"Casar? O casamento não é uma cura. Você sabe disso" "Esqueça os EUA. Isso também não é uma cura."
Talvez a cena que mais define o filme. Além da decisão das luzes apagadas mostrando a perda de esperança, a desilusão e a deixa de idealizar tanto essa viagem para os EUA e o casamento, como se fosse uma boa forma de mudança ou reconstrução de vida. Mas também mostra como Lung já estava sem rumo, e assim logo após a cena estava caminhando para a sua morte.
"Split" consegue misturar alguns conceitos e elementos do próprio cinema do Shyamalan, trazendo alguns antigos de volta e alguns do recente, "A Visita".
No conceito antigo que eu me refiro, os principais são de "A Vila" e "Corpo Fechado". Trazendo aquele teor de um mistério sobrenatural criando a dúvida se pode mesmo existir ou não e introduzindo isso na sociedade atual, em um espaço urbano. E também nos colocando em um espaço fechado (aqui o subterrâneo), emitindo algo claustrofóbico. E mesmo com um conceito sobrenatural que eu citei anteriormente, ele reutiliza sua técnica de misturar dramas reais com a fantasia criada. Com isso trazendo uma das melhores atuações de James McAvoy e reafirmando que a Anya Taylor-Joy é uma atriz talentosíssima e consegue expressar as dores e traumas passados de sua personagem.
Além disso, ele retraz aqui um dos elementos de referência pop de "A Visita" (e com isso nos dando umas das melhores cenas do filme) e também misturando o suspense com humor. E vale citar que Shyamalan também retraz um dos principais elementos de "Fim dos Tempos", um perigo eminente e desconhecido.
Com toda essa mistura desses conceitos e elementos citados aqui temos o extraordinário "Split", mostrando que Shyamalan está totalmente em forma e que mantém um cinema puramente único.
Gus Van Sant não só escreve e dirigi filmes: ele cria uma poesia, uma linguagem com seu cinema. Ele capta algo mais do que a emoção de seus personagens, uma autenticidade onde as palavras não são necessárias.
A partir de uma fotografia maravilhosa, conseguimos perceber a melancolia do Alex, principalmente após o crime, naquela cena maravilhosa do chuveiro, onde a melancolia transborda. Fora a trilha sonora, com o Elliott Smith, trazendo ainda mais melancolia ao filme e ao Alex.
Não é o melhor filme do Gus Van Sant (acho Elephant o melhor), mas com certeza é o meu favorito dele.
A partir do quadro de abertura, o filme de David Cronenberg é puro brilho. Adaptado do romance de Don DeLillo, Cosmópolis é a história do bilionário de 28 anos de idade, Eric Packer e sua viagem através de Manhattan. (Adaptação perfeita, bem fiel e com toques do mestre David Cronenberg).
Cronenberg usa espaços confinados e diálogos didáticos de grande efeito. Com o filme na maior parte ocorrendo dentro de uma limusine, os diálogos filosóficos impulsiona a história, mesmo com um ritmo lento mas impulsiona de uma forma bela. O filme de David Cronenberg é uma meditação pensativo e misterioso do capitalismo, revolução e identidade. Com atuações boas de todo o elenco, mas o destaque é para a ótima e surpreendente (para muitos) atuação de Robert Pattinson que mostrou um Eric Packer como sempre imaginei lendo ao livro.
É um filme muito difícil assim como o livro, com uma história meio surreal, enigmática e insana. Não recomendaria para qualquer um (mesmo podendo atrair muitos pelo que eu citei) porém possui uma narrativa que talvez incomodaria-los por ser muito lenta e também pelos diálogos que poderia tornar-se cansativo.
Cosmópolis é intelectualmente estimulante e consistentemente surpreendente, é um filme que exige múltiplos olhares.
História de Taipei
4.0 21 Assista Agora"Casar? O casamento não é uma cura. Você sabe disso"
"Esqueça os EUA. Isso também não é uma cura."
Talvez a cena que mais define o filme. Além da decisão das luzes apagadas mostrando a perda de esperança, a desilusão e a deixa de idealizar tanto essa viagem para os EUA e o casamento, como se fosse uma boa forma de mudança ou reconstrução de vida. Mas também mostra como Lung já estava sem rumo, e assim logo após a cena estava caminhando para a sua morte.
Carmen de Godard
3.4 31 Assista Agoraum verdadeiro romance anarquista.
Fragmentado
3.9 2,9K Assista Agora"Split" consegue misturar alguns conceitos e elementos do próprio cinema do Shyamalan, trazendo alguns antigos de volta e alguns do recente, "A Visita".
No conceito antigo que eu me refiro, os principais são de "A Vila" e "Corpo Fechado". Trazendo aquele teor de um mistério sobrenatural criando a dúvida se pode mesmo existir ou não e introduzindo isso na sociedade atual, em um espaço urbano. E também nos colocando em um espaço fechado (aqui o subterrâneo), emitindo algo claustrofóbico. E mesmo com um conceito sobrenatural que eu citei anteriormente, ele reutiliza sua técnica de misturar dramas reais com a fantasia criada. Com isso trazendo uma das melhores atuações de James McAvoy e reafirmando que a Anya Taylor-Joy é uma atriz talentosíssima e consegue expressar as dores e traumas passados de sua personagem.
Além disso, ele retraz aqui um dos elementos de referência pop de "A Visita" (e com isso nos dando umas das melhores cenas do filme) e também misturando o suspense com humor. E vale citar que Shyamalan também retraz um dos principais elementos de "Fim dos Tempos", um perigo eminente e desconhecido.
Com toda essa mistura desses conceitos e elementos citados aqui temos o extraordinário "Split", mostrando que Shyamalan está totalmente em forma e que mantém um cinema puramente único.
Demolição
3.8 446 Assista Agora"Destruction is a form of creation"?
Paranoid Park
3.6 323 Assista AgoraGus Van Sant não só escreve e dirigi filmes: ele cria uma poesia, uma linguagem com seu cinema. Ele capta algo mais do que a emoção de seus personagens, uma autenticidade onde as palavras não são necessárias.
A partir de uma fotografia maravilhosa, conseguimos perceber a melancolia do Alex, principalmente após o crime, naquela cena maravilhosa do chuveiro, onde a melancolia transborda. Fora a trilha sonora, com o Elliott Smith, trazendo ainda mais melancolia ao filme e ao Alex.
Não é o melhor filme do Gus Van Sant (acho Elephant o melhor), mas com certeza é o meu favorito dele.
Cosmópolis
2.7 1,0K Assista AgoraCosmópolis é sensacional!
A partir do quadro de abertura, o filme de David Cronenberg é puro brilho. Adaptado do romance de Don DeLillo, Cosmópolis é a história do bilionário de 28 anos de idade, Eric Packer e sua viagem através de Manhattan. (Adaptação perfeita, bem fiel e com toques do mestre David Cronenberg).
Cronenberg usa espaços confinados e diálogos didáticos de grande efeito. Com o filme na maior parte ocorrendo dentro de uma limusine, os diálogos filosóficos impulsiona a história, mesmo com um ritmo lento mas impulsiona de uma forma bela. O filme de David Cronenberg é uma meditação pensativo e misterioso do capitalismo, revolução e identidade.
Com atuações boas de todo o elenco, mas o destaque é para a ótima e surpreendente (para muitos) atuação de Robert Pattinson que mostrou um Eric Packer como sempre imaginei lendo ao livro.
É um filme muito difícil assim como o livro, com uma história meio surreal, enigmática e insana. Não recomendaria para qualquer um (mesmo podendo atrair muitos pelo que eu citei) porém possui uma narrativa que talvez incomodaria-los por ser muito lenta e também pelos diálogos que poderia tornar-se cansativo.
Cosmópolis é intelectualmente estimulante e consistentemente surpreendente, é um filme que exige múltiplos olhares.
"My prostate is asymmetrical."