Definitivamente a série que mais tocou o meu coração esse ano. A cada episódio surgiram tantas coisas para refletir! As situações que Alex enfrenta vão nos mostrando de forma didática como as questões de gênero, econômica e psicológica se entrelaçam. Não apenas foi abordado um tema importantíssimo - a maternidade solo -, mas foi igualmente impressionante a forma como este foi retratado.
A tensão predominante em toda a série e o movimento da câmera transmitindo a confusão de Alex, por exemplo, e outros elementos que meu olhar de leiga não consegue identificar me deixaram aflita, esperançosa, decepcionada, triste, alegre, enfim. Nem sei quantas foram as vezes que me percebi recolhida na cadeira, me segurando e pensando no que poderia acontecer em seguida.
Trágico e inspirador ao mesmo tempo. Tema imprescindível, atores incríveis e direção maravilhosa.
pra quem já assistiu outros doramas da netflix como Goo Hae-ryung e Something in the rain, essa série deixa bastante a desejar. como já foi comentado aqui antes, as coisas demoram muito a acontecer. não costumo ter pressa, gosto de cenas onde você consegue apreciar os momentos como se estivesse olhando por uma janela, mas muitas vezes esses momentos demorados da série não estão lá pra cumprir um objetivo contemplativo, mais parecem ser um erro mesmo. mesmo assim, a construção da personagem principal me cativou, e me manteve assistindo a série até o fim.
em alguns momentos eu não entendia muito bem a motivação por trás da atitude dos personagens, mas acho que isso tem a ver com o fato de ser o modo de pensar de uma outra sociedade que não a minha.
no começo fiquei com raiva da protagonista por ser uma pessoa fria, mas depois vai se mostrando bem corajosa ao tomar decisões mesmo com todas as consequências que elas lhe pudessem trazer, e também ao enfrentar muita coisa mesmo com toda a pressão social sobre ela pelo fato de ser mulher. Jeong-in tem suas indecisões, mas mesmo assim vai avançando nas suas atitudes, e nesse aspecto demostra seu lado humano escondido por trás daquela máscara de seriedade do início da série.
outra coisa que me fez continuar assistindo foram as questões sociais apresentadas na série,
simplesmente resolveram colocar a mesma música tocando em cada momento romântico, pelo menos umas duas vezes a cada episódio. dá não, gente. foi falta de criatividade nesse ponto.
eu também esperava um desenvolvimento melhor da relação entre o Ji Ho e a Jeong-in. eles simplesmente se olham um dia, se apaixonam e decidem se casar. não tem interesses em comum, não tem algo que os una de verdade, apenas um sentimento tão recente... talvez eu esteja desiludida com esse tipo de afeto.
mas, não me arrependi de ter assistido, apesar de muitos pontos precisarem ser melhorados. em muitos momentos foi agradável e interessante.
Maravilhoso, com uma temática bem próxima de Princesa Mononoke, embora o enredo ocorra em tempos diferentes. É muito interessante como Miyazaki trabalha o tema da cidade,
do contexto urbano destrutivo e sua relação com as forças e o fluxo da natureza em seus filmes.
Além disso, é mais um filme do Miyazaki onde vejo personagens femininas fortes. Minha admiração só cresce por esse diretor. Percebi Nausicaä como uma personagem com atributos muito parecidos com os dos pajés das sociedades indígenas.
fui assistir esse filme com receio de ser romântico demais, aka uma baboseira, mas ele me impressionou em muitos sentidos. é incrível como temos o poder de mudar o destino das pessoas, trazer um pouco mais de alegria, mesmo que não possamos salvá-las de suas próprias questões.
me identifiquei com finch no sentido de que ele faz com que as pessoas se abram para ele, mas ele mesmo não consegue se abrir. nem com o psicólogo, nem com a violet. tenho uma vaga noção de psicologia, mas sei que um componente fundamental para a mudança de uma pessoa é a sua própria vontade. e é interessante observar como essa vontade surge ou deixa de surgir nos protagonistas, e como ela é decisiva para que possa ocorrer uma transformação verdadeira.
gostei das mensagens que o filme passa sobre vida e morte, suicídio, sobre seguir em frente e sobre nossas forças interiores e o poder de uma pessoa de marcar nossas vidas, tanto positivamente quanto negativamente. um filme tranquilo, mas que passa mensagens importantes para os jovens de uma sociedade cada vez mais emocionalmente adoecida.
enfim. sejamos gentis, que esse mundo tá precisando.
Não conheço a filmografia de Jodorowsky. Não assisti aos seus filmes mais aclamados. Mas conheço a frustração de um artista quando tem sua obra destruída por terceiros. A história desse filme - que jamais foi feito - lembra muito a de Cabra Marcado Para Morrer, uma vez que há aqui um documentário que tenta reconstruir os passos de uma obra de arte interrompida por interesses alheios à própria arte.
Eu estava relembrando todos os filmes de ficção científica que pude ver e contemplando tal gênero, e por acaso achei esse documentário. Agora, alguns minutos depois de assisti-lo, me sinto traumatizada. Acabo de ver um documentário sobre talvez o maior filme de ficção científica que poderia ter existido. Que seria dirigido por alguém que se mostrou esperançado e como amante da arte a cada minuto deste documentário. Que se mudou para um país completamente diferente, foi atrás de cada pessoa que considerava uma espécie de alma gêmea sua, dispensando técnicos e produtores muito aclamados, mas pouco espirituosos. Mas Hollywood fez suas exigências e disse que seria impossível realizá-lo, a não ser com uma condição: que o personagem mais importante, dentro e fora do filme (já que o este é fruto do desenvolvimento de suas ideias) deveria ser descartado. Porque o filme precisaria ser mais curto e iria mexer com a cabeça das pessoas. Porque a outro diretor, aliás, a indústria o faria melhor.
Dá uma dor no coração muito grande ver o seu trabalho sendo limitado por exigências externas, que não compreendem o espírito da sua obra, que querem-na mais ou menos conceitual, ou que simplesmente falam com que ela se transforme num fast-food.
Eu gostaria de conversar com Jodorowsky e dizer: FAÇA ESSE FILME.
Ou passar horas escutando ensinamentos como os que ele apresentou no documentário. Para retribuir toda as frases que transmitem coragem nesse filme. Ver os esboços do filme por si só já foi uma experiência única.
Fico torcendo muito para que ele, depois de tantos anos, levante e faça o que lhe impediram de fazer, e que parece ser uma obra de arte, e mais importante, uma obra de arte sincera.
Maid
4.5 368 Assista AgoraDefinitivamente a série que mais tocou o meu coração esse ano. A cada episódio surgiram tantas coisas para refletir! As situações que Alex enfrenta vão nos mostrando de forma didática como as questões de gênero, econômica e psicológica se entrelaçam. Não apenas foi abordado um tema importantíssimo - a maternidade solo -, mas foi igualmente impressionante a forma como este foi retratado.
A tensão predominante em toda a série e o movimento da câmera transmitindo a confusão de Alex, por exemplo, e outros elementos que meu olhar de leiga não consegue identificar me deixaram aflita, esperançosa, decepcionada, triste, alegre, enfim. Nem sei quantas foram as vezes que me percebi recolhida na cadeira, me segurando e pensando no que poderia acontecer em seguida.
Trágico e inspirador ao mesmo tempo. Tema imprescindível, atores incríveis e direção maravilhosa.
Uma Noite de Primavera
4.1 45 Assista Agorapra quem já assistiu outros doramas da netflix como Goo Hae-ryung e Something in the rain, essa série deixa bastante a desejar. como já foi comentado aqui antes, as coisas demoram muito a acontecer. não costumo ter pressa, gosto de cenas onde você consegue apreciar os momentos como se estivesse olhando por uma janela, mas muitas vezes esses momentos demorados da série não estão lá pra cumprir um objetivo contemplativo, mais parecem ser um erro mesmo. mesmo assim, a construção da personagem principal me cativou, e me manteve assistindo a série até o fim.
em alguns momentos eu não entendia muito bem a motivação por trás da atitude dos personagens, mas acho que isso tem a ver com o fato de ser o modo de pensar de uma outra sociedade que não a minha.
no começo fiquei com raiva da protagonista por ser uma pessoa fria, mas depois vai se mostrando bem corajosa ao tomar decisões mesmo com todas as consequências que elas lhe pudessem trazer, e também ao enfrentar muita coisa mesmo com toda a pressão social sobre ela pelo fato de ser mulher. Jeong-in tem suas indecisões, mas mesmo assim vai avançando nas suas atitudes, e nesse aspecto demostra seu lado humano escondido por trás daquela máscara de seriedade do início da série.
outra coisa que me fez continuar assistindo foram as questões sociais apresentadas na série,
a violência simbólica e física contra a mulher, a exigência dos pais para com os filhos, e especialmente com as filhas.
simplesmente resolveram colocar a mesma música tocando em cada momento romântico, pelo menos umas duas vezes a cada episódio. dá não, gente. foi falta de criatividade nesse ponto.
eu também esperava um desenvolvimento melhor da relação entre o Ji Ho e a Jeong-in. eles simplesmente se olham um dia, se apaixonam e decidem se casar. não tem interesses em comum, não tem algo que os una de verdade, apenas um sentimento tão recente... talvez eu esteja desiludida com esse tipo de afeto.
Nausicaä do Vale do Vento
4.3 453 Assista AgoraMaravilhoso, com uma temática bem próxima de Princesa Mononoke, embora o enredo ocorra em tempos diferentes. É muito interessante como Miyazaki trabalha o tema da cidade,
do contexto urbano destrutivo e sua relação com as forças e o fluxo da natureza em seus filmes.
Por Lugares Incríveis
3.2 630 Assista Agorafui assistir esse filme com receio de ser romântico demais, aka uma baboseira, mas ele me impressionou em muitos sentidos. é incrível como temos o poder de mudar o destino das pessoas, trazer um pouco mais de alegria, mesmo que não possamos salvá-las de suas próprias questões.
me identifiquei com finch no sentido de que ele faz com que as pessoas se abram para ele, mas ele mesmo não consegue se abrir. nem com o psicólogo, nem com a violet. tenho uma vaga noção de psicologia, mas sei que um componente fundamental para a mudança de uma pessoa é a sua própria vontade. e é interessante observar como essa vontade surge ou deixa de surgir nos protagonistas, e como ela é decisiva para que possa ocorrer uma transformação verdadeira.
gostei das mensagens que o filme passa sobre vida e morte, suicídio, sobre seguir em frente e sobre nossas forças interiores e o poder de uma pessoa de marcar nossas vidas, tanto positivamente quanto negativamente. um filme tranquilo, mas que passa mensagens importantes para os jovens de uma sociedade cada vez mais emocionalmente adoecida.
enfim. sejamos gentis, que esse mundo tá precisando.
Duna de Jodorowsky
4.5 143Não conheço a filmografia de Jodorowsky. Não assisti aos seus filmes mais aclamados. Mas conheço a frustração de um artista quando tem sua obra destruída por terceiros. A história desse filme - que jamais foi feito - lembra muito a de Cabra Marcado Para Morrer, uma vez que há aqui um documentário que tenta reconstruir os passos de uma obra de arte interrompida por interesses alheios à própria arte.
Eu estava relembrando todos os filmes de ficção científica que pude ver e contemplando tal gênero, e por acaso achei esse documentário. Agora, alguns minutos depois de assisti-lo, me sinto traumatizada. Acabo de ver um documentário sobre talvez o maior filme de ficção científica que poderia ter existido. Que seria dirigido por alguém que se mostrou esperançado e como amante da arte a cada minuto deste documentário. Que se mudou para um país completamente diferente, foi atrás de cada pessoa que considerava uma espécie de alma gêmea sua, dispensando técnicos e produtores muito aclamados, mas pouco espirituosos. Mas Hollywood fez suas exigências e disse que seria impossível realizá-lo, a não ser com uma condição: que o personagem mais importante, dentro e fora do filme (já que o este é fruto do desenvolvimento de suas ideias) deveria ser descartado. Porque o filme precisaria ser mais curto e iria mexer com a cabeça das pessoas. Porque a outro diretor, aliás, a indústria o faria melhor.
Dá uma dor no coração muito grande ver o seu trabalho sendo limitado por exigências externas, que não compreendem o espírito da sua obra, que querem-na mais ou menos conceitual, ou que simplesmente falam com que ela se transforme num fast-food.
Eu gostaria de conversar com Jodorowsky e dizer: FAÇA ESSE FILME.
Ou passar horas escutando ensinamentos como os que ele apresentou no documentário. Para retribuir toda as frases que transmitem coragem nesse filme. Ver os esboços do filme por si só já foi uma experiência única.
A Arte de Andar Pelas Ruas de Brasília
3.2 13http://www.youtube.com/watch?v=oor5rwYUQSM
Vi que postaram outros links aqui, mas não estão funcionando mais :~ Tá aí pra quem quiser ver!
Concert
4.1 2https://www.youtube.com/watch?v=ge-hESI2DZY