Vi apenas o primeiro episódio. Gostei muito da colaboração de cada entrevistado, porém detestei aquele acúmulo de stock footage de uso pleonástico que deixou a produção enfadonha.
Na minha opinião, a partir de agora todas as próximas paleo mídias terão que olhar para Prehistoric Planet para se inspirarem em suas nuances de animação, como fizeram quando Jurassic Park (1993) foi lançado, porque UOW, isso é tão soberbo e realista. O CGI dos filmes Jurassic recentes parece datado em comparação com esta série documental (com todo o respeito pessoal, não é sobre a qualidade CGI como um todo, mas sim as suas nuances).
A melhor coisa que assisti este ano até agora, despertou a criança dentro de mim novamente, o que prova que dinossauros não estão datados na mídia, e que de fato não nos acostumamos completamente com essas criaturas nas telonas, apenas precisávamos de uma visão mais real e íntima desses animais. Também estou feliz que toda uma geração mais jovem como minha irmã (de 14 anos) saberá muito sobre pré-história através desse documentário. Brilhante trabalho!
É inovador e revolucionário? Não... mas talvez sim. Ninguém sabe o real impacto que uma obra pode ter sobre alguém.
Nos meus 15 anos, a grande maioria dos filmes LGBT+ era feita por pessoas que carregavam uma impressão e marcas pesadas de fortes preconceitos, resultando em filmes trágicos, tristes, e sinônimos de choro. Lembremos: a ficção sempre é um reflexo da realidade.
Hoje, no entanto, temos uma nova geração que está mais segura, com mentes mais abertas, e um desejo de trazer essa leveza a arte. É um prazer ver essa transição, fico feliz que obras do gênero consigam transceder a dor e trazer outros temas ainda não tão bem explorados.
Parem tudo, acho que depois de eu terminar esse anime não posso opinar ele de forma linear, preciso falar da impecável abordagem sobre o bullying que esse anime faz em sua segunda temporada. Que tapa na cara, que maturidade, que complexidade!
Eles já haviam entrado no assunto antes através do nosso protagonista Kiriyama, mostrando a exclusão social que ele sofria desde a escola por ser diferente dos outros meninos. Mas esse sofrimento dele era internalizado na sua personalidade, ele nunca deixava isso exposto aos outros, e em pouco tempo ele já estava habituado a estar só, isso graças ao seu empenho no shogi, que foi fundamental para servir de escapismo a ele.
Ele conta essas ocorrências para nós de forma fria, e toda a carga dramática da cena é mais sutil justamente por essa frieza, e isso é muito triste, pois foi essa foi a forma que ele encontrou para lidar com tudo isso: sozinho. Mas então o anime decide nos mostrar como outras pessoas lidam com isso, e o alvo da vez foram a Hina e sua amiga. Isso me doeu, eu sou de fato muito sensível ao ver pessoas sofrendo bullying, pois já passei por isso, então eu simplesmente fiquei em lágrimas com esses momentos. Desejei abraçar aquelas duas meninas... A mente criativa por trás dessa animação tem tanta maturidade para lidar com o tema, pois tudo aqui é muito pé no chão, o nível de realidade surpreende.
Eu acho importante eles transmitirem a mensagem de não conformidade ao bullying, de que as vítimas podem sim superar esse problema.... mas eles também mostram as sequelas que tais atos podem deixar em uma criança... Vocês viram aquela amiga da Hina? Não lembro agora o seu nome, mas ela além de mudar de escola, precisou de forte ajuda psicológica, tanto que no começo ela não conseguia ter contato com nenhuma criança de sua faixa etária. Isso é um trauma, isso é medo, isso é muito sério.
Chorei muito ao ver a carta dela para Hina, fiquei triste por ela ter sofrido tanto, mas feliz pela sua superação, mas sabe, fiquei triste novamente porque a maioria dos jovens que sofrem de bullying hoje em dia não tem o apoio que essa criança teve, elas sofrem caladas, ou não tem a ajuda da própria escola que é um lugar onde acontece diversas ocorrências do tipo, como foi o caso da Hina e de sua professora.
Hina enfrenta seus medos e dores com coragem, foi lindo, mas há duas coisas que me chamou a atenção no processo, a primeira é como a sua irmã mais velha se contrapôs nisso tudo. Ela é responsável por Hina, mas se sente atada para solucionar tudo, o que é normal e muito real, no momento em que ela acompanha a irmã na escola ela se sente impotente, mas tipo, ela estava lá ao lado dela.
O segundo ponto que elevou ainda mais a abordagem do tema, foi o foco na praticante do bullying. Que maturidade, que abordagem. Não temos um começo, meio e fim para essa personagem, temos apenas a sua visão niilista do mundo que caracteriza o seu caráter, e o seu professor que faz o máximo para trabalhar em cima disso. Shangatsu no Lion me ganhou por isso, só tenho que agradecer por tudo que essa obra é. É um tema sério e que me marcou, até hoje sofro um pouco com as sequelas desse ato, e o anime foi um remédio de certa forma, não sei explicar muito bem. De resto gostei muito de tudo, tecnicamente o anime é belo, trabalha visualmente muito bem o psicológico dos personagens, e os traços deles fazem a diferença. Peguem só o exemplo da boca dos personagens, a ponta de cada lado dela é mais grossa, o que enfatizou por exemplo a tristeza do Kiriyama. Cenários tristes são mais vazios, sem cor, mas os mais felizes, por mais simples que sejam, são coloridos e cheios de vida, como a casa das três irmãs, não existe lugar mais acolhedor do que lá. Gostei de todos os personagens, nenhum deles são personagens planos, ou seja, ninguém começa e termina da mesma forma, seja através da narrativa ou do ponto de vista protagonista. Aliás, amei o arco do Kiryama, sua felicidade e confiança em si mostrada no final da segunda temporada para mim foi de certa forma até invejável. Mas se fosse para eu escolher um favorito, este seria o Shimada que é incrível! Ele representa o esforço e o recomeço como ninguém, e outra coisa que me fez amá-lo foi o fato dele ajudar os outros a evoluírem usando o seu conhecimento, sim, estou falando do grupo de estudos dele com os jovens. Que humildade. Hoje em dia vemos pessoas tão egoístas em relação ao conhecimento que ver pessoas como ele, mesmo em uma história ficcional é lindo. Mas tem um defeito em Shangatsu que quase me fez parar o anime, que foi o humor exarcebado e irritante... isso afeta a narrativa, o clima, personagens. Podia acontecer algo com uma carga dramática muito forte e logo em seguida uma cena boba com humor tosco. Eu entendo que é uma característica da série, e as vezes funcionam, mas no geral é muito prejudicial. Acho que apenas 15% do humor funciona, talvez até menos. Não me levem a mal, não queria que fosse tudo 100% drama, momentos descontraídos são vitais para o protagonista, ele precisa disso, e temos isso aqui. Mas eu me pergunto, “para que esse humor descontrolado todo, nem todos personagens teriam esse comportamento”. Mas nada disso tira a seriedade desse anime, ele é um diferencial no meio de muitos. Me marcou, me emocionou e me envolveu, provavelmente terá continuação, pois foram muitas as pontas soltas por aí. Bom, isso é tudo por hoje.
Quando eu terminei de assistir Evangelion, a primeira coisa que pensei foi: "preciso contar o quão incrível isso é". Não foi exagero, eu realmente estava em lágrimas com aquele final.
É o melhor retrato da depressão, ansiedade e da falta de amor próprio que eu vi em uma obra audiovisual. Hideaki Anno construiu algo que me trouxe uma linda e sincera mensagem no momento em que eu mais precisava.
Muitos tiveram um desdém muito forte com o desfecho desse anime, mas eu, particularmente acho uma das decisões mais corajosas vista em uma animação.
De fato o anime possui algumas características que em uma obra convencional eu iria considerar um defeito, mas ele subverte cada questionamento que o seu senso crítico poderia fazer, e lhe faz um convite para uma experiência marcante e inesquecível.
Personagens humanos realistas, história complexa, trilha sonora introspectiva, maravilhoso uso de simbolismos na icônica direção de arte, abordagens filosóficas e psicológicas muito bem empregadas, esses entre outros aspectos que fazem de Evangelion o meu anime favorito de todos os tempos.
Mal consigo falar dessa obra, o que posso dizer é que toda sua grandeza está na simplicidade e em seus pequenos momentos. Shouwa Genroku Rakugo Shinju traz uma excelente abordagem da cultura japonesa, entre diversas reflexões sobre a arte e sua relação com o mundo, o tempo, e o próprio artista.
O personagem do Kiku certamente é o meu favorito, ele é definitivamente a alma da história e a cada episodio que passava mais eu o admirava. O restante dos personagens também são fabulosos, principalmente na forma em que eles interagem e reagem as diferenças um dos outros.
A animação é extremamente precisa para trazer todo o espirito do rakugo, o que só reforçado pelo impecável trabalho de dublagem.
Por fim, não consigo descrever toda a carga emocional que senti assistindo Shouwa Genroku Rakugo Shinju. É um exemplo de bom roteiro, e personagens impecavelmente bem escritos
Consciência³
4.4 2Vi apenas o primeiro episódio. Gostei muito da colaboração de cada entrevistado, porém detestei aquele acúmulo de stock footage de uso pleonástico que deixou a produção enfadonha.
Planeta Pré-Histórico (1ª Temporada)
4.4 11 Assista AgoraNa minha opinião, a partir de agora todas as próximas paleo mídias terão que olhar para Prehistoric Planet para se inspirarem em suas nuances de animação, como fizeram quando Jurassic Park (1993) foi lançado, porque UOW, isso é tão soberbo e realista. O CGI dos filmes Jurassic recentes parece datado em comparação com esta série documental (com todo o respeito pessoal, não é sobre a qualidade CGI como um todo, mas sim as suas nuances).
A melhor coisa que assisti este ano até agora, despertou a criança dentro de mim novamente, o que prova que dinossauros não estão datados na mídia, e que de fato não nos acostumamos completamente com essas criaturas nas telonas, apenas precisávamos de uma visão mais real e íntima desses animais. Também estou feliz que toda uma geração mais jovem como minha irmã (de 14 anos) saberá muito sobre pré-história através desse documentário. Brilhante trabalho!
Heartstopper (1ª Temporada)
4.4 416 Assista AgoraÉ inovador e revolucionário? Não... mas talvez sim. Ninguém sabe o real impacto que uma obra pode ter sobre alguém.
Nos meus 15 anos, a grande maioria dos filmes LGBT+ era feita por pessoas que carregavam uma impressão e marcas pesadas de fortes preconceitos, resultando em filmes trágicos, tristes, e sinônimos de choro. Lembremos: a ficção sempre é um reflexo da realidade.
Hoje, no entanto, temos uma nova geração que está mais segura, com mentes mais abertas, e um desejo de trazer essa leveza a arte. É um prazer ver essa transição, fico feliz que obras do gênero consigam transceder a dor e trazer outros temas ainda não tão bem explorados.
3-gatsu no Lion (Segunda Temporada)
4.6 6Parem tudo, acho que depois de eu terminar esse anime não posso opinar ele de
forma linear, preciso falar da impecável abordagem sobre o bullying que esse anime faz
em sua segunda temporada. Que tapa na cara, que maturidade, que complexidade!
Eles já haviam entrado no assunto antes através do nosso protagonista Kiriyama,
mostrando a exclusão social que ele sofria desde a escola por ser diferente dos outros
meninos. Mas esse sofrimento dele era internalizado na sua personalidade, ele nunca
deixava isso exposto aos outros, e em pouco tempo ele já estava habituado a estar só,
isso graças ao seu empenho no shogi, que foi fundamental para servir de escapismo a
ele.
Ele conta essas ocorrências para nós de forma fria, e toda a carga dramática da
cena é mais sutil justamente por essa frieza, e isso é muito triste, pois foi essa foi a forma
que ele encontrou para lidar com tudo isso: sozinho. Mas então o anime decide nos
mostrar como outras pessoas lidam com isso, e o alvo da vez foram a Hina e sua amiga.
Isso me doeu, eu sou de fato muito sensível ao ver pessoas sofrendo bullying,
pois já passei por isso, então eu simplesmente fiquei em lágrimas com esses momentos.
Desejei abraçar aquelas duas meninas... A mente criativa por trás dessa animação tem
tanta maturidade para lidar com o tema, pois tudo aqui é muito pé no chão, o nível de
realidade surpreende.
Eu acho importante eles transmitirem a mensagem de não conformidade ao
bullying, de que as vítimas podem sim superar esse problema.... mas eles também
mostram as sequelas que tais atos podem deixar em uma criança... Vocês viram aquela
amiga da Hina? Não lembro agora o seu nome, mas ela além de mudar de escola,
precisou de forte ajuda psicológica, tanto que no começo ela não conseguia ter contato
com nenhuma criança de sua faixa etária. Isso é um trauma, isso é medo, isso é muito
sério.
Chorei muito ao ver a carta dela para Hina, fiquei triste por ela ter sofrido tanto,
mas feliz pela sua superação, mas sabe, fiquei triste novamente porque a maioria dos
jovens que sofrem de bullying hoje em dia não tem o apoio que essa criança teve, elas
sofrem caladas, ou não tem a ajuda da própria escola que é um lugar onde acontece
diversas ocorrências do tipo, como foi o caso da Hina e de sua professora.
Hina enfrenta seus medos e dores com coragem, foi lindo, mas há duas coisas
que me chamou a atenção no processo, a primeira é como a sua irmã mais velha se
contrapôs nisso tudo. Ela é responsável por Hina, mas se sente atada para solucionar
tudo, o que é normal e muito real, no momento em que ela acompanha a irmã na escola
ela se sente impotente, mas tipo, ela estava lá ao lado dela.
O segundo ponto que elevou ainda mais a abordagem do tema, foi o foco na
praticante do bullying. Que maturidade, que abordagem. Não temos um começo, meio
e fim para essa personagem, temos apenas a sua visão niilista do mundo que caracteriza
o seu caráter, e o seu professor que faz o máximo para trabalhar em cima disso.
Shangatsu no Lion me ganhou por isso, só tenho que agradecer por tudo que
essa obra é. É um tema sério e que me marcou, até hoje sofro um pouco com as sequelas
desse ato, e o anime foi um remédio de certa forma, não sei explicar muito bem.
De resto gostei muito de tudo, tecnicamente o anime é belo, trabalha
visualmente muito bem o psicológico dos personagens, e os traços deles fazem a
diferença. Peguem só o exemplo da boca dos personagens, a ponta de cada lado dela é
mais grossa, o que enfatizou por exemplo a tristeza do Kiriyama.
Cenários tristes são mais vazios, sem cor, mas os mais felizes, por mais simples
que sejam, são coloridos e cheios de vida, como a casa das três irmãs, não existe lugar
mais acolhedor do que lá.
Gostei de todos os personagens, nenhum deles são personagens planos, ou seja,
ninguém começa e termina da mesma forma, seja através da narrativa ou do ponto de
vista protagonista. Aliás, amei o arco do Kiryama, sua felicidade e confiança em si
mostrada no final da segunda temporada para mim foi de certa forma até invejável.
Mas se fosse para eu escolher um favorito, este seria o Shimada que é incrível!
Ele representa o esforço e o recomeço como ninguém, e outra coisa que me fez amá-lo
foi o fato dele ajudar os outros a evoluírem usando o seu conhecimento, sim, estou
falando do grupo de estudos dele com os jovens. Que humildade. Hoje em dia vemos
pessoas tão egoístas em relação ao conhecimento que ver pessoas como ele, mesmo
em uma história ficcional é lindo.
Mas tem um defeito em Shangatsu que quase me fez parar o anime, que foi o
humor exarcebado e irritante... isso afeta a narrativa, o clima, personagens. Podia
acontecer algo com uma carga dramática muito forte e logo em seguida uma cena boba
com humor tosco. Eu entendo que é uma característica da série, e as vezes funcionam,
mas no geral é muito prejudicial. Acho que apenas 15% do humor funciona, talvez até
menos.
Não me levem a mal, não queria que fosse tudo 100% drama, momentos
descontraídos são vitais para o protagonista, ele precisa disso, e temos isso aqui. Mas
eu me pergunto, “para que esse humor descontrolado todo, nem todos personagens
teriam esse comportamento”.
Mas nada disso tira a seriedade desse anime, ele é um diferencial no meio de
muitos. Me marcou, me emocionou e me envolveu, provavelmente terá continuação,
pois foram muitas as pontas soltas por aí. Bom, isso é tudo por hoje.
Neon Genesis Evangelion
4.5 328 Assista AgoraQuando eu terminei de assistir Evangelion, a primeira coisa que pensei foi: "preciso contar o quão incrível isso é". Não foi exagero, eu realmente estava em lágrimas com aquele final.
É o melhor retrato da depressão, ansiedade e da falta de amor próprio que eu vi em uma obra audiovisual. Hideaki Anno construiu algo que me trouxe uma linda e sincera mensagem no momento em que eu mais precisava.
Muitos tiveram um desdém muito forte com o desfecho desse anime, mas eu, particularmente acho uma das decisões mais corajosas vista em uma animação.
De fato o anime possui algumas características que em uma obra convencional eu iria considerar um defeito, mas ele subverte cada questionamento que o seu senso crítico poderia fazer, e lhe faz um convite para uma experiência marcante e inesquecível.
Personagens humanos realistas, história complexa, trilha sonora introspectiva, maravilhoso uso de simbolismos na icônica direção de arte, abordagens filosóficas e psicológicas muito bem empregadas, esses entre outros aspectos que fazem de Evangelion o meu anime favorito de todos os tempos.
Shouwa Genroku Rakugo Shinjuu (1ª Temporada)
4.6 7Mal consigo falar dessa obra, o que posso dizer é que toda sua grandeza está na simplicidade e em seus pequenos momentos. Shouwa Genroku Rakugo Shinju traz uma excelente abordagem da cultura japonesa, entre diversas reflexões sobre a arte e sua relação com o mundo, o tempo, e o próprio artista.
O personagem do Kiku certamente é o meu favorito, ele é definitivamente a alma da história e a cada episodio que passava mais eu o admirava. O restante dos personagens também são fabulosos, principalmente na forma em que eles interagem e reagem as diferenças um dos outros.
A animação é extremamente precisa para trazer todo o espirito do rakugo, o que só reforçado pelo impecável trabalho de dublagem.
Por fim, não consigo descrever toda a carga emocional que senti assistindo Shouwa Genroku Rakugo Shinju. É um exemplo de bom roteiro, e personagens impecavelmente bem escritos
O Conto da Aia (2ª Temporada)
4.5 1,2K Assista AgoraQue tristeza foi ver o conflito interno de Serena Joy. Que primor de desenvolvimento.