Assisti sem grandes expectativas e achei até bom. Em certo ponto do filme, o final se torna previsível, mas vale à pena pela atuação da Jennifer Lawrence, pelas estrelas do elenco e pelas cenas de ação e espionagem. Tem algumas reviravoltas também, o que achei interessante. Só poderia ser mais curto.
Curto e direto. Apesar da história simples, o filme é carregado de emoção e lida muito bem com assuntos tão delicados. É especialmente profundo para quem se vê na pele do personagem principal, pois o filme trata de forma bastante realista como é ser LGBTQI+ em uma família religiosa e conservadora.
Há muitos Adrian's e Andrew's por aí, eu sou um deles, e dói muito se ver completamente sozinho e incompreendo justamente pelas pessoas que deveriam estar do nosso lado, a família. O recado do Adrian para o irmãozinho dele é direcionado também para quem vive a mesma situação que eles, de falta de apoio e opressão no âmbito familiar, e senti isso quando aquelas palavras se encaixaram na minha realidade. É mesmo um conforto saber que não somos tão diferentes assim. Existe um lugar e um alguém para nós em algum lugar do mundo.
“Olhem de novo esse ponto. É aqui, é a nossa casa, somos nós. Nele, todos a quem ama, todos a quem conhece, qualquer um sobre quem você ouviu falar, cada ser humano que já existiu, viveram as suas vidas. O conjunto da nossa alegria e nosso sofrimento, milhares de religiões, ideologias e doutrinas econômicas confiantes, cada caçador e coletor, cada herói e covarde, cada criador e destruidor da civilização, cada rei e camponês, cada jovem casal de namorados, cada mãe e pai, criança cheia de esperança, inventor e explorador, cada professor de ética, cada político corrupto, cada “superestrela”, cada “líder supremo”, cada santo e pecador na história da nossa espécie viveu ali – em um grão de pó suspenso num raio de sol.
A Terra é um cenário muito pequeno numa vasta arena cósmica. Pense nos rios de sangue derramados por todos aqueles generais e imperadores, para que, na sua glória e triunfo, pudessem ser senhores momentâneos de uma fração de um ponto. Pense nas crueldades sem fim infligidas pelos moradores de um canto deste pixel aos praticamente indistinguíveis moradores de algum outro canto, quão frequentes seus desentendimentos, quão ávidos de matar uns aos outros, quão veementes os seus ódios.
As nossas posturas, a nossa suposta auto importância, a ilusão de termos qualquer posição de privilégio no Universo, são desafiadas por este pontinho de luz pálida. O nosso planeta é um grão solitário na imensa escuridão cósmica que nos cerca. Na nossa obscuridade, em toda esta vastidão, não há indícios de que vá chegar ajuda de outro lugar para nos salvar de nós próprios.
A Terra é o único mundo conhecido, até hoje, que abriga vida. Não há outro lugar, pelo menos no futuro próximo, para onde a nossa espécie possa emigrar. Visitar, sim. Assentar-se, ainda não. Gostemos ou não, a Terra é onde temos de ficar por enquanto.
Já foi dito que astronomia é uma experiência de humildade e criadora de caráter. Não há, talvez, melhor demonstração da tola presunção humana do que esta imagem distante do nosso minúsculo mundo. Para mim, destaca a nossa responsabilidade de sermos mais amáveis uns com os outros, e para preservarmos e protegermos o 'pálido ponto azul', o único lar que conhecemos até hoje.”
Pálido Ponto Azul, Carl Sagan,1994. imgur.com/gallery/geuDP
Bons Meninos
3.5 227Surpreendentemente muito bom. Literalmente chorei de rir :p
Ad Astra: Rumo às Estrelas
3.3 851 Assista AgoraNão é um p*ta filme, mas pelo menos prende até o final. A fotografia e as questões existenciais fazem valer a pena.
Eu Sou a Felicidade Deste Mundo
2.0 71Nossa, o que rolou? hahahah
Operação Red Sparrow
3.3 598 Assista AgoraAssisti sem grandes expectativas e achei até bom. Em certo ponto do filme, o final se torna previsível, mas vale à pena pela atuação da Jennifer Lawrence, pelas estrelas do elenco e pelas cenas de ação e espionagem. Tem algumas reviravoltas também, o que achei interessante. Só poderia ser mais curto.
O Ano de 1985
4.0 45Curto e direto. Apesar da história simples, o filme é carregado de emoção e lida muito bem com assuntos tão delicados. É especialmente profundo para quem se vê na pele do personagem principal, pois o filme trata de forma bastante realista como é ser LGBTQI+ em uma família religiosa e conservadora.
Há muitos Adrian's e Andrew's por aí, eu sou um deles, e dói muito se ver completamente sozinho e incompreendo justamente pelas pessoas que deveriam estar do nosso lado, a família. O recado do Adrian para o irmãozinho dele é direcionado também para quem vive a mesma situação que eles, de falta de apoio e opressão no âmbito familiar, e senti isso quando aquelas palavras se encaixaram na minha realidade. É mesmo um conforto saber que não somos tão diferentes assim. Existe um lugar e um alguém para nós em algum lugar do mundo.
Poeira das Estrelas
4.4 14“Olhem de novo esse ponto. É aqui, é a nossa casa, somos nós. Nele, todos a quem ama, todos a quem conhece, qualquer um sobre quem você ouviu falar, cada ser humano que já existiu, viveram as suas vidas. O conjunto da nossa alegria e nosso sofrimento, milhares de religiões, ideologias e doutrinas econômicas confiantes, cada caçador e coletor, cada herói e covarde, cada criador e destruidor da civilização, cada rei e camponês, cada jovem casal de namorados, cada mãe e pai, criança cheia de esperança, inventor e explorador, cada professor de ética, cada político corrupto, cada “superestrela”, cada “líder supremo”, cada santo e pecador na história da nossa espécie viveu ali – em um grão de pó suspenso num raio de sol.
A Terra é um cenário muito pequeno numa vasta arena cósmica. Pense nos rios de sangue derramados por todos aqueles generais e imperadores, para que, na sua glória e triunfo, pudessem ser senhores momentâneos de uma fração de um ponto. Pense nas crueldades sem fim infligidas pelos moradores de um canto deste pixel aos praticamente indistinguíveis moradores de algum outro canto, quão frequentes seus desentendimentos, quão ávidos de matar uns aos outros, quão veementes os seus ódios.
As nossas posturas, a nossa suposta auto importância, a ilusão de termos qualquer posição de privilégio no Universo, são desafiadas por este pontinho de luz pálida. O nosso planeta é um grão solitário na imensa escuridão cósmica que nos cerca. Na nossa obscuridade, em toda esta vastidão, não há indícios de que vá chegar ajuda de outro lugar para nos salvar de nós próprios.
A Terra é o único mundo conhecido, até hoje, que abriga vida. Não há outro lugar, pelo menos no futuro próximo, para onde a nossa espécie possa emigrar. Visitar, sim. Assentar-se, ainda não. Gostemos ou não, a Terra é onde temos de ficar por enquanto.
Já foi dito que astronomia é uma experiência de humildade e criadora de caráter. Não há, talvez, melhor demonstração da tola presunção humana do que esta imagem distante do nosso minúsculo mundo. Para mim, destaca a nossa responsabilidade de sermos mais amáveis uns com os outros, e para preservarmos e protegermos o 'pálido ponto azul', o único lar que conhecemos até hoje.”
Pálido Ponto Azul, Carl Sagan,1994.
imgur.com/gallery/geuDP
Filhos da Esperança
3.9 940 Assista AgoraEsse Cuarón...
Homem-Aranha: No Aranhaverso
4.4 1,5K Assista AgoraResumindo em uma palavra: ARTE.