Vai Na Fé já pode ser considerada um clássico da teledramaturgia brasileira. Novela que reacendeu o horário das 7 na Rede Globo e todo mundo parou pra comentar, noveleiro ou não.
Na história, a protagonista Sol, enquanto vende marmitas junto com sua amiga para pagar as contas, esconde o sonho de voltar a dançar nos palcos. Ela era na juventude a princesinha dos bailes funks. E nesses bailes, ela também conheceu o amor da sua vida, Benjamin. Por certos acontecimentos, e a vida sendo como ela é, a Sol parou de dançar, nunca mais viu o Ben e encontrou na fé da sua religião e nas duas filhas, um motivo pra seguir em frente (daí que surge o título).
Durante a novela a gente descobre que a Sol passou pelo trauma de um abuso, cometido pelo melhor amigo do Benjamin. O marido da Sol morre em um acidente, e nisso a filha Jennifer descobre que o seu pai era outro. A Sol fica entre Benjamin, seu amor do passado, e o cantor Lui Lorenzo, ao qual ela se torna uma dançarina dele, mesmo com a família crente rejeitando.
Na minha opinião a Sol foi uma protagonista carismática e humana, como a tempos não víamos, e ao mesmo tempo cheia de falhas (escondeu vários segredos da família, das filhas, com o intuito de protegê-los). E ela é a típica mocinha: Trabalhadora, guerreira, cheia de sonhos, com amores não resolvidos e envolvida em um triângulo amoroso. A Sheron Menezes merece todos os aplausos do mundo, deram uma protagonista a altura pra ela. Em muitos momentos a Sol foi deixada um pouco de lado e outros personagens secundários brilharam. Algumas pessoas não gostaram disso, eu particularmente achei isso muito bom, até mesmo pra personagem não ficar repetitiva. Só acho que a carreira solo dela de cantora poderia ter começado um pouco antes, retirando algumas cenas românticas com o Lui Lorenzo, visto que ele não foi o endgame dela.
No início da novela eu achava a família da Sol insuportável, o que de certa forma é realista, mas algumas cenas eram cansativas porque já dava aquela ansiedade de ver a família dela reagindo negativamente a praticamente tudo o que a Sol fazia. Por mais que a mãe da Sol era rígida no início, o destaque de chata foi pra filha mais nova dela nos primeiros capítulos.
Existem muitos vilões que tentam ser detestáveis e alguns até ficam caricatos porque suas características humanas praticamente somem. Théo além de ter recebido a atuação monstruosa de Emílio Dantas, também era praticamente um Nemesis do Resident Evil na vida da Sol. E com o passar da novela mostrou sua obsessão doentia também pelo Ben. Ele se escondia como cidadão de bem, pai de família tradicional brasileira, MAS traía a esposa, era agressivo com ela, péssimo com o filho depressivo e abusou de inúmeras mulheres, todas com o mesmo padrão (era um serial raper, estuprador em série). Procurava mulheres com o perfil da Sol e as embebedava, repetindo a mesma ação que cometeu no passado. O capítulo mais forte da novela envolveu a revelação de que a Jennifer não era filha do Benjamin e infelizmente era filha do vilão. Foi uma das coisas mais corajosas que já vi em uma novela e espero que mais novelas abracem o lado agridoce da vida. E o único ponto negativo do Théo é aquela cena de cantoria da Sol, que foi mesclada com seu abusador, algo que foi bem desnecessário.
O que falar da brilhante advogada Lumiar? A personagem mais humana e complexa da trama, que passou por praticamente todos os arcos de personagem possível. No início era uma personagem misteriosa, depois revelou ser dúbia nas suas motivações, até passar por um arco de vilã, com o seu ápice sendo o julgamento do Théo, ao qual ela desmoralizou todas as vítimas de abuso dele, e passou por um arco de redenção belíssimo e tirou seu ano sabático, que foi citado a novela inteira. Também acho que a Carolina Dieckmann sempre foi injustiçada com essa fama de arrogante e o tempo só inocentou a gata, é só ver os bastidores dessa novela.
Benjamin poderia ter sido um personagem bem chato se não fosse pelo carisma (e beleza) do Samuel de Assis. Também por algumas dubiedades do personagem no meio da novela. As cenas de julgamento que ele soltou vítimas inocentes de racismo foi de uma pureza belíssima, por parte do ator e dos roteiristas. E a minha opinião é que esse tema precisa ser esfregado na cara de todos os brasileiros até cansarem, até ficarem exaustos e mudarmos alguma coisa. E ele mostrou que precisamos de mais galãs pretos, indígenas, asiáticos, ou seja, não-brancos na telinha. E é uma pena tantos talentos terem sido desperdiçados com o passar das décadas por causa do racismo.
Renata Sorrah esteve em seu melhor papel na TV desde Nazaré e eu falo particularmente que as minhas cenas de comédia favorita, foram todas cenas que ela fez alguma referência pra outra novela. Aliás, nunca vi uma novela homenagear outras novelas tão bem. Foram tantas novelas homenageadas que eu perdi a conta.
Depois de falar do brigadeirão e daquele demônio do Théo, vamos para a maior revelação do ano! Clara Moneke como Kate, Katelícia, Kátia, a melhor personagem dessa novela e que teve o maior número de arcos, histórias, e maior evolução. Começando como uma personagem quase que terciária da novela, quase que como uma figurante que até ajudava o namorado bandido, o delincrente dela, e terminou se tornando uma das grandes protagonistas da história, com o seu gato júnior, ou melhor, seu quindim. Ah meu amor, se eu realizasse meu sonho de ser escritor na Rede Globo, eu já ia chamar a Clara Moneke pra fazer minha protagonista e minha vilã em novela das 9, por favor gente. Essa gata merece o mundo!
A trilha sonora? Incrível! Tanto nacional, (ao qual a música de abertura me grudou muito) quanto a internacional, e também a original (as músicas do Lui também foram grude) e instrumental.
PARTES MAIS ICÔNICAS DA NOVELA: O acidente do Carlão; a Jennifer vendo a tatuagem do Benjamin e ligando os pontos; o reencontro da Sol e do Ben; o Ben descobrindo as mentiras da Lumiar; a Sol se dando por conta que foi abusada e aquela foi a melhor atuação da Sheron durante a novela; a revelação da Jennifer ser fruto de um estupro; a Clara descobrindo sobre a Kate ter sido amante do Théo e armando o barraco na casa dela, com a Bruna defendendo com unhas e dentes a sua filha; a Lumiar humilhando a Sol no julgamento do Théo; a Kate revelando pro Rafa que era amante do pai dele; a morte da Dora; a morte do Orfeu; e o Théo no último capítulo sendo preso na frente do elenco inteiro durante o casamento das duas pessoas que ele foi obcecado.
Os temas dessa novela foram muitos e acredito que todos foram bem escritos, talvez tenha tido um ou outro diálogo mais didático ou expositivo, mas tudo bem, porque pra 179 capítulos as pautas sociais beiraram a perfeição. E acho muito interessante que todos os personagens saíram do ponto inicial que estavam no início da novela. Praticamente todos evoluíram. Todos perderam algo, aprenderam algo, se perderam no caminho, descobriram algum segredo, foram na fé e ressaltaram o tema da novela, e etc.
Pra não dizer que tudo foi flores, a novela teve duas fases ruins: A semana do falso sequestro, que eu achei uma patacoada e a semana do Lui com a macharada que só valeu a pena por causa do Vitinho.
Teve uma fase que muitos não gostaram, ainda que rendeu cenas engraçadas: o filme fictício produzido dentro da novela, Fumaça Macabra. Mas eu não acho que foi tudo ruim nesse arco. O início dele foi bem bonito, homenageando o dia do cinema nacional, e como eu disse teve cenas bem engraçadas. O problema foi que estenderam muito, mas eu gostei da resolução desse plot.
Jennifer foi bem difícil de lidar pela sua chatice, mas ressalto que ela foi realista como estudante de direito, crente, cheia de hipocrisias. Ou seja, não foi uma personagem rasa. Acho que a Bella Campos segurou bem (em algumas partes mediana), já que era uma personagem bem chatinha. Ela com o MC Cabelinho (namorado da atriz na vida real) tiveram química e gostei que ficaram juntos no final.
O Caio Manhente foi outro destaque, junto com Regiane Alves, ambos tiveram cenas bem dramáticas, envolvidos diretamente com o vilão por mais da metade da trama. Embora no início da novela eram bem sumidos e foram ganhando seu espaço.
Aliás, quase todos os casais dessa novela se destacaram positivamente, os que não tinham tanta química e história ficam de lado, mas serviram muito bem seu tempo de tela suficiente. O único que pra mim não pegou, foi a Jennifer com o Otávio, que tiveram tempo de tela demais e química de menos. Acho que o restante dos casais não deixou a desejar, mas preciso pontuar algo bem decepcionante nesse aspecto.
O que mais me pegou negativamente foi a censura LGBT que a novela sofreu. Pra mim salta aos olhos como o Yuri e o Fred poderiam ter sido o maior casal da novela se não tivesse ocorrido um boicote, eles exalavam química lá no início. Tentaram investir em Yuri e Vini, ou Yuri e Guiga, e eles não tiveram tanta química assim. O Yuri e a Guiga mais se destacaram pelas cenas engraçadas. Sem contar que o Yuri foi desperdiçado, porque ele no início da novela tinha muito potencial nas interações com o Fred e os casos de racismo. Poderiam ter aproveitado aquele plot do Fred no macharada e revelar a sua bissexualidade, assim fazendo os dois ficarem juntos, belo desperdício de potencial.
Clara e Helena poderiam ter tido uns beijos melhores (inclusive censuraram o primeiro beijo gravado delas), mas não tiveram e de novo, a censura LGBT da cúpula da Globo estragou isso. Eu inclusive ia ficar bem decepcionado se elas não tivessem ficado juntas no final. Outro casal que poderiam ter explorado mais era o Vitinho e o Anthony, aliás, cadê os flashbacks dos dois se conhecendo? POTENCIAL DESPERDIÇADO DE NOVO!
Deixo meu recado então sobre essa censura LGBT pra Globo, de que os crentes homofóbicos não assistem suas novelas, então parem de dar visibilidade pra gente que não te dá audiência! E olha pra novelinha do lado, que tá passando agora. Ramiro e Kevin são mais amados que o casal protagonista e os heteros inclusive adotaram o casal. Não tem desculpa pra censura homofóbica em 2023. Espero que quem quer que esteja por trás disso seja mais profissional nos próximos trabalhos, ou deixe o cargo para alguém mais competente e corajoso. A Globo é nossa melhor emissora e merecemos pessoas mais responsáveis nestes cargos. Felizmente ganhamos espaço para reivindicarmos isso.
Bom, ficou pendente um mistério né... O QUE DIABOS TINHA NA BOLSA DO VITINHO?
Tirei uma estrela por causa dos furos, é isso que mata as novelas pra mim e faz eu não querer acompanhar tanto elas.
Acho que quase tudo funcionou nessa primeira temporada/parte, com a pior coisa sendo o núcleo do DG e a melhor coisa sendo o trio Maíra, Vanessa e Zoé, espero que a próxima temporada/parte foque ainda mais nelas.
Mauritânia perdeu um pouco do brilho nos últimos episódios por causa do plot de romance dela. Outra coisa que não curti foram alguns diálogos repetitivos, poderiam ter revelado alguns segredos já nessa primeira parte, se tivessem substituído esses diálogos.
A história da fundação dava uma novela própria só pra ela, bem macabra essa parte, pensar que isso acontece na vida real também é horrível, mas a novela dá umas pitadas de ficção tranquilamente pra deixar mais interessante. Samsa é um vilão bem interessante, espero que ele tenha mais destaque na próxima temporada, visto que ele é um dos mais cruéis (talvez só atrás da Vanessa).
do Galo nessa primeira parte, aguardo ansiosamente pra desgraça completa dele na segunda, que nojo. Será que tem chances de algum dos vilões sair ileso? Talvez o Humberto que é mais arrependido, embora pra mim ele continue um covarde, já deveria ter aberto o jogo pro Rafael e enfrentado as consequências do que fez.
Até agora tô amando a novela e doido pela chegada da Condessa de Monte Cristo. O único problema é o texto repetitivo e expositivo dos diálogos, mas a gente perdoa um pouco por causa dos personagens e da história.
Vai na Fé
3.8 23Vai Na Fé já pode ser considerada um clássico da teledramaturgia brasileira. Novela que reacendeu o horário das 7 na Rede Globo e todo mundo parou pra comentar, noveleiro ou não.
Na história, a protagonista Sol, enquanto vende marmitas junto com sua amiga para pagar as contas, esconde o sonho de voltar a dançar nos palcos. Ela era na juventude a princesinha dos bailes funks. E nesses bailes, ela também conheceu o amor da sua vida, Benjamin. Por certos acontecimentos, e a vida sendo como ela é, a Sol parou de dançar, nunca mais viu o Ben e encontrou na fé da sua religião e nas duas filhas, um motivo pra seguir em frente (daí que surge o título).
Durante a novela a gente descobre que a Sol passou pelo trauma de um abuso, cometido pelo melhor amigo do Benjamin. O marido da Sol morre em um acidente, e nisso a filha Jennifer descobre que o seu pai era outro. A Sol fica entre Benjamin, seu amor do passado, e o cantor Lui Lorenzo, ao qual ela se torna uma dançarina dele, mesmo com a família crente rejeitando.
Na minha opinião a Sol foi uma protagonista carismática e humana, como a tempos não víamos, e ao mesmo tempo cheia de falhas (escondeu vários segredos da família, das filhas, com o intuito de protegê-los). E ela é a típica mocinha: Trabalhadora, guerreira, cheia de sonhos, com amores não resolvidos e envolvida em um triângulo amoroso. A Sheron Menezes merece todos os aplausos do mundo, deram uma protagonista a altura pra ela.
Em muitos momentos a Sol foi deixada um pouco de lado e outros personagens secundários brilharam. Algumas pessoas não gostaram disso, eu particularmente achei isso muito bom, até mesmo pra personagem não ficar repetitiva. Só acho que a carreira solo dela de cantora poderia ter começado um pouco antes, retirando algumas cenas românticas com o Lui Lorenzo, visto que ele não foi o endgame dela.
No início da novela eu achava a família da Sol insuportável, o que de certa forma é realista, mas algumas cenas eram cansativas porque já dava aquela ansiedade de ver a família dela reagindo negativamente a praticamente tudo o que a Sol fazia. Por mais que a mãe da Sol era rígida no início, o destaque de chata foi pra filha mais nova dela nos primeiros capítulos.
Existem muitos vilões que tentam ser detestáveis e alguns até ficam caricatos porque suas características humanas praticamente somem. Théo além de ter recebido a atuação monstruosa de Emílio Dantas, também era praticamente um Nemesis do Resident Evil na vida da Sol. E com o passar da novela mostrou sua obsessão doentia também pelo Ben. Ele se escondia como cidadão de bem, pai de família tradicional brasileira, MAS traía a esposa, era agressivo com ela, péssimo com o filho depressivo e abusou de inúmeras mulheres, todas com o mesmo padrão (era um serial raper, estuprador em série). Procurava mulheres com o perfil da Sol e as embebedava, repetindo a mesma ação que cometeu no passado. O capítulo mais forte da novela envolveu a revelação de que a Jennifer não era filha do Benjamin e infelizmente era filha do vilão. Foi uma das coisas mais corajosas que já vi em uma novela e espero que mais novelas abracem o lado agridoce da vida. E o único ponto negativo do Théo é aquela cena de cantoria da Sol, que foi mesclada com seu abusador, algo que foi bem desnecessário.
O que falar da brilhante advogada Lumiar? A personagem mais humana e complexa da trama, que passou por praticamente todos os arcos de personagem possível. No início era uma personagem misteriosa, depois revelou ser dúbia nas suas motivações, até passar por um arco de vilã, com o seu ápice sendo o julgamento do Théo, ao qual ela desmoralizou todas as vítimas de abuso dele, e passou por um arco de redenção belíssimo e tirou seu ano sabático, que foi citado a novela inteira. Também acho que a Carolina Dieckmann sempre foi injustiçada com essa fama de arrogante e o tempo só inocentou a gata, é só ver os bastidores dessa novela.
Benjamin poderia ter sido um personagem bem chato se não fosse pelo carisma (e beleza) do Samuel de Assis. Também por algumas dubiedades do personagem no meio da novela. As cenas de julgamento que ele soltou vítimas inocentes de racismo foi de uma pureza belíssima, por parte do ator e dos roteiristas. E a minha opinião é que esse tema precisa ser esfregado na cara de todos os brasileiros até cansarem, até ficarem exaustos e mudarmos alguma coisa. E ele mostrou que precisamos de mais galãs pretos, indígenas, asiáticos, ou seja, não-brancos na telinha. E é uma pena tantos talentos terem sido desperdiçados com o passar das décadas por causa do racismo.
Renata Sorrah esteve em seu melhor papel na TV desde Nazaré e eu falo particularmente que as minhas cenas de comédia favorita, foram todas cenas que ela fez alguma referência pra outra novela. Aliás, nunca vi uma novela homenagear outras novelas tão bem. Foram tantas novelas homenageadas que eu perdi a conta.
Depois de falar do brigadeirão e daquele demônio do Théo, vamos para a maior revelação do ano! Clara Moneke como Kate, Katelícia, Kátia, a melhor personagem dessa novela e que teve o maior número de arcos, histórias, e maior evolução. Começando como uma personagem quase que terciária da novela, quase que como uma figurante que até ajudava o namorado bandido, o delincrente dela, e terminou se tornando uma das grandes protagonistas da história, com o seu gato júnior, ou melhor, seu quindim. Ah meu amor, se eu realizasse meu sonho de ser escritor na Rede Globo, eu já ia chamar a Clara Moneke pra fazer minha protagonista e minha vilã em novela das 9, por favor gente. Essa gata merece o mundo!
A trilha sonora? Incrível! Tanto nacional, (ao qual a música de abertura me grudou muito) quanto a internacional, e também a original (as músicas do Lui também foram grude) e instrumental.
PARTES MAIS ICÔNICAS DA NOVELA: O acidente do Carlão; a Jennifer vendo a tatuagem do Benjamin e ligando os pontos; o reencontro da Sol e do Ben; o Ben descobrindo as mentiras da Lumiar; a Sol se dando por conta que foi abusada e aquela foi a melhor atuação da Sheron durante a novela; a revelação da Jennifer ser fruto de um estupro; a Clara descobrindo sobre a Kate ter sido amante do Théo e armando o barraco na casa dela, com a Bruna defendendo com unhas e dentes a sua filha; a Lumiar humilhando a Sol no julgamento do Théo; a Kate revelando pro Rafa que era amante do pai dele; a morte da Dora; a morte do Orfeu; e o Théo no último capítulo sendo preso na frente do elenco inteiro durante o casamento das duas pessoas que ele foi obcecado.
Os temas dessa novela foram muitos e acredito que todos foram bem escritos, talvez tenha tido um ou outro diálogo mais didático ou expositivo, mas tudo bem, porque pra 179 capítulos as pautas sociais beiraram a perfeição. E acho muito interessante que todos os personagens saíram do ponto inicial que estavam no início da novela. Praticamente todos evoluíram. Todos perderam algo, aprenderam algo, se perderam no caminho, descobriram algum segredo, foram na fé e ressaltaram o tema da novela, e etc.
Pra não dizer que tudo foi flores, a novela teve duas fases ruins: A semana do falso sequestro, que eu achei uma patacoada e a semana do Lui com a macharada que só valeu a pena por causa do Vitinho.
Teve uma fase que muitos não gostaram, ainda que rendeu cenas engraçadas: o filme fictício produzido dentro da novela, Fumaça Macabra. Mas eu não acho que foi tudo ruim nesse arco. O início dele foi bem bonito, homenageando o dia do cinema nacional, e como eu disse teve cenas bem engraçadas. O problema foi que estenderam muito, mas eu gostei da resolução desse plot.
Jennifer foi bem difícil de lidar pela sua chatice, mas ressalto que ela foi realista como estudante de direito, crente, cheia de hipocrisias. Ou seja, não foi uma personagem rasa. Acho que a Bella Campos segurou bem (em algumas partes mediana), já que era uma personagem bem chatinha. Ela com o MC Cabelinho (namorado da atriz na vida real) tiveram química e gostei que ficaram juntos no final.
O Caio Manhente foi outro destaque, junto com Regiane Alves, ambos tiveram cenas bem dramáticas, envolvidos diretamente com o vilão por mais da metade da trama. Embora no início da novela eram bem sumidos e foram ganhando seu espaço.
Aliás, quase todos os casais dessa novela se destacaram positivamente, os que não tinham tanta química e história ficam de lado, mas serviram muito bem seu tempo de tela suficiente. O único que pra mim não pegou, foi a Jennifer com o Otávio, que tiveram tempo de tela demais e química de menos. Acho que o restante dos casais não deixou a desejar, mas preciso pontuar algo bem decepcionante nesse aspecto.
O que mais me pegou negativamente foi a censura LGBT que a novela sofreu. Pra mim salta aos olhos como o Yuri e o Fred poderiam ter sido o maior casal da novela se não tivesse ocorrido um boicote, eles exalavam química lá no início. Tentaram investir em Yuri e Vini, ou Yuri e Guiga, e eles não tiveram tanta química assim. O Yuri e a Guiga mais se destacaram pelas cenas engraçadas. Sem contar que o Yuri foi desperdiçado, porque ele no início da novela tinha muito potencial nas interações com o Fred e os casos de racismo. Poderiam ter aproveitado aquele plot do Fred no macharada e revelar a sua bissexualidade, assim fazendo os dois ficarem juntos, belo desperdício de potencial.
Clara e Helena poderiam ter tido uns beijos melhores (inclusive censuraram o primeiro beijo gravado delas), mas não tiveram e de novo, a censura LGBT da cúpula da Globo estragou isso. Eu inclusive ia ficar bem decepcionado se elas não tivessem ficado juntas no final. Outro casal que poderiam ter explorado mais era o Vitinho e o Anthony, aliás, cadê os flashbacks dos dois se conhecendo? POTENCIAL DESPERDIÇADO DE NOVO!
Deixo meu recado então sobre essa censura LGBT pra Globo, de que os crentes homofóbicos não assistem suas novelas, então parem de dar visibilidade pra gente que não te dá audiência! E olha pra novelinha do lado, que tá passando agora. Ramiro e Kevin são mais amados que o casal protagonista e os heteros inclusive adotaram o casal. Não tem desculpa pra censura homofóbica em 2023. Espero que quem quer que esteja por trás disso seja mais profissional nos próximos trabalhos, ou deixe o cargo para alguém mais competente e corajoso. A Globo é nossa melhor emissora e merecemos pessoas mais responsáveis nestes cargos. Felizmente ganhamos espaço para reivindicarmos isso.
Bom, ficou pendente um mistério né...
O QUE DIABOS TINHA NA BOLSA DO VITINHO?
Todas as Flores
3.4 99 Assista AgoraFujam dessa bomba
Todas as Flores
3.4 99 Assista AgoraTirei uma estrela por causa dos furos, é isso que mata as novelas pra mim e faz eu não querer acompanhar tanto elas.
Acho que quase tudo funcionou nessa primeira temporada/parte, com a pior coisa sendo o núcleo do DG e a melhor coisa sendo o trio Maíra, Vanessa e Zoé, espero que a próxima temporada/parte foque ainda mais nelas.
Mauritânia perdeu um pouco do brilho nos últimos episódios por causa do plot de romance dela. Outra coisa que não curti foram alguns diálogos repetitivos, poderiam ter revelado alguns segredos já nessa primeira parte, se tivessem substituído esses diálogos.
A história da fundação dava uma novela própria só pra ela, bem macabra essa parte, pensar que isso acontece na vida real também é horrível, mas a novela dá umas pitadas de ficção tranquilamente pra deixar mais interessante. Samsa é um vilão bem interessante, espero que ele tenha mais destaque na próxima temporada, visto que ele é um dos mais cruéis (talvez só atrás da Vanessa).
Queria a morte...
do Galo nessa primeira parte, aguardo ansiosamente pra desgraça completa dele na segunda, que nojo. Será que tem chances de algum dos vilões sair ileso? Talvez o Humberto que é mais arrependido, embora pra mim ele continue um covarde, já deveria ter aberto o jogo pro Rafael e enfrentado as consequências do que fez.
O Outro Lado Do Paraíso
3.5 53Até agora tô amando a novela e doido pela chegada da Condessa de Monte Cristo. O único problema é o texto repetitivo e expositivo dos diálogos, mas a gente perdoa um pouco por causa dos personagens e da história.
Vale Tudo
4.4 109 Assista AgoraÉ assustador como essa novela continua atual no nosso Brasil.