Marcos

A forma como os filhos se portam me lembra o caso do alemão kaspar hauser, são crianças em corpos de adultos, não tiverem referencia do mundo pra passar pela maturidade. Acho que o pai ser um tirano é só a superfície de tudo que acontece nessa família. Achei muito interessante a alusão ao controle no modo que nos humanos condicionamos o comportamento canino, e como o pai faz isso com a família. Ali ele é o humano, o ser dominante e inteligente, e o restante meros animais submissos a suas ordens.

Uma historia sobre contar historias. Um ótimo filme que trabalha com nossa percepção e como interpretamos coisas que nos são contadas. Uma própria metalinguagem pro cinema.

É um filme bom, com um final que divide o opiniões. No meu caso, não gostei do fim, pois eu esperava que as coisas tomassem outro rumo, não algo naipe Cronenberg.
O filme faz referencia a diversos outro diretores, como o próprio Cronenberg que cite, Kubrick.. o que me levanta muito o questionamento sobre prestar homenagem e toar inspirações de grandes cineastas ou se é usado apenas pra alavancar um sentimento nostálgico no telespectador e fazer com que nos sentimos mais conectado com o filme.
Apesar de ter gostado da fotografia e questionamentos da sociedade moderna que o filme propõem no início, como o envelhecimento, arrependimento, e nossa utilidade fora do trabalho, achei o final essencialmente vazio.