em dúvida se o filme é apenas ruim ou se se encaixa em caso de tortura que deveria ser denunciada pra alguma comissão internacional de direitos humanos
O documentário é fraquíssimo e só funciona para as pessoas que desejam corroborar o seu ponto de vista. Como peça que se propõe a discutir a história recente, abre mão da natureza complexa dos fatos em prol do discurso político unilateral, omitindo as partes que não o agradam.
O filme começa falando da Lava Jato: "Políticos dos principais partidos do país foram acusados, inclusive o Vice-Presidente MIchel Temer e o Presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha". Não há nenhuma menção aos inúmeros envolvidos no esquema de corrupção que eram do Partido dos Trabalhadores, os quais ilustravam os cargos mais altos do partido e da administração pública - ex-ministros da fazenda, chefes da casa civil, presidentes do partido, marqueteiros, e deputados. Muitos não só denunciados como condenados mais de uma vez.
Prossegue mostrando os argumentos utilizados durante o processo de impeachment. Sempre as cenas no Congresso terminam com a última fala sendo do advogado de defesa da presidente, José Eduardo Cardoso. Este aparece sempre buscando explicar aspectos técnicos, enquanto que a acusação é retratada por seus representantes mais excêntricos, como Janaína Paschoal tomando um toddynho e definindo seu posicionamento contra o aborto, nunca entrando na matéria do processo em questão. Além disso, todas as figuras de defesa aparecem de forma descontextualizada, mesmo que muitos já sejam cartas marcadas no Congresso por suas posições conservadoras e fisiológicas, como o senador Renan Calheiros e a ex-ministra Kátia Abreu. Eduardo Cunha é visto como um agente exógeno e fora de controle, mas em nenhum momento é retratado que o mesmo fez parte da coalizão que dava suporte à presidente durante grande parte de seus mandatos. Aliado a isso, a finalidade de retratar apenas os bastidores faz com que o documentário ocorra no completo vácuo: a enorme crise econômica pela qual o Brasil passava (e passa!), jogando milhões de pessoas no desemprego e de volta à miséria tem papel secundário na discussão.
A unilateralidade da narrativa se torna mais evidente quando o documentário reproduz as falas do senador Romero Jucá com Sérgio Machado de "estancar a sangria" e omite a menção feita, nesses mesmos áudios, ao ex-presidente e principal aliado de Dilma, quando Machado diz que o grande acordo nacional "protege o Lula, protege todo mundo". O documentário costura a ideia de que haveria uma tentativa da oposição de barrar a Lava-Jato, mas em nenhum momento é citado a prisão do ex-senador Delcídio do Amaral, do Partido dos Trabalhadores, que teve como fundamentação supostas tentativas de atrapalhar as investigações. Também não são mencionadas as inúmeras críticas do próprio partido aos juízes e promotores que compõem a operação.
A escolha feita pelo documentário de assumir um lado, que se torna visível por este ter como principais personagens locutores de apenas um espectro ideológico, não é ruim por si só. Mas ao deliberadamente construir uma narrativa simples e, ao mesmo tempo, enganosa dos acontecimentos recentes, presta um desserviço ao debate público, há muito tempo afetado pela cegueira ideológica incentivada por partidos e políticos profissionais.
vi no cinema e aproximadamente 6 pessoas se levantaram e foram embora quando rolou a primeira cena mais explícita do relacionamento dos dois. triste como essas coisas ainda incomodam...
"Sun, why are you shining at this world? I am wanting to catch you in my hands, to squeeze you until you can not shine no more. That way, everything is always dark and nobody's ever having to see all the terrible things that are happening here."
Laços de Afeto
3.6 40 Assista Agoraem dúvida se o filme é apenas ruim ou se se encaixa em caso de tortura que deveria ser denunciada pra alguma comissão internacional de direitos humanos
A Criada
4.4 1,3K Assista Agoraparasita que deu certo
O Processo
4.0 240O documentário é fraquíssimo e só funciona para as pessoas que desejam corroborar o seu ponto de vista. Como peça que se propõe a discutir a história recente, abre mão da natureza complexa dos fatos em prol do discurso político unilateral, omitindo as partes que não o agradam.
O filme começa falando da Lava Jato: "Políticos dos principais partidos do país foram acusados, inclusive o Vice-Presidente MIchel Temer e o Presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha". Não há nenhuma menção aos inúmeros envolvidos no esquema de corrupção que eram do Partido dos Trabalhadores, os quais ilustravam os cargos mais altos do partido e da administração pública - ex-ministros da fazenda, chefes da casa civil, presidentes do partido, marqueteiros, e deputados. Muitos não só denunciados como condenados mais de uma vez.
Prossegue mostrando os argumentos utilizados durante o processo de impeachment. Sempre as cenas no Congresso terminam com a última fala sendo do advogado de defesa da presidente, José Eduardo Cardoso. Este aparece sempre buscando explicar aspectos técnicos, enquanto que a acusação é retratada por seus representantes mais excêntricos, como Janaína Paschoal tomando um toddynho e
definindo seu posicionamento contra o aborto, nunca entrando na matéria do processo em questão. Além disso, todas as figuras de defesa aparecem de forma descontextualizada, mesmo que muitos já sejam cartas marcadas no Congresso por suas posições conservadoras e fisiológicas, como o senador Renan Calheiros e a ex-ministra Kátia Abreu. Eduardo Cunha é visto como um agente exógeno e fora de controle, mas em nenhum momento é retratado que o mesmo fez parte da coalizão que dava suporte à presidente durante grande parte de seus mandatos. Aliado a isso, a finalidade de retratar apenas os bastidores faz com que o documentário ocorra no completo vácuo: a enorme crise econômica pela qual o Brasil passava (e passa!), jogando milhões de pessoas no desemprego e de volta à miséria tem papel secundário na discussão.
A unilateralidade da narrativa se torna mais evidente quando o documentário reproduz as falas do senador Romero Jucá com Sérgio Machado de "estancar a sangria" e omite a menção feita, nesses mesmos áudios, ao ex-presidente e principal aliado de Dilma, quando Machado diz que o grande acordo nacional "protege o Lula, protege todo mundo". O documentário costura a ideia de que haveria uma tentativa da oposição de barrar a Lava-Jato, mas em nenhum momento é citado a prisão do ex-senador Delcídio do Amaral, do Partido dos Trabalhadores, que teve como fundamentação supostas tentativas de atrapalhar as investigações. Também não são mencionadas as inúmeras críticas do próprio partido aos juízes e promotores que compõem a operação.
A escolha feita pelo documentário de assumir um lado, que se torna visível por este ter como principais personagens locutores de apenas um espectro ideológico, não é ruim por si só. Mas ao deliberadamente construir uma narrativa simples e, ao mesmo tempo, enganosa dos acontecimentos recentes, presta um desserviço ao debate público, há muito tempo afetado pela cegueira ideológica incentivada por partidos e políticos profissionais.
Me Chame Pelo Seu Nome
4.1 2,6K Assista Agoravi no cinema e aproximadamente 6 pessoas se levantaram e foram embora quando rolou a primeira cena mais explícita do relacionamento dos dois. triste como essas coisas ainda incomodam...
Beasts of No Nation
4.3 831 Assista Agora"Sun, why are you shining at this world? I am wanting to catch you in my hands, to squeeze you until you can not shine no more. That way, everything is always dark and nobody's ever having to see all the terrible things that are happening here."
Tão triste. :/
Tropa de Elite 2: O Inimigo Agora é Outro
4.1 3,5K Assista AgoraAlguém também viu o Freixo no início do filme?