O protagonista é um artista com um projeto que deve combinar fotografia e música. A fotografia do filme não tem nenhuma imaginação e a trilha sonora passa longe de funcionar pra alguma coisa. Difícil.
O argumento até é interessante, mas o roteiro é cheio de diálogos horríveis e achei a decupagem bem estranha. Mas o pior, pra mim, foi a péssima direção de atores, que destruiu o melhor potencial que o filme tinha.
A mim pareceu que os realizadores desse filme concordaram desde o início que a premissa e mais vários elementos do roteiro eram absurdos demais pra serem defendidos como críveis e, então, apostaram num caráter despreocupado também em outros aspectos, principalmente as atuações e a montagem. E a partir do momento que percebi isso, a experiência foi ficando mais agradável. O resultado foi um filme tão divertido quanto despretensioso.
É interessante em algum momento, quando a narrativa não cansa, mas as simbologias nunca culminam numa unidade com representatividade que justifique o filme, e ele acaba parecendo um subsub-Terrence Mallick.
1) A forma como os autores do massacre reagem - ou não reagem - ao que estão fazendo. Creio que, independente da mente deles, alguma intensidade teria de haver na experiência que passavam. E ainda que fosse verossímil essa inexpressividade por parte deles, a outra abordagem ainda me parece mais interessante.
2) Duas cenas que parecem querer sugerir a motivação dos garotos: a do beijo gay, já artificial, ainda surge num momento que agrava essa sensação, e parece ser mero fetiche por parte do diretor; e uma fala de um dos meninos ao diretor, que verbaliza, mas de forma bem pedestre, algo que já estava quase explícito, e por isso parece estar ali por duvidar da inteligência do espectador.
Ainda assim, apesar de frustrante por conta desses minutos finais, o filme oferece uma experiência incrível e bem diferente. A estrutura narrativa me fez lembrar de poesia.
Gostei muito das caracterizações dos personagens, particularmente das mulheres.
Ficou ruim, pra mim, somente na última meia hora de filme. Apesar das mudanças em relação à história original - algo que não me incomoda - o roteiro não conseguiu contornar algo que é recorrente problema inclusive nas obras de Jane Austen: pra que a história caminhe pro desfecho como se pretende, coisas são colocadas nela de modo arbitrário, sem se justificarem no comportamento ou nas atitudes dos personagens. Como o casamento de Benwick e Louisa, por exemplo.
Ao mesmo tempo, acho admirável e particularmente interessante que esse romance se estruture desde o início do modo que os romances de hoje em dia têm de pior e ainda assim funcione bem. Digo, em geral, os finais de romances apelam pra conflitos artificiais resultantes de mal-entendidos de personagens que escondem informações uns dos outros só pra adiar o fim do filme ou criar algum conflito, caso a história não tivesse nenhum. E, aqui, Anne e o capitão Wentworth não podem se comunicar com franqueza, mas neste caso isso acontece de modo convincente. Desde o início compreendemos que em função de sua história no passado, Anne não sente ter merecimento de qualquer atenção do Capitão Wentworth; posteriormente é ele quem não compreende os sentimentos dela, sente ciúme, etc, e passa alguma parte do tempo omisso. O que é curioso mérito da autora, já que eu percebo outra interessante subversão como essa num outro romance seu, Orgulho e Preconceito.
Longe de ser ótima, mas ainda assim boa adaptação.
Poxa, esse foi uma decepção. Não que tivesse expectativas, sabia nem de que se tratava até começar a ver. Mas, desde o início, Peacock parecia algo, no mínimo, acima da média.
Porque o filme fica realmente intrigante quando se estabelece a batalha entre John e Emma. Mas, a meu ver, o pior problema de Peacock é que isso nunca culmina em algo dramaticamente impactante. E o final ainda decepciona por sentir necessidade de sugerir uma resolução feliz pra Maggie, fazendo isso artificialmente, através de uma interferência abrupta no comportamento de Emma.
Cillian Murphy está ótimo e carrega todo o filme nas costas, já que o restante do bom elenco é subutilizado. E me incomodou, particularmente, a cena em que Ellen Page é obrigada a explicar que a mãe de John o teria obrigado a fazer "coisas horríveis", numa das poucas falas ruins do filme. Apesar disso, este passado envolvendo a mãe fica propositalmente vago, algo que achei positivo pra se manter o interesse na vida dupla de John.
Antes estabelecendo quase semelhanças com o estilo de suspense de Hitchcock, é uma pena que Peacock não se mostre tão ousado quanto sua história se mostra de início, e tenha resultado num drama psicológico bem construído e absorvente, mas que acaba em nada.
Poxa, certamente uma das melhores adaptações que eu já vi. Tudo muito bem organizado, achei apenas o final meio sem ritmo. Digo, não exatamente sem ritmo, mas, em comparação com todo o resto do filme, meio descoordenado. Mas ligeiramente, nada que prejudique.
Primeiro que vejo da série de filmes. Vou conferir os outros, com certeza.
E, gente, essa Miss Marple é a mais adorável, sem comparação com as outras que eu já vi, que lindinha!
Gostei bastante da proposta do filme. A dinâmica pouco explícita - na maior parte do tempo - possibilita inúmeras interpretações de cada uma das etapas pelas quais passa o protagonista. Aliás, esses episódios ilustram reflexões universais, por quais todos, independente de orientação sexual, cedo ou tarde acabam percorrendo. Também é muito interessante como a própria natureza estereotípica dos personagens acaba subvertida por performances e elementos do roteiro que, ao tornar todos críveis, ampliam a identificação com cada situação, auxiliados também pela fotografia sempre triste e a narrativa um tanto amarga.
É uma pena, portanto, que, em alguns momentos, essa ausência de julgamento se desfaça, especialmente ao final, que é piegas e moralista e enfraquece o filme. Além disso, algumas das cenas de sexo não têm qualquer significado e não são sequer plasticamente relevantes pra justificar estarem ali. Apesar disso, confesso que gostei de os rostos serem privilegiados nestas cenas, e não os corpos, como é mais usual encontrar.
De um modo geral, experiência inesperada e acima da média, apesar dos tropeços.
- A verdade é que ele é de uma família suja, depravada. Tem cinco irmãos e irmãs... todos viciados. O pai é alcoólatra e a mãe já podem imaginar. A verdade é que ele é quem trepa com ela. Embora duro, é a verdade. Vamos, acalme-se. - Você é nojento! Chega de obscenidade, tem criança aqui. - Desculpe. Claro! De que resposta gostaria? O que o satisfaria? O que eu disse não é verdade, sabe muito bem disso. Olhe pra ele. Acha mesmo que é de família necessitada? Ele é um bostinha mimado atormentado pelos problemas ecológicos do mundo... mais uma existência vazia. Isso é duro, francamente. Muito bem, está satisfeito? Ou quer outra versão?
Soundtrack
3.4 42O protagonista é um artista com um projeto que deve combinar fotografia e música. A fotografia do filme não tem nenhuma imaginação e a trilha sonora passa longe de funcionar pra alguma coisa. Difícil.
A Razão do Meu Afeto
3.5 202que gostoso descobrir Audra McDonald cantando nesse filme!
A Fortaleza
3.8 422GENTE
ESSE FILME!!!
eu sempre quis terminar de ver, assisti metade quando criança e nunca mais passou, nunca mais achei, não lembrava o nome, e agora
ESSE FILME!!!
Vidas ao Vento
4.1 603 Assista AgoraNossa, amei muito. Não esperava algo assim. De uma beleza muito singular.
Instinto Materno
3.8 70 Assista AgoraA atriz Luminita Gheorghiu é o filme.
Os Três Mosqueteiros
3.1 1,5K Assista AgoraGente, Logan Lerman é a cara da Jennifer Aniston!
Disparos
2.7 35O argumento até é interessante, mas o roteiro é cheio de diálogos horríveis e achei a decupagem bem estranha. Mas o pior, pra mim, foi a péssima direção de atores, que destruiu o melhor potencial que o filme tinha.
Carrie, a Estranha
2.8 3,5K Assista AgoraQue refinamento desses poderes da nova Carrie! Será que confundiram a personagem com o Professor Xavier?
Timer: Contagem Regressiva Para o Amor
3.2 181 Assista AgoraMais uma premissa interessante desperdiçada em um roteiro cheio de bobagens.
Café Com Amor
2.9 483 Assista AgoraPoxa, uma premissa curiosíssima desperdiçada por personagens apagados, falta de desenvolvimento e um final forjado imbecil.
Tão Forte e Tão Perto
4.0 2,0K Assista AgoraEle pode errar aqui e ali, e não mostrar o virtuosismo que outros exibem, mas Stephen Daldry sempre me comove. Muito. E nunca superficialmente.
Em tempo: passei o filme todo jurando que a trilha sonora era do Philip Glass.
À Beira do Abismo
3.5 915 Assista AgoraA mim pareceu que os realizadores desse filme concordaram desde o início que a premissa e mais vários elementos do roteiro eram absurdos demais pra serem defendidos como críveis e, então, apostaram num caráter despreocupado também em outros aspectos, principalmente as atuações e a montagem. E a partir do momento que percebi isso, a experiência foi ficando mais agradável. O resultado foi um filme tão divertido quanto despretensioso.
Gradiente Luminoso
2.5 19É interessante em algum momento, quando a narrativa não cansa, mas as simbologias nunca culminam numa unidade com representatividade que justifique o filme, e ele acaba parecendo um subsub-Terrence Mallick.
Mamute
3.2 67A vulnerabilidade e as maneiras inarticuladas do Serge me cativaram muito.
Elefante
3.6 1,2K Assista AgoraVi pouca coisa tão expressiva como a narrativa desse filme. Pena que detestei o fim.
A primeira hora de filme é avassaladoramente linda. Mas aí nos 20 minutos finais 2 coisas me incomodaram muito:
1) A forma como os autores do massacre reagem - ou não reagem - ao que estão fazendo. Creio que, independente da mente deles, alguma intensidade teria de haver na experiência que passavam. E ainda que fosse verossímil essa inexpressividade por parte deles, a outra abordagem ainda me parece mais interessante.
2) Duas cenas que parecem querer sugerir a motivação dos garotos: a do beijo gay, já artificial, ainda surge num momento que agrava essa sensação, e parece ser mero fetiche por parte do diretor; e uma fala de um dos meninos ao diretor, que verbaliza, mas de forma bem pedestre, algo que já estava quase explícito, e por isso parece estar ali por duvidar da inteligência do espectador.
Ainda assim, apesar de frustrante por conta desses minutos finais, o filme oferece uma experiência incrível e bem diferente. A estrutura narrativa me fez lembrar de poesia.
As Coisas Impossíveis do Amor
3.6 785 Assista AgoraQue surpresa boa, esse filme!
Quarta B
3.3 78Ponto de partida ótimo, mas conduzido com zero verossimilhança.
Persuasão
3.9 151PODE CONTER SPOILERS
Gostei muito das caracterizações dos personagens, particularmente das mulheres.
Ficou ruim, pra mim, somente na última meia hora de filme. Apesar das mudanças em relação à história original - algo que não me incomoda - o roteiro não conseguiu contornar algo que é recorrente problema inclusive nas obras de Jane Austen: pra que a história caminhe pro desfecho como se pretende, coisas são colocadas nela de modo arbitrário, sem se justificarem no comportamento ou nas atitudes dos personagens. Como o casamento de Benwick e Louisa, por exemplo.
Ao mesmo tempo, acho admirável e particularmente interessante que esse romance se estruture desde o início do modo que os romances de hoje em dia têm de pior e ainda assim funcione bem. Digo, em geral, os finais de romances apelam pra conflitos artificiais resultantes de mal-entendidos de personagens que escondem informações uns dos outros só pra adiar o fim do filme ou criar algum conflito, caso a história não tivesse nenhum. E, aqui, Anne e o capitão Wentworth não podem se comunicar com franqueza, mas neste caso isso acontece de modo convincente. Desde o início compreendemos que em função de sua história no passado, Anne não sente ter merecimento de qualquer atenção do Capitão Wentworth; posteriormente é ele quem não compreende os sentimentos dela, sente ciúme, etc, e passa alguma parte do tempo omisso. O que é curioso mérito da autora, já que eu percebo outra interessante subversão como essa num outro romance seu, Orgulho e Preconceito.
Longe de ser ótima, mas ainda assim boa adaptação.
Face Oculta
3.0 203PODE CONTER SPOILERS!
Poxa, esse foi uma decepção. Não que tivesse expectativas, sabia nem de que se tratava até começar a ver. Mas, desde o início, Peacock parecia algo, no mínimo, acima da média.
Porque o filme fica realmente intrigante quando se estabelece a batalha entre John e Emma. Mas, a meu ver, o pior problema de Peacock é que isso nunca culmina em algo dramaticamente impactante. E o final ainda decepciona por sentir necessidade de sugerir uma resolução feliz pra Maggie, fazendo isso artificialmente, através de uma interferência abrupta no comportamento de Emma.
Cillian Murphy está ótimo e carrega todo o filme nas costas, já que o restante do bom elenco é subutilizado. E me incomodou, particularmente, a cena em que Ellen Page é obrigada a explicar que a mãe de John o teria obrigado a fazer "coisas horríveis", numa das poucas falas ruins do filme. Apesar disso, este passado envolvendo a mãe fica propositalmente vago, algo que achei positivo pra se manter o interesse na vida dupla de John.
Antes estabelecendo quase semelhanças com o estilo de suspense de Hitchcock, é uma pena que Peacock não se mostre tão ousado quanto sua história se mostra de início, e tenha resultado num drama psicológico bem construído e absorvente, mas que acaba em nada.
Transamerica
4.1 746 Assista AgoraAlguém mais achou a Felicity Huffman a cara do John Malkovich?
Diário de uma Paixão
4.1 2,6K Assista AgoraUau, dessa vez me surpreendi mesmo com as opiniões do público e dos críticos.
Gostei do começo, principalmente por conta da química entre os atores. Depois ficou tao nhé, e que final mais piegas e interminável.
Miss Marple - Convite para um Homicídio
4.0 2Poxa, certamente uma das melhores adaptações que eu já vi. Tudo muito bem organizado, achei apenas o final meio sem ritmo. Digo, não exatamente sem ritmo, mas, em comparação com todo o resto do filme, meio descoordenado. Mas ligeiramente, nada que prejudique.
Primeiro que vejo da série de filmes. Vou conferir os outros, com certeza.
E, gente, essa Miss Marple é a mais adorável, sem comparação com as outras que eu já vi, que lindinha!
Strapped
3.5 128 Assista AgoraGostei bastante da proposta do filme. A dinâmica pouco explícita - na maior parte do tempo - possibilita inúmeras interpretações de cada uma das etapas pelas quais passa o protagonista. Aliás, esses episódios ilustram reflexões universais, por quais todos, independente de orientação sexual, cedo ou tarde acabam percorrendo. Também é muito interessante como a própria natureza estereotípica dos personagens acaba subvertida por performances e elementos do roteiro que, ao tornar todos críveis, ampliam a identificação com cada situação, auxiliados também pela fotografia sempre triste e a narrativa um tanto amarga.
É uma pena, portanto, que, em alguns momentos, essa ausência de julgamento se desfaça, especialmente ao final, que é piegas e moralista e enfraquece o filme. Além disso, algumas das cenas de sexo não têm qualquer significado e não são sequer plasticamente relevantes pra justificar estarem ali. Apesar disso, confesso que gostei de os rostos serem privilegiados nestas cenas, e não os corpos, como é mais usual encontrar.
De um modo geral, experiência inesperada e acima da média, apesar dos tropeços.
Violência Gratuita
3.8 738 Assista AgoraPerguntas feitas diretamente ao espectador:
- A verdade é que ele é de uma família suja, depravada. Tem cinco irmãos e irmãs... todos viciados. O pai é alcoólatra e a mãe já podem imaginar. A verdade é que ele é quem trepa com ela. Embora duro, é a verdade. Vamos, acalme-se.
- Você é nojento! Chega de obscenidade, tem criança aqui.
- Desculpe. Claro! De que resposta gostaria? O que o satisfaria? O que eu disse não é verdade, sabe muito bem disso. Olhe pra ele. Acha mesmo que é de família necessitada? Ele é um bostinha mimado atormentado pelos problemas ecológicos do mundo... mais uma existência vazia. Isso é duro, francamente. Muito bem, está satisfeito? Ou quer outra versão?