A princípio, confesso que a premissa de Mad Men não me soou tão bem como eu gostaria; porém, com o decorrer dos fatos, a construção da história vai criando dimensões curiosas e significativamente profundas, deixando a superficialidade aquém de qualquer conteúdo exposto na série. Digo o mesmo em relação a alguns personagens, que, a priori, não tinham tanto a acrescentar, mas que a partir das relações de conflitos internos e externos, tornaram o meu envolvimento mais vigoroso.
É notório o estilo atraente e bem ambientado do seriado. A trilha sonora também é muito boa, revela um gosto requintado e uma excelente seleção – incluindo a música de abertura. Há muitos outros méritos a destacar, como, por exemplo, o simbolismo que cerca as ações dos personagens, o episódio 9 (Shoot) é prova disso. Espero que a qualidade de Mad Men continue prevalecendo na season 2, ou que supere a desta.
Fiquei surpreso com a qualidade do terror da série. Ainda mais considerando que boa parte das produções de hoje não ousam ultrapassar os limites, mantêm a mesma visão viciosa de desenvolvimento, apresentando-nos histórias que pecam pela falta de originalidade. Não que em "American Horror Story" não exista clichês, longe disso, mas o conteúdo exposto declara um formato firme de criar tensão, mostrando que é executável compor um atraente roteiro conservando um bom suspense. Vale enfatizar que a série goza de artifícios tanto psicológicos quanto palpáveis - e é nesse ponto que reside a sua primazia.
O que faz com que a premissa seja complexa, além de aumentar a fidelidade do espectador em querer assistir os episódios seguintes e descobrir os mistérios, é a conexão dos fatos que são apresentados de trás para frente, com o propósito de atingir a coerência da trama em relação ao que acontece no presente, interligando-o surpreendentemente com o passado dos personagens. Ryan Murphy e Brad Falchuk apostam na forma criativa de inserir personalidades fantasmagóricas para colaborar com o fator de impressionabilidade. A direção de arte e fotografia cooperam para o incômodo que a atmosfera oculta e tenebrosa resguarda, e que sugere o delírio nos próprios cenários.
Jamais poderemos esquecer o excepcional desempenho de Jessica Lange. As atuações em geral são boas, mas a de Lange interpretando Constance ficou tatuado, destacando-se e retendo todas as atenções para si nas cenas que atua – ela é praticamente o ponto alto deste drama-terror. Atriz competente, de beleza e talento invejáveis. Mereceu o globo de ouro,sem dúvidas.
Por fim, o que me deixou inconsolado foi a morte de Adelaide, não vi nenhum sentido nisso!O seriado perde muito da atração com a ausência dela, uma das personagens que mais tinha a oferecer dentro da história, e a que mais possuía uma aura misteriosa. Eu também não me contentei com a Season Finale, nem tanto em relação ao conjunto, mas ao modo forçado e arrastado que a finalizaram. Porém, não desprestigiou o mérito de toda a série.
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Mad Men (1ª Temporada)
4.4 346 Assista AgoraA princípio, confesso que a premissa de Mad Men não me soou tão bem como eu gostaria; porém, com o decorrer dos fatos, a construção da história vai criando dimensões curiosas e significativamente profundas, deixando a superficialidade aquém de qualquer conteúdo exposto na série. Digo o mesmo em relação a alguns personagens, que, a priori, não tinham tanto a acrescentar, mas que a partir das relações de conflitos internos e externos, tornaram o meu envolvimento mais vigoroso.
É notório o estilo atraente e bem ambientado do seriado. A trilha sonora também é muito boa, revela um gosto requintado e uma excelente seleção – incluindo a música de abertura. Há muitos outros méritos a destacar, como, por exemplo, o simbolismo que cerca as ações dos personagens, o episódio 9 (Shoot) é prova disso. Espero que a qualidade de Mad Men continue prevalecendo na season 2, ou que supere a desta.
American Horror Story: Murder House (1ª Temporada)
4.2 2,2KFiquei surpreso com a qualidade do terror da série. Ainda mais considerando que boa parte das produções de hoje não ousam ultrapassar os limites, mantêm a mesma visão viciosa de desenvolvimento, apresentando-nos histórias que pecam pela falta de originalidade. Não que em "American Horror Story" não exista clichês, longe disso, mas o conteúdo exposto declara um formato firme de criar tensão, mostrando que é executável compor um atraente roteiro conservando um bom suspense. Vale enfatizar que a série goza de artifícios tanto psicológicos quanto palpáveis - e é nesse ponto que reside a sua primazia.
O que faz com que a premissa seja complexa, além de aumentar a fidelidade do espectador em querer assistir os episódios seguintes e descobrir os mistérios, é a conexão dos fatos que são apresentados de trás para frente, com o propósito de atingir a coerência da trama em relação ao que acontece no presente, interligando-o surpreendentemente com o passado dos personagens. Ryan Murphy e Brad Falchuk apostam na forma criativa de inserir personalidades fantasmagóricas para colaborar com o fator de impressionabilidade. A direção de arte e fotografia cooperam para o incômodo que a atmosfera oculta e tenebrosa resguarda, e que sugere o delírio nos próprios cenários.
Jamais poderemos esquecer o excepcional desempenho de Jessica Lange. As atuações em geral são boas, mas a de Lange interpretando Constance ficou tatuado, destacando-se e retendo todas as atenções para si nas cenas que atua – ela é praticamente o ponto alto deste drama-terror. Atriz competente, de beleza e talento invejáveis. Mereceu o globo de ouro,sem dúvidas.
Por fim, o que me deixou inconsolado foi a morte de Adelaide, não vi nenhum sentido nisso!O seriado perde muito da atração com a ausência dela, uma das personagens que mais tinha a oferecer dentro da história, e a que mais possuía uma aura misteriosa. Eu também não me contentei com a Season Finale, nem tanto em relação ao conjunto, mas ao modo forçado e arrastado que a finalizaram. Porém, não desprestigiou o mérito de toda a série.