Lucas Oliveira

Chernobyl é incrível. A série conseguiu retratar com fidedignidade tanto o sofrimento da população de Pripyat e dos vilarejos ao redor da usina nuclear como as manobras do governo soviético, que fez de tudo para esconder o máximo possível da opinião pública a gravidade da explosão do reator. Uma série de entrevistas com russos e ucranianos que viveram o episódio reafirmam a veracidade dos ambientes construídos, do modo de vida de um trabalhador de usina nuclear na URSS ou de um bombeiro, por exemplo. A fotografia é esplêndida, e a narrativa é cuidadosamente feita para construir o suspense à medida que os episódios se passam. Altamente recomendado.

O filme aborda a condenação do endinheirado italiano Numa Tempesta, como resultado de uma fraude fiscal. O nível de luxo e "empreendedorismo" de Tempesta se traduz em suas próprias ambições, como a construção, no meio do nada, de duas megacidades no Cazaquistão. Sua queda se mostra também em sua imagem pública, nos jornais e tabloides da Itália.

No lugar de ver o sol nascer quadrado, o empresário prefere pagar sua condenação pela prestação de serviços sociais. Passa determinadas horas de todos os dias obrigatoriamente dentro de um abrigo para pessoas em situação de rua de Roma, que inicialmente desconfiam e desprezam Tempesta. Sua missão varia da limpeza dos banheiros comunitários do local ao auxílio em banhos dos moradores.

O filme é bom e incita reflexões sobre o poder do dinheiro e a finitude da ganância milionária frente à igualdade de todos nós enquanto humanos. Vale a pena assistir.

Bom filme, gostei. Mas é bobinho, daqueles pra assistir quando se quer relaxar ou desligar a cabeça dos problemas. História (começo, meio e fim) previsível mas divertida.