O filme tem muitas referências de luta, mas majoritariamente referências brancas. Não à toa é falado de Noam Chomsky o tempo todo, sendo feita somente uma rápida referência aos Panteras Negras no final com punho cerrado e com a palavra de ordem "power to the people". Existem militantes importantes brancos ao longo da história dos EUA, mas sem dúvida, as resistências contra o trabalho forçado (escravidão), as políticas de segregação, a letalidade policial, a criminalização de pessoas LGBTs; a luta por ações afirmativas, direitos civis e políticos, por saúde pública foram encabeçadas pelo movimento negro estadunidense. Por que é importante falar sobre isso tudo no filme? Para não invisibilizar as lutas antirracistas, que são tão centrais na luta contra o capitalismo.
Sobre a trama, os brancos do filme furtam no supermercado pra se alimentarem, mas pessoas negras não teriam o mesmo privilégio de se confiar nisso, tendo em vista a possibilidade de prisão e assassinato pela polícia branca norte-americana, reconhecida por matar inclusive crianças e adolescentes negros. Em nenhum momento, a repressão policial é uma questão. A intenção do filme foi boa, mas, na minha avaliação, o resultado foi superficial.
Tirando a objetificação racista do único personagem negro e a ausência de diversidade racial no elenco como um todo, o filme é ótimo e cumpre o que se propõe.
A protagonista se apropria dos estereótipos negativos machistas quando é conveniente, subvertendo a passividade feminina e mantendo seu local de protagonista da própria vida e da trama vingativa do filme.
Muito previsível e cheio de clichês de masculinidade tóxica dignos dos filmes de ação. Roteiro péssimo e atuações péssimas, com exceção do ator principal Dan Stevens (David Collins), Maika Monroe (Anna Peterson) e Lance Reddick (Carver).
Gostei muito da forma como foi retratado o território (sertão nordestino), o cotidiano dos trabalhadores da vaquejada, a desigualdade entre o fazendeiro e os "peões" no campo.
O filme só deixa a desejar na ausência de originalidade em relação aos envolvimentos afetivos dos personagens. Pela abordagem com a diversidade de pessoas que habitam o sertão, o longa poderia ter inovado com a temática LGBTQI+, fazendo-o conquistar 5 estrelas por mais complexidade e representatividade.
Poderia ter focado mais na Scarlett Johansson, que leva o filme nas costas. Não é verdade que o diretor do filme (Noah Baumbach) não escolhe lados, pois a forma como a história é contada é muito mais compreensiva para o marido.
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A mensagem do filme de que a ex-esposa precisa aguentar e perdoar tudo em nome do filho não é uma coincidência, pois o próprio diretor passou por um divórcio com filho pequeno, demonstrando sua sensibilidade consigo mesmo e com o personagem. Nada de novo nem coerente.
Capitão Fantástico
4.4 2,7K Assista AgoraO filme tem muitas referências de luta, mas majoritariamente referências brancas. Não à toa é falado de Noam Chomsky o tempo todo, sendo feita somente uma rápida referência aos Panteras Negras no final com punho cerrado e com a palavra de ordem "power to the people". Existem militantes importantes brancos ao longo da história dos EUA, mas sem dúvida, as resistências contra o trabalho forçado (escravidão), as políticas de segregação, a letalidade policial, a criminalização de pessoas LGBTs; a luta por ações afirmativas, direitos civis e políticos, por saúde pública foram encabeçadas pelo movimento negro estadunidense. Por que é importante falar sobre isso tudo no filme? Para não invisibilizar as lutas antirracistas, que são tão centrais na luta contra o capitalismo.
Sobre a trama, os brancos do filme furtam no supermercado pra se alimentarem, mas pessoas negras não teriam o mesmo privilégio de se confiar nisso, tendo em vista a possibilidade de prisão e assassinato pela polícia branca norte-americana, reconhecida por matar inclusive crianças e adolescentes negros. Em nenhum momento, a repressão policial é uma questão. A intenção do filme foi boa, mas, na minha avaliação, o resultado foi superficial.
Palm Springs
3.7 468 Assista AgoraTirando a objetificação racista do único personagem negro e a ausência de diversidade racial no elenco como um todo, o filme é ótimo e cumpre o que se propõe.
A Vingança Perfeita
2.6 163 Assista AgoraA protagonista se apropria dos estereótipos negativos machistas quando é conveniente, subvertendo a passividade feminina e mantendo seu local de protagonista da própria vida e da trama vingativa do filme.
O Hóspede
3.1 485Muito previsível e cheio de clichês de masculinidade tóxica dignos dos filmes de ação. Roteiro péssimo e atuações péssimas, com exceção do ator principal Dan Stevens (David Collins), Maika Monroe (Anna Peterson) e Lance Reddick (Carver).
Boi Neon
3.6 461 Assista AgoraGostei muito da forma como foi retratado o território (sertão nordestino), o cotidiano dos trabalhadores da vaquejada, a desigualdade entre o fazendeiro e os "peões" no campo.
O filme só deixa a desejar na ausência de originalidade em relação aos envolvimentos afetivos dos personagens. Pela abordagem com a diversidade de pessoas que habitam o sertão, o longa poderia ter inovado com a temática LGBTQI+, fazendo-o conquistar 5 estrelas por mais complexidade e representatividade.
História de um Casamento
4.0 1,9K Assista AgoraPoderia ter focado mais na Scarlett Johansson, que leva o filme nas costas. Não é verdade que o diretor do filme (Noah Baumbach) não escolhe lados, pois a forma como a história é contada é muito mais compreensiva para o marido.
[spoiler][/spoiler]
A mensagem do filme de que a ex-esposa precisa aguentar e perdoar tudo em nome do filho não é uma coincidência, pois o próprio diretor passou por um divórcio com filho pequeno, demonstrando sua sensibilidade consigo mesmo e com o personagem. Nada de novo nem coerente.
Procurando Dory
4.0 1,8K Assista AgoraÓtima lição contra o capacitismo.