Não esperava nada. Na verdade, minha expectativa era muito negativa, só que me surpreendi. O filme me arrancou várias risadas. Enfim, como um bom filme pipoca, diverte, e muito.
E o final super leve, tranquilo e gostoso. A sensação de continuidade da vida em metáfora com a água que segue correndo e que leva o chapéu, que no caso representa o amor dos dois. A vida vai levando aquele amor embora. Esta unida ao tempo, por bem ou por mal, transforma tudo, até e principalmente as relações humanas, os sentimentos e o amor.
Nas palavras de Luiz Zanin: "É um filme que choca, em especial pela ausência de suportes explicativos. De certa forma, ficamos aliviados quando sabemos (ou julgamos saber) as razões daquilo que nos acontece. Quando isso nos é negado, o sofrimento é maior." Excelente!
Entre todos os poréns do filme, achei tamanha a sutileza da diretora para o tema relacionamentos, amor, paixão, traição, fidelidade, etc... Nenhuma das personagens são idealizadas, nem os relacionamentos das mesmas, é tudo muito humano e sincero, belo mas com aquelas rachaduras que só se consegue enxergar quando olha de perto. A desconstrução do paradigma amor/fidelidade é feito com um tom muito sutil e tão honesto que chega a causar um certo desconforto no espectador. Mas tudo isso não faria deste filme tão bom se não fosse o final. O final aberto permite que a história não se encerre junto com seu tempo fílmico, a duração real do filme é o tempo que ela permanece nos pensamentos do espectador, e com o final aberto, a história não encontra um ponto final, o filme não acabou, a imagem segue em cada um que assistiu o filme. Não importa o que acontece depois, importa que as vidas seguem, de uma forma ou de outra, com momentos bons e ruins. Como já diziam, a história não acaba no fim do livro, neste caso do filme.
Extremamente psicológico, vamos acompanhando o enlouquecer de uma personagem completamente perturbada, manipuladora e frustrada, que projeta na nova menina, a pessoa que gostaria de ser e as aventuras que queria ter feito, ou seja, a vida que não viveu. Presa desde sempre naquele colégio, chegou para estudar e nunca mais saiu, e mesmo depois segue presa a ilha, pois tem medo de mar aberto. A personagem está aprisionada dentro de si mesma, transparecendo em suas mentiras, sua necessidade de se afirmar alguém que não é. Resumo: Eva Green rouba a cena.
Um roteiro simples, que poderia ser mais um "pipocão", mas na mão do diretor certo, o qual com tamanha destreza fez toda a diferença. Os planos lentos e demorados, a sensibilidade absurda de um beijo no elevador que é quebrada abruptamente com a violência extrema - uma das cenas mais ricas do filme - as cores, os tons quentes, o neon, a noite e o silêncio. O silêncio é construído, povoado e quebrado. Personagem quieto e fechado, um relacionamento sem exageros, sem muitas palavras, seria amor? A confusão de sentimentos, de carinho e de violência dentro da personagem de Ryan, que se quer nome possui, um homem sem passado e aparentemente sem presente. Tudo no filme é bom! Um noir tardio, como disse Luiz Zanin, um belo filme que vale ser visto e revisto, e principalmente apreciado.
Saldo final: 130 mexicanos mortos, um ator pintado de índio, uma criança bem estranha e uma boa trilha sonora. Ah, e alguns planos sensacionais, corte pra quê?
Muito bem estruturado, o argumento se sustenta durante todo o filme trazendo questões pertinentes em relação ao consumo e descriminalização. Sem moralismo e conservadorismo, o longa-metragem conta com a participação de pessoas que são formadoras de opinão, e cada uma com seus argumentos e experiências pessoais sobre o "vício", cadeia, proibição... O diretor defende o seu ponto de vista sem receio nenhum, sem nenhuma falsa imparcialidade. Ele quer paz com as drogas, e não guerra às drogas. É a defesa de um equilíbrio, um meio-termo, de políticas públicas mais condizentes com a nossa sociedade, de assistência ao usuário e não cadeia! Ah, e tem uma animações bem realizadas para complementando os depoimentos.
A sessão do filme no Cine PE foi muito boa, casa cheia e recepção do público foi ótima! O debate então, Allain Fresnot foi muito claro em suas respostas, e soube receber críticas. Teve até brinde! Hahah...
Os Vingadores
4.0 6,9K Assista AgoraNão esperava nada. Na verdade, minha expectativa era muito negativa, só que me surpreendi. O filme me arrancou várias risadas. Enfim, como um bom filme pipoca, diverte, e muito.
Sweeney Todd: O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet
3.9 2,2K Assista AgoraA estética e o roteiro são ótimos, como sempre faz Tim Burton. Mas precisa ser um musical?
Celeste e Jesse Para Sempre
3.6 479 Assista AgoraAmizade e amor que se entrelaçam e confundem, afetos não são tão simples.
Um conto sincero.
E Agora, Aonde Vamos?
4.2 144Mais uma vez fico impressionada com a sensibilidade do olhar de Nadine Labaki sobre o universo feminino oriental. Filme incrível!
Adeus, Primeiro Amor
3.3 192Apesar de alguns pesares, gostei do filme, que ainda vem acompanhado de uma delícia de trilha sonora.
E o final super leve, tranquilo e gostoso. A sensação de continuidade da vida em metáfora com a água que segue correndo e que leva o chapéu, que no caso representa o amor dos dois. A vida vai levando aquele amor embora. Esta unida ao tempo, por bem ou por mal, transforma tudo, até e principalmente as relações humanas, os sentimentos e o amor.
Jeff e as Armações do Destino
3.4 315 Assista AgoraA câmera solta me agrada, mas os zoom in e zoom out constantes me incomodou bastante. Mas a história vale a pena: bonita, leve e sincera.
Precisamos Falar Sobre o Kevin
4.1 4,2K Assista AgoraNas palavras de Luiz Zanin: "É um filme que choca, em especial pela ausência de suportes explicativos. De certa forma, ficamos aliviados quando sabemos (ou julgamos saber) as razões daquilo que nos acontece. Quando isso nos é negado, o sofrimento é maior." Excelente!
Apenas uma Noite
3.5 787 Assista AgoraEntre todos os poréns do filme, achei tamanha a sutileza da diretora para o tema relacionamentos, amor, paixão, traição, fidelidade, etc... Nenhuma das personagens são idealizadas, nem os relacionamentos das mesmas, é tudo muito humano e sincero, belo mas com aquelas rachaduras que só se consegue enxergar quando olha de perto. A desconstrução do paradigma amor/fidelidade é feito com um tom muito sutil e tão honesto que chega a causar um certo desconforto no espectador. Mas tudo isso não faria deste filme tão bom se não fosse o final. O final aberto permite que a história não se encerre junto com seu tempo fílmico, a duração real do filme é o tempo que ela permanece nos pensamentos do espectador, e com o final aberto, a história não encontra um ponto final, o filme não acabou, a imagem segue em cada um que assistiu o filme. Não importa o que acontece depois, importa que as vidas seguem, de uma forma ou de outra, com momentos bons e ruins. Como já diziam, a história não acaba no fim do livro, neste caso do filme.
Sedução
3.6 567Extremamente psicológico, vamos acompanhando o enlouquecer de uma personagem completamente perturbada, manipuladora e frustrada, que projeta na nova menina, a pessoa que gostaria de ser e as aventuras que queria ter feito, ou seja, a vida que não viveu. Presa desde sempre naquele colégio, chegou para estudar e nunca mais saiu, e mesmo depois segue presa a ilha, pois tem medo de mar aberto. A personagem está aprisionada dentro de si mesma, transparecendo em suas mentiras, sua necessidade de se afirmar alguém que não é. Resumo: Eva Green rouba a cena.
Drive
3.9 3,5K Assista AgoraUm roteiro simples, que poderia ser mais um "pipocão", mas na mão do diretor certo, o qual com tamanha destreza fez toda a diferença. Os planos lentos e demorados, a sensibilidade absurda de um beijo no elevador que é quebrada abruptamente com a violência extrema - uma das cenas mais ricas do filme - as cores, os tons quentes, o neon, a noite e o silêncio. O silêncio é construído, povoado e quebrado. Personagem quieto e fechado, um relacionamento sem exageros, sem muitas palavras, seria amor? A confusão de sentimentos, de carinho e de violência dentro da personagem de Ryan, que se quer nome possui, um homem sem passado e aparentemente sem presente. Tudo no filme é bom!
Um noir tardio, como disse Luiz Zanin, um belo filme que vale ser visto e revisto, e principalmente apreciado.
Namorados para Sempre
3.6 2,5K Assista AgoraUm soco na boca do estômago.
Uma Pistola Para Ringo
3.5 20 Assista AgoraSaldo final: 130 mexicanos mortos, um ator pintado de índio, uma criança bem estranha e uma boa trilha sonora. Ah, e alguns planos sensacionais, corte pra quê?
Quebrando o Tabu
4.0 255Muito bem estruturado, o argumento se sustenta durante todo o filme trazendo questões pertinentes em relação ao consumo e descriminalização. Sem moralismo e conservadorismo, o longa-metragem conta com a participação de pessoas que são formadoras de opinão, e cada uma com seus argumentos e experiências pessoais sobre o "vício", cadeia, proibição... O diretor defende o seu ponto de vista sem receio nenhum, sem nenhuma falsa imparcialidade. Ele quer paz com as drogas, e não guerra às drogas. É a defesa de um equilíbrio, um meio-termo, de políticas públicas mais condizentes com a nossa sociedade, de assistência ao usuário e não cadeia! Ah, e tem uma animações bem realizadas para complementando os depoimentos.
Os Excêntricos Tenenbaums
4.1 856 Assista AgoraNada melhor do que a gratuidade nas atitudes dos personagens. Muito bom o filme!
Família Vende Tudo
1.9 179A sessão do filme no Cine PE foi muito boa, casa cheia e recepção do público foi ótima! O debate então, Allain Fresnot foi muito claro em suas respostas, e soube receber críticas. Teve até brinde! Hahah...