É um curta louquíssimo sobre o cinema e o fazer cinema. Tem metáforas até certo ponto, o macaco como o espectador, a loirinha como o público e etc, mas a loucura está mesmo na transgressão de um surrealismo inspirado nos anos 80. Cronenberg, Cocteau, D`Amato, Fassbinder (Querelle) e tudo que se pode imaginar.
Tá sendo vendido como o "roteiro escrito por uma inteligência artificial" mas não é bem assim. Falando assim parece que essa tal AI veio direto da NASA através de anos de pesquisa e desenvolvimento, mas o processo é muito menos glamuroso.
Repara nos padrões das falas, sabe aquela historinha de "escreva 'VOCÊ' no celular e crie uma historia com o que o auto complete sugerir?". Foi isso que eles fizeram. Eles jogaram os roteiros de sci-fy no pczinho que eles mostram no fim do vídeo, popularam ele com as palavras dos roteiros e programaram o pczinho pra apertar o botão do auto complete um monte de vezes.
Nada que qualquer um não pudesse fazer, então CALM YO TITS e sejam menas. Poderiam ter refinado isso muito melhor pra terem algo sigificativo.
Eu sei que não existe oficialmente uma explicação daquilo tudo, mas uma obra surrealista não significa que ela não tem sentido algum, então pra mim, na minha cabeça, o que eu consegui extrair de sentido foi mais ou menos isso:
O curta não está em ordem cronológica, e a primeira cena, do olho cortado representa duas coisas: o Buñuel e Dalí nos dizendo que tudo que vamos ver é surreal e justamente por isso não devemos VER como estamos acostumados a ver. E também representa o início de uma fase alucinatória da protagonista. Cronologicamente a história se passa há 16 anos atrás, onde um rapaz (vou chamá-lo de namorado da moça) também por causa de alucinações se mata.
Voltando então para o tempo do início do curta, aparece um cara de bicicleta com uma caixinha que cai e morre na frente da casa da protagonista. Ela encontra esta caixinha, e dentro dela uma gravata. A partir disso, ela começa a remontar o "namorado". A caixinha pelo que entendo é justamente o que representa essa relação/dependência/conexão com o "namorado" que outrora perdida agora começa a ser remontada após a morte do cara de bicicleta, como se esta ocasião fosse um trigger que a fez lembrar da morte do namorado. E a partir disso ela começa a ter uma série de alucinações e sonhos, que por estar atormentada, começam a se tornar pesadelos, perseguições, e ela tenta se livrar dele; da mesma forma que quando sonhamos, se estamos preocupados ou aflitos por melhor que o sonho seja bom ele vira um pesadelo.
No final então temos ela conseguindo se livrar desse tormento e até encontra um novo rapaz, com quem ela anda de mãos dadas na praia. E na própria praia ela encontra a caixinha, ou seja, a lembrança do suicídio do namorado anterior que a atormenta, destruída.
Agora não tenho A MÍNIMA ideia do que significa aquelas duas enterradas na última cena do "na primavera".
Dois Estranhos
4.2 291 Assista AgoraUm óbvio plágio daquele infinitamente melhor episódio de Além da Imaginação.
Se Algo Acontecer... Te Amo
4.2 356Tão ruim que poderia ter sido feito por uma criança e não tô falando do estilo não, falo do roteiro mesmo.
Ultra Pulpe
3.3 5 Assista AgoraTem referencias a tudo, só não tem sentido.
É um curta louquíssimo sobre o cinema e o fazer cinema. Tem metáforas até certo ponto, o macaco como o espectador, a loirinha como o público e etc, mas a loucura está mesmo na transgressão de um surrealismo inspirado nos anos 80. Cronenberg, Cocteau, D`Amato, Fassbinder (Querelle) e tudo que se pode imaginar.
Me lembrou bastante os filmes do Guy Maddin.
Sunspring
2.7 5Tá sendo vendido como o "roteiro escrito por uma inteligência artificial" mas não é bem assim. Falando assim parece que essa tal AI veio direto da NASA através de anos de pesquisa e desenvolvimento, mas o processo é muito menos glamuroso.
Repara nos padrões das falas, sabe aquela historinha de "escreva 'VOCÊ' no celular e crie uma historia com o que o auto complete sugerir?". Foi isso que eles fizeram. Eles jogaram os roteiros de sci-fy no pczinho que eles mostram no fim do vídeo, popularam ele com as palavras dos roteiros e programaram o pczinho pra apertar o botão do auto complete um monte de vezes.
Nada que qualquer um não pudesse fazer, então CALM YO TITS e sejam menas. Poderiam ter refinado isso muito melhor pra terem algo sigificativo.
Um Cão Andaluz
4.1 706Eu sei que não existe oficialmente uma explicação daquilo tudo, mas uma obra surrealista não significa que ela não tem sentido algum, então pra mim, na minha cabeça, o que eu consegui extrair de sentido foi mais ou menos isso:
O curta não está em ordem cronológica, e a primeira cena, do olho cortado representa duas coisas: o Buñuel e Dalí nos dizendo que tudo que vamos ver é surreal e justamente por isso não devemos VER como estamos acostumados a ver. E também representa o início de uma fase alucinatória da protagonista. Cronologicamente a história se passa há 16 anos atrás, onde um rapaz (vou chamá-lo de namorado da moça) também por causa de alucinações se mata.
Voltando então para o tempo do início do curta, aparece um cara de bicicleta com uma caixinha que cai e morre na frente da casa da protagonista. Ela encontra esta caixinha, e dentro dela uma gravata. A partir disso, ela começa a remontar o "namorado". A caixinha pelo que entendo é justamente o que representa essa relação/dependência/conexão com o "namorado" que outrora perdida agora começa a ser remontada após a morte do cara de bicicleta, como se esta ocasião fosse um trigger que a fez lembrar da morte do namorado. E a partir disso ela começa a ter uma série de alucinações e sonhos, que por estar atormentada, começam a se tornar pesadelos, perseguições, e ela tenta se livrar dele; da mesma forma que quando sonhamos, se estamos preocupados ou aflitos por melhor que o sonho seja bom ele vira um pesadelo.
No final então temos ela conseguindo se livrar desse tormento e até encontra um novo rapaz, com quem ela anda de mãos dadas na praia. E na própria praia ela encontra a caixinha, ou seja, a lembrança do suicídio do namorado anterior que a atormenta, destruída.
Agora não tenho A MÍNIMA ideia do que significa aquelas duas enterradas na última cena do "na primavera".