter a personalidade extravagante do herói que conhecemos bem, o filme não economizou em piadinhas, quando parece que o filme está encaminhando a um drama bem elaborado tal clima é quebrado de uma maneira, que muitas vezes deixam de ser engraçadas e se tornam irritantes. Convenhamos que o contexto do qual acaba-se de ver sua mulher sendo torturada não proporciona um momento bem humorado.
Podemos dizer que o filme decepciona em alguns aspectos, o principal dele é o vilão Mandarim que é de longe o melhor vilão das HQs do Homem de Ferro. Dentre todas as adaptações cinematográficas da Marvel pela Disney, o Mandarim é o personagem menos fiel já adaptados a mídia. O vilão do terceiro filme é sim o melhor dos já mostrados nos anteriores, o que não é nenhum grande feito, mas continua sendo um vilão com pouca carisma e muito mal construído. A proposta colocada na adaptação do vilão as telonas é interessante, mas não passa disso, muito por conta de ser pouco explorada.
Assim como um vilão mal formulado temos um roteiro mal formulado, repleto de falsas coincidências e com alguns furos que não coincidem com os filmes anteriores, como armaduras que...
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Hitchcock
3.7 1,1K Assista AgoraTrazer figuras idolatradas por cinéfilos para a telona de forma biográfica é sempre um trabalho ousado e exige uma grande responsabilidade, um trabalho do qual dificilmente agrada seu público e sempre traz consigo grandes controversas. O filme estrelado por Anthony Hopkins não foge do esperado.
Inspirado no livro Alfred Hitchcock e os Bastidores de Psicose, a trama se passa entre a estreia de Intriga Internacional (Julho de 1959) e a estreia dePsicose (Agosto de 1960). O filme nos mostra um Hitchcock desconfiado, irônico, autêntico, insistente, detalhista e que não economiza palavras na hora de utilizar seu humor negro. O cineasta é apresentado como uma figura única e icônica, uma personalidade que se espera de um ídolo como Hitchcock e tira a expectativa de alguns de o verem como uma figura mais humana.
Hitchcock começa o filme em um mal estar consigo mesmo, pode-se dizer que o personagem se encontra numa crise existencial. Após ler certas críticas sobre Intriga Internacional o diretor se sente subestimado e deixado de lado, o que o leva a uma epifania de sede ao novo, buscar surpreender ao seu público e principalmente aos seu críticos, levando-o a produzir Psicoseuma de suas mais sucedidas obras.
Para aqueles que vão ao cinema esperando um filme 100% focado em Hitchcock, o filme surpreende. O que é extremamente normal já que o título carrega o nome do cineasta. Alma Reville (Hellen Mirren) recebe muita ênfase na trama, pode-se se dizer que a mulher do diretor chega ate a roubar cena, ou no mínimo dividir as atenções das câmeras. Fato curioso do filme, pois a mulher que é mostrada como uma figura importante na história do cinema, pois era extremamente influente na obra de seu marido, recebe pouca ênfase em livros, documentários dentre outras mídias correspondentes a história da sétima arte.
Hopkins, vencedor do Oscar (Silêncio dos Inocentes - 1991) com a ajuda de uma maquiagem caricata mas que não deixa de ser muito boa, esta numa atuação impecável junto a sua companheira de cena Hellen Mirren não deixa a desejar. O elenco representa e não sentem o peso de retratar figuras históricas para o cinema. Temos também a atuação breve porém muito boa de Scarlett Johansson., interpretando Janet Leigh, a atriz da famosa cena do chuveiro.
Interessante também como nos é mostrado o lado marketeiro de Hitchcock, o que também gerou polêmica, pois dizem que há diversos mitos nessas histórias. Deixando o lado Mythbusters de lado, um dos...
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A Hora Mais Escura
3.6 1,1K Assista AgoraO 11 de setembro é o acontecimento mais importante do século XXI. É pouco provável encontrar alguma pessoa que não se lembre do que estava fazendo nesse dia até assistir à tragédia. Não é de se esquecer, afinal, estávamos todos observando o país mais poderoso do mundo sendo atacado em seu próprio território.
Uma grande mudança na configuração do mundo começou a partir do fato, o que foi instantaneamente refletido no cinema. O sotaque russo dos vilões foi substituído pelo árabe, e o patriotismo voltou a comparecer nas telonas, só que agora com uma atmosfera mais documental e menos caricata em relação aos anos 80. Katherin Bigelow é um dos nomes dessa nova forma de elevar o país, diretora de “Guerra ao Terror“, ela aposta agora na caçada por um dos grandes causadores dessa mudança no mundo: Osama Bin Laden.
“A hora mais escura” é um filme que retrata os bastidores da caçada pelo líder terrorista Bin Laden a partir da persistência de Maya (Jessica Chastain) em procurá-lo. Com um final que todos já sabem, o filme aposta na interpretação de Jessica e nos detalhes que envolveram a missão para manter a trama envolvente. Maysa é uma espécie de “soldado de gabinete”, nesses novos tempos em que a luta se passa num computador.
Essa percepção da diretora já foi registrada em “Guerra ao Terror“, quando os homens-bomba representavam as poucas açōes significativas em terra firme, o conflito real estava nas redes de informação e no simples botão capaz de destruir o “inimigo“. Para tal efeito, o silêncio é uma das marcas também em “A hora mais escura“, ela é permanente nos diálogos, sem a colaboração de um efeitos musicais. A interrupção dessa amenidade de escritório se dá pelas explosões, ora ao redor do globo (Madrid,Londres), ora ao lado da embaixada americana no Oriente Médio.
O mérito em contextualizar a “guerra“ passa também por uma sensação de estranheza quando observamos práticas medievais vivas. A tortura é mostrada ainda como uma das maneiras que o homem se utiliza para conseguir informações. Os primeiros minutos estão repletos dessas cenas. Inicialmente o filme não se posiciona. Assim como Maya, somos meros espectador dessa realidade, até que a protagonista se manifesta, dividindo as opiniões do que cada um pensa sobre questões humanísticas.
Essa indiferença aos direitos humanos em nome da pátria é também acompanhada de uma das mais fortes manifestações nacionalistas que os norte americanos possuem: a crença de que eles serão os condutores da ...
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Os Miseráveis
4.1 4,2K Assista AgoraUm dos gêneros cinematográficos mais controversos da história volta a marcar presença no Oscar. Depois de Chicago, DreamGirls, e Nine, outro musical promete agradar a academia em todas as categorias que disputa.Os Miseráveis é mais uma daquelas obras que dançam conforme a música hollywoodiana, tanto por ser uma história que se permite explorar vários elementos estéticos (figurino, cenário, direção de arte, trilha), quanto por manter vivo os atributos básicos de um ator americano (cantar, dançar, atuar).
O filme se baseia num dos romances mais lidos de Victor Hugo, e já teve 2 outras adaptaçōes no cinema. O enredo conta a trajetória de Jean Valjean (Hugh Jackman) numa França do século XIX, anos depois da grande revolução de 1789. Jean é perseguido pelo policial Javert (Russell Crowe) por ter ferido sua liberdade condicional, e passa décadas foragido.Nesse tempo, o protagonista se comove com a história de Fantine (Anne Hathaway), cujos sonhos estavam desolados por estar se sujeitando a prostituição,além de estar longe de sua filha Cosette (Isabelle Allen e Amanda Seyfried).A solidariedade do personagem de Jackman é tanta que ele decide cuidar de Cosette, sendo um pai para a garota devido aos problemas de Fantine.
Todo esse desenvolvimento é contado através de músicas, deixando pouquíssimos espaços para diálogos.Um tanto cansativo para quem fica em cima do muro dessa oposição que o gênero causa, mas que pode ser curado com os elementos encantadores da trama. As atuaçōes de Anne Hathaway e Hugh Jackman são um desses elementos, enquanto Hugh encarna fielmente a redenção de Valjean, Anne tem passagem curta no filme, mas suficiente para arrancar choros e arrepios da plateia. “I Dream the dream” é a música do filme que rendeu a atriz a indicação ao Oscar e são os minutos preciosos...
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O Lado Bom da Vida
3.7 4,7K Assista AgoraÉ raro ver filmes do gênero concorrer aos grandes prêmios anuais cinematográficos. O Lado Bom da Vida concorre a oito prêmios da Academia, incluindo melhor filme, e concorreu a quatro estatuetas do Globo de Ouro, ganhando apenas o prêmio de melhor atriz para Jennifer Lawrence. Foi também o grande vencedor do Spirit Awards 2013, considerado o maior prêmio do cinema independente, levando estatuetas de melhor filme, diretor, roteiro e atriz.
O filme se destaca entre outros do gênero por não fazer jus total ao que o seu gênero pré define, pois ao longo do tempo é possível perceber uma variação entre comédia romântica e comédia dramática. Tal divisão de gêneros e a base do enredo fazem com que o filme possa ser considerado o filme indie estadunidense do Oscar 2013. É baseado no de mesmo título, o primeiro do autor Matthew Quick.
O Lado Bom da Vida foca muito no enredo e no elenco, tornando inevitável o alto envolvimento da plateia com a obra. O filme trata-se de uma história de romance muito bem tramada e, mesmo com alguns clichês, original. Um romance envolvendo personagens com distúrbios psicológicos e problemas familiares, o segundo já é marca do diretor David O. Russell (Três Reis – 1999, O Vencedor – 2010), conseguindo levar a situação num tom leve mas mantendo a seriedade do assunto, fazendo o filme variar entre risos descontraídos a momentos tensos de roer as unhas, seguindo a linha do vai e volta, do calmo ao distúrbio, assim como a doença dos personagens.
O elenco foi muito bem escolhido, confirmando o potencial das antigas promessas Bradley Cooper (Se Beber Não Case) e da Jennifer Lawrence (Jogos Vorazes). Os dois atores receberam merecidamente indicações a melhor ator e atriz ao Oscar e arrisco dizer que Jennifer Lawrence é uma forte candidata ao prêmio da Academia.
Cooper interpreta Pat Solitano Jr., que acaba de sair de um hospital psiquiátrico e segue em busca de reconstruir sua vida e reconquistar sua mulher. O problema que Pat tem transtorno bipolar, e um dos grandes méritos desse filme é como são apresentados esses problemas psicológicos. O assunto é apresentando em um tom verdadeiro, chegando a ser cômico para o espectador e ao mesmo tempo digno de pena. Há atitudes imprevisíveis que surgem de surtos, representando a veracidade e também a voracidade do transtorno, que até então era representado, e de maneira errada, por piadas seguidas por estereótipos como “Eu amo ser bipolar. Eu odeio ser bipolar.” Registrando o transtorno como se fosse uma simples variação de humor.
Já Jennifer interpreta Tiffany. A extravagante personagem conhece Pat em um jantar, que por conta dos problemas do dois, acaba sendo considerado um desastre pela anfitriã. A moça sofre de depressão depois da morte do marido. A veracidade de como a depressão é tratada, passando do estereótipo “choro e cama”, impressiona até mais do que o modo de como o transtorno bipolar de Solitano é tratado. Tiffany é confusa e tem atitudes de moral...
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João e Maria: Caçadores de Bruxas
3.2 2,8K Assista AgoraTodos (é o que se espera) conhecem a lenda de João é Maria, a história está presente no nosso inconsciente coletivo. O filme conta uma história alternativa de “after” João e Maria, onde os dois irmãos dominaram a arte de caçar bruxas usando principalmente a sua imunidade a feitiços. A proposta inicial é interessante, pode se dizer que chega até a ser ousada, mas, por ser muito mal explorada, não passa disso.
Por ser um filme que não exige muito de seus atores, a presença do ator indicado duas vezes ao Oscar Jeremy Renner passa quase que despercebida. O personagem não exige muito, pode-se dizer que é um personagem fácil de ser interpretado.
As cenas de ação, mesmo com o filme usufruindo da tecnologia 3D, não convencem e muito menos impressionam. Algo intrigante, pois a ação é o foco da trama e chega até a ser interessante quando apresentada, mas ao passar do tempo se torna enjoativa por ser extremamente repetitiva. A maquiagem, por sua ver é ruim, muito abaixo daquilo que se espera de uma bruxas hollywoodianas, nesse quesito o filme realmente decepciona.
Para não dizer que o filme só possui pontos negativos, vale lembrar do cenário. O longa se passa quase na integra numa vila em formato medieval e nas florestas ao seu redor. O cenário é interessante e bem feito, juntando com a tecnologia 3D tem se um bom resultado.
Filmes do gênero, quando não levados a sério podem até...
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Argo
3.9 2,5KQuando Hollywood se propõe a retratar nas telonas um fato histórico pensa-se de cara que o americano será o “bem” e o não ianque será o “mal”. O não ianque pode se traduzir em russos, japoneses, iraquianos, iranianos, alemães, tudo conforme o contexto. Ben Affleck, que já atuou no patriotesco “Pearl Harbor”, pretende em seu novo filme evitar esses confrontos e levar ao seu público a tensão provocada pelo acontecimento.
Em 1979, uma crise diplomática envolvendo os Estados Unidos e o Irã provocou diversas manifestações no país do oriente médio. As massas iranianas exigiam que o governo americano entregasse o xá Reza Pahlevi, deposto pelo aiatolá Khomeine. Ao receber um “não” do tio Sam, manifestantes aprisionaram 54 funcionários da embaixada estadunidense, deixando escapar seis pessoas. Tony Mendez (Ben Affleck), agente da CIA, tem a missão da resgatar os refugiados antes que os iranianos encontre-os.
Com essa urgência Tony tem uma ideia arriscada e ao mesmo tempo inusitada para o resgate: montar um filme falso cujas locações se encontram no Irã. Nesse ponto é que a trama ganha tons cômicos, já que o agente precisa da consultoria de Hollywood para cumprir a missão. O especialista em maquiagem John Chambers (John Goodman) e o produtor Lester Siegel (Alan Arkin) são os escalados, tanto Alan Arkin quanto John Goodman agradam a plateia com suas piadas diante do projeto. No entanto, esse humor traz uma estranheza para a história, já que, por outro lado, o clima é sufocante.
Conforme o filme se desenvolve, a descontração se casa com a seriedade. O personagem de Affleck precisa persuadir seu chefe nos Estados Unidos e o grupo de refugiados no Irã sobre o projeto e, desse modo, a tensão é dobrada e o roteiro encontra o momento certo para apresentar esses impasses. Para ajudar, o acompanhamento visual beira a uma reportagem jornalística, fruto também de...
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Amor
4.2 2,2K Assista AgoraMichael Haneke é conhecido por mostrar em suas obras o comportamento humano em situações extremas, geralmente demonstrando um comportamento negativo em tais contextos. Amor não foge, como já dito por outras críticas, completamente disso. O diretor mantém sua característica de explorar situações extremas, mas dessa vez com um comportamento longe de ser considerado negativo.
George e Anne são um casal que já passou dos 80, ex professores de música e compartilham um bom gosto musical. O cotidiano do casal muda drasticamente quando Anne sofre um derrame e George se encarrega de cuidar de sua mulher.
Haneke retrata o tema amor de umas das maneiras mais sinceras e mais puras já vistas no cinema. Um amor sem interesses, um amor sem o encanto ilusório adolescente, um amor maduro e convincente, um amor que faz jus ao título.
Assistir a obra pode ser uma experiência desconfortável. O diretor apresenta a velhice de forma assombrosa, criando uma sensação ruim para a plateia, dando até vontade de retirar-se da sala. A vontade não se deve pelo filme ser ruim, longe disso, mas sim pelo desconforto que segue a linha proposta de Hanike.
O filme inteiro conta com um tom perturbante, são raros os sorrisos nos rostos dos personagens e mais raros ainda são os sorrisos nos rostos presentes na plateia. O cenário composto apenas...
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As Aventuras de Pi
3.9 4,4KO cinema é uma das mídias mais suscetíveis aos avanços tecnológicos. Desde o movimento de um trem que assustava plateias no século XIX, diretores, produtores e cenógrafos0 procuram novas ferramentas para continuar nos deslumbrando. Nos dias de hoje a locomotiva é o 3D, e cada vez mais filmes estão provando o quão mágico o cinema ainda pode ser.
O filme As Aventuras de Pi é mais um exemplo desse espetáculo. Nele conseguimos presenciar múltiplas sensações seja na serenidade de uma ilha paradisíaca ou até na tensão de um navio naufragando.O Chinês Ang Lee (O Segredo de Brokeback Mountain) assina como diretor e produtor da obra e conta uma história adaptada do livro de mesmo título.
Pi (Irrfan Khan), já adulto, mora no Canadá, lá conta a um jornalista (Rafe Spall) como passou a acreditar em Deus. O filme passa então a ser biográfico, mostrando a infância do personagem na Índia até o acontecimento mais importante da sua vida. A diversidade de influências que o garoto recebia na infância já tira a ideia de que o filme possa ser religioso ou dogmático, ao contrário, acompanhamos a trajetória de uma criança conhecendo as diferentes convicções dentro da cultura indiana (hinduísmo), dentro das religiões que o seu país de origem abriga (islamismo, cristianismo) e até mesmo do ceticismo do seu pai (Adil Hussain). Ao longo da história, principalmente no desfecho, também se tem exemplos que o filme está longe de querer converter alguém.
Mas não é só de experiências internas que As Aventuras de Pi encanta...
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A Viagem
3.7 2,5K Assista AgoraOs Irmãos Wachowisky (Matrix, V de Vingança) estão de volta!! Nos mostrando que, mesmo após o fracasso de Speed Racer, eles ainda sabem fazer filmes envolventes e reflexivos. No seu novo filme eles fazem, como poucos, uma mixagem de gêneros do cinema.
A proposta do filme segue a premissa de filmes como Babel (Alejandro González), Magnólia (Paul Thomas Anderson) ou até do recente 360 (Fernando Meirelles), filmes dos quais seguem a proposta de dizer que “tudo está ligado”. O que diferencia A Viagem (título mal traduzido de Cloud Atlas) dos demais títulos está no fato de que os acontecimentos e os personagens dos quais se ligam durante toda a trama não atuam em único tempo e espaço. O filme migra desde 1849 até 2144, nesse espaço de tempo nos é apresentado seis histórias, todas pulando longinquamente no tempo e todas deslumbrantemente ligadas.
O filme pode não ser muito bem recebido por aqueles que não simpatizam com teorias espirituais como carma, reencarnação, vida após a morte e afins, pois toda sua trama percorre em base em tais preceitos, dizendo que nossa vida está diretamente ligada com os mais simples atos bondosos ao mais cruéis de nossas vidas do passado e de que nossos atos no presente formarão a nossa próxima encarnação. Porém o filme vai além, utilizando tais preceitos para fortalecer outra mensagem nada dogmática e muito mais digna, teclando na Quebra de Convicções, na luta contra aqueles que quererem a permanência, que impõe ciclos antiéticos dentre outras convicções. A mensagem é passada de diversas maneiras, desde um jogo de futebol passando na TV ao fundo da Inglaterra vs Escócia, de velhinhos fugindo do asilo, de grupos abolicionistas e caminhando até grandes revoluções.
O roteiro, muito por conta de ter seis diferentes histórias envolvidas, é instável. É inevitável que você se prenda muito mais a um enredo e se canse de outro. Porém...
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Django Livre
4.4 5,8K Assista AgoraCompetência, talento e prazer. Talvez esses sejam os principais atributos para atingir-se o sucesso em qualquer área. Quentin Tarantino os possui, não por acaso, é considerado o diretor de cinema mais influente de sua geração. Em Django, seu trabalho mais recente, se vê uma prova de tudo isso, desde o impecável cenário, até na ousadia de abordar um tema esquecido nos filmes de faroeste: A Escravidão.
A História se passa nos Estados Unidos, em 1858, numa época em que o país ainda não era tão unido, dois anos antes da Guerra de Secessão. O Personagem Django (Jamie Foxx), um escravo que com a ajuda do caçador de recompensas Dr.Shultz (Cristopher Waltz) livra-se de sua condição e parte em busca da escrava Brunhilda (Kerry Washington), esposa de Django e propriedade de Calvin Candie (Leonardo di Caprio).Um enredo divertido e com a tema Vingança se repetindo , desde Kill Bill e Bastardos Inglórios.
Mas essa não é a repetição que mais interessa, os personagens icônicos, o cenário violento e os diálogos empolgantes também estão de volta, além da presença cativa de homenagens à história do cinema. O prazer do Diretor em fazer filmes se reflete também no prazer dos atores de representarem as caricaturas que suas figuras históricas possuem. É o caso de Leonardo di Caprio e Samuel L. Jackson, que formam uma dupla de arrancar risadas e carisma por parte do público. Enquanto Jackson completa o álbuns de interpretações clássicas, di Caprio se mostra uma grande novidade como vilão: excêntrico, divertido e com a personalidade que o todo holioodiano deveria ter. Se o assunto é personalidade, Cristopher waltz também tem de sobra, o ator consegue repetir o trabalho que fez em Bastardos Inglórios e traz consigo truques geniais, além de um coadjuvante que, muitas vezes, rouba a cena do próprio protagonista.
Com todo esse elenco, o diretor consegue fazer uma de suas grandes obras, mas dificilmente a maior delas...
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O Hobbit: Uma Jornada Inesperada
4.1 4,7K Assista AgoraO alto nível de qualidade técnica visto na trilogia do anel se repete em O Hobbit, maquiagem impecável, figurinos impecáveis, trilha sonora impecável, cenários impecáveis, fotografia impecável, sonoridade impecável, efeitos especiais impecáveis, enfim, o visual do filme em geral impecável (os 48 frames por segundo realmente impressionam). Alguns dos conceitos técnicos da saga do anel são até superados em O Hobbit, como maquiagem e efeitos especiais, o que era de se esperar pelo avanço tecnológico ocorrido nesses últimos dez anos.
As atuações de Martin Freeman e de Ian McKellen também não deixam a desejar, Freeman incorpora muito bem a figura de um Hobbit, sempre muito carismático e autêntico. McKellen, como já era de se esperar, está muito bem como Gandalf. Quando os dois atores contracenam resulta sempre em uma cena envolvente, as vezes hilária noutras vezes comoventes.
O problema de O Hobbit é que além de nos trazer de volta todas as qualidades técnicas deslumbrantes vistas em O Senhor dos Anéis, Peter Jackson nos trouxe de volta o mesmo roteiro arrastado, diálogos longos e poucos objetivos e um filme sem ritmo constante, podendo até ser um filme cansativo para aqueles que não têm conhecimento da trilogia de Jackson ou do universo de Tolkien.
Tratando-se de uma adaptação de um livro infantil era de se esperar um filme que não...
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007: Operação Skyfall
3.9 2,5K Assista AgoraFui para o cinema esperando algo em um tom mais realista e mais distante das origens da franquia como visto nos últimos dois filmes. Felizmente me enganei.
Parece que devido ao fato da franquia 007 completar 50 anos surgiu uma proposta de se fazer algo que pode-se comparar com um tributo aos antigos filmes e ainda assim se mantendo atual, se encaixando muito bem no contexto moderno.
Cenas de ação com clichês clássico, cenas com animais, um vilão caricato, volta de personagens antigos, utensílios extravagantes, dentre outros fatores proporcionam um tom nostálgico aos antigos fãs da série. Além do filme também manter um clima menos fantasioso em relação aos antigos e se atualizar bem ao nosso atual contexto, como abrir uma discussão sobre a importância da existência de agentes secretos no mundo de hoje. Juntando essas duas coisas resultou-se em um ótimo filme, pode-se dizer um dos melhores da franquia.
Fica aqui minha indicação.