Júleas

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Ela estava sentada, visando o horizonte, estava em um penhasco, logo estaria ao pé da montanha, a menina, pequena, olhos inocentes que visam a solidão e obscuridade, estava ali, discutindo com Deus, se ele existe, questionando, então viu uma luz e logo adormeceu, o ultimo som que ouviste foi um grave altíssimo. Acordou na varanda de uma casa, em uma cadeira de balanço, a velha olhava em um pedaço de vidro já partido, gritava, a neve estava limpa, os pinheiros cobertos da mesma, ouvia risos, canções, ouvia o piano tocar, as crianças rirem e cantarem, fazendo um circulo em sua volta, as almas começaram a subir, ouviam-se sussurros, então a moça despertou, em seu escritório, amarrada pelo pescoço, prestes a pular da banqueta.
Abria livros, destruia a biblioteca, suas mãos geladas estavam escorregando pelas prateleira, corria, os corredores eram sem fim, caia no poço, a garotinha acordou no penhasco, se jogou, estava dentro de uma caixa de madeira, se esperneava para sair, então adormeceu, eternamente.