Demorei muito para ver. Na época que lançou fui levado pelo hype e comecei a assistir, porém, não gostei e abandonei no terceiro episódio... Na época achei as locações e figurinos muito artificiais e a atuação dos atores me incomodou. Voltei agora para assistir com outro olhar, talvez com meu gosto cinematográfico mais suavizado pelo amadurecimento, e gostei muito da série. Tem seus defeitos mas considerando o contexto em que foi produzida ela é realmente muito boa, adorei e consegui gostar muito da trama e principalmente dos personagens (com destaque para a Joana).
Na minha percepção essa temporada foi melhor que a anterior! Gosto da maneira como a dupla de criadores Aaron Ehasz e Justin Richmond trabalham nessa animação, assim como ocorreu em "Avatar: A Lenda de Aang" a história evolui sem pressa e foca muito no amadurecimento dos seus protagonistas e antagonistas. Imagino que muitas pessoas verão isso como lentidão (devido às diversas cenas de diálogos que servem para criar laços entre os personagens e para que o público conheça o que os move), no entanto basta observamos que mesmo arcos secundários como o dos irmãos Claudia e Soren ganham profundidade, há desenvolvimento psicológico e vemos o conflitos deles quanto à suas missões (diferente dos clássicos vilões de animações que na sua maioria são reduzidos a serem apenas "do mal"), já tínhamos visto isso acontecer em Avatar com Zuko, Tio Iroh, Amon e outros, e em O Príncipe Dragão esta fórmula continua de maneira muito agradável!
Enquanto a primeira temporada da animação focava em apresentar sua galeria de personagens e o plot principal da aventura sem se estender demais em explicações (delimitar a missão e definir heróis e "vilões"), a segunda temporada vem com a meta de expandir o mundo e desenvolver seus personagens (adicionando alguns novos). Aprendemos mais sobre os reinos humanos e as terras místicas de Xadia, vemos mais da relação de Lord Viren com o falecido Rei Harrow (o que torna a sua traição ainda mais abominável) bem como o que ocasionou a morte da rainha Sarai, conhecemos melhor a natureza de Soren e Claudia que oscilam entre antagonistas e anti-heróis e ganham peso dramático por suas difíceis escolhas, vemos a evolução de Callum com magia (bem como entendemos melhor como a magia funciona no mundo), o crescimento de Ezran, Rayla e outros.
A animação evoluiu nessa season 2, principalmente nas cenas de luta que são dinâmicas e rápidas com movimentos fluidos e bem animados, a paleta de cores e mescla do 3D com 2D continuam fantásticas, criando cenários deslumbrantes! Os ângulos, enquadramentos e movimentos de câmera são maravilhosos!
O Príncipe Dragão é uma animação que até aqui fala de muitos temas subjetivos interessantes de uma maneira natural e sutil, seu subtexto vai além dos moldes de aventura de cavalaria medieval clássico nos moldes tolkenianos (ou de Dungeons and Dragons) e nos brinda com uma jornada que fala sobre crescimento, perdão, sobre persistir e principalmente... O desafio de reconstruir os caminhos! Rayla, Callum e Ezran tentam esquecer o ódio ancestral de seus povos e restabelecer a paz juntos, colocando de lado preconceitos e aprendendo a respeitar suas diferenças.
E não poderia deixar de mencionar a cereja nesse bolo que vem por conta da representatividade que está presente em todas as obras Netflix, desde o fato do rei de Katollis, a maior nação humana ser um homem negro, sua esposa ser uma habilidosa rainha-guerreira, temos ainda a inclusão de uma general surdo-muda (público com pouquíssima representatividade em obras de cultura pop) entre outros, nessa temporada conhecemos ainda o reino de Duren, governado por um casal de rainhas! E essa representatividade surge de forma natural e orgânica, não soando como algo puramente estético!
Boa trama, personagens bem desenvolvidos e um enredo que consegue nos manter tensos a cada episódio sem criar "barrigas" entre os capítulos. Tirando isso, me lembra muito outra série que usa a mesma fórmula de acompanhar a perspectiva de um sociopata: Dexter!
Eu adoro a inteligência dessa série. Gina Rodriguez está fantástica no papel e o roteiro e recursos narrativos são maravilhosos, com suas divertidíssimas quebras de quarta parede e uso inteligentíssimo de narrações em off, além do carisma da protagonista e da forma bem humorada como a série abraça o melodrama típico de novelas mexicanas e o reveste de uma nova roupagem mais jovial e engraçada. É simplesmente fantástica.
3% (1ª Temporada)
3.6 772 Assista AgoraDemorei muito para ver. Na época que lançou fui levado pelo hype e comecei a assistir, porém, não gostei e abandonei no terceiro episódio... Na época achei as locações e figurinos muito artificiais e a atuação dos atores me incomodou. Voltei agora para assistir com outro olhar, talvez com meu gosto cinematográfico mais suavizado pelo amadurecimento, e gostei muito da série. Tem seus defeitos mas considerando o contexto em que foi produzida ela é realmente muito boa, adorei e consegui gostar muito da trama e principalmente dos personagens (com destaque para a Joana).
O Príncipe Dragão (2ª Temporada)
4.2 42 Assista AgoraNa minha percepção essa temporada foi melhor que a anterior! Gosto da maneira como a dupla de criadores Aaron Ehasz e Justin Richmond trabalham nessa animação, assim como ocorreu em "Avatar: A Lenda de Aang" a história evolui sem pressa e foca muito no amadurecimento dos seus protagonistas e antagonistas. Imagino que muitas pessoas verão isso como lentidão (devido às diversas cenas de diálogos que servem para criar laços entre os personagens e para que o público conheça o que os move), no entanto basta observamos que mesmo arcos secundários como o dos irmãos Claudia e Soren ganham profundidade, há desenvolvimento psicológico e vemos o conflitos deles quanto à suas missões (diferente dos clássicos vilões de animações que na sua maioria são reduzidos a serem apenas "do mal"), já tínhamos visto isso acontecer em Avatar com Zuko, Tio Iroh, Amon e outros, e em O Príncipe Dragão esta fórmula continua de maneira muito agradável!
Enquanto a primeira temporada da animação focava em apresentar sua galeria de personagens e o plot principal da aventura sem se estender demais em explicações (delimitar a missão e definir heróis e "vilões"), a segunda temporada vem com a meta de expandir o mundo e desenvolver seus personagens (adicionando alguns novos). Aprendemos mais sobre os reinos humanos e as terras místicas de Xadia, vemos mais da relação de Lord Viren com o falecido Rei Harrow (o que torna a sua traição ainda mais abominável) bem como o que ocasionou a morte da rainha Sarai, conhecemos melhor a natureza de Soren e Claudia que oscilam entre antagonistas e anti-heróis e ganham peso dramático por suas difíceis escolhas, vemos a evolução de Callum com magia (bem como entendemos melhor como a magia funciona no mundo), o crescimento de Ezran, Rayla e outros.
A animação evoluiu nessa season 2, principalmente nas cenas de luta que são dinâmicas e rápidas com movimentos fluidos e bem animados, a paleta de cores e mescla do 3D com 2D continuam fantásticas, criando cenários deslumbrantes! Os ângulos, enquadramentos e movimentos de câmera são maravilhosos!
O Príncipe Dragão é uma animação que até aqui fala de muitos temas subjetivos interessantes de uma maneira natural e sutil, seu subtexto vai além dos moldes de aventura de cavalaria medieval clássico nos moldes tolkenianos (ou de Dungeons and Dragons) e nos brinda com uma jornada que fala sobre crescimento, perdão, sobre persistir e principalmente... O desafio de reconstruir os caminhos! Rayla, Callum e Ezran tentam esquecer o ódio ancestral de seus povos e restabelecer a paz juntos, colocando de lado preconceitos e aprendendo a respeitar suas diferenças.
E não poderia deixar de mencionar a cereja nesse bolo que vem por conta da representatividade que está presente em todas as obras Netflix, desde o fato do rei de Katollis, a maior nação humana ser um homem negro, sua esposa ser uma habilidosa rainha-guerreira, temos ainda a inclusão de uma general surdo-muda (público com pouquíssima representatividade em obras de cultura pop) entre outros, nessa temporada conhecemos ainda o reino de Duren, governado por um casal de rainhas! E essa representatividade surge de forma natural e orgânica, não soando como algo puramente estético!
Ansioso pela sequencia!
Você (1ª Temporada)
3.7 916 Assista AgoraBoa trama, personagens bem desenvolvidos e um enredo que consegue nos manter tensos a cada episódio sem criar "barrigas" entre os capítulos. Tirando isso, me lembra muito outra série que usa a mesma fórmula de acompanhar a perspectiva de um sociopata: Dexter!
Jane the Virgin (1ª Temporada)
4.3 290Eu adoro a inteligência dessa série. Gina Rodriguez está fantástica no papel e o roteiro e recursos narrativos são maravilhosos, com suas divertidíssimas quebras de quarta parede e uso inteligentíssimo de narrações em off, além do carisma da protagonista e da forma bem humorada como a série abraça o melodrama típico de novelas mexicanas e o reveste de uma nova roupagem mais jovial e engraçada. É simplesmente fantástica.
Anne com um E (1ª Temporada)
4.6 759 Assista AgoraSérie feita com o coração. A protagonista é encantadora e a sutileza e simplicidade da série cativam. Muito boa mesmo.