Demorei a descobrir Lemonade por preguiça de procurar; conhecia apenas algumas canções e alguns poemas do álbum visual. Semana passada resolvi dar uma chance e assistir o álbum inteiro e que incrível ele é!
Os vídeos têm uma estética que varia de um suave-melancólico a um agressivo-colérico.
O álbum trata do racismo, amor e questões feministas da mesma maneira que se expressa visualmente.
A poesia da britânico-somaliana Warsan Shire apresenta as fases do luto amoroso de maneira profunda e sensível, introduzindo músicas que falam de identidade racial, de gênero, de maternidade, de relações familiares e de modelos de relacionamentos ultrapassados, mas não superados.
Gostei dos roteiros, das fotografias e de como a série faz crítica à sociedade moderna. Porém, achei que as personagens femininas foram pouco desenvolvidas, ficando sempre à margem dos acontecimentos e adotando atitudes estereotipadas, o que é uma pena para uma série que retrata a vida moderna.
Nos três episódios o único personagem que tem atitude e desenvolve a ação é um homem. As mulheres são desenvolvidas por esteriótipos: ou a apaixonada, ou aquela que se preocupa com as aparências, ou a que cede a tentações.
O fato dos Underwood se safarem com facilidade de tudo está meio cansativo. Porém, as reflexões sobre o feminismo e sobre relacionamento e parceria são fantásticas.
É fantástico que os Underwood aceitem os relacionamentos extraconjugais por entenderem as necessidades um do outro. Vindo do casal que é movido pela necessidade de poder, esta construção dos personagens é impressionante, pois eles põem essas relações acima do orgulho. Esta temporada (e um pouco das anteriores) fez uma reflexão incrível sobre o que é relacionamento e o que é parceria.
Um filme que foge do padrão de ultrarrealidade e visceralidade de Almodóvar. A trama se desenvolve por meio da lenta exteriorização de mágoas e arrependimentos.
A fotografia é muito bonita e traz as cores presentes na maioria dos filmes do diretor - vermelho e amarelo - e também muito azul, branco e cinza, que dão um tom melancólico à sequência.
Um conjunto de fatores amarram a história de uma maneira impressionante: - As metáforas, como a do "planeta azul" que colide com "a gente" (Terra), de como essa "colisão" nos deixa atônitos, sem movimento; - A construção dos personagens, que pressionados pelo meio social e familiar, pelas convenções e amarras sociais entram em "colisão" consigo e com outros; e - A referência a obras consagradas como Ophelia, Jonh Everett Millais, que é levada pela correnteza, expressão de sentimentos e especialmente de melancolia.
Só achei que nos três últimos episódios a história da Vanessa correu rápido demais. Quando ela foi encontrar o Drácula, disposta a matá-lo, no episódio 6, achei muito precipitada a decisão de se entregar para a escuridão sem pensar muito, depois de uma conversa com o Drácula. E quando ela encontra o Ethan, já como "a mãe das criaturas da noite", ela não oferece nenhuma resistência em ser morta.
E a grande pergunta: Cadê Amonet este tempo todo? Como deixou a história chegar nisso?
Preciosa é a comprovação de que se artistas negros tem espaço, eles brilham, e que poderíamos ter mais negros premiados no Oscar, em Cannes, em Berlim e nos demais festivais.
No final você percebe que tudo é guiado por uma frustração pessoal do diretor, mas o que ele traz no documentário é interessante para refletir, ainda mais nessa época em que o fundamentalismo religioso tem ganhado espaço nas discussões políticas.
Discute muitos temas da modernidade como a individualidade e a solidão do ser. E que apesar de ser sobre "ela", mostra o lado frágil dele. Garotos também choram!
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Lemonade
4.6 88Demorei a descobrir Lemonade por preguiça de procurar; conhecia apenas algumas canções e alguns poemas do álbum visual. Semana passada resolvi dar uma chance e assistir o álbum inteiro e que incrível ele é!
Os vídeos têm uma estética que varia de um suave-melancólico a um agressivo-colérico.
O álbum trata do racismo, amor e questões feministas da mesma maneira que se expressa visualmente.
A poesia da britânico-somaliana Warsan Shire apresenta as fases do luto amoroso de maneira profunda e sensível, introduzindo músicas que falam de identidade racial, de gênero, de maternidade, de relações familiares e de modelos de relacionamentos ultrapassados, mas não superados.
Lemonade é uma obra de arte!
Orange Is the New Black (5ª Temporada)
4.2 434Maravilhosa essa temporada. A alternância da comédia com drama, da risada com a crítica social, foi construída de um modo muito fluida e prazerosa.
Moonlight: Sob a Luz do Luar
4.1 2,4K Assista AgoraLindo, lindo, lindo
Escândalos: Os Bastidores do Poder (5ª Temporada)
4.0 87 Assista AgoraMaior novela das 8 que a gente (não?) respeita.
Black Mirror (1ª Temporada)
4.4 1,3K Assista AgoraGostei dos roteiros, das fotografias e de como a série faz crítica à sociedade moderna. Porém, achei que as personagens femininas foram pouco desenvolvidas, ficando sempre à margem dos acontecimentos e adotando atitudes estereotipadas, o que é uma pena para uma série que retrata a vida moderna.
Nos três episódios o único personagem que tem atitude e desenvolve a ação é um homem. As mulheres são desenvolvidas por esteriótipos: ou a apaixonada, ou aquela que se preocupa com as aparências, ou a que cede a tentações.
House of Cards (4ª Temporada)
4.5 407 Assista AgoraO fato dos Underwood se safarem com facilidade de tudo está meio cansativo. Porém, as reflexões sobre o feminismo e sobre relacionamento e parceria são fantásticas.
É fantástico que os Underwood aceitem os relacionamentos extraconjugais por entenderem as necessidades um do outro. Vindo do casal que é movido pela necessidade de poder, esta construção dos personagens é impressionante, pois eles põem essas relações acima do orgulho. Esta temporada (e um pouco das anteriores) fez uma reflexão incrível sobre o que é relacionamento e o que é parceria.
Ninfomaníaca: Volume 2
3.6 1,6K Assista AgoraSeligman é cada espectador do filme que ouve interessado a história de Joe, mas se acha moralmente superior.
Julieta
3.8 529 Assista AgoraUm filme que foge do padrão de ultrarrealidade e visceralidade de Almodóvar. A trama se desenvolve por meio da lenta exteriorização de mágoas e arrependimentos.
A fotografia é muito bonita e traz as cores presentes na maioria dos filmes do diretor - vermelho e amarelo - e também muito azul, branco e cinza, que dão um tom melancólico à sequência.
Onde os Fracos Não Têm Vez
4.1 2,4K Assista AgoraTenso, angustiante, com um roteiro que te prende e uma fotografia excelente.
Javier Bardem atuou de uma maneira espetacular.
Melancolia
3.8 3,1K Assista AgoraNão é uma história contada só por diálogos e ações, mas também por imagens, cores, referências, sons (e a ausência deles).
Um conjunto de fatores amarram a história de uma maneira impressionante:
- As metáforas, como a do "planeta azul" que colide com "a gente" (Terra), de como essa "colisão" nos deixa atônitos, sem movimento;
- A construção dos personagens, que pressionados pelo meio social e familiar, pelas convenções e amarras sociais entram em "colisão" consigo e com outros; e
- A referência a obras consagradas como Ophelia, Jonh Everett Millais, que é levada pela correnteza, expressão de sentimentos e especialmente de melancolia.
Penny Dreadful (3ª Temporada)
4.2 646 Assista AgoraO conjunto das três temporadas é magnífico tanto em roteiro, quanto em direção, fotografia e atuações.
Só achei que nos três últimos episódios a história da Vanessa correu rápido demais. Quando ela foi encontrar o Drácula, disposta a matá-lo, no episódio 6, achei muito precipitada a decisão de se entregar para a escuridão sem pensar muito, depois de uma conversa com o Drácula. E quando ela encontra o Ethan, já como "a mãe das criaturas da noite", ela não oferece nenhuma resistência em ser morta.
E a grande pergunta: Cadê Amonet este tempo todo? Como deixou a história chegar nisso?
Orange Is The New Black (4ª Temporada)
4.4 838 Assista AgoraExcelente roteiro e excelentes atuações. Esta temporada foi a que mais abordou aspectos políticos e sociais.
Preciosa: Uma História de Esperança
4.0 2,0K Assista AgoraPreciosa é a comprovação de que se artistas negros tem espaço, eles brilham, e que poderíamos ter mais negros premiados no Oscar, em Cannes, em Berlim e nos demais festivais.
O Deus que não estava lá
3.5 43No final você percebe que tudo é guiado por uma frustração pessoal do diretor, mas o que ele traz no documentário é interessante para refletir, ainda mais nessa época em que o fundamentalismo religioso tem ganhado espaço nas discussões políticas.
Ela
4.2 5,8K Assista AgoraDiscute muitos temas da modernidade como a individualidade e a solidão do ser. E que apesar de ser sobre "ela", mostra o lado frágil dele. Garotos também choram!