Uma temporada de altos e baixos. Se a série busca apresentar novos e mais complicados temas, esperamos que ela o faça com uma escrita madura e verossímil, mas não é exatamente isso que acontece. Mesmo que algumas linhas narrativas tenham sido construídas com cuidado, diversas das atitudes que alguns personagens devem adotar para desenvolver a narrativa são súbitas e de caráter questionável. Seja ao considerar a maneira absurdamente imatura como os pais do Dawson agem a respeito do seu divórcio, seja pelo triângulo Jen/Dawson/Joey, que é irritante e melodramático, ou seja por todos os outros dramas insuportáveis do Dawson, posso afirmar que algumas das virtudes que dignificaram a temporada de estreia, como o esmero narrativo e as sutilezas presentes no roteiro, foram esmaecidas nesse segundo ano de série.
Prova disso é o desenvolvimento do Jack, por exemplo. Ao invés de utilizá-lo para abordar com responsabilidade os problemas de um adolescente gay, a série negligencia o o personagem e seus conflitos internos, deixando-os totalmente em segundo plano. Além disso, a própria revelação da homossexualidade do jovem é contraditória e feita com desleixo e preconceito, já que a série, ao tentar criticar a homofobia, utiliza argumentos preconceituosos e coloca Jack como vítima da sua própria sexualidade. Até Joey e Dawson, em certo ponto, têm falas estruturalmente homofóbicas e a série não os julga por isso.
Por outro lado, a temporada também tem suas qualidades. O Pacey ficou incrível e teve uma evolução impecável, deixando de ser um mero alívio cômico boboca e se tornando o mais maduro dos protagonistas. Seu relacionamento com a Andie é absurdamente adulto e sincero, fugindo muito do estilo dos namoricos que os outros personagens da série têm. Dá pra sentir que os dois se envolvem por afeto e apoio mútuo, e não por interesses individuais, egocentrismo ou egoísmo. Eles possuem uma química tão interessante que até mesmo as brigas soam forçadas, ainda que o roteiro tenha certa culpa nisso.
Em suma, ainda que esse segundo ano de série seja falho, ele ganha certo apelo pelos novos personagens e pela promessa de desenvolver alguns conflitos interessantes nas próximas temporadas. Só torço para que Dawson evolua e Jack ganhe mais espaço, porque "Dawson's Creek" pode fazer melhor.
Furos de roteiro, personagens super mal desenvolvidos, sexismo e episódios fracos junto com uma história principal excelente mas, de certa maneira, explorada de um jeito frustrante. É claro que o 11th ficou bem mais divertido aqui (principalmente em "Closing Time") e há uns plot twists sensacionais (River <3), porém a temporada fugiu bastante do que a série sempre buscou apresentar e acabou ficando um pouco inespecífica, com os acontecimentos lineares simplesmente engolindo as subtramas (a grande maioria dos episódios que não seguem o enredo da morte do Doutor são esquecíveis).
Acima de tudo, o que mais me incomodou foi o Moffat ignorando o humanismo de Doctor Who e criando uns assassinatos surreais aqui. E falo principalmente do "fim" dos Silence, que foi de longe um dos ocorridos mais sem nexo do seriado. Até quando essas crueldades eram problematizadas, como em "The Girl Who Waited", parecia que era tudo uma cópia barata dos episódios finais do 10th.
Não digo que ficou ruim, mas poderia ter ficado bem melhor.
A temporada mais redonda até aqui. E digo isso reconhecendo que demorei muito pra me acostumar com ela. Foram muitas mudanças com um Matt Smith que parecia que só copiava o Doctor do Tennant, sem acrescentar um estilo realmente próprio. Somente na segunda metade da season me acostumei com o reboot e comecei a perceber as peculiaridades do 11th.
Além do mais, "The Beast Below", "Vincent and the Doctor" e o final são incríveis! Acho, inclusive, que só me frustrei de verdade, dentre todos esses episódios, com "Amy's Choice" (sério, o que as pessoas vêem nele?).
Temporada irregular. Enquanto alguns episódios são sensacionais, como "Gridlock", "The Shakespeare Code" e "Blink", o resto vai de fraco até ruim, principalmente "The Lazarus Effect" e "42". Até mesmo a participação dos Daleks, sempre incríveis, fica abaixo do esperado.
Além do mais, nunca imaginei que a Rose faria tanta falta. Tudo bem que Martha arrasa nas duas primeiras histórias e consegue se sobressair em mais algumas outras, mas a Bad Wolf ainda assim me parece insubstituível. Veremos, Donna...
Antologia de curtas que vale realmente a pena só pela IU e pelo último episódio. As três primeiras histórias são boas, mesmo que algumas mais do que outras, porém se reduzem a nada se comparadas a "Walking at the Night", uma reflexão sensacional sobre perda e depressão com a melhor fotografia e a melhor atuação da Ji-eun (que não é lá grande coisa, mas sendo fã eu finjo).
A derrota do Father foi estupidamente fácil (ainda mais levando em conta como ele perdeu suas almas), o Edward se tornando uma pedra filosofal com o fim de "matar" o Pride não fez o menor sentido, a ativação do círculo de transmutação criado pelo irmão do Scar foi bem desnecessária (além de confusa), a maneira encontrada para trazer o Alphonse de volta me soou repentina e mal-ajambrada, além de algumas cenas bem piegas envolvendo o Edward.
Em contraponto, preciso destacar os personagens memoráveis que fazem tudo valer a pena, como Mustang, Envy (que teve o melhor final), Riza, Hughes, Gluttony (o melhor homúnculo), Izumi e Olivier. Ponto também para a primeira abertura, que é, de longe, uma das melhores já criadas ("Again" <3).
Finalmente começo a reassistir "Naruto", e a perceber diversos problemas do anime.
Episódios lentos demais, piadas que não funcionam, falas e flashbacks desnecessários, o Naruto sendo insuportável... Falando assim parece até que essa temporada do anime é ruim, o que não é. Mas está longe de ser perfeita para uma saga que promete.
E terminou sensacional. Não sei se prefiro essa temporada ou a anterior, pelas duas serem igualmente espetaculares...
Talvez o meu único problema com esse desenho seja os fillers mesmo, que apareceram de novo nesse livro (pelo menos de maneira mais evidente). Mas, compensando, um desses episódios foi um dos melhores da série inteira: o do teatro. Sério, o que é aquela cena sobre o cabelo do Zuko? Ri horrores.
Dawson's Creek (2ª Temporada)
4.0 109Uma temporada de altos e baixos. Se a série busca apresentar novos e mais complicados temas, esperamos que ela o faça com uma escrita madura e verossímil, mas não é exatamente isso que acontece. Mesmo que algumas linhas narrativas tenham sido construídas com cuidado, diversas das atitudes que alguns personagens devem adotar para desenvolver a narrativa são súbitas e de caráter questionável. Seja ao considerar a maneira absurdamente imatura como os pais do Dawson agem a respeito do seu divórcio, seja pelo triângulo Jen/Dawson/Joey, que é irritante e melodramático, ou seja por todos os outros dramas insuportáveis do Dawson, posso afirmar que algumas das virtudes que dignificaram a temporada de estreia, como o esmero narrativo e as sutilezas presentes no roteiro, foram esmaecidas nesse segundo ano de série.
Prova disso é o desenvolvimento do Jack, por exemplo. Ao invés de utilizá-lo para abordar com responsabilidade os problemas de um adolescente gay, a série negligencia o o personagem e seus conflitos internos, deixando-os totalmente em segundo plano. Além disso, a própria revelação da homossexualidade do jovem é contraditória e feita com desleixo e preconceito, já que a série, ao tentar criticar a homofobia, utiliza argumentos preconceituosos e coloca Jack como vítima da sua própria sexualidade. Até Joey e Dawson, em certo ponto, têm falas estruturalmente homofóbicas e a série não os julga por isso.
Por outro lado, a temporada também tem suas qualidades. O Pacey ficou incrível e teve uma evolução impecável, deixando de ser um mero alívio cômico boboca e se tornando o mais maduro dos protagonistas. Seu relacionamento com a Andie é absurdamente adulto e sincero, fugindo muito do estilo dos namoricos que os outros personagens da série têm. Dá pra sentir que os dois se envolvem por afeto e apoio mútuo, e não por interesses individuais, egocentrismo ou egoísmo. Eles possuem uma química tão interessante que até mesmo as brigas soam forçadas, ainda que o roteiro tenha certa culpa nisso.
Em suma, ainda que esse segundo ano de série seja falho, ele ganha certo apelo pelos novos personagens e pela promessa de desenvolver alguns conflitos interessantes nas próximas temporadas. Só torço para que Dawson evolua e Jack ganhe mais espaço, porque "Dawson's Creek" pode fazer melhor.
Doctor Who (6ª Temporada)
4.6 130 Assista AgoraFuros de roteiro, personagens super mal desenvolvidos, sexismo e episódios fracos junto com uma história principal excelente mas, de certa maneira, explorada de um jeito frustrante. É claro que o 11th ficou bem mais divertido aqui (principalmente em "Closing Time") e há uns plot twists sensacionais (River <3), porém a temporada fugiu bastante do que a série sempre buscou apresentar e acabou ficando um pouco inespecífica, com os acontecimentos lineares simplesmente engolindo as subtramas (a grande maioria dos episódios que não seguem o enredo da morte do Doutor são esquecíveis).
Acima de tudo, o que mais me incomodou foi o Moffat ignorando o humanismo de Doctor Who e criando uns assassinatos surreais aqui. E falo principalmente do "fim" dos Silence, que foi de longe um dos ocorridos mais sem nexo do seriado. Até quando essas crueldades eram problematizadas, como em "The Girl Who Waited", parecia que era tudo uma cópia barata dos episódios finais do 10th.
Não digo que ficou ruim, mas poderia ter ficado bem melhor.
Doctor Who (5ª Temporada)
4.6 185A temporada mais redonda até aqui. E digo isso reconhecendo que demorei muito pra me acostumar com ela. Foram muitas mudanças com um Matt Smith que parecia que só copiava o Doctor do Tennant, sem acrescentar um estilo realmente próprio. Somente na segunda metade da season me acostumei com o reboot e comecei a perceber as peculiaridades do 11th.
Além do mais, "The Beast Below", "Vincent and the Doctor" e o final são incríveis! Acho, inclusive, que só me frustrei de verdade, dentre todos esses episódios, com "Amy's Choice" (sério, o que as pessoas vêem nele?).
Doctor Who (3ª Temporada)
4.4 196Temporada irregular. Enquanto alguns episódios são sensacionais, como "Gridlock", "The Shakespeare Code" e "Blink", o resto vai de fraco até ruim, principalmente "The Lazarus Effect" e "42". Até mesmo a participação dos Daleks, sempre incríveis, fica abaixo do esperado.
Além do mais, nunca imaginei que a Rose faria tanta falta. Tudo bem que Martha arrasa nas duas primeiras histórias e consegue se sobressair em mais algumas outras, mas a Bad Wolf ainda assim me parece insubstituível. Veremos, Donna...
Persona
3.3 34 Assista AgoraAntologia de curtas que vale realmente a pena só pela IU e pelo último episódio. As três primeiras histórias são boas, mesmo que algumas mais do que outras, porém se reduzem a nada se comparadas a "Walking at the Night", uma reflexão sensacional sobre perda e depressão com a melhor fotografia e a melhor atuação da Ji-eun (que não é lá grande coisa, mas sendo fã eu finjo).
Fullmetal Alchemist: Brotherhood
4.7 391Anime bacana, mas que poderia ser muito melhor caso não houvessem feito um final tão óbvio e forçado (ignorando o epílogo).
Alguns pontos que me incomodaram nos últimos episódios:
A derrota do Father foi estupidamente fácil (ainda mais levando em conta como ele perdeu suas almas), o Edward se tornando uma pedra filosofal com o fim de "matar" o Pride não fez o menor sentido, a ativação do círculo de transmutação criado pelo irmão do Scar foi bem desnecessária (além de confusa), a maneira encontrada para trazer o Alphonse de volta me soou repentina e mal-ajambrada, além de algumas cenas bem piegas envolvendo o Edward.
Em contraponto, preciso destacar os personagens memoráveis que fazem tudo valer a pena, como Mustang, Envy (que teve o melhor final), Riza, Hughes, Gluttony (o melhor homúnculo), Izumi e Olivier. Ponto também para a primeira abertura, que é, de longe, uma das melhores já criadas ("Again" <3).
Alguém sabe por que o Al tem uma voz tão fina? Mesmo no episódio final, com 16 anos e com seu corpo recuperado, ele continua com o mesmo dublador. @_@
Naruto (1ª Temporada)
4.2 185Finalmente começo a reassistir "Naruto", e a perceber diversos problemas do anime.
Episódios lentos demais, piadas que não funcionam, falas e flashbacks desnecessários, o Naruto sendo insuportável... Falando assim parece até que essa temporada do anime é ruim, o que não é. Mas está longe de ser perfeita para uma saga que promete.
Avatar: A Lenda de Aang (3ª Temporada)
4.7 324 Assista AgoraE terminou sensacional. Não sei se prefiro essa temporada ou a anterior, pelas duas serem igualmente espetaculares...
Talvez o meu único problema com esse desenho seja os fillers mesmo, que apareceram de novo nesse livro (pelo menos de maneira mais evidente). Mas, compensando, um desses episódios foi um dos melhores da série inteira: o do teatro. Sério, o que é aquela cena sobre o cabelo do Zuko? Ri horrores.