filmow.com/usuario/diegohenrique17
    Você está em
  1. > Home
  2. > Usuários
  3. > diegohenrique17
32 years (BRA)
Usuário desde Janeiro de 2016
Grau de compatibilidade cinéfila
Baseado em 0 avaliações em comum

Cinéfilo recente. ^.~

Últimas opiniões enviadas

  • Diego Henrique

    Hang the DJ – O espetacular episódio de Black Mirror
    A força do amor genuíno quebra qualquer sistema
    #

    Comentário contando partes do filme. Mostrar.

    Já assisti Hang the DJ algumas vezes. Me lembro que a sensação que tive da primeira a última vez foi a mesma. Espetacular. Inspiradora. Na época que eu vi pela primeira vez eu fiz o questionamento: Será que poderá existir um sistema que de fato, através de informações coletadas durante diversos processos de relacionamentos em um âmbito controlado poderia encontrar um par ideal, infalível? Seria então o amor um processo apreendido, apenas uma palavra que designa uma conexão profunda entre pessoas? Sim e não foram respectivamente as minhas respostas, depois de um tempo contemplando a obra prima que este episódio representa.
    .
    Em seguida, optei por conversar com uma amiga sobre o episódio, trazendo essas questões. Me lembro que ela disse uma coisa que faz todo sentido: Porque uma pessoa precisa passar necessariamente por experiências ruins e difíceis para encontrar a felicidade e o amor? Refleti sobre isso. Alegria não pressupõe algum sofrimento prévio, e isso é fato. Mas o sistema em Hang the DJ faz isso. Vai refinando a relação de Frank e Amy com essa premissa. No início, no encontro deles prévio, é nítido que eles se sentem confortáveis, plenos, seguros, como se aquela interação entre eles fosse durar pra sempre. Mas era só por 12 horas, e assim sendo, logo em seguida, o sistema os designou para outros relacionamentos longos onde imperam, do lado de Frank, o desprezo e o nojo, e do lado da Amy, a monotonia e a indiferença. E depois de 1 ano (e um encontro ocasional entre Amy e Frank), eles voltaram a ser pareados pelo sistema.
    .
    Na primeira vez que vi eu não liguei os pontos, mas depois de ter visto todo o episódio eu me dei conta de que a única coisa que o aplicativo está fazendo é testá-los, confrontá-los, colocando em prova o sentimento de um pelo outro colocando entraves e dificuldades em contraposição a um suposto sistema infalível. Então percebi que não é que o sistema pressuponha que eles precisam ter mais experiências ruins para que assim possam valorizar com mais propriedade as experiências boas que tiveram e assim refinar o relacionamento, ele apenas coloca o amor em prova o tempo todo para que tanto Frank quanto Amy tomem uma decisão em relação ao próprio sistema. Dessa forma, o objetivo do sistema é saber se o amor construído lá naquelas 12 pequenas horas é tamanho que possa superar as inflexíveis regras de um sistema, de modo a sobrepujá-lo. E bom, quando o amor genuíno acontece, não há sistema que o limite. Porém essa é a premissa fundamental do sistema! A rebelião contra ele é sinônimo de sucesso e a obediência a ele sinônimo de fracasso, o que reforça minha ideia de que um sistema bem delimitado e dentro de certos parâmetros pode ao menos contribuir para que se encontrar um par ideal.
    .
    Então percebi que não é que o amor possa ser delimitado, quantificado, ou que se trate de uma simples conexão vívida entre duas pessoas, como uma interpretação de um resultado de reações químicas cerebrais vinculadas ao desejo, ou mesmo como o resultado de uma sublimação. Ainda acredito que o amor é a maior forma de transcendência que existe, a maior expressão de um encontro genuíno, a forma ímpar de encontrar a unicidade do outro e assim fazê-lo de maneira a multiplicar a alegria, no caso do amor apaixonado, pluralmente. E nenhum sistema no mundo poderia delimitá-lo, expressá-lo de forma plena. Porém, Hang the DJ demonstra que é possível aproximar duas pessoas por suas características idiossincráticas específicas, e que através delas torna-se maior a probabilidade de que aquelas pessoas que tem afinidades desenvolvam esse amor, o que em parte nos mostra que o amor, ainda que não possa ser medido em dimensões fundamentalmente humanas por objetos, algo que significaria objetiva-lo e reduzi-lo a uma mera coisa, ainda pode ser tendenciado pelas mais diversas formas de expressão humanas desenvolvidas, dentre elas aquelas que se baseiam na refinada precisão matemática de um app.
    .
    No campo da hipótese, acredito que o sistema não os juntou tão aleatoriamente como Amy sugeriu, e também certamente ele não os venceu pelo cansaço. Tampouco parece ser um sistema refinado e ultra técnico que fez comparativos entre comportamentos, pensamentos e reações, para determinar quem combina com quem, como sugeriu Frank. Parece mais ser um programa, intuitivo e simples, que de maneira precisa compreende as relações humanas e suas configurações e a partir delas coloca um sentimento genuíno demonstrado em xeque através de uma capacidade unicamente humana: tomar uma decisão frente àquilo que nos limita, nesse caso, o aparente inflexível sistema. Frank e Amy tinham leveza e bom humor entre ambos, e se relacionavam de uma forma que provavelmente o sistema identificou como algo parecido com compatibilidade, testando isso durante todo o episódio através da separação, das experiências.
    .
    É provável que a curiosidade de Frank em saber o tempo de duração tenha sido programada, levada em conta, afinal, a curiosidade é uma prerrogativa humana, e o sistema pode ter identificado de alguma forma que nas características de personalidade de Frank, apresentava-se uma característica curiosa que eminentemente o faria quebrar o pacto que eles (Frank e Amy) fizeram de não olhar o tempo, e assim, mais uma vez, os colocariam em teste.
    .
    Só que durante o episódio, eu fiquei com uma coisa na cabeça. As reações dos outros eram sempre robóticas, e eles também não faziam outra coisa a não ser interagir naquele sistema. Então quando veio a cena que a Amy joga o “Coach” fora e diz pra ele contar até quatro, eu percebi que quando ela jogava as pedras no lago, sempre batia quatro vezes antes de afundar, e daí veio o estalo: Isso é um programa! Os próprios Amy e Frank eram parte do sistema, uma das 1000 consciências que eram testadas, apenas 1% de um App! Adorei o plot twist, e então percebi que tudo fazia sentido. O App. Testava as consciências de cada um, e assim determinava se o par era mesmo ideal. Com isso a questão do tempo perdido em relacionamentos se dissipou, já que não eram as duas pessoas em si, mas suas consciências que foram de alguma forma copiadas. Deu um nó na minha cabeça, achei fantástico e reforçou todas as considerações que eu havia feito antes. O diálogo final entre Amy e Frank foi belíssimo, com ambos em perfeita cumplicidade em prol de superar o sistema, o amor em seu ápice, por que de fato desde que eles se conheceram o sistema tentou separá-los e o legal é que eles se dão conta disso de uma forma muito natural e completamente decididos em prol de um sentimento mútuo, de um doar-se e desvincular-se de si mesmo em prol do outro, do significado construído, do amor em forma de magia.
    .
    Hang the DJ é meu episódio favorito de Black Mirror e é sem dúvidas um dos episódios mais espetaculares de series que eu já vi. E pra mim, a mensagem principal é: “O amor transcende àquilo que é sistemático, embora um sistema preciso possa tendenciar a ocasião de um amor genuíno.” A vida é feita de momentos, e se puder haver desígnio e criatividade juntos, o momento, ainda que momentâneo, instantâneo e imediato, se torna espiritualmente eterno.
    .

    Você precisa estar logado para comentar. Fazer login.
  • Diego Henrique

    Para além das lutas, eu acredito que esse filme nos ensina o valor da disciplina e da honra, tendo em vista a relação do Dux com seu Shidoshi. Por esses valores, Frank consegue romper barreiras e triunfar diante de um torneio mortal, uma verdadeira metáfora do que é a vida e do quanto precisamos nos superar para lidar com as adversidades mais nefastas que se apresentam cotidianamente. Um clássico em todos os sentidos.

    Você precisa estar logado para comentar. Fazer login.
  • Diego Henrique

    Olha, eu curti o filme, pasmem. Mas eu tenho consciência de que, pra conseguir curtir esse filme, você precisa se abster de muitas coisas. São elas:
    .

    Comentário contando partes do filme. Mostrar.

    Primeiro, o CGI fraco. Se você ver o cachorro e o Boss final você constata nitidamente o quanto aquilo ficou pavoroso. Mas isso não me afetou tanto, porque na verdade contribuiu com a nostalgia, visto que o CGI acabou ficando similar aos gráficos antigos dos primeiros jogos e por isso não me incomodou.
    .
    Depois vem a retratação da cidade de Raccon City. Nos jogos a cidade é reconhecidamente grande, fruto do progresso a partir dos investimentos e do dinheiro oriundo da corporação Umbrella e seus questionáveis experimentos. Mas nesse filme, a cidade parecia um bairro, e se teve uns 10 zumbis no filme foi muito. Ruim? Sim... é verdade, mas eu preferi focar no que foi acertado, como a delegacia de polícia e a mansão Spencer, que ficaram fiéis aos jogos e me passaram uma boa sensação.
    .
    E por fim, os personagens. Descaracterizados, tanto em etnia quanto em personalidade. Leon virou um banana, e a Jill virou uma ‘abobada’ diante de uma paixonite por Albert Wesker, que embora tenha se mantido como aquele que trai, mostrou uma “consciência” inexistente no personagem nos games. E eu nem vou nem vou falar dos irmãos Redfield. Mas eu tentei me desprender da personalidade dos personagens e compreender aquilo como se fosse algo novo, como se fossem personagens diferentes dos jogos que só tinham relação com eles por causa do nome, e se você consegue fazer esse exercício as atitudes dos personagens tornam-se mais toleráveis e você consegue desfrutar do filme – com exceção daquela cena do caminhão que o Leon tá ouvindo uma música e não ‘percebe’ o barulho de um caminhão tombando, ali foi de fato bizarro.


    .
    Acho que faltou um roteiro bom, faltou dar mais humanidade aos personagens, que ficaram um tanto frios nas atuações. Dessa forma, tudo fica objetificado, engessado e não flui, porque Resident Evil para além das referências, também é horror, são pessoas lutando por sobreviver, por transformar o caos vivido em esperança de sobreviver ao mundo, mundo este que incita morte o tempo inteiro, e esse aspecto se perde nesse filme. Mas apesar disso, gostei das referências, gostei dos detalhes das roupas, me senti empolgado com a sensação de estar vendo um filme que mesmo com as falhas supracitadas se propôs a tentar ser mais fiel aos jogos, e a cena pós créditos me deu até um arrepio.
    É... eu gostei de um filme catastrófico. Kkk.

    Você precisa estar logado para comentar. Fazer login.

Este site usa cookies para oferecer a melhor experiência possível. Ao navegar em nosso site, você concorda com o uso de cookies.

Se você precisar de mais informações e / ou não quiser que os cookies sejam colocados ao usar o site, visite a página da Política de Privacidade.