Quando ela fechou a porta, eu fiquei puto com ela, me revoltei e tudo. Depois percebi que eu não passei no teste também! O Nathan estava certo, faltou uma atualização no sistema: empatia.
Eu vou desabafar, mas espero que alguém leia e entenda o que eu quero dizer. Primeiro de tudo: o filme é incrível, tudo nele é ótimo. Porém uma coisa está me incomodando bastante, não no filme, mas na sua recepção pelo público.
É revoltante ver a quantidade de gente que sorri satisfeito por assistir a esse filme, que se emociona alegremente por ter assistido a essa trama, e ignora a mensagem séria que a produção traz ao retratar o sequestro de adolescentes, bem como o cárcere privado. O filme fala sim da coragem e da superação das personagens, das dificuldades e dos dramas que enfrentam após essas tragédias. Mas ele vai além disso. O que vemos nele é uma história muito, muito, muito real, que acontece todos os dias, por todo o mundo. Procurem a quantidade de casos semelhantes a esse ocorridos nos últimos dez anos. Vejam quantos acabaram bem. Procurem o número de casos de abuso de crianças e adolescentes por ano no Brasil, mas principalmente nos EUA, realidade da qual o filme parte.
Imaginem o estrago que isso causa na vida de uma garota de 17 anos, que teve sua vida roubada, seus sonhos esmagados, pra se tornar escrava sexual de um psicopata. Imaginem o transtorno que toda essa história causa na cabeça de um garoto de 5 anos, que sequer sabe da existência de um mundo além daquelas paredes. Isso é real, acontece diariamente, seja do mesmo modo ou de modo muito semelhante. Reflitam e analisem as causas, tanto no sujeito quanto na sociedade, e suas consequências para todos.
Esse filme traz muita esperança, sobretudo com Jack, mostrando que, apesar de tudo, é possível seguir em frente e ser feliz. Mas assisti-lo simplesmente como um entretenimento, como um passatempo, sem ao menos parar e pensar nos pontos que ele toca, é agir da mesma forma que programas como o da Sônia Abraão, que tratam tais histórias como mero produto de sensacionalismo.
Carrie, a Estranha
3.7 1,4K Assista AgoraNunca gostei de terror. Daí fui inventar de assistir a esse filme.
Veio essa última cena. Me lembrei porque nunca gostei de terror. Me tremi todinho.
Ex Machina: Instinto Artificial
3.9 2,0K Assista AgoraRoteiro digno de Isaac Asimov!
Quando ela fechou a porta, eu fiquei puto com ela, me revoltei e tudo. Depois percebi que eu não passei no teste também! O Nathan estava certo, faltou uma atualização no sistema: empatia.
O Quarto de Jack
4.4 3,3K Assista AgoraEu vou desabafar, mas espero que alguém leia e entenda o que eu quero dizer. Primeiro de tudo: o filme é incrível, tudo nele é ótimo. Porém uma coisa está me incomodando bastante, não no filme, mas na sua recepção pelo público.
É revoltante ver a quantidade de gente que sorri satisfeito por assistir a esse filme, que se emociona alegremente por ter assistido a essa trama, e ignora a mensagem séria que a produção traz ao retratar o sequestro de adolescentes, bem como o cárcere privado. O filme fala sim da coragem e da superação das personagens, das dificuldades e dos dramas que enfrentam após essas tragédias. Mas ele vai além disso. O que vemos nele é uma história muito, muito, muito real, que acontece todos os dias, por todo o mundo. Procurem a quantidade de casos semelhantes a esse ocorridos nos últimos dez anos. Vejam quantos acabaram bem. Procurem o número de casos de abuso de crianças e adolescentes por ano no Brasil, mas principalmente nos EUA, realidade da qual o filme parte.
Imaginem o estrago que isso causa na vida de uma garota de 17 anos, que teve sua vida roubada, seus sonhos esmagados, pra se tornar escrava sexual de um psicopata. Imaginem o transtorno que toda essa história causa na cabeça de um garoto de 5 anos, que sequer sabe da existência de um mundo além daquelas paredes. Isso é real, acontece diariamente, seja do mesmo modo ou de modo muito semelhante. Reflitam e analisem as causas, tanto no sujeito quanto na sociedade, e suas consequências para todos.
Esse filme traz muita esperança, sobretudo com Jack, mostrando que, apesar de tudo, é possível seguir em frente e ser feliz. Mas assisti-lo simplesmente como um entretenimento, como um passatempo, sem ao menos parar e pensar nos pontos que ele toca, é agir da mesma forma que programas como o da Sônia Abraão, que tratam tais histórias como mero produto de sensacionalismo.
Espero que entendam meu ponto.