Queria um spin off do casal que transa fazendo muito barulho, porque aparentemente são as únicas pessoas interessantes desse filme. É tipo "Aquarius", só que ainda mais sisudo e burguês.
Eu realmente não entendo essa mania de pegar uma pessoa que teve uma vida transgressora, cheia de excessos e que fez de tudo sem nunca ligar pro status quo, e "homenagear" com uma biopic pra-família-toda-ver. Cazuza, Saint Laurent, Elis Regina. Fico me perguntando se todos eles não ficariam ofendidos se soubessem que receberam como tributo filmes tão conservadores. Tom of Finland é mais um pra lista. Ele foi um dos expoentes mais importantes da arte pornográfica gay, que experienciou dissidências sexuais ao extremo e, junto com Mapplethorpe, deixou um dos maiores legados pra cultura BDSM gay. Mas o filme não reflete nada disso. Forma e conteúdo são tão caretas que eu acharia de boa ver esse filme com a minha mãe. Porque ao invés de retratar as especificidades da vida de Touko, ou seja, o que fez com que ele se tornasse o artista que foi, o filme opta por ser mais uma história "veja só como era horrível ser gay umas décadas atrás, mas agora tudo melhorou, né?". É tudo tão dessexualizado que mais parece uma produção da Disney com direção do Daniel Ribeiro. É tudo tão genérico que podia ser uma biopic sobre o Larry Kramer ou o Neil Patrick Harris, ou quem sabe o Paulo Gustavo. Pelo o que eu pesquisei, o diretor aparentemente é o rei dos blockbusters na Finlândia, o que "justifica" esse apelo em higienizar o filme o máximo que ele pode pra não ofender ninguém, e ao que tudo indica é hetero. O que até aí tudo bem, vários filmes queer dos mais ousados foram dirigidos por caras heteros, mas porra o bonito não se deu ao trabalho de ir em UM sex club BDSM pra ver como a banda toca??? Eles realmente acham que homens gays adultos se reúnem pra ficar dançando abraçadinho de dois em dois????? Me. Poupa. Que saudades do Friedkin na virada dos anos 80 colocando uma cena de fisting no cinema mainstream americano. Não entendo por quê o trabalho de ir atrás de financiar um filme em que tão claramente os envolvidos tem medo da história que supostamente querem contar. É tanto receio de ofender um público mais sensível ao conteúdo - e que muito provavelmente mal sabe quem foi o artista em questão-, que tudo acaba sendo uma tremenda ofensa pra quem realmente queria um filme sobre o Tom of Finland.
Tudo pra vocês é síndrome de Estocolmo, mas síndrome de Estocolmo nem é oficialmente uma síndrome. :v Queria agradecer a Ana Lily por me proporcionar Jason Momoa de bigode sem camisa suado e usando harness por duas horas de filme.
Eu preciso parar de ficar reassistindo clássicos, porque a maioria dele perde muitos pontos comigo na revisão. Ainda continuo achando o final um dos momentos mais poderosos do cinema, fico todo Summer Finn vendo, mas dessa vez fiquei bem incomodado com todo o machismo desnecessário do discurso (discurso, entendam, não disse nada sobre o conteúdo). E eu acho mó daora que mó galera do "aaaaaa mas os tempos hoje tão muito líquidos, bauman que tava certo, as relações são muito frágeis, ninguém quer nada com nada, a incrível geração que só quer ficar de bobeira o dia todo e depois de formada não sabe o que fazer" venera esse filme???? Tipo... ué. hahaha Em algum momento da história a gente passou a acreditar que os baby boomer era tudo beatnik, zabriskie point, revolucionário, contra guerra do vietnã e a porra toda, mas esse filme talvez seja um dos marcadores sociais que melhor definem a geração que adora encher o saco dos millennials. Pra quem achava que 68 trouxe só revoluções...
O primeiro episódio foi bem interessante, apesar de alguns pontos que me incomodam, estabelecendo uma boa estrutura melodramática e com uns momentos bem bonitinhos. Mas nessa segunda metade desandou demais. Eu até entendo a tentação constante em histórias gays de se falar sobre um suposto "vício" em sexo casual, aplicativos de pegação, e etc como um reflexo da homofobia internalizada e falta de aceitação, mas é bem problemático isso da solução sempre ser o assimilacionismo. Pra uma série feita como parte da celebração de um marco da liberação gay (50 anos que a homossexualidade deixou de ser crime no Reino Unido), o resultado acaba sendo extremamente moralista. Muito kinky e slut shamming sem necessidade. Achei que ia ser uma das grandes surpresas do ano, mas acabou só sendo mais uma decepção mesmo. PS: porém achei massa o nome do casal ser "Adam e Steve" rs
nunca vi um filme com tanto olho azul e tanta heterossexualidade kkkkk que horror esse povo se lambendo sujo de areia, deuso livre baby boomers geração mais chata, mas achei linda a campanha da calvin klein que rola no meio
Existem alguns filmes com o poder de eternizar a beleza de um determinado ator ou atriz. É quase como se cada plano, mesmo os que aparentam mais banais, fossem pensados pra isso, . Para além da trama sobrenatural, ou do clima de thriller instaurado na segunda metade do filme, o seu principal mérito reside na obsessão por Kristen. Eu fiquei totalmente hipnotizado, querendo que cada cena durasse um segundo a mais para eu poder apreender toda a perfeição do modo como seu cabelo caia no rosto, ou da maneira como ela se posiciona em uma cadeira. Um registro do belo que é raro de se ver. Mas isto está longe de tornar o filme - e atuação de Kristen - em algo superficial; aqui ela aparece em sua melhor forma, entregando uma atuação superior a qualquer uma das indicadas a última edição do oscar. Um filme que não sai de você quando você sai da sala.
High Maintenance (2ª Temporada)
4.3 17 Assista AgoraEssa série é um presente em tempos difíceis.
Bem-Vinda, Estranha
3.0 32primeiro grande potencial a melhor filme do ano
Violet
3.5 3que aula de mise-en-scène, bicho.
As Misândricas
3.9 3"É hora de reconciliar as suas crenças revolucionárias com as suas políticas sexuais". <3
Alguma Coisa Assim
3.1 47 Assista AgoraO grande mistério é como essa mina ficou tantos anos sendo amiga dessa gay chata da porra.
Gabriel e a Montanha
3.7 141 Assista AgoraEm português não tem uma palavra que defina com precisão o que é "entitlement" então fizeram esse filme.
O Universo de Jacques Demy
4.0 3 Assista Agora"Se eu fosse criança, eu queria ter o Jacques Demy como pai" <3
Música Para Quando as Luzes se Apagam
2.7 5Corpo(s) elétrico, presente e neon <3
A Ilha dos Pinguins
4.2 1Demorou, mas finalmente veio meu filme queridinho dessa edição da Mostra. <3
A Sombra da Árvore
3.7 35 Assista AgoraQueria um spin off do casal que transa fazendo muito barulho, porque aparentemente são as únicas pessoas interessantes desse filme.
É tipo "Aquarius", só que ainda mais sisudo e burguês.
Encontre Essa Pequena Vadia Estúpida e Jogue Ela no Rio
3.5 2Aquele filme soco no estômago e mal estar que tem todo ano na Mostra.
Mãe!
4.0 3,9K Assista AgoraA sorte do Darren é que ele tem uma fanbase cafona que nem ele, né.
Tom of Finland
3.4 39 Assista AgoraEu realmente não entendo essa mania de pegar uma pessoa que teve uma vida transgressora, cheia de excessos e que fez de tudo sem nunca ligar pro status quo, e "homenagear" com uma biopic pra-família-toda-ver. Cazuza, Saint Laurent, Elis Regina. Fico me perguntando se todos eles não ficariam ofendidos se soubessem que receberam como tributo filmes tão conservadores. Tom of Finland é mais um pra lista.
Ele foi um dos expoentes mais importantes da arte pornográfica gay, que experienciou dissidências sexuais ao extremo e, junto com Mapplethorpe, deixou um dos maiores legados pra cultura BDSM gay. Mas o filme não reflete nada disso. Forma e conteúdo são tão caretas que eu acharia de boa ver esse filme com a minha mãe. Porque ao invés de retratar as especificidades da vida de Touko, ou seja, o que fez com que ele se tornasse o artista que foi, o filme opta por ser mais uma história "veja só como era horrível ser gay umas décadas atrás, mas agora tudo melhorou, né?". É tudo tão dessexualizado que mais parece uma produção da Disney com direção do Daniel Ribeiro. É tudo tão genérico que podia ser uma biopic sobre o Larry Kramer ou o Neil Patrick Harris, ou quem sabe o Paulo Gustavo.
Pelo o que eu pesquisei, o diretor aparentemente é o rei dos blockbusters na Finlândia, o que "justifica" esse apelo em higienizar o filme o máximo que ele pode pra não ofender ninguém, e ao que tudo indica é hetero. O que até aí tudo bem, vários filmes queer dos mais ousados foram dirigidos por caras heteros, mas porra o bonito não se deu ao trabalho de ir em UM sex club BDSM pra ver como a banda toca??? Eles realmente acham que homens gays adultos se reúnem pra ficar dançando abraçadinho de dois em dois????? Me. Poupa. Que saudades do Friedkin na virada dos anos 80 colocando uma cena de fisting no cinema mainstream americano.
Não entendo por quê o trabalho de ir atrás de financiar um filme em que tão claramente os envolvidos tem medo da história que supostamente querem contar.
É tanto receio de ofender um público mais sensível ao conteúdo - e que muito provavelmente mal sabe quem foi o artista em questão-, que tudo acaba sendo uma tremenda ofensa pra quem realmente queria um filme sobre o Tom of Finland.
Amores Canibais
2.4 393 Assista AgoraTudo pra vocês é síndrome de Estocolmo, mas síndrome de Estocolmo nem é oficialmente uma síndrome. :v
Queria agradecer a Ana Lily por me proporcionar Jason Momoa de bigode sem camisa suado e usando harness por duas horas de filme.
A Primeira Noite de Um Homem
4.1 810 Assista AgoraEu preciso parar de ficar reassistindo clássicos, porque a maioria dele perde muitos pontos comigo na revisão.
Ainda continuo achando o final um dos momentos mais poderosos do cinema, fico todo Summer Finn vendo, mas dessa vez fiquei bem incomodado com todo o machismo desnecessário do discurso (discurso, entendam, não disse nada sobre o conteúdo).
E eu acho mó daora que mó galera do "aaaaaa mas os tempos hoje tão muito líquidos, bauman que tava certo, as relações são muito frágeis, ninguém quer nada com nada, a incrível geração que só quer ficar de bobeira o dia todo e depois de formada não sabe o que fazer" venera esse filme???? Tipo... ué. hahaha
Em algum momento da história a gente passou a acreditar que os baby boomer era tudo beatnik, zabriskie point, revolucionário, contra guerra do vietnã e a porra toda, mas esse filme talvez seja um dos marcadores sociais que melhor definem a geração que adora encher o saco dos millennials. Pra quem achava que 68 trouxe só revoluções...
Man in an Orange Shirt
4.0 26O primeiro episódio foi bem interessante, apesar de alguns pontos que me incomodam, estabelecendo uma boa estrutura melodramática e com uns momentos bem bonitinhos. Mas nessa segunda metade desandou demais. Eu até entendo a tentação constante em histórias gays de se falar sobre um suposto "vício" em sexo casual, aplicativos de pegação, e etc como um reflexo da homofobia internalizada e falta de aceitação, mas é bem problemático isso da solução sempre ser o assimilacionismo. Pra uma série feita como parte da celebração de um marco da liberação gay (50 anos que a homossexualidade deixou de ser crime no Reino Unido), o resultado acaba sendo extremamente moralista. Muito kinky e slut shamming sem necessidade. Achei que ia ser uma das grandes surpresas do ano, mas acabou só sendo mais uma decepção mesmo.
PS: porém achei massa o nome do casal ser "Adam e Steve" rs
Corpo Elétrico
3.5 216Tá mais pra corpo letárgico.
Zabriskie Point
3.9 109nunca vi um filme com tanto olho azul e tanta heterossexualidade kkkkk
que horror esse povo se lambendo sujo de areia, deuso livre
baby boomers geração mais chata, mas achei linda a campanha da calvin klein que rola no meio
O Conto dos Contos
3.4 175 Assista AgoraDaqueles filmes que eu amei muito durante toda a jornada, tava pronta pra favoritar, mas aí... me broxou com o final.
Parking
3.3 1Melhor Demy.
O Fantasma do Futuro
4.1 395 Assista AgoraNão entendi um pouco direito, mas tem umas cenas lindas.
Personal Shopper
3.1 384 Assista AgoraExistem alguns filmes com o poder de eternizar a beleza de um determinado ator ou atriz. É quase como se cada plano, mesmo os que aparentam mais banais, fossem pensados pra isso, .
Para além da trama sobrenatural, ou do clima de thriller instaurado na segunda metade do filme, o seu principal mérito reside na obsessão por Kristen. Eu fiquei totalmente hipnotizado, querendo que cada cena durasse um segundo a mais para eu poder apreender toda a perfeição do modo como seu cabelo caia no rosto, ou da maneira como ela se posiciona em uma cadeira. Um registro do belo que é raro de se ver.
Mas isto está longe de tornar o filme - e atuação de Kristen - em algo superficial; aqui ela aparece em sua melhor forma, entregando uma atuação superior a qualquer uma das indicadas a última edição do oscar.
Um filme que não sai de você quando você sai da sala.
A Cura
3.0 707 Assista AgoraDecepcionadíssima.
As Faces de Toni Erdmann
3.8 257 Assista AgoraNão é fácil ser a filha do tio do "é pavê ou pacumê". Ines rainha da resistência aturando esse homem o filme todo.