Filipe Raimundi

Um bom filme que poderia ter sido muito mais do que bom. A premissa é bem interessante, e me impressionou a qualidade dos cenários, figurinos e efeitos visuais mesmo com o evidente baixo orçamento. Porém, o aspecto psicológico de um astronauta isolado em território lunar com nada mais do que a presença de um robô, que é um dos lados mais interessantes da história, é pobremente explorado, não dando ao protagonista (que, aliás, é um personagem pouco interessante) a profundidade que lhe seria oportuna. O maior pecado do filme, contudo, aparece no que deveria ser seu ponto alto, o divisor de águas que o tornaria ótimo.

Lunar se limita a ser um filme bom e nada além disso, pelo mau aproveitamento das riquezas de sua história.

Vou comentar porque esse filme precisa ter algum comentário negativo aqui. O filme tem uma premissa atrativa e poderia ser melhor. A deficiência da protagonista abre um leque enorme de cenas interessantes, e, embora hajam algumas dessas, poderia ter sido melhor explorado. O vilão é totalmente banal, sem profundidade, e em determinado ponto você passa a achá-lo mais ridículo do que amedrontador. A protagonista se mostra um pouco melhor, mas mesmo assim não consegue elevar o patamar do filme, que, no geral, é meio bobo. Não chega a ser muito ruim, mas é bem fraco.

The Killing foi uma grata surpresa pra mim. Comecei a assistir meio por não ter o que fazer, fui me envolvendo, e o fim da segunda temporada vem só confirmar o quão boa é essa série. Extremamente bem feita, com uma história absolutamente envolvente, em que você se vê confuso frente a uma série de enigmas, exatamente como os dois investigadores, em que todos são possíveis culpados e nada é como parece. Personagens incrivelmente bem feitos, profundos, envolventes. A dupla Linden e Holder (que lá no início não me convenceu muito) é sensacional, cativante, inclusive em seus problemas. A história evolui de maneira muito boa, tomando diferentes rumos e aprofundando cada vez mais no acontecido e também nas várias "camadas" dos personagens, com seus vários segredos. O desfecho da temporada não poderia ser melhor, em todos seus aspectos.

Foram duas temporadas de uma constante e amarga pergunta: who killed Rosie Larsen?