Obra incrível do Robert Eggers, que desde A Bruxa se mostra um diretor com uma pegada bem autoral e sem medo de construir uma identidade própria em seus filmes. O Farol não se prende a um gênero especifico, flertando com fantasia, drama, estudo de personagem, terror psicológico e em determinados momentos até humor. O filme se sustenta nas brilhantes atuações de Dafoe (que tem um dos melhores monólogos dos últimos anos no cinema) e do Pattinson, uma fotografia forte (a escolha do preto e branco e do formato 1.19:1 se justifica) e do lirismo quase surreal narrativo do filme, que começa rotineiro e ganha força brutal de forma gradativa e natural... o filme em alguns momentos me lembrou "Persona" do Bergman e "Anticristo" do Von Trier na proposta de reflexão a respeito da loucura humana quando em isolamento, entretanto, sempre com uma linguagem própria. Resumindo, filme bem interessante sobre obsessão, prazer, relações humanas, trabalho, busca por saber e tudo mais que a subjetividade do filme permite ao espectador captar e criar no abstrato espaço que o filme nos abre...
Fui ver esperando um "Prenda-me se for capaz" genérico e me surpreendi com a qualidade e personalidade do filme... muito disse se deve a grande atuação de Wagner Moura e ao como seu personagem é construído. Não há um charmoso camaleão aqui e sim um jovem (que desde a primeira) cena tem grande dificuldade em encontrar e aceitar o seu "eu"
Fui esperando algo no nivel do documentário e me decepcionei um bocado. A escolha de contar a história pelo ponto de vista da Liz (Lily Collins a melhor coisa do filme) é uma escolha interessante e que poderia gerar bons momentos mas não os gera. A ideia doida de contar a história do assassino sem mostrar um assassinato também é interessante mas acaba por gerar um vazio que deveria ser preenchido com um suposto "charme" ou "inteligência" do assassino mas não o é. O filme não é ruim mas é esquecível e peca ao agir como se a culpa de Bundy fosse um mistério a só ser revelado no final. A ausência de um olhar critico do filme sobre tudo que se ocorreu é bem grave.
Filme sensível, simples e real como Baumbach sempre entrega. O cara tem uma capacidade lindíssima de transformar a vida em poesia e arte de uma forma extremamente cativante e relevante. No filme, Baumbach ainda toma a bela decisão (na minha opinião) de não tomar partido na história, nos apresentando personagens humanos, com falhas, acertos, certezas, incertezas e muito bem interpretados por Scarlett Johansson (talvez minha atuação favorita dela) e Adam Driver. Um dos meus filmes favoritos no ano, sobre amor, se adaptar, dinheiro, arte... sobre vida.
Se você espera um bom filme de terror esse não é o filme pra você, divertido "Historias Assustadoras" é um horror juvenil com criaturas bem desenhadas (como é padrão em filmes na qual Del Toro se envolve) o filme remete a obras de Stephen King, contudo sem a qualidade narrativa e personagens interessantes do citado. O diretor tem dificuldade em criar situações de susto ou de medo genuínos. Historias Assustadoras para contar no escuro não nos conta historias de fato assustadoras mas diverte como um potencial sessão da tarde mais teen.
Um filme dificil, extremamente alegórico. Um filme sobre a ação, o foco do espectador na ação simplesmente pela ação Como a metáfora do jogo de futebol, buscamos sempre assistir a bola e não prestamos atenção no goleiro. E o filme começa assim, sem ação, sem que prestemos de fato atenção no goleiro... até que movido por uma ação absolutamente despropositada
e então em sua fuga vemos novamente essa premissa, ele está ao lado de torres de vigia e mesmo assim ninguém o reconhece pelo crime cometido, mesmo ao final, quando seu retrato está nos jornais, ninguém o reconhece, ele não promove a ação, ele é passivo dela, ele tem um momento de foco e nada mais, que é quando a bola vai ao gol
Filme bem alegórico, com alguns poucos momentos marcantes, criticas atuais (desde o titulo "US" brincando com United States), o filme trata de maneira bacana, mas um pouco obvia, sobre a nossa percepção sobre nós mesmos e nosso papel ativo perante a uma sociedade de "liberdade" (será que essa liberdade de fato existe?)... Mas esperava mais, acho que fui com o hype lá em cima e o desenvolver da história não é satisfatório o suficiente, o final tenta se recuperar com um plot que até é bacana mas é previsível e os momentos de comédia são mais interessantes que os de horror, o filme não é muito tenso (o que o trailer e os comentários que vi tinham meio que me "vendido"), o que foi um pouco decepcionante. Resumindo, o filme é legal, a ideia original é criativa, diverte mas é previsível e se perde no final.
Temporada mais fraca da série (e olha que a quarta já não foi inspirada), toda temporada soa ingênua depois de tudo que eles fizeram, falta impacto, falta provocar, falta ficar marcado na sua cabeça por semanas, falta identidade. A série que sempre foi sobre o absurdo humano social quando em relação com a tecnologia (mas a tecnologia era só um instrumento narrativo ali) perdeu total isso nessa temporada. Não é ruim como um todo, as histórias até divertem e propõe, em raras ocasiões, uma reflexão... mas perde força quando comparada a outras temporadas que são muito boas. Sobre o tamanho da temporada, 3 episódios tá mais que bom, só podiam ser episódios melhores mesmo
Filme absolutamente sensitivo. Pra sentir e não pra compreender. Sem pé na cabeça o filme traz ao espectador sensações, sentimentos abusando do "nosense" como estilo narrativo e até estético
. Senti um paralelo muito grande com a obra Metamorfose do Kafka, com o "bebê" como representação externa da metamorfose e fobia do protagonista,do seu medo social, vergonha e total alienação ao mundo externo
O Farol
3.8 1,6K Assista AgoraObra incrível do Robert Eggers, que desde A Bruxa se mostra um diretor com uma pegada bem autoral e sem medo de construir uma identidade própria em seus filmes. O Farol não se prende a um gênero especifico, flertando com fantasia, drama, estudo de personagem, terror psicológico e em determinados momentos até humor. O filme se sustenta nas brilhantes atuações de Dafoe (que tem um dos melhores monólogos dos últimos anos no cinema) e do Pattinson, uma fotografia forte (a escolha do preto e branco e do formato 1.19:1 se justifica) e do lirismo quase surreal narrativo do filme, que começa rotineiro e ganha força brutal de forma gradativa e natural... o filme em alguns momentos me lembrou "Persona" do Bergman e "Anticristo" do Von Trier na proposta de reflexão a respeito da loucura humana quando em isolamento, entretanto, sempre com uma linguagem própria. Resumindo, filme bem interessante sobre obsessão, prazer, relações humanas, trabalho, busca por saber e tudo mais que a subjetividade do filme permite ao espectador captar e criar no abstrato espaço que o filme nos abre...
VIPs
3.3 1,0KFui ver esperando um "Prenda-me se for capaz" genérico e me surpreendi com a qualidade e personalidade do filme... muito disse se deve a grande atuação de Wagner Moura e ao como seu personagem é construído. Não há um charmoso camaleão aqui e sim um jovem (que desde a primeira) cena tem grande dificuldade em encontrar e aceitar o seu "eu"
Ted Bundy: A Irresistível Face do Mal
3.3 584 Assista AgoraFui esperando algo no nivel do documentário e me decepcionei um bocado. A escolha de contar a história pelo ponto de vista da Liz (Lily Collins a melhor coisa do filme) é uma escolha interessante e que poderia gerar bons momentos mas não os gera. A ideia doida de contar a história do assassino sem mostrar um assassinato também é interessante mas acaba por gerar um vazio que deveria ser preenchido com um suposto "charme" ou "inteligência" do assassino mas não o é. O filme não é ruim mas é esquecível e peca ao agir como se a culpa de Bundy fosse um mistério a só ser revelado no final. A ausência de um olhar critico do filme sobre tudo que se ocorreu é bem grave.
História de um Casamento
4.0 1,9K Assista AgoraFilme sensível, simples e real como Baumbach sempre entrega. O cara tem uma capacidade lindíssima de transformar a vida em poesia e arte de uma forma extremamente cativante e relevante.
No filme, Baumbach ainda toma a bela decisão (na minha opinião) de não tomar partido na história, nos apresentando personagens humanos, com falhas, acertos, certezas, incertezas e muito bem interpretados por Scarlett Johansson (talvez minha atuação favorita dela) e Adam Driver. Um dos meus filmes favoritos no ano, sobre amor, se adaptar, dinheiro, arte... sobre vida.
Histórias Assustadoras para Contar no Escuro
3.1 551 Assista AgoraSe você espera um bom filme de terror esse não é o filme pra você, divertido "Historias Assustadoras" é um horror juvenil com criaturas bem desenhadas (como é padrão em filmes na qual Del Toro se envolve) o filme remete a obras de Stephen King, contudo sem a qualidade narrativa e personagens interessantes do citado. O diretor tem dificuldade em criar situações de susto ou de medo genuínos. Historias Assustadoras para contar no escuro não nos conta historias de fato assustadoras mas diverte como um potencial sessão da tarde mais teen.
Destaque pra cena no hospital, onde os corredores ficam vermelhos e temos uma sensação de claustrofobia lenta muito legal
O Medo do Goleiro Diante do Pênalti
3.2 13Um filme dificil, extremamente alegórico. Um filme sobre a ação, o foco do espectador na ação simplesmente pela ação
Como a metáfora do jogo de futebol, buscamos sempre assistir a bola e não prestamos atenção no goleiro.
E o filme começa assim, sem ação, sem que prestemos de fato atenção no goleiro... até que movido por uma ação absolutamente despropositada
(A morte da mulher)
(a cena do assassinato).
Ninguém assiste ao goleiro durante uma partida. Ao acompanharmos o goleiro, longe da ação, tudo pode acontecer mas talvez nada aconteça.
Nós
3.8 2,3K Assista AgoraFilme bem alegórico, com alguns poucos momentos marcantes, criticas atuais (desde o titulo "US" brincando com United States), o filme trata de maneira bacana, mas um pouco obvia, sobre a nossa percepção sobre nós mesmos e nosso papel ativo perante a uma sociedade de "liberdade" (será que essa liberdade de fato existe?)... Mas esperava mais, acho que fui com o hype lá em cima e o desenvolver da história não é satisfatório o suficiente, o final tenta se recuperar com um plot que até é bacana mas é previsível e os momentos de comédia são mais interessantes que os de horror, o filme não é muito tenso (o que o trailer e os comentários que vi tinham meio que me "vendido"), o que foi um pouco decepcionante. Resumindo, o filme é legal, a ideia original é criativa, diverte mas é previsível e se perde no final.
Black Mirror (5ª Temporada)
3.2 959Temporada mais fraca da série (e olha que a quarta já não foi inspirada), toda temporada soa ingênua depois de tudo que eles fizeram, falta impacto, falta provocar, falta ficar marcado na sua cabeça por semanas, falta identidade. A série que sempre foi sobre o absurdo humano social quando em relação com a tecnologia (mas a tecnologia era só um instrumento narrativo ali) perdeu total isso nessa temporada. Não é ruim como um todo, as histórias até divertem e propõe, em raras ocasiões, uma reflexão... mas perde força quando comparada a outras temporadas que são muito boas. Sobre o tamanho da temporada, 3 episódios tá mais que bom, só podiam ser episódios melhores mesmo
Eraserhead
3.9 927 Assista AgoraFilme absolutamente sensitivo. Pra sentir e não pra compreender.
Sem pé na cabeça o filme traz ao espectador sensações, sentimentos abusando do "nosense" como estilo narrativo e até estético
. Senti um paralelo muito grande com a obra Metamorfose do Kafka, com o "bebê" como representação externa da metamorfose e fobia do protagonista,do seu medo social, vergonha e total alienação ao mundo externo