Fico bastante feliz em observar o crescimento da participação de brasileiros em papéis de destaque em produções estrangeiras, ainda que algumas sejam de caráter duvidoso – como foi o recente Elysium, onde o sotaque de Wagner Moura até que deu para o gasto diante da naturalidade de Alice Braga, ambos em papéis coadjuvantes. Isso sem dúvida mostra reconhecimento às produções brasileiras, que cada vez mais tem se destacado e garantido seu espaço quando se trata da sétima arte.
Com a direção de José Padilha no remake de Robocop esta participação ganha outra escala, mas também outra responsabilidade.
Mas, contudo, entretanto, todavia... apesar de ter gostado do resultado não posso dizer que manteve o brilhantismo original, para ser sincero em alguns pontos o filme foi bem medíocre.
A opção de escolherem o Padilha para mim é muito clara, queriam dar uma tropadeelitizada no filme, contudo esta violência entra em conflito com a própria natureza do personagem, que além de ser robô é muito escoteiro. Acho que apenas a cena do interrogatório do Jerry (Ricardo Betancourt), enquanto procurava o paradeiro de Antoine Vallon (Patrick Garrow) equilibrou bem esse conflito.
Outro ponto falho do filme diz respeito a construção dos personagens, alguns pouco profundos e até ambivalentes, como o caso do Dr. Dr. Dennett Norton (Gary Oldman), quem ora é claramente apresentado como idealista, que se vende à primeira pressão realizada pelos dirigentes da Omnicorp, para posteriormente se redimir ao despertar Murphy (Joel Kinnaman) e anunciar ao mundo os planos da empresa.
Outra coisa que senti falta foi o conflito entre sua essência humana e sua parte robô, cuja discussão vagamente aparece na trama. A todo momento ele aparece como superior a todos os desafios que são impostos, por ser “uma máquina melhor”, o que afeta o enredo e não nos faz temer pelo personagem.
No mais detestei as tomadas em primeira pessoa – tentativa barata de simular um game FPS (First Player Shooter) – assim como a sequência de tiroteio no escuro e no infravermelho.
Apesar de gostar da participação de Samuel L. Jackson como o inescrupuloso Pat Novak, não acho que valesse a pena fazer o filme girar em torno disso – afinal o filme começa e termina com um influente apresentador do talk show da destópica Detroit
Enfim, como ficou óbvio ao final do filme... esperemos uma sequência, mas desta sinceramente eu não sei o que esperar!
X-Men: Dias de um Futuro Esquecido
4.0 3,7K Assista AgoraQue filminho mais ou menos! Depois de assistir ficou apenas a expectativa que "Xmen - Apocalypse" seja melhor e salve a sequência do "First Class"!
C.R.A.Z.Y. - Loucos de Amor
4.2 712Filme fantástico, com uma das melhores trilhas sonoras que já vi!!
Os Bons Companheiros
4.4 1,2K Assista AgoraFilme um pouco longo, mas a narrativa é muito agradável. Mesmo em se tratando de uma história real, acredito que poderia se ter um final melhor!!
RoboCop
3.3 2,0K Assista AgoraFico bastante feliz em observar o crescimento da participação de brasileiros em papéis de destaque em produções estrangeiras, ainda que algumas sejam de caráter duvidoso – como foi o recente Elysium, onde o sotaque de Wagner Moura até que deu para o gasto diante da naturalidade de Alice Braga, ambos em papéis coadjuvantes. Isso sem dúvida mostra reconhecimento às produções brasileiras, que cada vez mais tem se destacado e garantido seu espaço quando se trata da sétima arte.
Com a direção de José Padilha no remake de Robocop esta participação ganha outra escala, mas também outra responsabilidade.
Mas, contudo, entretanto, todavia... apesar de ter gostado do resultado não posso dizer que manteve o brilhantismo original, para ser sincero em alguns pontos o filme foi bem medíocre.
A opção de escolherem o Padilha para mim é muito clara, queriam dar uma tropadeelitizada no filme, contudo esta violência entra em conflito com a própria natureza do personagem, que além de ser robô é muito escoteiro. Acho que apenas a cena do interrogatório do Jerry (Ricardo Betancourt), enquanto procurava o paradeiro de Antoine Vallon (Patrick Garrow) equilibrou bem esse conflito.
Outro ponto falho do filme diz respeito a construção dos personagens, alguns pouco profundos e até ambivalentes, como o caso do Dr. Dr. Dennett Norton (Gary Oldman), quem ora é claramente apresentado como idealista, que se vende à primeira pressão realizada pelos dirigentes da Omnicorp, para posteriormente se redimir ao despertar Murphy (Joel Kinnaman) e anunciar ao mundo os planos da empresa.
Outra coisa que senti falta foi o conflito entre sua essência humana e sua parte robô, cuja discussão vagamente aparece na trama. A todo momento ele aparece como superior a todos os desafios que são impostos, por ser “uma máquina melhor”, o que afeta o enredo e não nos faz temer pelo personagem.
No mais detestei as tomadas em primeira pessoa – tentativa barata de simular um game FPS (First Player Shooter) – assim como a sequência de tiroteio no escuro e no infravermelho.
Apesar de gostar da participação de Samuel L. Jackson como o inescrupuloso Pat Novak, não acho que valesse a pena fazer o filme girar em torno disso – afinal o filme começa e termina com um influente apresentador do talk show da destópica Detroit
Enfim, como ficou óbvio ao final do filme... esperemos uma sequência, mas desta sinceramente eu não sei o que esperar!
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