A ideia de de que "um operário trabalha com uma rocha tal como um cineasta trabalha a imagem e a memória" é expressiva; mas a pegada estranha que romantiza a exploração do trabalho como algo metafísico é muito, muito ruim.
Um dos meus favoritos sobre as greves do ABC no final da década de 1970. O motivo disso? Leon Hirszman, infelizmente, tinha esperança demais no picareta do Lula.
Transformações sociais, participações democráticas, (em certo ponto) a guerrilha naxalita e este documentário, me fazem crer que a Índia pode ser o país do futuro.
Visualmente deslumbrante, as imagens são realmente muito belas, mas a edição é um tanto bagunçada e obriga quem assiste a já conhecer a obra de Shakespeare. Merece ser conferido.
Quando acabei de ver o curta, achei interessante, perspicaz, daria até uma nota 7. Quando entendi seu momento histórico, a audácia de Glauber Rocha, a "visão futurista" do mesmo (vanguardista e não apenas coincidente), a genialidade de contrapor o discurso do novo governador com a realidade daquela época e local, minha ideia mudou. O curta foi censurado, $arney não curtiu. Ora, se era justo aquela pobreza que ele queria mudar, por que a censura?
Para vocês entenderem melhor a questão política, e que $arney não era um desconhecido na época e sim um já grande canalha (e Glauber sabia disso), mostro as próprias palavras do bigodudo, ditas em 1964:
"Ninguém discute a oportunidade e a necessidade da Revolução de 1º de Março de 1964 (Ditadura!!!) para o Brasil. Mas, se para o país como todo ela era urgente, para o Norte era inadiável e inapelável. Era terrível a passividade desta sofrida região ante o seu antigo estado de calamidade." *Fonte: (SARNEY apud GONÇALVES, página 133) GONÇALVES, Maria de Fátima da Costa. A reinvenção do Maranhão dinástico. São Luís: Edições UFMA; PROIN(CS), 2000.
Jo$é $arney sempre lambeu o poder e quem quer que estivesse lá, é fato. Luiz Carlos Barreto (o consagrado produtor brasileiro, e quem chamou Rocha para fazer o filme, que acabou virando um curta) errou com $arney ao chamar o Glauber, mas acertou com o bom-senso. $arney, desavisado e sabendo do sucesso internacional que Glauber fez na crítica francesa com Deus e o Diabo (1964), aceitou numa boa que o emergente cineasta assim o fizesse - o cineasta baiano precisava de dinheiro para seus próximos filmes, e encontrou aqui, em Maranhão 66. Assim como Kirk Douglas em Spartacus (1960) esperava que Kubrick - por ser um cineasta novo e com a carreira em fase inicial - temesse a pressão e a imposição dos "maiores", e com isso simplesmente fizesse como manda o script... Não deu! Com gênios não se brinca - aprenderam. O tio $arney não viu o que esperava. Notem! O começo do curta mais parece a chegada da Paris Hilton em algum evento do que algo associado a política; e se parece algo associado a política, mais parece Hitler chegando à Berlim para mais um de seus discursos preconceituosos e entediantes. Sendo um extraterrestre, é apenas um curta. Quando vemos a sua audácia e questão política, seu poder cresce. Nota : 8,0
Um curta deveras apagado no tempo, mas muito atual e que merece urgentemente ser visto. Com o tempo, ele deixou de ser apenas um curta realista e corajoso, tornou-se um registro histórico - como sempre há de ser. Registro do Brasil, desse povo de tantas personalidades que cresce cada vez mais e não encontra o seu lugar, não acha a sua razão de ser. Entra governo e saí governo e o que vemos são promessas. Seja de novas reformas políticas, de novas ideologias, de novas cidades milagrosas ou de grandes eventos esportivos (hoje eu digo isso estando a 1 mês da segunda Copa do Mundo no Brasil); as promessas não se cumprem, os sonhos se transformam em pesadelos e seguimos não sabendo exatamente aonde chegaremos. Crescemos, nós sempre estivemos em crescimento; cresce a corrupção, a taxa de natalidade/mortalidade, o desemprego, a ignorância, a lei do mais forte, a injustiça, a indiferença e nada disso parece ter volta. Dizemos que a única solução é explodir tudo e começar do zero, mas quando começamos do zero e em poucos anos todos os erros se repetem? Todos os lugares do Brasil são bons e hospitaleiros, eles só precisam de pessoas melhores.
Nas caras dessas tristes crianças eu não vejo nada brilhante, eu vejo o futuro soturno do meu país.
Nossa, que curta divertidíssimo. A jogada que criaram de usar os brinquedos que são imitações dos desenhos/filmes - nem é o Mc Donald's - foi simplesmente genial; aliás, Toy Story em filmes ou em curtas é sempre um show de criatividade, realmente um dos pontos fortes da Pixar. Eu ri demais com a Tartaruga Roxy Boxy hahahaha
Interessante e criativo (sacada genial foi ter um estilo musical diferente para cada um). Esse Svankmajer é realmente O cara. Nós humanos, somos eternos gigolôs de animais, por fim, nos tornamos gigolôs de nós mesmos.
Gostei muito da interpretação da Ana, e agradeço ao Youtube pois lá essas raridades artísticas sobrevivem. Uma pena que quem devia valorizar não valoriza e os vídeos mais acessados por lá são PSY, Beyonce e Anitta, mas quem quer coisas legais e inteligentes basta procurar.
The Song of Stone
3.0 1A ideia de de que "um operário trabalha com uma rocha tal como um cineasta trabalha a imagem e a memória" é expressiva; mas a pegada estranha que romantiza a exploração do trabalho como algo metafísico é muito, muito ruim.
Greve!
4.0 6Um dos meus favoritos sobre as greves do ABC no final da década de 1970. O motivo disso? Leon Hirszman, infelizmente, tinha esperança demais no picareta do Lula.
Absorvendo o Tabu
4.4 201 Assista AgoraTransformações sociais, participações democráticas, (em certo ponto) a guerrilha naxalita e este documentário, me fazem crer que a Índia pode ser o país do futuro.
O Livro Mágico
4.0 2A magia de Méliès nunca encontrou limites.
Coda
4.3 26Ninguém quer realmente se apegar à vida, até ter que deixá-la.
Absurda
3.5 23Para os que têm dificuldade:
http://www.dailymotion.com/video/xr2npa_david-lynch-absurda_shortfilms (válido, por enquanto)
A Tempestade
3.1 1Visualmente deslumbrante, as imagens são realmente muito belas, mas a edição é um tanto bagunçada e obriga quem assiste a já conhecer a obra de Shakespeare. Merece ser conferido.
Quest
3.4 1Atmosférico. Cativante. Poético. Quase bíblico!
Maranhão 66
4.2 58Quando acabei de ver o curta, achei interessante, perspicaz, daria até uma nota 7.
Quando entendi seu momento histórico, a audácia de Glauber Rocha, a "visão futurista" do mesmo (vanguardista e não apenas coincidente), a genialidade de contrapor o discurso do novo governador com a realidade daquela época e local, minha ideia mudou. O curta foi censurado, $arney não curtiu. Ora, se era justo aquela pobreza que ele queria mudar, por que a censura?
Para vocês entenderem melhor a questão política, e que $arney não era um desconhecido na época e sim um já grande canalha (e Glauber sabia disso), mostro as próprias palavras do bigodudo, ditas em 1964:
"Ninguém discute a oportunidade e a necessidade da
Revolução de 1º de Março de 1964 (Ditadura!!!) para o Brasil. Mas, se para o
país como todo ela era urgente, para o Norte era inadiável e
inapelável. Era terrível a passividade desta sofrida região ante
o seu antigo estado de calamidade." *Fonte: (SARNEY apud
GONÇALVES, página 133) GONÇALVES, Maria de Fátima da Costa. A reinvenção do Maranhão dinástico. São Luís: Edições UFMA; PROIN(CS), 2000.
Jo$é $arney sempre lambeu o poder e quem quer que estivesse lá, é fato. Luiz Carlos Barreto (o consagrado produtor brasileiro, e quem chamou Rocha para fazer o filme, que acabou virando um curta) errou com $arney ao chamar o Glauber, mas acertou com o bom-senso. $arney, desavisado e sabendo do sucesso internacional que Glauber fez na crítica francesa com Deus e o Diabo (1964), aceitou numa boa que o emergente cineasta assim o fizesse - o cineasta baiano precisava de dinheiro para seus próximos filmes, e encontrou aqui, em Maranhão 66. Assim como Kirk Douglas em Spartacus (1960) esperava que Kubrick - por ser um cineasta novo e com a carreira em fase inicial - temesse a pressão e a imposição dos "maiores", e com isso simplesmente fizesse como manda o script... Não deu! Com gênios não se brinca - aprenderam. O tio $arney não viu o que esperava.
Notem! O começo do curta mais parece a chegada da Paris Hilton em algum evento do que algo associado a política; e se parece algo associado a política, mais parece Hitler chegando à Berlim para mais um de seus discursos preconceituosos e entediantes.
Sendo um extraterrestre, é apenas um curta. Quando vemos a sua audácia e questão política, seu poder cresce. Nota : 8,0
Cruz na Praça
4.8 1http://www.ufrb.edu.br/cinecachoeira/2011/06/cruz-na-praca/
Brasília, Contradições de uma Cidade Nova
4.1 20Um curta deveras apagado no tempo, mas muito atual e que merece urgentemente ser visto. Com o tempo, ele deixou de ser apenas um curta realista e corajoso, tornou-se um registro histórico - como sempre há de ser. Registro do Brasil, desse povo de tantas personalidades que cresce cada vez mais e não encontra o seu lugar, não acha a sua razão de ser. Entra governo e saí governo e o que vemos são promessas. Seja de novas reformas políticas, de novas ideologias, de novas cidades milagrosas ou de grandes eventos esportivos (hoje eu digo isso estando a 1 mês da segunda Copa do Mundo no Brasil); as promessas não se cumprem, os sonhos se transformam em pesadelos e seguimos não sabendo exatamente aonde chegaremos. Crescemos, nós sempre estivemos em crescimento; cresce a corrupção, a taxa de natalidade/mortalidade, o desemprego, a ignorância, a lei do mais forte, a injustiça, a indiferença e nada disso parece ter volta.
Dizemos que a única solução é explodir tudo e começar do zero, mas quando começamos do zero e em poucos anos todos os erros se repetem? Todos os lugares do Brasil são bons e hospitaleiros, eles só precisam de pessoas melhores.
Nas caras dessas tristes crianças eu não vejo nada brilhante, eu vejo o futuro soturno do meu país.
Os Dois Mosqueteiros
4.0 3Vencedor do Oscar em 1952 de melhor curta-metragem animado, The Two Mouseketeers é um dos episódios com um dos finais mais doidos do famoso desenho.
O gato Tom morre
Flores e Árvores
4.2 39 Assista AgoraÉ de deixar - no mínimo - um sorriso no rosto!
Concert
4.1 2A cena do homem correndo pelas escadas para chegar até o piano na metade do curta é muito bem gravada.
Don't Hug Me I'm Scared
4.4 20Simplesmente um dos melhores "curtas" que eu já vi :)
Um Pequeno Grande Erro
3.8 93 Assista AgoraNossa, que curta divertidíssimo. A jogada que criaram de usar os brinquedos que são imitações dos desenhos/filmes - nem é o Mc Donald's - foi simplesmente genial; aliás, Toy Story em filmes ou em curtas é sempre um show de criatividade, realmente um dos pontos fortes da Pixar. Eu ri demais com a Tartaruga Roxy Boxy hahahaha
Adão e Cachorro
3.8 63Mesmo que Deus te expulse do paraíso, seu cachorro continua sendo seu companheiro - a mensagem que eu entendi.
O Dia Mais Longo na Creche
3.9 167 Assista AgoraBrilhante.
Historia Naturae, Suita
4.1 19Interessante e criativo (sacada genial foi ter um estilo musical diferente para cada um). Esse Svankmajer é realmente O cara. Nós humanos, somos eternos gigolôs de animais, por fim, nos tornamos gigolôs de nós mesmos.
Comida
4.5 78Surrealista, inteligente e devastador. Igualzinho a sinopse que diz "res-taurante" ???
Escuridão, Luz, Escuridão
4.4 110Gostei muito da interpretação da Ana, e agradeço ao Youtube pois lá essas raridades artísticas sobrevivem. Uma pena que quem devia valorizar não valoriza e os vídeos mais acessados por lá são PSY, Beyonce e Anitta, mas quem quer coisas legais e inteligentes basta procurar.
Amor Carnal
3.8 101Hahahahahahaha, senhor. Criatividade é uma coisa cativante.
A Face do Fuehrer
4.0 81Só me desagradou
o puxa saquismo no final do curta
A Borboleta Fantástica
3.7 18Meus olhos brilham, como pudeste ser tão magnífico Méliès!