Essa é uma série que aparentemente não chama muita atenção a primeira vista, justamente por termos diversas outras no mesmo estilo (e algumas já consagradas), nos levando a crer que esse seja um gênero um pouco já saturado - tenho receio disso. Porém, essa tem suas particularidades: inclusive, quem já leu e gosta de Sidney Sheldon irá se deliciar com as tramas que aqui são desenvolvidas. Como muitos aqui já apontaram, The Killing não foca apenas no assassinato (só na caça policial), e tão pouco temos "casos semanais": a série é muito mais complexa do que isso.
Ela vai ao encontro do "feeling" do acontecimento inteiro, entra no privado da casa da família da vítima e invade também o emocional dos detetives, que são tratados como verdadeiros seres humanos, com seus diversos problemas particulares. Penso que Seatlle nunca foi tão nublada e chuvosa, talvez um reflexo da claustrofobia e dos mistérios que cercam as personagens - deixando o espectador com essa mesma sensação de melancolia e de peso dramático.
Contudo, o que mais me chamou a atenção foi a capacidade dos roteiristas de mesclarem tal inquietação (âmbito privado) com outros diversos dilemas que nossa sociedade vivencia. Seja falando da ética humana - “somos o resultado de nossas escolhas”, já apontava Aristóteles - ou seja tratando na cerne do preconceito racial e da xenofobia, The Killing é excelente para reflexão e, por isso, ela se destaca.
Fiquei muito satisfeito com o Ahmed não ser o culpado do crime, como todos haviam julgado. Isso não aconteceu e a perspectiva da intolerância não sobressaiu na história. Me lembro muito bem de um ep em que a mãe da Mitch caga xenofobia contra as minorias nos EUA. Tal fato nos alertou sobre a criação conservadora que a Mitch teve (ela sempre pareceu, inclusive, muito rígida quanto a liberdade da sua filha Rosie), que culminou com ela incentivando o marido a matar o Ahmed, dando toda a merda que tinha que dar. Outra cena que tem relação com essa intolerância é a pichação na mesquita. Sabemos claramente que o homem tende a julgar por esteriótipos e se The Killing tenta nos passar uma mensagem, essa é de que a premissa máxima "bandido bom é bandido morto" é uma idiotice tamanha.
No que diz respeito ao andamento da série, essa consegue desenvolver muito bem os seus personagens em seus 13 episódios. Talvez tenha pecado um pouco na construção do Holder e na sua relação com a Linden (eu o considerei como um dos protagonistas e pouco exploraram ele), mas, como The Killing requer continuação, espero que na segunda temporada isso seja sanado. Em suma, para quem gosta de um bom mistério, boa fotografia e atuações, bem como de ótimos plot twist, vale a pena conferir The Killing!
Excelente série! Bem construída nos aspectos técnicos e com episódios que permitem boas reflexões. Para mim, além do tom distópico e da questão futurística, nessa primeira temporada nos é apresentado os limites da sociedade espetacularizada e como a tecnologia vem para aguçar tal problemática. Com essa premissa, os dois primeiros episódios tratariam da espetacularização dentro da esfera pública (com a diferença que no primeiro a questão é "querer ver" e no segundo "ser visto"), enquanto no último episódio a reflexão se voltaria para o campo privado (e coloque privado nisso).
Outro ponto positivo que vi na série é sua tensão. Essa não ocorre por meio de um suspense dentro da narrativa - e por isso que a série é inteligente - mas sim, justamente, pelos dilemas morais ali postos, que fazem o espectador pensar o que ele faria na mesma situação: a resposta pode não ser satisfatória a luz da sensatez, e é ai que nos assustamos.
Aqui, destacaria principalmente o episódio "The National Anthem", achei a história muito original! Temos um roteiro que te prende e te deixa angustiado. Que ótimo!
Acabei de terminar essa temporada e é incrível como eles mantem o fôlego desde a primeira, com ótimas situações engraçadas! A Lily, personagem que eu não acreditava muito no potencial, está cada vez mais hilária e o Phil continua sendo o meu preferido. Talvez eu tenha achado o Cam mais chato nesse 5º ano, e o Manny um pouco mais apagado, mas, não tem como: não há episódio ruim em Modern Family!
Essa segunda temporada me impressionou! Há um capricho incontestável em não só contar uma história com um roteiro bem amarrado e diálogos marcantes, mas sim fazer da série um marco artístico, poético e metafórico, algo que não se vê muito na TV.
Gosto muito também do modo pelo qual as mortes e os psicopatas "secundários" (os famosos "casos semanais") dialogam com os dilemas das personagens principais: nada ali é superficial, como em outras séries, e há muita beleza envolvida nas direções de tais cenas.
E não preciso nem dizer o quanto o Mads Mikkelsen está sensacional na pele do Dr. Lecter. Aliás, a relação conflituosa entre o Will e o Hannibal nesta temporada é fantástica também. Ótima série!
É boa, foi uma primeira temporada legalzinha. Acaba sendo a mesma dinâmica dos filmes e faz jus ao gênero. O que eu mais gostei foram as referências - criativas - que por vezes supriam um dialogo não tão bem construído e atuações questionáveis. Pelas referências a cultura pop, principalmente as que envolviam serial killers, o personagem que mais me cativou foi Noah, acho que ele conseguiu dialogar bem com o público, tanto com os novatos nas tramas de terror, quanto os mais nostálgicos.
Essa temporada poderia ter sido boa, aliás, ela começou até bem boa. Daí, na reta final, os showrunners não foram corajosos o suficiente. Uma pena... Dexter merecia um final mais digno.
Temporada com trama bem amarrada, personagens bem construídos e Dexter Morgan sendo Dexter Morgan (com uma ótima, como sempre, interpretação do Michael C. Hall). O final é tudo e mais um pouco do que os fãs poderiam querer. Uma pena que as outras temporadas não conseguiram acompanhar o pique dessa, ficamos na saudade.
Comprar Ingressos
Este site usa cookies para oferecer a melhor experiência possível. Ao navegar em nosso site, você concorda com o uso de cookies.
Se você precisar de mais informações e / ou não quiser que os cookies sejam colocados ao usar o site, visite a página da Política de Privacidade.
The Killing (1ª Temporada)
4.3 329 Assista AgoraEssa é uma série que aparentemente não chama muita atenção a primeira vista, justamente por termos diversas outras no mesmo estilo (e algumas já consagradas), nos levando a crer que esse seja um gênero um pouco já saturado - tenho receio disso. Porém, essa tem suas particularidades: inclusive, quem já leu e gosta de Sidney Sheldon irá se deliciar com as tramas que aqui são desenvolvidas. Como muitos aqui já apontaram, The Killing não foca apenas no assassinato (só na caça policial), e tão pouco temos "casos semanais": a série é muito mais complexa do que isso.
Ela vai ao encontro do "feeling" do acontecimento inteiro, entra no privado da casa da família da vítima e invade também o emocional dos detetives, que são tratados como verdadeiros seres humanos, com seus diversos problemas particulares. Penso que Seatlle nunca foi tão nublada e chuvosa, talvez um reflexo da claustrofobia e dos mistérios que cercam as personagens - deixando o espectador com essa mesma sensação de melancolia e de peso dramático.
Contudo, o que mais me chamou a atenção foi a capacidade dos roteiristas de mesclarem tal inquietação (âmbito privado) com outros diversos dilemas que nossa sociedade vivencia. Seja falando da ética humana - “somos o resultado de nossas escolhas”, já apontava Aristóteles - ou seja tratando na cerne do preconceito racial e da xenofobia, The Killing é excelente para reflexão e, por isso, ela se destaca.
Fiquei muito satisfeito com o Ahmed não ser o culpado do crime, como todos haviam julgado. Isso não aconteceu e a perspectiva da intolerância não sobressaiu na história. Me lembro muito bem de um ep em que a mãe da Mitch caga xenofobia contra as minorias nos EUA. Tal fato nos alertou sobre a criação conservadora que a Mitch teve (ela sempre pareceu, inclusive, muito rígida quanto a liberdade da sua filha Rosie), que culminou com ela incentivando o marido a matar o Ahmed, dando toda a merda que tinha que dar. Outra cena que tem relação com essa intolerância é a pichação na mesquita. Sabemos claramente que o homem tende a julgar por esteriótipos e se The Killing tenta nos passar uma mensagem, essa é de que a premissa máxima "bandido bom é bandido morto" é uma idiotice tamanha.
No que diz respeito ao andamento da série, essa consegue desenvolver muito bem os seus personagens em seus 13 episódios. Talvez tenha pecado um pouco na construção do Holder e na sua relação com a Linden (eu o considerei como um dos protagonistas e pouco exploraram ele), mas, como The Killing requer continuação, espero que na segunda temporada isso seja sanado. Em suma, para quem gosta de um bom mistério, boa fotografia e atuações, bem como de ótimos plot twist, vale a pena conferir The Killing!
Black Mirror (1ª Temporada)
4.4 1,3K Assista AgoraExcelente série! Bem construída nos aspectos técnicos e com episódios que permitem boas reflexões. Para mim, além do tom distópico e da questão futurística, nessa primeira temporada nos é apresentado os limites da sociedade espetacularizada e como a tecnologia vem para aguçar tal problemática. Com essa premissa, os dois primeiros episódios tratariam da espetacularização dentro da esfera pública (com a diferença que no primeiro a questão é "querer ver" e no segundo "ser visto"), enquanto no último episódio a reflexão se voltaria para o campo privado (e coloque privado nisso).
Outro ponto positivo que vi na série é sua tensão. Essa não ocorre por meio de um suspense dentro da narrativa - e por isso que a série é inteligente - mas sim, justamente, pelos dilemas morais ali postos, que fazem o espectador pensar o que ele faria na mesma situação: a resposta pode não ser satisfatória a luz da sensatez, e é ai que nos assustamos.
Aqui, destacaria principalmente o episódio "The National Anthem", achei a história muito original! Temos um roteiro que te prende e te deixa angustiado. Que ótimo!
Família Moderna (5ª Temporada)
4.5 200 Assista AgoraAcabei de terminar essa temporada e é incrível como eles mantem o fôlego desde a primeira, com ótimas situações engraçadas! A Lily, personagem que eu não acreditava muito no potencial, está cada vez mais hilária e o Phil continua sendo o meu preferido. Talvez eu tenha achado o Cam mais chato nesse 5º ano, e o Manny um pouco mais apagado, mas, não tem como: não há episódio ruim em Modern Family!
Hannibal (2ª Temporada)
4.5 802Essa segunda temporada me impressionou! Há um capricho incontestável em não só contar uma história com um roteiro bem amarrado e diálogos marcantes, mas sim fazer da série um marco artístico, poético e metafórico, algo que não se vê muito na TV.
Gosto muito também do modo pelo qual as mortes e os psicopatas "secundários" (os famosos "casos semanais") dialogam com os dilemas das personagens principais: nada ali é superficial, como em outras séries, e há muita beleza envolvida nas direções de tais cenas.
E não preciso nem dizer o quanto o Mads Mikkelsen está sensacional na pele do Dr. Lecter. Aliás, a relação conflituosa entre o Will e o Hannibal nesta temporada é fantástica também. Ótima série!
Pânico (1ª Temporada)
3.6 759É boa, foi uma primeira temporada legalzinha.
Acaba sendo a mesma dinâmica dos filmes e faz jus ao gênero.
O que eu mais gostei foram as referências - criativas - que por vezes supriam um dialogo não tão bem construído e atuações questionáveis. Pelas referências a cultura pop, principalmente as que envolviam serial killers, o personagem que mais me cativou foi Noah, acho que ele conseguiu dialogar bem com o público, tanto com os novatos nas tramas de terror, quanto os mais nostálgicos.
Dexter (8ª Temporada)
3.5 1,7K Assista AgoraEssa temporada poderia ter sido boa, aliás, ela começou até bem boa. Daí, na reta final, os showrunners não foram corajosos o suficiente. Uma pena... Dexter merecia um final mais digno.
Dexter (4ª Temporada)
4.6 1,0K Assista AgoraO ápice de uma excelente série.
Temporada com trama bem amarrada, personagens bem construídos e Dexter Morgan sendo Dexter Morgan (com uma ótima, como sempre, interpretação do Michael C. Hall). O final é tudo e mais um pouco do que os fãs poderiam querer. Uma pena que as outras temporadas não conseguiram acompanhar o pique dessa, ficamos na saudade.