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EU VIM DO FUTURO para avisar que a Netflix virou uma espécie de MTV e faliu.
Recursos narrativos aqui são um espelho do total ócio... por essas e outras, a narrativa não consegue se salvar, e é das mais pobres que eu já vi. Pior romantização de suicídio da história - um prato cheio para jovens ignorantes em relação à criatividade narrativa de um roteiro e doenças como a depressão (que definitivamente não foi tratada nessa série - suicídio é outra história - o que deixa tudo mais estranho ainda, pelo menos sobre aqueles que dizem se identificar com a garota Hannah). Maior desserviço da Netflix até agora. Personagens extremely high school musical!
Saindo um pouco desse contexto de suicídio (que é um tema super complexo, mas que pessoas como os realizadores dessa série - e aqui é importante notar que não falo daqueles que tiveram a ideia, mas dos que viram a merda que ficou na tela e decidiram continuar, ou por falta de conhecimento ou por falta de bom senso - fazem questão de derramar ignorância em cima desse assunto):
Pra quem virou fanboy da série, sem respaldo técnico/criativo algum, resta conferir uma série brasileira de 2013 - devidamente excelente - como medida de tratamento, "A Menina sem Qualidades" (MTV Brasil). Ela está disponível no Youtube. Uma série sobre adolescentes (o que pode lhe chamar a atenção, apesar de ser algo bem mais adulto e que deve ser analisado cuidadosamente) muito mais inteligente (com um tanto de recursos narrativos melhores e com uma abordagem temática mais talentosa - lê-se argumento). Com diálogos high speed filosóficos, A Menina sem Qualidades não é perfeita, mas é superior a esse desastre de 13 Reasons, em todos os níveis que consigo anotar.
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Analisando alguns comentários abaixo, acho que só faltou o clássico argumento refutador "Superestimado". Nos dias de hoje, aderir à designação de "hipster" e "cultzinho" te faz um cinéfilo contracultura cheio de bom senso e mega-intelectual.
É rotineiro ver esse tipo de desabafo por parte de haters de Donnie Darko e afins - "...afim apenas de complicar para ser prestigiado por adeptos de filmes cult". Mas o interessante é que aqui o filme se distancia de "apenas" uma idealização ambiciosa de roteiro mindfuck. É claro e expressamente notável que se trata de um reflexão sensorial onde se releva cuidadosamente elementos estéticos e de som (inclusive o design de som é um dos melhores em muito tempo, e artifícios de roteiro muito se assemelham ao que foi, por exemplo, brilhantemente feito em Trois couleurs: Bleu por Kieślowski). Uma concepção artística autêntica e meticulosa, o que pouco se vê hoje (felizmente ainda com alguns novos gigantes como Charlie Kaufman).
Eu até entendo o odiozinho de algumas pessoas para com os hipsters/indie de cinema. Mas o problema é que esses haters acabam por, uma hora ou outra, generalizar para todo e qualquer filme que eles tenham considerado chato e pretensioso. E é assim que constitui mais uma imbecilidade na crítica/abordagem de uma obra de cinema. Eu aposto que o amigo com a fala citada pensaria a mesma coisa de Stalker de 1979, "um filme entediante feito para os cultzinhos" - mas talvez não falasse, dada a data de lançamento, o que buga a cabecinha dos críticos de internet - tempo quando toda essa nova significação de indie jamais imaginava ser concebida, e muito menos seus haters distraídos e desonestos.