A narrativa gira em torno da investigação dos assassinatos de uma pequena cidade, no entanto há reflexões e temas importantes permeando a nova minissérie da HBO. O luto e a saúde mental são questões centrais, principalmente para Mare (Kate Winslet), que precisa aprender a lidar com a morte do próprio filho, enquanto suporta o ex-marido morando na casa ao lado após o anúncio de que se casará em breve. Mare of Easttown é a mais nova queridinha minissérie da HBO. Com 7 episódios de aproximadamente 55" mergulhamos numa história nua e crua que possui presença de personagens reais com camadas muito bem trabalhadas. Kate Winslet, além de produtora executiva também protagoniza esse drama policial que não foca só em investigações, mas em seus personagens. Nos surpreende com uma atuação marcada por sutilezas que vão desde uma personagem forte a uma prestes a desmoronar por conta de uma sobrecarga gerada por um luto não abraçado no passado. Essa é Mare, uma detetive de Easttown; pequena cidade na Pensilvânia onde todos se conhecem e se cuidam. Mare investiga um recente assassinato de uma mãe adolescente enquanto busca resolver um caso de desaparecimento que ocorreu há cerca de um ano, levando muitos na comunidade a ter uma visão confusa de suas habilidades de detetive. Ela é considerada uma heroína local, tendo sido a estrela de um jogo de campeonato de basquete há 25 anos. Divorciada e traumatizada com a morte do filho há dois anos, ela não consegue lidar com o luto e acaba se agarrando nas dores dos outros. No primeiro episódio acompanhamos as questões locais e só no fim sabemos que houve de fato um crime. O roteiro assinado por Brad Ingelsby nos surpreende, ele vai deixando pistas que vão ser conectadas a acontecimentos futuros; nada que ocorre aparece a toa. A estrutura possui duração perfeita, novas pistas surgem com novos acontecimentos. Toda a construção da história dos personagens possui a sua resolução ao longo da investigação, estando todos relacionados em algum aspecto. Há uma dinâmica aprofundada com alívios cômicos que quebram o peso, trazendo leveza diante de temáticas densas. Mare mora com sua mãe, filha e neto; cuja guarda corre risco de ser transferida para a mãe que luta contra o vício em drogas que a levam constantemente a tratamentos de reabilitação. Nesse núcleo familiar acompanhamos os padrões refletidos de geração para geração, marcados por traumas e um silêncio. Silêncio esse que preenche as três gerações de mulheres sob o mesmo teto. Nós acompanhamos o crescimento de Mare do primeiro ao sétimo episódio conforme ela vai enfrentando problemas humanos e os mistérios por trás das investigações. Com os flashbacks e as conversas com a psicóloga descobrimos numa linha narrativa desconstruída, como era a relação com o filho e como isso é refletido nas pessoas a sua volta. Ela está sempre cuidando dos outros, mas nunca cuida de si. Kate Winslet e Julianne Nicholson possuem uma forte relação por trás das telas, sendo amigas próximas e esse histórico de proximidade e apoio ajudou diretamente na construção da relação das personagens; principalmente para o aprofundamento da atuação nas cenas finais da minissérie, que nos tira o fôlego com tamanha sutileza e realismo. Lore e Mare perderam, de certa forma, os seus filhos e esse padrão e apoio final ajuda Mare a dar um passo em sentido a aceitação e subir pela primeira vez após a morte de seu filho no sótão de casa; uma forma de dizer que ela se perdoou e abraçou o luto que vinha postergando. O episódio final nos mostra que o assassinato investigado ao longo da série foi fruto de um acidente e não uma intensão e que poderia ocorrer com qualquer criança, ou até adulto. Me surpreendi ao descobrir que a cena do diálogo de Mare e Ryan, dentro da viatura da polícia não havia sido ensaiada, pois foi escrita em um maço de cigarro cinco minutos antes da gravação. Essa cena tão emocionante e profunda nos revela a potência de atuação de Kate e do pequeno Cameron Mann que nos arranca lágrimas com tamanha compaixão e humildade entre os personagens. Por fim, achei sábia a escolha de Mare não permanecer fisicamente junto de Richard, deixando o fim ambiguo. Com a ida de Richard, foi possível explorar a grandiosidade da relação de Mare e Lore, tornando tão forte e significativa a cena da cozinha.
Com um roteiro impecavelmente marcado com diálogos ricos e uma trama muito bem construída; um show de atuações; uma fotografia com tons mais escuros e com presença de imagens aéreas e zenitais, a nova minisérie da Amazon Prime Video merece ser assistida e debatida diante de um tema pouco explorado. Manhãs de Setembro possui 5 episódios de 30", sendo facilmente maratonável.
Mare of Easttown
4.4 655 Assista AgoraMare of Easttown, além de uma história de crime
A narrativa gira em torno da investigação dos assassinatos de uma pequena cidade, no entanto há reflexões e temas importantes permeando a nova minissérie da HBO. O luto e a saúde mental são questões centrais, principalmente para Mare (Kate Winslet), que precisa aprender a lidar com a morte do próprio filho, enquanto suporta o ex-marido morando na casa ao lado após o anúncio de que se casará em breve.
Mare of Easttown é a mais nova queridinha minissérie da HBO. Com 7 episódios de aproximadamente 55" mergulhamos numa história nua e crua que possui presença de personagens reais com camadas muito bem trabalhadas. Kate Winslet, além de produtora executiva também protagoniza esse drama policial que não foca só em investigações, mas em seus personagens. Nos surpreende com uma atuação marcada por sutilezas que vão desde uma personagem forte a uma prestes a desmoronar por conta de uma sobrecarga gerada por um luto não abraçado no passado. Essa é Mare, uma detetive de Easttown; pequena cidade na Pensilvânia onde todos se conhecem e se cuidam.
Mare investiga um recente assassinato de uma mãe adolescente enquanto busca resolver um caso de desaparecimento que ocorreu há cerca de um ano, levando muitos na comunidade a ter uma visão confusa de suas habilidades de detetive. Ela é considerada uma heroína local, tendo sido a estrela de um jogo de campeonato de basquete há 25 anos.
Divorciada e traumatizada com a morte do filho há dois anos, ela não consegue lidar com o luto e acaba se agarrando nas dores dos outros. No primeiro episódio acompanhamos as questões locais e só no fim sabemos que houve de fato um crime. O roteiro assinado por Brad Ingelsby nos surpreende, ele vai deixando pistas que vão ser conectadas a acontecimentos futuros; nada que ocorre aparece a toa. A estrutura possui duração perfeita, novas pistas surgem com novos acontecimentos. Toda a construção da história dos personagens possui a sua resolução ao longo da investigação, estando todos relacionados em algum aspecto. Há uma dinâmica aprofundada com alívios cômicos que quebram o peso, trazendo leveza diante de temáticas densas.
Mare mora com sua mãe, filha e neto; cuja guarda corre risco de ser transferida para a mãe que luta contra o vício em drogas que a levam constantemente a tratamentos de reabilitação. Nesse núcleo familiar acompanhamos os padrões refletidos de geração para geração, marcados por traumas e um silêncio. Silêncio esse que preenche as três gerações de mulheres sob o mesmo teto.
Nós acompanhamos o crescimento de Mare do primeiro ao sétimo episódio conforme ela vai enfrentando problemas humanos e os mistérios por trás das investigações. Com os flashbacks e as conversas com a psicóloga descobrimos numa linha narrativa desconstruída, como era a relação com o filho e como isso é refletido nas pessoas a sua volta. Ela está sempre cuidando dos outros, mas nunca cuida de si.
Kate Winslet e Julianne Nicholson possuem uma forte relação por trás das telas, sendo amigas próximas e esse histórico de proximidade e apoio ajudou diretamente na construção da relação das personagens; principalmente para o aprofundamento da atuação nas cenas finais da minissérie, que nos tira o fôlego com tamanha sutileza e realismo. Lore e Mare perderam, de certa forma, os seus filhos e esse padrão e apoio final ajuda Mare a dar um passo em sentido a aceitação e subir pela primeira vez após a morte de seu filho no sótão de casa; uma forma de dizer que ela se perdoou e abraçou o luto que vinha postergando.
O episódio final nos mostra que o assassinato investigado ao longo da série foi fruto de um acidente e não uma intensão e que poderia ocorrer com qualquer criança, ou até adulto.
Me surpreendi ao descobrir que a cena do diálogo de Mare e Ryan, dentro da viatura da polícia não havia sido ensaiada, pois foi escrita em um maço de cigarro cinco minutos antes da gravação. Essa cena tão emocionante e profunda nos revela a potência de atuação de Kate e do pequeno Cameron Mann que nos arranca lágrimas com tamanha compaixão e humildade entre os personagens.
Por fim, achei sábia a escolha de Mare não permanecer fisicamente junto de Richard, deixando o fim ambiguo. Com a ida de Richard, foi possível explorar a grandiosidade da relação de Mare e Lore, tornando tão forte e significativa a cena da cozinha.
Manhãs de Setembro (1ª Temporada)
4.3 163Com um roteiro impecavelmente marcado com diálogos ricos e uma trama muito bem construída; um show de atuações; uma fotografia com tons mais escuros e com presença de imagens aéreas e zenitais, a nova minisérie da Amazon Prime Video merece ser assistida e debatida diante de um tema pouco explorado. Manhãs de Setembro possui 5 episódios de 30", sendo facilmente maratonável.
Sense8 (1ª Temporada)
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Os Ursinhos Paw-Paws
3.4 3Ah, um dos preferidos <3
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The Fosters (1ª Temporada)
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Jane By Design (1ª temporada)
4.1 84Parece ser bem legal !
The Real L Word (3ª Temporada)
3.9 49IMPOSSÍVEL AGUENTAR A ROMI.