Que filme patético, parece que o roteiro foi entregue nas mãos de uma criança desmiolada. Quando descobri que esta criança é o Brian De Palma, não acreditei. Só consigo pensar naquela velha mania masculina de fetichizar lésbicas.
Eu sou grande fã do Cinema noir pela dramaticidade da trilha sonora bem alta evocando notas de suspense, além do preto & branco tornar toda a experiência visual ainda mais linda esteticamente. E o vestuário? Para mim, os anos 40 se superou como a década mais elegante. Amo ver nossas estrelas brilharem também na moda. Mas o que eu mais amo no noir são os diálogos com um quê de poeticidade, diálogos esses certeiros e que ninguém falaria na vida real, claro, aí que tá o deleite. Eu adorei a personalidade viva da Shelley Winters com seu tom sagaz e frases sarcásticas, além de aguardar esperançosamente pela chegada da Bette Davis, que como sempre, cumpriu em uma bela atuação. Noir é isso: nem sempre o roteiro é algo grandioso, mas sempre o mistério é algo que me fascina até o último minuto :)
O filme englobou todo o universo que os dois escritores vivenciaram da maneira como o era e eu gostei bastante dos principais atores que os adotaram e da estética do filme. Maria de Medeiros realmente encarnou Anais Nin. Eu adoro o livro Trópico de Câncer e já li duas obras de contos da Anais Nin e ambos são completamente eróticos, o que me parece bom, porém cansa. O que cansa é que não há ação, profundidade psicológica ou um mundo acontecendo ao redor das personagens, e sim, só sexo. Ninguém trabalha, ninguém respira ou vive na porra dos contos, mas só trepam e vivem uma boemia fora do comum. E essa sensação que eu tive foi transposta com a mesma veracidade para o filme. É de se sentir mumificada ficar assistindo a duas horas e vinte minutos as mesmas banalizações sobre a sensualidade feminina e não me comove o white people problem da questão do triângulo amoroso e da miséria financeira de Henry Miller - que é mais problematizada no Trópico de Câncer. A questão é que não há problemática no filme! Uma ninfomaníaca que trai despreocupadamente seu marido, a amante e que não precisa trabalhar... Não, eu não gostaria de conhecer esses escritores pessoalmente. É bom ser moralista de vez em quando. Nem tudo dá pra descer goela abaixo.
Fiz a leitura do livro homônimo já a alguns anos e o retrato da depressão de Conrad me marcou muito, pois na época eu tinha a mesma idade dele. O que me tocou no filme, além do roteiro que eu já conhecia, foram as atuações tão realistas. O ator jovem que interpretou Conrad, felizmente, recebeu seu prêmio em 80 que valida isso.
Me sinto um pouco mal por não ter me sensibilizado por esta história, embora Al Pacino e sua performance tenha me segurado até o fim. Achei que ele carregou o filme inteiro nas costas. Por isso, seu Oscar tardio foi mais que merecido.
Eu amo esta história profundamente e não posso me esquecer de cada detalhe do livro. Quando me lembro de Heathcliff, Ralph Fiennes toma conta e o representa com uma veracidade incrível. Porém, não deixa de ser UM RESUMÃO do filme. Vi muita pressa para os fatos desenrolarem! Se fosse um filme um pouco maior, talvez não se perderia em tais detalhes sutis tão importantes para mim. Mas eu gostei. E muito.
Aviso: O filme em nada tem a ver com o livro, o qual fora inspirado. Apesar disso, a história é bem comovente. A síntese é até onde pode chegar a intolerância social.
Senti interesse em assisti a "Marnie" após a leitura do livro de Winston Graham, que inclui um suspense tão forte que me abalou por dias. No caso da adaptação que o Hitchcock fez, eu não aprovei algumas divergências. Porém tenho a sensatez de saber que a sua interpretação ante ao livro foi perspicaz, embora eu esperasse por mais legitimidade.
Filme de influência exemplar. Os cenários falsos e surrealistas; Cesare, uma figura tétrica e que arremata silenciosamente a imagem do que é o gótico; trilha sonora com arranques em jazz - um som sádico, mirabolante, desestruturado e toda aquela imprevisibilidade no enredo me marcaram em muito. O cinema mudo apela por atenção imparcial: As falas não existem, o que torna o expressionismo dos atores demasiado explícito. Nos traz aquela magia de ter o direito de parafrasear por vários ângulos.
Assistam nesta versão, em technicolor, pois aquela mais crua em preto e branco chega a omitir várias impressões:
Os fins justificam os meios... com paciência, teve seu desfecho alucinante. Tema forte e opressivo para mentes em definição, como as dos adolescentes, vou procurar ouvir o caso real que inspirou o filme.
Filme legal. Compreensível a influência que esta obra botara na mente dos jovens da década de 70, com o Tony representando uma personalidade forte, muito embora, de pontos vulneráveis. Pecado foi a entrega de Anette por Tony ter sido tão pouco explorada. O filme acabou sem ele ter demonstrado nenhum tipo de consideração por ela.
Lembrando que Dostoievski e Bukowski, dentre tantos outros, passaram fome para escrever. Tudo acerca do processo de desenvolvimento dum escritor, de seus confrontos íntimos, me instiga a seguir em busca de minha, também, vocação. Favoritos!
Sanguinário e impiedoso aos seus telespectadores. Um dos primeiros filmes do gênero que eu assisti decentemente. Ele me incitou a torcer pela personagem, mas no final, se mostrou um roteiro completamente derrotista.
Paixão
2.7 333Que filme patético, parece que o roteiro foi entregue nas mãos de uma criança desmiolada. Quando descobri que esta criança é o Brian De Palma, não acreditei. Só consigo pensar naquela velha mania masculina de fetichizar lésbicas.
Telefonema De Um Estranho
3.6 7 Assista AgoraEu sou grande fã do Cinema noir pela dramaticidade da trilha sonora bem alta evocando notas de suspense, além do preto & branco tornar toda a experiência visual ainda mais linda esteticamente. E o vestuário? Para mim, os anos 40 se superou como a década mais elegante. Amo ver nossas estrelas brilharem também na moda. Mas o que eu mais amo no noir são os diálogos com um quê de poeticidade, diálogos esses certeiros e que ninguém falaria na vida real, claro, aí que tá o deleite. Eu adorei a personalidade viva da Shelley Winters com seu tom sagaz e frases sarcásticas, além de aguardar esperançosamente pela chegada da Bette Davis, que como sempre, cumpriu em uma bela atuação. Noir é isso: nem sempre o roteiro é algo grandioso, mas sempre o mistério é algo que me fascina até o último minuto :)
Henry & June: Delírios Eróticos
3.6 94O filme englobou todo o universo que os dois escritores vivenciaram da maneira como o era e eu gostei bastante dos principais atores que os adotaram e da estética do filme. Maria de Medeiros realmente encarnou Anais Nin. Eu adoro o livro Trópico de Câncer e já li duas obras de contos da Anais Nin e ambos são completamente eróticos, o que me parece bom, porém cansa. O que cansa é que não há ação, profundidade psicológica ou um mundo acontecendo ao redor das personagens, e sim, só sexo. Ninguém trabalha, ninguém respira ou vive na porra dos contos, mas só trepam e vivem uma boemia fora do comum. E essa sensação que eu tive foi transposta com a mesma veracidade para o filme. É de se sentir mumificada ficar assistindo a duas horas e vinte minutos as mesmas banalizações sobre a sensualidade feminina e não me comove o white people problem da questão do triângulo amoroso e da miséria financeira de Henry Miller - que é mais problematizada no Trópico de Câncer. A questão é que não há problemática no filme! Uma ninfomaníaca que trai despreocupadamente seu marido, a amante e que não precisa trabalhar... Não, eu não gostaria de conhecer esses escritores pessoalmente. É bom ser moralista de vez em quando. Nem tudo dá pra descer goela abaixo.
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Gente Como a Gente
3.8 143 Assista AgoraFiz a leitura do livro homônimo já a alguns anos e o retrato da depressão de Conrad me marcou muito, pois na época eu tinha a mesma idade dele.
O que me tocou no filme, além do roteiro que eu já conhecia, foram as atuações tão realistas. O ator jovem que interpretou Conrad, felizmente, recebeu seu prêmio em 80 que valida isso.
Perfume de Mulher
4.3 1,3K Assista AgoraMe sinto um pouco mal por não ter me sensibilizado por esta história, embora Al Pacino e sua performance tenha me segurado até o fim. Achei que ele carregou o filme inteiro nas costas. Por isso, seu Oscar tardio foi mais que merecido.
O Morro dos Ventos Uivantes
3.7 361 Assista AgoraEu amo esta história profundamente e não posso me esquecer de cada detalhe do livro. Quando me lembro de Heathcliff, Ralph Fiennes toma conta e o representa com uma veracidade incrível. Porém, não deixa de ser UM RESUMÃO do filme. Vi muita pressa para os fatos desenrolarem! Se fosse um filme um pouco maior, talvez não se perderia em tais detalhes sutis tão importantes para mim. Mas eu gostei. E muito.
Beleza Americana
4.1 2,9K Assista Agora"Janela Indiscreta" seria um bom título alternativo para resumir esse filme. Realmente, nos traz diversas sensações ao longo.
Diário Roubado
3.3 31Aviso: O filme em nada tem a ver com o livro, o qual fora inspirado. Apesar disso, a história é bem comovente. A síntese é até onde pode chegar a intolerância social.
Conheço Bem Essa Moça
3.9 5Não entendi nada do enredo, em absoluto.
Os Viciados
3.8 75Para quem ama Requiem For A Dream, este filme será uma glorificação viciante.
Marnie, Confissões de uma Ladra
3.7 187 Assista AgoraSenti interesse em assisti a "Marnie" após a leitura do livro de Winston Graham, que inclui um suspense tão forte que me abalou por dias. No caso da adaptação que o Hitchcock fez, eu não aprovei algumas divergências. Porém tenho a sensatez de saber que a sua interpretação ante ao livro foi perspicaz, embora eu esperasse por mais legitimidade.
Diário de um Adolescente
3.8 778 Assista AgoraCortante, mordaz... Realista e bem profundo.
O Gabinete do Dr. Caligari
4.3 522 Assista AgoraFilme de influência exemplar. Os cenários falsos e surrealistas; Cesare, uma figura tétrica e que arremata silenciosamente a imagem do que é o gótico; trilha sonora com arranques em jazz - um som sádico, mirabolante, desestruturado e toda aquela imprevisibilidade no enredo me marcaram em muito. O cinema mudo apela por atenção imparcial: As falas não existem, o que torna o expressionismo dos atores demasiado explícito. Nos traz aquela magia de ter o direito de parafrasear por vários ângulos.
Assistam nesta versão, em technicolor, pois aquela mais crua em preto e branco chega a omitir várias impressões:
https://www.youtube.com/watch?v=nLT1gvZjfuo
Mata-me de Prazer
3.0 249Sem sentido.
Dirty Dancing - Noites de Havana
3.4 234 Assista AgoraCenário cultural histórico marcante com trilha sonora exemplar. Preferi este ao primeiro, mas cada um com seu grau de significância.
Lolita
3.7 824 Assista AgoraImpregna-se na memória.
Marley e Eu
3.9 3,3K Assista AgoraEsperava menos.
O Álamo
3.5 27 Assista AgoraInterminável.
A Onda
4.2 1,9KOs fins justificam os meios... com paciência, teve seu desfecho alucinante. Tema forte e opressivo para mentes em definição, como as dos adolescentes, vou procurar ouvir o caso real que inspirou o filme.
10 Coisas que Eu Odeio em Você
4.0 2,3K Assista AgoraFoi a porta para a firmação artística de Heath, como sempre, o responsável para tornar o filme da minha adolescência!
Esses Amores
3.9 61 Assista AgoraPorra de filme bom.
Os Embalos de Sábado à Noite
3.4 661 Assista AgoraFilme legal. Compreensível a influência que esta obra botara na mente dos jovens da década de 70, com o Tony representando uma personalidade forte, muito embora, de pontos vulneráveis. Pecado foi a entrega de Anette por Tony ter sido tão pouco explorada. O filme acabou sem ele ter demonstrado nenhum tipo de consideração por ela.
Farrapo Humano
4.2 225 Assista AgoraLembrando que Dostoievski e Bukowski, dentre tantos outros, passaram fome para escrever. Tudo acerca do processo de desenvolvimento dum escritor, de seus confrontos íntimos, me instiga a seguir em busca de minha, também, vocação. Favoritos!
O Massacre da Serra Elétrica: O Início
3.2 614 Assista AgoraSanguinário e impiedoso aos seus telespectadores. Um dos primeiros filmes do gênero que eu assisti decentemente. Ele me incitou a torcer pela personagem, mas no final, se mostrou um roteiro completamente derrotista.