Livian Santos

Confesso que não comecei esperando tanto, então pude me impressionar diversas vezes, o que foi ótimo.
A narração é extremamente confusa no início e nos deixa realmente perdidos (não que isso melhore muito no decorrer), mas o desenvolvimento cuidadoso nos direciona e nos prepara até certo ponto pro desfecho. Os entrelaces das histórias, os flashbacks e flashforwards posicionados de forma aparentemente sem propósito ou ordem mínima nos passa a impressão de cumprir a moral mais básica do filme: qualquer coisa pode acontecer a qualquer momento; tudo é possível.

Simplesmente incrível hahaha! Todos os anos de espera valeram a pena: história muito bem construída e com enredo bem atual (vide discussões entre os papéis dos pais que foram invertidos e etc) mas que manteve a qualidade e o senso de humor do primeiro filme. Aliás, o aproveitamento da deixa do bebê no final do anterior foi enorme, fizeram dele a parte principal e a distração ao mesmo tempo. Nada menos do que todos esperávamos.
Observação necessária: foi impossível resistir à dublagem brasileira. Continua impecável.

Completamente impactada; 3h que não seriam melhor gastas com outra coisa. Que produção impressionante. A música não ocupa apenas o lugar de tema mas também é brilhantemente colocada como parte da própria construção: a música clássica dramática que geralmente é usada em momentos de tensão em diversos filmes modernos, aqui se faz tão natural e complementar que parecem que foram compostas para o filme, o que mostra a grandiosidade do diretor já que essa ordem é literalmente ao contrário.
A história é incrível inicialmente pela importância do protagonista e posteriormente pela primazia com que é contada. Atuações que nos fazem sentir apego, desprezo e pena pela mesma personagem (apesar de Wolfgang parecer um pouco caricato demais), montagem de cenas absolutamente minuciosa. Exatamente o que exige e merece Mozart.