Felipe Doss

Adorei o filme, e como em todo filme que é baseado num livro, ele não é 100% fiel a obra, portanto, não tem porque ficar comparando em cima disso. É claro que houve trechos e partes da história do livro que nem sequer foram mostradas no filme, a abordagem e o enfoque eram precisas em outros elementos.
Chorei, chorei muito, que nem um condenado, como diz minha mãe. É um filme de amor, de superação, de sonhos, de realização, com uma história que por mais clichê ou comum que possa ser considerada, me encantou de uma forma muito singela.
É um filme que não pode ser assistido com qualquer pessoa, principalmente pela carga emocional que ele carrega por toda a trama. Estava com as melhores companhias.
Mais uma vez ressalto que nem todas as pessoas estão preparadas para entender histórias assim, as vezes é preciso ter experiência para compreender a trama, porque no final a sensação que se tem é de que é mais um filme de amor, só que não! Tão quanto o livro, o que se tira como moral da história é de extremo valor para qualquer indivíduo.
Levem seus lencinhos porque todxs irão chorar!

Por um momento você se assusta com um filme de aproximadamente 03 horas de duração, e pensa logo que ele será cansativo. Engana-se quem pensa assim a respeito de Azul é a cor mais quente.
O filme é maravilhoso, com diálogos bem encaixados, cenas intensas e bonitas tanto na fotografia quanto no objetivo alcançado - como as cenas do sexo e masturbação. Retrata uma relação homossexual entre duas jovens, que compartilham de um mesmo amor e prazer, porém vivem em mundos distintos, mas nada que o amor as unam.
Quanto ao amor das duas, talvez seja cotidianamente aplicado e exemplificado à realidade Parisiense, aqui abaixo do Equador comparar relações assim a céu aberto, chegam a ser um pouco utópicas.
Por fim, é um filme lindo de amor.

Foi como eu citei no meu perfil do Facebook. As atuações de Matthew e Jared foram impecáveis. O filme teve um roteiro bom, com uma ótima história e temáticas que chamam a atenção do público como o caos que foi a ''epidemia'' da AIDS nos anos 80, e a questão da legalização dos remédios que combatiam a doença e os que prolongavam a vida do paciente. Sem contar, com as relações intrínsecas nascidas a partir da doença, como foi de Ron (Homofóbico, durante boa parte do filme) e Rayon (travesti interpretado por Jared).
As premiações dos dois como melhores atores (principal e coadjuvante) tanto no Oscar como no Globo de Ouro foram justas!