Cléo

Que filme triste!
Nunca assisti a um filme com uma história tão pesada quanto a do Lee. Um homem que carrega uma grande culpa a qual reconhece não conseguir superar. Tamanha é sua tristeza que evita ao máximo manter um simples diálogo com quem quer que seja. Tudo piora quando ele é escolhido para cuidar do sobrinho, após mais uma tragédia que aparece para afundá-lo ainda mais em seus pesadelos. A trilha sonora é um impacto à parte a essa história tão taciturna. Acompanhar o caminhar de uma personagem tão sem vida e sem anseios chega a ser agonizante. O filme, apesar de toda essa carga traumática é uma história interessante e um bom filme.

Infelizmente não funcionou pra mim. Toda a falação a respeito desse filme é suas indicações aos prêmios eu fui conferir. Levei três dias para finalizá-lo rs. O filme é longo, com um forte sentimento de preocupação, dúvidas e desafios pessoais que a personagem principal carrega durante toda a sua jornada. Praticamente sem trilha sonora, a atmosfera é de estar vivenciando todos os momentos com Frank; que possui um peso enorme nos ombros e no coração. As interpretações beiram ao realismo, esquecendo que são atuações de grandes nomes do cinema.

Finalmente assisti! Lembro da época em que muita gente falava e recomendava esse filme e não sei porquê nunca me interessei. Hoje decidi que seria o dia e acredito que a experiência foi bem diferente se eu tivesse assistido naquela época. Penso que cada história é percebida de maneiras distintas de acordo com as nossas vivências. Imagine só, você ter a oportunidade de apagar certas memórias que te causam muito sofrimento e tentar seguir adiante. Será que realmente funcionaria? O texto é muito sincero e se entrega sem máscaras. O trabalho de direção e atuação deve ter beirado à exaustão. É uma história bem reflexiva e íntima. Achei bem interessante.