Maravilhoso, com uma temática bem próxima de Princesa Mononoke, embora o enredo ocorra em tempos diferentes. É muito interessante como Miyazaki trabalha o tema da cidade,
do contexto urbano destrutivo e sua relação com as forças e o fluxo da natureza em seus filmes.
Além disso, é mais um filme do Miyazaki onde vejo personagens femininas fortes. Minha admiração só cresce por esse diretor. Percebi Nausicaä como uma personagem com atributos muito parecidos com os dos pajés das sociedades indígenas.
fui assistir esse filme com receio de ser romântico demais, aka uma baboseira, mas ele me impressionou em muitos sentidos. é incrível como temos o poder de mudar o destino das pessoas, trazer um pouco mais de alegria, mesmo que não possamos salvá-las de suas próprias questões.
me identifiquei com finch no sentido de que ele faz com que as pessoas se abram para ele, mas ele mesmo não consegue se abrir. nem com o psicólogo, nem com a violet. tenho uma vaga noção de psicologia, mas sei que um componente fundamental para a mudança de uma pessoa é a sua própria vontade. e é interessante observar como essa vontade surge ou deixa de surgir nos protagonistas, e como ela é decisiva para que possa ocorrer uma transformação verdadeira.
gostei das mensagens que o filme passa sobre vida e morte, suicídio, sobre seguir em frente e sobre nossas forças interiores e o poder de uma pessoa de marcar nossas vidas, tanto positivamente quanto negativamente. um filme tranquilo, mas que passa mensagens importantes para os jovens de uma sociedade cada vez mais emocionalmente adoecida.
enfim. sejamos gentis, que esse mundo tá precisando.
Não conheço a filmografia de Jodorowsky. Não assisti aos seus filmes mais aclamados. Mas conheço a frustração de um artista quando tem sua obra destruída por terceiros. A história desse filme - que jamais foi feito - lembra muito a de Cabra Marcado Para Morrer, uma vez que há aqui um documentário que tenta reconstruir os passos de uma obra de arte interrompida por interesses alheios à própria arte.
Eu estava relembrando todos os filmes de ficção científica que pude ver e contemplando tal gênero, e por acaso achei esse documentário. Agora, alguns minutos depois de assisti-lo, me sinto traumatizada. Acabo de ver um documentário sobre talvez o maior filme de ficção científica que poderia ter existido. Que seria dirigido por alguém que se mostrou esperançado e como amante da arte a cada minuto deste documentário. Que se mudou para um país completamente diferente, foi atrás de cada pessoa que considerava uma espécie de alma gêmea sua, dispensando técnicos e produtores muito aclamados, mas pouco espirituosos. Mas Hollywood fez suas exigências e disse que seria impossível realizá-lo, a não ser com uma condição: que o personagem mais importante, dentro e fora do filme (já que o este é fruto do desenvolvimento de suas ideias) deveria ser descartado. Porque o filme precisaria ser mais curto e iria mexer com a cabeça das pessoas. Porque a outro diretor, aliás, a indústria o faria melhor.
Dá uma dor no coração muito grande ver o seu trabalho sendo limitado por exigências externas, que não compreendem o espírito da sua obra, que querem-na mais ou menos conceitual, ou que simplesmente falam com que ela se transforme num fast-food.
Eu gostaria de conversar com Jodorowsky e dizer: FAÇA ESSE FILME.
Ou passar horas escutando ensinamentos como os que ele apresentou no documentário. Para retribuir toda as frases que transmitem coragem nesse filme. Ver os esboços do filme por si só já foi uma experiência única.
Fico torcendo muito para que ele, depois de tantos anos, levante e faça o que lhe impediram de fazer, e que parece ser uma obra de arte, e mais importante, uma obra de arte sincera.
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Nausicaä do Vale do Vento
4.3 453 Assista AgoraMaravilhoso, com uma temática bem próxima de Princesa Mononoke, embora o enredo ocorra em tempos diferentes. É muito interessante como Miyazaki trabalha o tema da cidade,
do contexto urbano destrutivo e sua relação com as forças e o fluxo da natureza em seus filmes.
Por Lugares Incríveis
3.2 628 Assista Agorafui assistir esse filme com receio de ser romântico demais, aka uma baboseira, mas ele me impressionou em muitos sentidos. é incrível como temos o poder de mudar o destino das pessoas, trazer um pouco mais de alegria, mesmo que não possamos salvá-las de suas próprias questões.
me identifiquei com finch no sentido de que ele faz com que as pessoas se abram para ele, mas ele mesmo não consegue se abrir. nem com o psicólogo, nem com a violet. tenho uma vaga noção de psicologia, mas sei que um componente fundamental para a mudança de uma pessoa é a sua própria vontade. e é interessante observar como essa vontade surge ou deixa de surgir nos protagonistas, e como ela é decisiva para que possa ocorrer uma transformação verdadeira.
gostei das mensagens que o filme passa sobre vida e morte, suicídio, sobre seguir em frente e sobre nossas forças interiores e o poder de uma pessoa de marcar nossas vidas, tanto positivamente quanto negativamente. um filme tranquilo, mas que passa mensagens importantes para os jovens de uma sociedade cada vez mais emocionalmente adoecida.
enfim. sejamos gentis, que esse mundo tá precisando.
Duna de Jodorowsky
4.5 143Não conheço a filmografia de Jodorowsky. Não assisti aos seus filmes mais aclamados. Mas conheço a frustração de um artista quando tem sua obra destruída por terceiros. A história desse filme - que jamais foi feito - lembra muito a de Cabra Marcado Para Morrer, uma vez que há aqui um documentário que tenta reconstruir os passos de uma obra de arte interrompida por interesses alheios à própria arte.
Eu estava relembrando todos os filmes de ficção científica que pude ver e contemplando tal gênero, e por acaso achei esse documentário. Agora, alguns minutos depois de assisti-lo, me sinto traumatizada. Acabo de ver um documentário sobre talvez o maior filme de ficção científica que poderia ter existido. Que seria dirigido por alguém que se mostrou esperançado e como amante da arte a cada minuto deste documentário. Que se mudou para um país completamente diferente, foi atrás de cada pessoa que considerava uma espécie de alma gêmea sua, dispensando técnicos e produtores muito aclamados, mas pouco espirituosos. Mas Hollywood fez suas exigências e disse que seria impossível realizá-lo, a não ser com uma condição: que o personagem mais importante, dentro e fora do filme (já que o este é fruto do desenvolvimento de suas ideias) deveria ser descartado. Porque o filme precisaria ser mais curto e iria mexer com a cabeça das pessoas. Porque a outro diretor, aliás, a indústria o faria melhor.
Dá uma dor no coração muito grande ver o seu trabalho sendo limitado por exigências externas, que não compreendem o espírito da sua obra, que querem-na mais ou menos conceitual, ou que simplesmente falam com que ela se transforme num fast-food.
Eu gostaria de conversar com Jodorowsky e dizer: FAÇA ESSE FILME.
Ou passar horas escutando ensinamentos como os que ele apresentou no documentário. Para retribuir toda as frases que transmitem coragem nesse filme. Ver os esboços do filme por si só já foi uma experiência única.