Assisti no Cine Trash quando era criança e a cena do poço me trouxe pesadelos. Posteriormente foi exibido no TV Terror, da Rede TV, e a famigerada cena do poço me remeteu à memória de infância, dessa vez sem o impacto do pavor que havia sentido, porém ainda intrigante. Assisti novamente esses dias e o poço continua sendo o cenário de um dos melhores momentos do filme, só não supera o seu desfecho extremamente inesperado, criativo e memorável. As mortes em off-screen e a quase ausência de gore (bem justificada ao término de sua exibição), porém, diminuem seu impacto enquanto terror e culminaram na controvérsia que o longa gerou. É um filme divertido, com uma cinematografia de destaque, clima soturno e apavorante. A roupagem oitentista, a casa do lago e os personagens com inteligência duvidosa, obrigatórios no gênero, agregam à obra um sentimento de nostalgia contagiante pra quem viveu a época de ouro da TV aberta.
Com uma criatura extremamente memorável (saudades do Cine Trash), infelizmente o filme não se sustenta, devido ao fiapo de história que tenta preencher a sua duração. Tem muitos momentos que se arrastam com os personagens indo de um lado ao outro da casa sem que nada de relevante ou algum diálogo elucidatório aconteça. Os personagens são rasos, porém as reações dos mesmos em meio a situação ganham pontos pela trasheira sem sentido. Por fim, as mortes são bem elaboradas e memoráveis, e o gore rola solto nos ataques da criatura, para justificar o arrastamento do roteiro. Com certeza vale a pena assistir, devido ao seu contexto cultural: tanto pelo apelo dos cenários e roupagens oitentistas, quanto pela nostalgia presente nas lembranças de ter visto a criatura abominável atacar suas vítimas nas tardes macabras da Band.
Lembra bastante o "Halloween (1980)" de John Carpenter, mas também tem influências de nosso querido Jason, além de referências singelas ao "Massacre da Serra Elétrica (1974)" de Tobe Hooper. É possível que Presentes tenha influenciado o filme "Pânico (1997)", sucesso dos anos 90. Até mesmo o uso da metalinguagem está presente no longa (na cena das meninas assistindo um filme de terror). Infelizmente o filme não se sustenta, tem um roteiro previsível, arrastado e com a profundidade de um pires, além de cenas desnecessárias para estender a duração do longa, mortes esporádicas (algumas em off screen) e um clímax totalmente despido de tensão. Ainda sim diverte e envolve o telespectador: é bastante nostálgico, possui uma atmosfera oitentista que funciona como uma cápsula do tempo que leva o telespectador de volta para aquela época agradável que não volta mais. Foi exibido no Cine Trash entre 96 e 97, um verdadeiro "presente" oferecido aos fãs do trash pelo saudoso Zé do Caixão.
É o tipo de filme que você ama ou odeia. O pior é decidir se merece 1 ou 5 estrelas, pois ambas as notas seriam merecidas. A galeria dos alienígenas tem todos os ingredientes que transformam um filme trash podreira num clássico cult: alienígenas de borracha, situações nonsense, gosma, sangue, subúrbio americano dos anos 80/90, nudez gratuita, cenas desnecessárias pra esticar a duração do longa, comportamentos absurdos dos personagens, mortes em off screen, atores péssimos e inexpressivos (ou expressivos até demais), roteiro paupérrimo, câmera preguiçosa, etc... Daí o telespectador fica na dúvida sobre sua avaliação. Passou na fase noturna do Cine Trash em 1997, e também no Cine Sinistro em meados de 2001, onde sua exibição em dobradinha com o Cine Privê era um programaço certo para um sábado à noite.
A única certeza é que esse filme é uma das piores podreiras do cinema "pornô" trash da época, e isso pode ser considerado tanto um elogio quanto uma crítica ferrenha a obra, e ambas as opiniões fariam sentido.
Infelizmente Shakma é um filme que deixa a desejar. Caso me deixasse levar pelo fator nostalgia, não teria receio em dar 5 estrelas pra essa pérola do cinema trash. O problema é que o filme se arrasta por mais tempo que deveria: ele tem uma história pra contar em (no máximo) uma hora de projeção, mas se estende desnecessariamente com situações que pouco ou nada acrescentam à trama (como, por exemplo, a cena de Kim e Laura no carro). As cenas de perseguições ocupam quase que a totalidade do filme, e se tornam repetitivas e enfadonhas. Acaba tornando-se cansativo ver o Shakma tentando derrubar as portas atrás de suas vítimas, e os bobalhões correndo para lá e para cá, tomando as piores decisões possíveis. O protagonista chega a irritar com suas caras e bocas pouco convincentes. É seguro dizer que o melhor ator do filme é o próprio Shakma, que convence mais do que qualquer humano em sua atuação: O espectador quase torce pela sua vitória durante a sua empreitada assassina. Quase todas as mortes são off-screen, porém a maquiagem ainda garante um ponto, pois não é totalmente descartável. Ainda sim, Shakma diverte e enche de felicidade o coração dos órfãos da saudosa sessão de filmes apresentada pelo Zé do Caixão em 1996, o Cine Trash, onde foi exibido algumas vezes nas tardes macabras da Band, ficando marcado eternamente na memória de quem vivenciou aquela época de ouro da televisão.
Receita de uma pérola trash oitentista (enviada pelo usuário @CineTrash em meados de 1996):
INGREDIENTES - Androids com sentimentos humanos; - Robôs inteligentes com mil e uma utilidades; - Doutor/monstro/fantasma/ser do mal com plano diabólico; - Cientista super inteligente que também é mecânico(a), que também é biólogo(a), que também é engenheiro(a), que também é psicólogo(a), que também é... - Grande fábrica/laboratório secreto de segurança máxima que só tem 1 ou 2 guardas de plantão; - Capangas picaretas e cartunescos; - Ninjas/samurais que surgem do nada na trama e possuem um background quase nulo; - Bares obscuros cheios de pessoas esquisitas; - Dramalhões desnecessários típicos de novelas mexicanas; - Explosões incríveis de objetos que não deveriam explodir; - Situações nonsense com resoluções mais nonsense ainda;
PREPARO Misture todos os ingredientes no liquidificador e coloque no forno em temperatura alta durante 1 hora e 30 minutos, aproximadamente. Está pronta uma pérola trash para ser consumida e apreciada, de preferência numa tarde macabra!
Dependendo da ótica escolhida pelo telespectador, esse filme pode ser terrível, no bom ou no mal sentido. A extrema canastrice dos atores, a nudez gratuita, as aparições fantasmagóricas de terceira, os cenários subaproveitados que sugerem um filme sobre uma mansão sobrenatural (quando na verdade é mais um slasher mediano), as mortes mal feitas, os cortes rápidos, as decisões nonsense... Enfim, são muitos defeitos que consagram essa pérola como um verdadeiro trash oitentista, em que tudo que acontece no desenrolar da trama é levado a sério demais para ser crível, e o resultado torna-se muito mais cômico do que assustador. É o típico caso de um filme que se destaca mais pelos seus defeitos do que pelas suas "qualidades". Foi exibido no extinto, saudoso e inesquecível Cine Trash, apresentado pelo nosso querido Zé do Caixão, nas tardes macabras dsa Band, em meados de 96.
É um filme competente, atmosférico, claustrofóbico e intrigante. Abarca muitas das regras que definiram os slashers dos anos 80 propriamente ditos. As mortes são bem elaboradas, porém a trama se arrasta em alguns momentos, desbalanceando o clima aterrorizante que se sucede nas cenas mais tensas. Ainda sim é um slasher acima da média, trazendo um tempero oitentista que agrada pelo fator nostalgia. Parece que o Robert Kirkman deve ter se inspirado no relacionamento dos personagens Axel e TJ para criar a história de Rick e Shane em "The Walking Dead (2010-2022)". Foi exibido no extinto programa TV Terror, da Rede TV, que adorava reprisar slashers oitentistas em suas sessões, nas noites/madrugadas dos sábados em meados dos anos 2000/2001.
Atualmente a ideia desse filme ser exibido na televisão soa absurda, mas anos atrás, mais precisamente em meados de 96, o Cine Trash presenteava seus telespectadores com esse show de horrores em pleno horário vespertino da TV aberta. O filme é consistente em sua integridade, com o gore rolando solto e situações absurdas acontecendo toda vez que a maldita máquina ressonadora é ligada. Bastante memorável (momentos do filme lembram tanto "Re-animator - A Hora dos Mortos Vivos (1985)" quanto "A Volta Dos Mortos Vivos (1985)"), com uma pegada cômica e maquiagem excelente para os padrões da época, Do Além diverte, assusta, enoja e anseia o telespectador, todos esses sentimentos na mesma proporção. Filmaço. (Acredito que o Frank Darabont deve ter bebido dessa fonte ao desenvolver "O Nevoeiro (2007)", pois existem semelhanças com relação a temática abordada).
Lembro-me de ter visto passando no Cine Trash nas tardes macabras da Band. O filme é intrigante desde sua cena de abertura, é uma pena que não cumpra o que promete ao final da obra. Parece um prelúdio para um filme apocalíptico que nunca foi feito. Seria interessante acompanhar os desdobramentos da contaminação da população pela água batizada. É um bom filme, com cenas memoráveis, porém esporádicas. A atmosfera oitentista, a trilha sonora enraizada no regionalismo local e o cativante Will Wheaton, entretanto, não sustentam os furos de roteiro, o melodrama pouco convincente e as poucas cenas de gore, soltas, esporádicas e que não se intensificam, contrariando o cenário que é sugerido nos primeiros minutos de exibição. Tinha potencial pra ser um clássico do gênero, mas parece que faltou algo.
Dias antes do acidente nuclear de Chernobyl esta pérola estreava nos cinemas mundiais. A premissa é interessante e previa indiretamente algo que veio a se tornar real após o acidente de Prypiat: a contaminação do ar.
Na trama, os robôs são responsáveis pela poluição da atmosfera. Resta a um grupos de anti-heróis, incluindo um android totalmente ripado de um conhecido C3PO, derrotar a tirania do exército de robôs e construir um novo planeta terra. O filme entretém ao longo de seu curto período e diverte bastante: parece que estamos jogando um JRPG do período pré redes sociais, em que vamos encontrando diferentes personagens em busca da completude de uma jornada pela salvação do mundo (que nem parece que acabou, visto a normalidade exibida em seus cenários externos). Mal feito, picareta ao extremo, com uma trilha sonora épica e personagens caricatos que mal interagem entre si, e nem possuem motivações semelhantes ou coerentes, diverte por ser assumidamente trash e desperta a curiosidade do telespectador, tanto pelos próximos cenários/fases pelos quais o grupo deve prosseguir para destruir o "grande império" robô, quanto pela curiosidade em saber quem é o vilão e o por quê da escravização dos humanos.
Pelo entretenimento descompromissado, pela premissa que, por mais absurda que pareça, acaba coincidindo de certa maneira com os fatos que se sucederam na Ucrânia poucos dias depois, e pela criatividade dos monstros e cenários feitos com recurso paupérrimo, acredito que valha a pena dar uma conferida nesse trash oitentista que foi exibido no horário noturno do saudoso Cine Trash, e posteriormente no Cine Sinistro, no início dos anos 2000.
Não tem como não se divertir com essa tranqueira trash! A gravidade dessa podreira se intensifica ainda mais quando damos conta de que é um filme de 1994!! Clássico absoluto do saudoso Cine Trash e do Cine Sinistro da Band, o filme perde alguns pontos pela ausência de gore e de mortes mal elaboradas, além de algumas partes mais arrastadas. O charme do filme, porém, continua impecável, com direito a monstro de borracha, nudez gratuita típica da época, laboratórios de segurança máxima (que de seguros nada tem), atores canastrões e situações absurdas, como a própria cena de abertura, que já nos deixa preparados para a trasheira que está por vir. Lembra bastante (e é tão divertido quanto) o filme "O Cérebro (1988)", também exibido pelo mesmo programa do nosso querido Zé do Caixão.
Opinião não popular, mas dentre os oito primeiros filmes, este é um dos meus preferidos. Nesta sequência Jason abraça uma roupagem trash oitentista, e o longa então acaba tendo muitas cenas de humor aparentemente não planejadas pelo roteiro. Sabe aquela ideia de um filme pobremente executado que acaba se tornando divertido? Pois bem, se você não levá-lo tão a sério e ignorar as falhas de verossimilhança e o final "inovador", vai se divertir bastante com uma história um pouco diferente das sequências anteriores, que se desenrola rapidamente e possui uma contagem absurda de corpos. Pode não ser o mais assustador e sanguinolento, mas sem dúvidas é um dos que mais diverte.
Clássico do Cine Trash. Apesar da capa bacana, o filme possui um roteiro fraco que se arrasta demais em algumas cenas desnecessárias e enfadonhas. Além disso, as poucas mortes e a quase ausência de gore contribuem negativamente com a experiência. Não acho que o orçamento seja o responsável por deixar o filme em partes monótono, e sim o roteiro preguiçoso. A trilha sonora, porém, adicionada ao clima western e o vilão cartunesco fazem desse filme um entretenimento razoável para um sábado à tarde. Para os saudosistas de plantão, boas lembranças serão resgatadas ao assistir essa pérola, que faz lembrar de um tempo em que essas tranqueiras extremamente divertidas eram exibidas durante a semana no horário vespertino, no extinto Cine Trash, sob o comando do nosso querido Zé do Caixão.
A Noite das Brincadeiras Mortais
3.2 184Assisti no Cine Trash quando era criança e a cena do poço me trouxe pesadelos. Posteriormente foi exibido no TV Terror, da Rede TV, e a famigerada cena do poço me remeteu à memória de infância, dessa vez sem o impacto do pavor que havia sentido, porém ainda intrigante. Assisti novamente esses dias e o poço continua sendo o cenário de um dos melhores momentos do filme, só não supera o seu desfecho extremamente inesperado, criativo e memorável. As mortes em off-screen e a quase ausência de gore (bem justificada ao término de sua exibição), porém, diminuem seu impacto enquanto terror e culminaram na controvérsia que o longa gerou. É um filme divertido, com uma cinematografia de destaque, clima soturno e apavorante. A roupagem oitentista, a casa do lago e os personagens com inteligência duvidosa, obrigatórios no gênero, agregam à obra um sentimento de nostalgia contagiante pra quem viveu a época de ouro da TV aberta.
Abominável Criatura
2.8 70Com uma criatura extremamente memorável (saudades do Cine Trash), infelizmente o filme não se sustenta, devido ao fiapo de história que tenta preencher a sua duração. Tem muitos momentos que se arrastam com os personagens indo de um lado ao outro da casa sem que nada de relevante ou algum diálogo elucidatório aconteça. Os personagens são rasos, porém as reações dos mesmos em meio a situação ganham pontos pela trasheira sem sentido. Por fim, as mortes são bem elaboradas e memoráveis, e o gore rola solto nos ataques da criatura, para justificar o arrastamento do roteiro. Com certeza vale a pena assistir, devido ao seu contexto cultural: tanto pelo apelo dos cenários e roupagens oitentistas, quanto pela nostalgia presente nas lembranças de ter visto a criatura abominável atacar suas vítimas nas tardes macabras da Band.
Presentes
2.4 22Lembra bastante o "Halloween (1980)" de John Carpenter, mas também tem influências de nosso querido Jason, além de referências singelas ao "Massacre da Serra Elétrica (1974)" de Tobe Hooper. É possível que Presentes tenha influenciado o filme "Pânico (1997)", sucesso dos anos 90. Até mesmo o uso da metalinguagem está presente no longa (na cena das meninas assistindo um filme de terror). Infelizmente o filme não se sustenta, tem um roteiro previsível, arrastado e com a profundidade de um pires, além de cenas desnecessárias para estender a duração do longa, mortes esporádicas (algumas em off screen) e um clímax totalmente despido de tensão. Ainda sim diverte e envolve o telespectador: é bastante nostálgico, possui uma atmosfera oitentista que funciona como uma cápsula do tempo que leva o telespectador de volta para aquela época agradável que não volta mais. Foi exibido no Cine Trash entre 96 e 97, um verdadeiro "presente" oferecido aos fãs do trash pelo saudoso Zé do Caixão.
Breeders: A Ameaça de Destruição
2.4 30É o tipo de filme que você ama ou odeia. O pior é decidir se merece 1 ou 5 estrelas, pois ambas as notas seriam merecidas. A galeria dos alienígenas tem todos os ingredientes que transformam um filme trash podreira num clássico cult: alienígenas de borracha, situações nonsense, gosma, sangue, subúrbio americano dos anos 80/90, nudez gratuita, cenas desnecessárias pra esticar a duração do longa, comportamentos absurdos dos personagens, mortes em off screen, atores péssimos e inexpressivos (ou expressivos até demais), roteiro paupérrimo, câmera preguiçosa, etc... Daí o telespectador fica na dúvida sobre sua avaliação. Passou na fase noturna do Cine Trash em 1997, e também no Cine Sinistro em meados de 2001, onde sua exibição em dobradinha com o Cine Privê era um programaço certo para um sábado à noite.
A única certeza é que esse filme é uma das piores podreiras do cinema "pornô" trash da época, e isso pode ser considerado tanto um elogio quanto uma crítica ferrenha a obra, e ambas as opiniões fariam sentido.
Shakma: A Fúria Assassina
3.1 126 Assista AgoraInfelizmente Shakma é um filme que deixa a desejar. Caso me deixasse levar pelo fator nostalgia, não teria receio em dar 5 estrelas pra essa pérola do cinema trash. O problema é que o filme se arrasta por mais tempo que deveria: ele tem uma história pra contar em (no máximo) uma hora de projeção, mas se estende desnecessariamente com situações que pouco ou nada acrescentam à trama (como, por exemplo, a cena de Kim e Laura no carro). As cenas de perseguições ocupam quase que a totalidade do filme, e se tornam repetitivas e enfadonhas. Acaba tornando-se cansativo ver o Shakma tentando derrubar as portas atrás de suas vítimas, e os bobalhões correndo para lá e para cá, tomando as piores decisões possíveis. O protagonista chega a irritar com suas caras e bocas pouco convincentes. É seguro dizer que o melhor ator do filme é o próprio Shakma, que convence mais do que qualquer humano em sua atuação: O espectador quase torce pela sua vitória durante a sua empreitada assassina. Quase todas as mortes são off-screen, porém a maquiagem ainda garante um ponto, pois não é totalmente descartável. Ainda sim, Shakma diverte e enche de felicidade o coração dos órfãos da saudosa sessão de filmes apresentada pelo Zé do Caixão em 1996, o Cine Trash, onde foi exibido algumas vezes nas tardes macabras da Band, ficando marcado eternamente na memória de quem vivenciou aquela época de ouro da televisão.
Mandroid, O Exterminador
3.0 13Receita de uma pérola trash oitentista (enviada pelo usuário @CineTrash em meados de 1996):
INGREDIENTES
- Androids com sentimentos humanos;
- Robôs inteligentes com mil e uma utilidades;
- Doutor/monstro/fantasma/ser do mal com plano diabólico;
- Cientista super inteligente que também é mecânico(a), que também é biólogo(a), que também é engenheiro(a), que também é psicólogo(a), que também é...
- Grande fábrica/laboratório secreto de segurança máxima que só tem 1 ou 2 guardas de plantão;
- Capangas picaretas e cartunescos;
- Ninjas/samurais que surgem do nada na trama e possuem um background quase nulo;
- Bares obscuros cheios de pessoas esquisitas;
- Dramalhões desnecessários típicos de novelas mexicanas;
- Explosões incríveis de objetos que não deveriam explodir;
- Situações nonsense com resoluções mais nonsense ainda;
PREPARO
Misture todos os ingredientes no liquidificador e coloque no forno em temperatura alta durante 1 hora e 30 minutos, aproximadamente. Está pronta uma pérola trash para ser consumida e apreciada, de preferência numa tarde macabra!
Witchtrap: A Noite das Bruxarias
2.7 17Dependendo da ótica escolhida pelo telespectador, esse filme pode ser terrível, no bom ou no mal sentido. A extrema canastrice dos atores, a nudez gratuita, as aparições fantasmagóricas de terceira, os cenários subaproveitados que sugerem um filme sobre uma mansão sobrenatural (quando na verdade é mais um slasher mediano), as mortes mal feitas, os cortes rápidos, as decisões nonsense... Enfim, são muitos defeitos que consagram essa pérola como um verdadeiro trash oitentista, em que tudo que acontece no desenrolar da trama é levado a sério demais para ser crível, e o resultado torna-se muito mais cômico do que assustador. É o típico caso de um filme que se destaca mais pelos seus defeitos do que pelas suas "qualidades". Foi exibido no extinto, saudoso e inesquecível Cine Trash, apresentado pelo nosso querido Zé do Caixão, nas tardes macabras dsa Band, em meados de 96.
O Dia dos Namorados Macabro
3.0 228É um filme competente, atmosférico, claustrofóbico e intrigante. Abarca muitas das regras que definiram os slashers dos anos 80 propriamente ditos. As mortes são bem elaboradas, porém a trama se arrasta em alguns momentos, desbalanceando o clima aterrorizante que se sucede nas cenas mais tensas. Ainda sim é um slasher acima da média, trazendo um tempero oitentista que agrada pelo fator nostalgia. Parece que o Robert Kirkman deve ter se inspirado no relacionamento dos personagens Axel e TJ para criar a história de Rick e Shane em "The Walking Dead (2010-2022)". Foi exibido no extinto programa TV Terror, da Rede TV, que adorava reprisar slashers oitentistas em suas sessões, nas noites/madrugadas dos sábados em meados dos anos 2000/2001.
Do Além
3.5 157Atualmente a ideia desse filme ser exibido na televisão soa absurda, mas anos atrás, mais precisamente em meados de 96, o Cine Trash presenteava seus telespectadores com esse show de horrores em pleno horário vespertino da TV aberta. O filme é consistente em sua integridade, com o gore rolando solto e situações absurdas acontecendo toda vez que a maldita máquina ressonadora é ligada. Bastante memorável (momentos do filme lembram tanto "Re-animator - A Hora dos Mortos Vivos (1985)" quanto "A Volta Dos Mortos Vivos (1985)"), com uma pegada cômica e maquiagem excelente para os padrões da época, Do Além diverte, assusta, enoja e anseia o telespectador, todos esses sentimentos na mesma proporção. Filmaço. (Acredito que o Frank Darabont deve ter bebido dessa fonte ao desenvolver "O Nevoeiro (2007)", pois existem semelhanças com relação a temática abordada).
A Maldição: Raízes do Terror
3.0 50Lembro-me de ter visto passando no Cine Trash nas tardes macabras da Band. O filme é intrigante desde sua cena de abertura, é uma pena que não cumpra o que promete ao final da obra. Parece um prelúdio para um filme apocalíptico que nunca foi feito. Seria interessante acompanhar os desdobramentos da contaminação da população pela água batizada. É um bom filme, com cenas memoráveis, porém esporádicas. A atmosfera oitentista, a trilha sonora enraizada no regionalismo local e o cativante Will Wheaton, entretanto, não sustentam os furos de roteiro, o melodrama pouco convincente e as poucas cenas de gore, soltas, esporádicas e que não se intensificam, contrariando o cenário que é sugerido nos primeiros minutos de exibição. Tinha potencial pra ser um clássico do gênero, mas parece que faltou algo.
Mutantes Carnívoros
2.3 18Dias antes do acidente nuclear de Chernobyl esta pérola estreava nos cinemas mundiais. A premissa é interessante e previa indiretamente algo que veio a se tornar real após o acidente de Prypiat: a contaminação do ar.
Na trama, os robôs são responsáveis pela poluição da atmosfera. Resta a um grupos de anti-heróis, incluindo um android totalmente ripado de um conhecido C3PO, derrotar a tirania do exército de robôs e construir um novo planeta terra. O filme entretém ao longo de seu curto período e diverte bastante: parece que estamos jogando um JRPG do período pré redes sociais, em que vamos encontrando diferentes personagens em busca da completude de uma jornada pela salvação do mundo (que nem parece que acabou, visto a normalidade exibida em seus cenários externos). Mal feito, picareta ao extremo, com uma trilha sonora épica e personagens caricatos que mal interagem entre si, e nem possuem motivações semelhantes ou coerentes, diverte por ser assumidamente trash e desperta a curiosidade do telespectador, tanto pelos próximos cenários/fases pelos quais o grupo deve prosseguir para destruir o "grande império" robô, quanto pela curiosidade em saber quem é o vilão e o por quê da escravização dos humanos.
Pelo entretenimento descompromissado, pela premissa que, por mais absurda que pareça, acaba coincidindo de certa maneira com os fatos que se sucederam na Ucrânia poucos dias depois, e pela criatividade dos monstros e cenários feitos com recurso paupérrimo, acredito que valha a pena dar uma conferida nesse trash oitentista que foi exibido no horário noturno do saudoso Cine Trash, e posteriormente no Cine Sinistro, no início dos anos 2000.
Hazard: O Mutante Biológico
2.2 8Não tem como não se divertir com essa tranqueira trash! A gravidade dessa podreira se intensifica ainda mais quando damos conta de que é um filme de 1994!! Clássico absoluto do saudoso Cine Trash e do Cine Sinistro da Band, o filme perde alguns pontos pela ausência de gore e de mortes mal elaboradas, além de algumas partes mais arrastadas. O charme do filme, porém, continua impecável, com direito a monstro de borracha, nudez gratuita típica da época, laboratórios de segurança máxima (que de seguros nada tem), atores canastrões e situações absurdas, como a própria cena de abertura, que já nos deixa preparados para a trasheira que está por vir. Lembra bastante (e é tão divertido quanto) o filme "O Cérebro (1988)", também exibido pelo mesmo programa do nosso querido Zé do Caixão.
Sexta-Feira 13, Parte 5: Um Novo Começo
2.7 304 Assista AgoraOpinião não popular, mas dentre os oito primeiros filmes, este é um dos meus preferidos. Nesta sequência Jason abraça uma roupagem trash oitentista, e o longa então acaba tendo muitas cenas de humor aparentemente não planejadas pelo roteiro. Sabe aquela ideia de um filme pobremente executado que acaba se tornando divertido? Pois bem, se você não levá-lo tão a sério e ignorar as falhas de verossimilhança e o final "inovador", vai se divertir bastante com uma história um pouco diferente das sequências anteriores, que se desenrola rapidamente e possui uma contagem absurda de corpos. Pode não ser o mais assustador e sanguinolento, mas sem dúvidas é um dos que mais diverte.
A Cidade Fantasma
2.6 16Clássico do Cine Trash. Apesar da capa bacana, o filme possui um roteiro fraco que se arrasta demais em algumas cenas desnecessárias e enfadonhas. Além disso, as poucas mortes e a quase ausência de gore contribuem negativamente com a experiência. Não acho que o orçamento seja o responsável por deixar o filme em partes monótono, e sim o roteiro preguiçoso. A trilha sonora, porém, adicionada ao clima western e o vilão cartunesco fazem desse filme um entretenimento razoável para um sábado à tarde. Para os saudosistas de plantão, boas lembranças serão resgatadas ao assistir essa pérola, que faz lembrar de um tempo em que essas tranqueiras extremamente divertidas eram exibidas durante a semana no horário vespertino, no extinto Cine Trash, sob o comando do nosso querido Zé do Caixão.