Como virei fã do primeiro Invocação do Mal, a sequência foi a primeira do gênero que vi no cinema. Já tinha lido comentários ótimos (sem spoilers) sobre o longa e fui esperando um filme com a cara do James Wan. E mais uma vez o diretor mostrou que sabe o que está fazendo com o gênero, que ultimamente é tratado genericamente pelo susto fácil e o sangue jorrando para todo lado. Mas o terror em si não se faz só com esses elementos e Wan vem salvando o terror. Não tem como negar. Cada plano e cada movimento da câmera mostram como os filmes dessa linha, lançados nos últimos anos, poderiam ser melhores, bem contados sem apelar pelo caminho do horror fácil.
Invocação do Mal 2 está acima do gênero, é um filme em si. Tem Direção, Arte, Fotografia e Trilha sonora claras que colaboram, e muito, para o suspense e o medo propostos. Tem alguns sustos clássicos, mas também outros que nos surpreendem. Eu, no caso, até derrubei refrigerante na roupa durante um deles.
O elenco é outro ponto alto dentro da ambientação. Vera Farmiga (Lorraine Warren) e Madison Wolfe (Janet Hodgson) te levam para dentro da história sutilmente. Patrick Wilson (Ed Warren) e Frances O’Connor (Peggy Hodgson) também se destacam. Outro detalhe singular de James Wan é que ele assume os monstros sem destruir todo o clima de suspense. Você o enxerga claramente sem perder a tensão. Com isso, senti que o diretor passeia um pouco até pela fantasia.
Li comentário de pessoas reclamando do romance do casal Warren.
Mas ai está outro ponto alto forte do filme. A história passeia em vários climas, do musical ao fantasioso, sem comprometer a essência do enredo. É bem contado, apresente milhares de coisas, mas não confunde.
A história se passa em um EUA dos anos 70. Dessa fome, você vai encontrar alguns personagens e elementos comuns de filmes e séries do gênero. Mas só a carga do "baseado em fatos reais" faz toda a diferença.
Em uma época difícil de engolir longas de terror, de encontrar bons filmes, que não prefiram piscinas de sangue, Invocação do Mal (The Conjuring) é, com certeza, uma ótima pedida. Do roteiro à execução, dos efeitos aos atores. Ele convence e assusta muito. Tratando-se de uma história real, você questiona menos e entra no clima com mais entusiasmo. Foi o que fiz. Embora não tenha assistido à noite ou na madrugada, como fiz com Emily Rose, os ruídos externos não conseguiram derrubar todo o clima construído. Você consegue ficar aflito a cada batida, passo ou passagem sobrenatural. Ponto para fotografia, Direção de Arte e elenco. A casa é de arrepiar mesmo. Além disso, gostei bastante dos planos do Diretor. Um deles deixa os personagens de cabeça para baixo. Lili Taylor também está muito bem na pele de Carolyn Perron.
Para quem curte ficar com medo, não vai se arrepender. O longa me deixou mais otimista em relação aos filmes de terror. Bata palmas!
Se para vencer a guerra existe uma lógica, para viver, não. O jogo da imitação nada mais é do que a vida, feita de escolhas e perspectivas distintas. Um filme tocante, inspirador e humano, com arte, trilha, montagem e atuações sensacionais.
Que filme! Do começo ao fim você vai admirando cada plano escolhido, cada atuação e trilha sonora. É um filme emocional, intenso e que surpreende. Vemos a perfeição e superação se cruzando de uma forma extrema. Uma briga criatura vs criador, em que cada um prova que quer e pode mais, nem que para isso tenha de sabotar e dissimular para testar um, desmotivando e motivando ao mesmo tempo, ou sangrar literalmente pelo orgulho e perfeição.
A cena final é sensacional, parece querer não só que o protagonista desista, mas que quem assiste pare e veja há quantas horas está ali, se não dá para pular. No entanto, para ambos, nós e ele, a cena só faz querermos mais.
O sorriso de Fletcher (J.K. Simmons), entrecortado, é um alívio que quase nos pede para batucar sem perceber e finalizar o número.
Gostei da direção, com planos fechados, detalhes, que nos aproximam, e da fotografia, às vezes estourando a luz, dando até um tom divino para se discutir dom e capacidade.
A história é uma metaliguagem do universo da fama e a busca dela na hora de representar no teatro e cinema. Riggan, um ex-herói do cinema - o "homem pássaro", investe a todo momento em algo diferente do que fazia, mas o passado o chama para a zona de conforto, com o reconhecimento e poder de antes. A fantasia funciona como sombra para o drama que é mudar e não decair, mesmo sendo algumas vezes a qualquer custo. Em determinada cena, o curativo do personagem tem a mesma forma da máscara do herói, mostrando como aquilo o persegue, como uma luta interna que, em seguida, tem fim.
Tudo é pano de fundo para a relação crítica e arte, do que se faz e é avaliado, até que ponto necessitamos disso para ter sucesso e ser feliz, sugando e causando certa dependência. A resposta, acredito, está na maneira de mudar. Ser eficaz está na no fazer e não apenas no que fazer. Aqui o filme mistura bem isso, sem desistir de um ou outro, há de certa forma um retorno do sucesso.
Birdman é sim merecedor de todas as indicações do Oscar e afins. Direção impecável (quase vertiginosa às vezes) e a atuação de Michael Keaton, como o protagonista Riggan Thomson, casa muito bem com os ótimos Edward Norton, Emma Stone e Naomi Watts.
Ao lado de The Grand Budapeste Hotel, ganha filme, empata direção e fotografia, perde arte.
Invocação do Mal 2
3.8 2,1K Assista AgoraInvocação do Mal 2
Como virei fã do primeiro Invocação do Mal, a sequência foi a primeira do gênero que vi no cinema. Já tinha lido comentários ótimos (sem spoilers) sobre o longa e fui esperando um filme com a cara do James Wan. E mais uma vez o diretor mostrou que sabe o que está fazendo com o gênero, que ultimamente é tratado genericamente pelo susto fácil e o sangue jorrando para todo lado. Mas o terror em si não se faz só com esses elementos e Wan vem salvando o terror. Não tem como negar. Cada plano e cada movimento da câmera mostram como os filmes dessa linha, lançados nos últimos anos, poderiam ser melhores, bem contados sem apelar pelo caminho do horror fácil.
Invocação do Mal 2 está acima do gênero, é um filme em si. Tem Direção, Arte, Fotografia e Trilha sonora claras que colaboram, e muito, para o suspense e o medo propostos. Tem alguns sustos clássicos, mas também outros que nos surpreendem. Eu, no caso, até derrubei refrigerante na roupa durante um deles.
O elenco é outro ponto alto dentro da ambientação. Vera Farmiga (Lorraine Warren) e Madison Wolfe (Janet Hodgson) te levam para dentro da história sutilmente. Patrick Wilson (Ed Warren) e Frances O’Connor (Peggy Hodgson) também se destacam. Outro detalhe singular de James Wan é que ele assume os monstros sem destruir todo o clima de suspense. Você o enxerga claramente sem perder a tensão. Com isso, senti que o diretor passeia um pouco até pela fantasia.
Li comentário de pessoas reclamando do romance do casal Warren.
Nota quase máxima para o longa.
Invocação do Mal
3.8 3,9K Assista AgoraA história se passa em um EUA dos anos 70. Dessa fome, você vai encontrar alguns personagens e elementos comuns de filmes e séries do gênero. Mas só a carga do "baseado em fatos reais" faz toda a diferença.
Em uma época difícil de engolir longas de terror, de encontrar bons filmes, que não prefiram piscinas de sangue, Invocação do Mal (The Conjuring) é, com certeza, uma ótima pedida. Do roteiro à execução, dos efeitos aos atores. Ele convence e assusta muito. Tratando-se de uma história real, você questiona menos e entra no clima com mais entusiasmo. Foi o que fiz. Embora não tenha assistido à noite ou na madrugada, como fiz com Emily Rose, os ruídos externos não conseguiram derrubar todo o clima construído. Você consegue ficar aflito a cada batida, passo ou passagem sobrenatural. Ponto para fotografia, Direção de Arte e elenco. A casa é de arrepiar mesmo. Além disso, gostei bastante dos planos do Diretor. Um deles deixa os personagens de cabeça para baixo. Lili Taylor também está muito bem na pele de Carolyn Perron.
Para quem curte ficar com medo, não vai se arrepender. O longa me deixou mais otimista em relação aos filmes de terror. Bata palmas!
Jogos Vorazes: A Esperança - O Final
3.6 1,9K Assista AgoraSaí meio frustrado do cinema.
Sobrenatural: Capítulo 2
3.4 1,2K Assista AgoraJames Wan vem salvando o gênero hehe
A Origem dos Guardiões
4.0 1,5K Assista AgoraMais uma animação que me surpreendeu. Fico feliz quando isso acontece. Muito bonita, soube iconizar toda a nossa infância. Curti bastante.
O Jogo da Imitação
4.3 3,0K Assista AgoraSe para vencer a guerra existe uma lógica, para viver, não. O jogo da imitação nada mais é do que a vida, feita de escolhas e perspectivas distintas. Um filme tocante, inspirador e humano, com arte, trilha, montagem e atuações sensacionais.
Whiplash: Em Busca da Perfeição
4.4 4,1K Assista AgoraQue filme! Do começo ao fim você vai admirando cada plano escolhido, cada atuação e trilha sonora. É um filme emocional, intenso e que surpreende. Vemos a perfeição e superação se cruzando de uma forma extrema. Uma briga criatura vs criador, em que cada um prova que quer e pode mais, nem que para isso tenha de sabotar e dissimular para testar um, desmotivando e motivando ao mesmo tempo, ou sangrar literalmente pelo orgulho e perfeição.
A cena final é sensacional, parece querer não só que o protagonista desista, mas que quem assiste pare e veja há quantas horas está ali, se não dá para pular. No entanto, para ambos, nós e ele, a cena só faz querermos mais.
O sorriso de Fletcher (J.K. Simmons), entrecortado, é um alívio que quase nos pede para batucar sem perceber e finalizar o número.
Gostei da direção, com planos fechados, detalhes, que nos aproximam, e da fotografia, às vezes estourando a luz, dando até um tom divino para se discutir dom e capacidade.
Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância)
3.8 3,4K Assista AgoraA história é uma metaliguagem do universo da fama e a busca dela na hora de representar no teatro e cinema. Riggan, um ex-herói do cinema - o "homem pássaro", investe a todo momento em algo diferente do que fazia, mas o passado o chama para a zona de conforto, com o reconhecimento e poder de antes. A fantasia funciona como sombra para o drama que é mudar e não decair, mesmo sendo algumas vezes a qualquer custo. Em determinada cena, o curativo do personagem tem a mesma forma da máscara do herói, mostrando como aquilo o persegue, como uma luta interna que, em seguida, tem fim.
Tudo é pano de fundo para a relação crítica e arte, do que se faz e é avaliado, até que ponto necessitamos disso para ter sucesso e ser feliz, sugando e causando certa dependência. A resposta, acredito, está na maneira de mudar. Ser eficaz está na no fazer e não apenas no que fazer. Aqui o filme mistura bem isso, sem desistir de um ou outro, há de certa forma um retorno do sucesso.
Birdman é sim merecedor de todas as indicações do Oscar e afins. Direção impecável (quase vertiginosa às vezes) e a atuação de Michael Keaton, como o protagonista Riggan Thomson, casa muito bem com os ótimos Edward Norton, Emma Stone e Naomi Watts.
Ao lado de The Grand Budapeste Hotel, ganha filme, empata direção e fotografia, perde arte.