Extremamente transportado para 2010 ao rever essa novela. O sentimento que traduz é nostalgia, que delícia que foi revisitar a história de todos esses personagens. Essa novela quando assisti pela primeira vez, aos 14 anos, foi num período em que consumia muito esse formato e que venho retomando esse hábito do último ano pra cá. Não só isso, esse também foi o primeiro trabalho da Maria Adelaide Amaral neste formato que vi (fora as minisséries "Dalva e Herivelto" e "Dercy de Verdade").
Em relação ao roteiro, a novela tem a tradicional "barriga", mas ao meu ver nada muito gritante como outras e que dê a sensação de arrastada, pelo contrário, a obra transpassa por várias fases que desdobram em muitos acontecimentos dentro de cada núcleo e personagens do primeiro ao último capítulo. De fato, olhando pra novela hoje muito mudou, nós mudamos como sociedade e consequentemente como telespectadores, tem várias situações em falas das personagens que reverberam esteriótipos e preconceitos (religiosos, sexuais, gênero, etc), mas como disse anterior, eram situações que estavam começando a formentar pra anos seguintes começarem a ser discutidos de maneira mais aberta por todos. Tirando essa parte mais problemática, acredito que a autora tenha feito um grande feito trazendo à tona muitas personagens femininas fortes e também de certo modo uma representatividade (de LGBTQIA+ e negros) mesmo que em alguns momentos como dito anteriormente tenha surgido falas contraditórias. Além disso, teve toda a reverência a dramaturgia da TV brasileira em referências sutis e outras mais escancaradas há outros folhetins passados de muito sucesso e claro, o próprio remake de "Ti ti ti" já ser uma grande celebração ao Cassiano Gabus Mendes e um mix de histórias de outras obras suas como "Plumas e Paetês".
Uma das coisas que percebo e sinto que trabalharam muito bem, foi o final da novela. Os últimos 10 capítulos foram um grande final para encerrar a trama de forma fluída e calma, sem pressas para se resolver tudo no último capítulo como muitas tramas deixam pra fazer, e isso é ótimo, porque assim é possível concluir as histórias da melhor maneira possível sem parecer um grande arrastão de acontecimentos pra concluir a trama. E já mencionando o final, acredito que o único final que não tenha gostado tanto foi da Luísa, é interessante ver ela recomeçar a mesma história com um "novo Edgar", mas não deixa de ser injusto ela sair de forma tão ilesa por todas as coisas feitas, e digo de pagar pelo que fez no sentido do poder judiciário mesmo. Não houve uma prisão, um processo... Nada! Achei um tanto quanto surreal isso não ocorrer. Revisitando também, não lembrava que o Luiz Otávio ficava com a Camila, jurava que ele terminava com a Valquíria, isso foi uma surpresa e o fato de que também este personagem do Humberto Carrão na perspectiva de hoje soou totalmente chato e sem graça. Queria ter visto mais desenvolvimento da Suzana, a Malu Mader é uma grande atriz, de certa maneira sinto que ela não foi aproveitada totalmente. Mas uma das grande surpresa sem dúvidas é a Jaqueline; Cláudia Raia tem aqui uma das suas melhores e mais divertidas personagens da carreira e a outra é o casal Julinho e Thales, o desenvolvimento do relacionamento de ambos foi e sempre será linda, uma pena só o Thales aparecer só no capítulo 140 em diante, com certeza Armando Babaioff entrou como secundário mas saiu como um dos protagonistas da trama.
O que fica agora é mais uma vez aquela tristeza de terminar essa história e até o pensamento de como esses personagens estariam hoje. Como seria revisitar esses personagens e o mundo da moda nos dias atuais, numa espécie de sequência? O imaginário vai longe criando as possíveis histórias que poderiam ocorrer com todos eles atualmente. Uma novela divertida, leve e que retrata o amor em suas diversas nuances.
Menção Honrosa ao Luis Gustavo como Mário Fofoca ♥
Big Brother Brasil (22ª Temporada)
1.8 391,5 de estrela pelo Tadeu e pela participação da Lina, porque de resto...
Ti Ti Ti
3.8 139Extremamente transportado para 2010 ao rever essa novela. O sentimento que traduz é nostalgia, que delícia que foi revisitar a história de todos esses personagens. Essa novela quando assisti pela primeira vez, aos 14 anos, foi num período em que consumia muito esse formato e que venho retomando esse hábito do último ano pra cá. Não só isso, esse também foi o primeiro trabalho da Maria Adelaide Amaral neste formato que vi (fora as minisséries "Dalva e Herivelto" e "Dercy de Verdade").
Em relação ao roteiro, a novela tem a tradicional "barriga", mas ao meu ver nada muito gritante como outras e que dê a sensação de arrastada, pelo contrário, a obra transpassa por várias fases que desdobram em muitos acontecimentos dentro de cada núcleo e personagens do primeiro ao último capítulo. De fato, olhando pra novela hoje muito mudou, nós mudamos como sociedade e consequentemente como telespectadores, tem várias situações em falas das personagens que reverberam esteriótipos e preconceitos (religiosos, sexuais, gênero, etc), mas como disse anterior, eram situações que estavam começando a formentar pra anos seguintes começarem a ser discutidos de maneira mais aberta por todos. Tirando essa parte mais problemática, acredito que a autora tenha feito um grande feito trazendo à tona muitas personagens femininas fortes e também de certo modo uma representatividade (de LGBTQIA+ e negros) mesmo que em alguns momentos como dito anteriormente tenha surgido falas contraditórias. Além disso, teve toda a reverência a dramaturgia da TV brasileira em referências sutis e outras mais escancaradas há outros folhetins passados de muito sucesso e claro, o próprio remake de "Ti ti ti" já ser uma grande celebração ao Cassiano Gabus Mendes e um mix de histórias de outras obras suas como "Plumas e Paetês".
Uma das coisas que percebo e sinto que trabalharam muito bem, foi o final da novela. Os últimos 10 capítulos foram um grande final para encerrar a trama de forma fluída e calma, sem pressas para se resolver tudo no último capítulo como muitas tramas deixam pra fazer, e isso é ótimo, porque assim é possível concluir as histórias da melhor maneira possível sem parecer um grande arrastão de acontecimentos pra concluir a trama. E já mencionando o final, acredito que o único final que não tenha gostado tanto foi da Luísa, é interessante ver ela recomeçar a mesma história com um "novo Edgar", mas não deixa de ser injusto ela sair de forma tão ilesa por todas as coisas feitas, e digo de pagar pelo que fez no sentido do poder judiciário mesmo. Não houve uma prisão, um processo... Nada! Achei um tanto quanto surreal isso não ocorrer. Revisitando também, não lembrava que o Luiz Otávio ficava com a Camila, jurava que ele terminava com a Valquíria, isso foi uma surpresa e o fato de que também este personagem do Humberto Carrão na perspectiva de hoje soou totalmente chato e sem graça. Queria ter visto mais desenvolvimento da Suzana, a Malu Mader é uma grande atriz, de certa maneira sinto que ela não foi aproveitada totalmente. Mas uma das grande surpresa sem dúvidas é a Jaqueline; Cláudia Raia tem aqui uma das suas melhores e mais divertidas personagens da carreira e a outra é o casal Julinho e Thales, o desenvolvimento do relacionamento de ambos foi e sempre será linda, uma pena só o Thales aparecer só no capítulo 140 em diante, com certeza Armando Babaioff entrou como secundário mas saiu como um dos protagonistas da trama.
O que fica agora é mais uma vez aquela tristeza de terminar essa história e até o pensamento de como esses personagens estariam hoje. Como seria revisitar esses personagens e o mundo da moda nos dias atuais, numa espécie de sequência? O imaginário vai longe criando as possíveis histórias que poderiam ocorrer com todos eles atualmente. Uma novela divertida, leve e que retrata o amor em suas diversas nuances.
Menção Honrosa ao Luis Gustavo como Mário Fofoca ♥
Amor de Mãe
3.8 52 Assista AgoraQue saudades da minha novela da Manuela Dias, volta logo!
Presença de Anita
3.9 350Irá ser reexibido, sexta, dia 16/01 no especial 'Luz, Câmera, 50 anos'.