Durante uma fase da minha vida eu trabalhei como operadora de caixa num supermercado e ficava impressionada como as pessoas tinham a tendência de desumanizar ou desqualificar a gente por exercer uma função braçal, pressupondo que todas aquelas pessoas não possuíam desejos, ambições, afetos, curiosidades e inteligência. A beleza desse filme para mim está em justamente nisso: em ressaltar a capacidade das pessoas em fazer da vida algo interessante, mesmo dentro em uma situação exaustiva, adversa e numa função pouco estimulante.
Cheio de camadas e detalhes. Senti como se no filme inteiro houvesse uma nuvem de tristeza, mas que não emergia justamente por eles investirem nos afetos, nas relações e por manterem o desejo livre, apesar da dureza da cidade e do trabalho.
Chegar no aqui e agora. Corremos muito, mas nunca chegamos. Sempre estamos procurando algo, desejando algo, ansioso por algo e não encontramos, então continuamente correndo. E não sabemos quanto tempo, o quanto devemos correr ou o que estamos procurando. Talvez estejamos procurando uma condição de felicidade que acreditamos não ter. E correr, procurar, se tornou um hábito. A vida e todas as suas maravilhas só estão disponíveis no presente, porque o passado já não existe e o futuro ainda não chegou. Só o presente existe! Por isso, a prática de mindfulness nos ajuda a chegar em casa, no aqui e agora, para que possamos aprender a viver nossa vida profundamente. Assim não desperdiçamos a nossa existência.
"Toda riqueza se tornou um valor em si mesma. Não há outro tipo de riqueza imensa. O dinheiro perdeu sua qualidade narrativa (...) o dinheiro cria o tempo, costumava ser o oposto. O relógio acelerou a ascensão do capitalismo. As pessoas pararam de pensar na eternidade e começaram a se concentrar nas horas, horas mensuráveis. Homens-hora usando o trabalho de forma mais eficiente. É o capital cibernético que cria o futuro. Agora o tempo é um bem corporativo, pertence ao sistema de livre mercado. O presente está cada vez mais difícil de se encontrar, foi arrancado do mundo para dar lugar ao futuro de mercados sem controle e enorme potencial de investimento”.
Meu Querido Supermercado
3.4 4Durante uma fase da minha vida eu trabalhei como operadora de caixa num supermercado e ficava impressionada como as pessoas tinham a tendência de desumanizar ou desqualificar a gente por exercer uma função braçal, pressupondo que todas aquelas pessoas não possuíam desejos, ambições, afetos, curiosidades e inteligência.
A beleza desse filme para mim está em justamente nisso: em ressaltar a capacidade das pessoas em fazer da vida algo interessante, mesmo dentro em uma situação exaustiva, adversa e numa função pouco estimulante.
Corpo Elétrico
3.5 216Cheio de camadas e detalhes.
Senti como se no filme inteiro houvesse uma nuvem de tristeza, mas que não emergia justamente por eles investirem nos afetos, nas relações e por manterem o desejo livre, apesar da dureza da cidade e do trabalho.
Caminha Comigo
3.6 7 Assista Agora(46:19 - 48:06)
Chegar no aqui e agora. Corremos muito, mas nunca chegamos. Sempre estamos procurando algo, desejando algo, ansioso por algo e não encontramos, então continuamente correndo. E não sabemos quanto tempo, o quanto devemos correr ou o que estamos procurando. Talvez estejamos procurando uma condição de felicidade que acreditamos não ter.
E correr, procurar, se tornou um hábito. A vida e todas as suas maravilhas só estão disponíveis no presente, porque o passado já não existe e o futuro ainda não chegou. Só o presente existe! Por isso, a prática de mindfulness nos ajuda a chegar em casa, no aqui e agora, para que possamos aprender a viver nossa vida profundamente. Assim não desperdiçamos a nossa existência.
(Thich Nhat Hanh, 2018)
Cosmópolis
2.7 1,0K Assista Agora"Toda riqueza se tornou um valor em si mesma. Não há outro tipo de riqueza imensa. O dinheiro perdeu sua qualidade narrativa (...) o dinheiro cria o tempo, costumava ser o oposto. O relógio acelerou a ascensão do capitalismo. As pessoas pararam de pensar na eternidade e começaram a se concentrar nas horas, horas mensuráveis. Homens-hora usando o trabalho de forma mais eficiente. É o capital cibernético que cria o futuro. Agora o tempo é um bem corporativo, pertence ao sistema de livre mercado. O presente está cada vez mais difícil de se encontrar, foi arrancado do mundo para dar lugar ao futuro de mercados sem controle e enorme potencial de investimento”.
Urbanizado
4.2 7https://www.youtube.com/watch?v=HdLgdpxGs_M