Boa tentativa, e tem suas qualidades, mas não chega lá. Muito cedo, talvez já desde o título, fica claro que o ponto da história é se o que está ocorrendo é “isso” ou “aquilo”, e infelizmente é de tal modo que qualquer desfecho será pouco impressionante. E é. Outro fato não ajuda: o filme parece fazer questão de não te deixar ver direito o que está acontecendo, com closes e enquadramentos limitados, tremores gratuitos e cortes secos arbitrários, além de um insistente silêncio antiquado, e você se pergunta se tudo isso é criação deliberada de uma “atmosfera confusa”, mero amadorismo ou alguma mistura de ambos — pois o incômodo gerado parece menos do tipo elogiável que contribui para a narrativa, e mais do tipo “falta de talento” ou “falta de recursos” mesmo (algo que senti por todo o barato, mas de resto fabuloso, Coherence). No fim das contas, é mesmo uma mistura de ambos — um ar confuso deliberado somado à falta de recursos —, o que significa que por um lado faz sentido mas, por outro, continua sendo desnecessariamente cansativo e irritante.
Ainda do lado negativo, não me agrada o fato de que o drama particular e mais mundano de Christian pareça apenas consumir tempo de tela e não se conecte de nenhuma forma substantiva ao drama do protagonista, Wyatt: uma história de 80 minutos que ainda precisa encher linguiça não é bom sinal. Já pelo lado positivo, os atores fazem um bom trabalho, o que não é pouca coisa considerando a facilidade com que filmes de terror ou suspense tem atores péssimos. Também se pode dizer que a situação do protagonista não deixa de ser interessante e até memorável. E há dois ou três momentos impactantes que são a razão de eu não me arrepender de ter visto:
Refiro-me ao primeiro momento em que a grande trama é “revelada” (de fato alucinada) no telefone; à sequência no porão onde Mara não corresponde à paranoia de Wyatt; e ao final, onde você se agarra na cadeira torcendo contra uma conclusão devastadoramente trágica e melancólica. Não creio, no fim, que esses bons momentos compensem o que, de resto, é uma experiência arrastada e pouco interessante. Talvez porque algo mais me incomode, algo que provavelmente agradará a muitos: a decisão de Christian de “ajudar” o amigo (ou será irmão?) entrando na paranoia dele, e inclusive levando isso às últimas consequências, pode parecer o melhor toque da história pra muitos, mas me atinge como demasiado implausível e irresponsável.
Vi esse filme — que, adianto, não recomendo a ninguém — por aparecer pelas mesmas listas que me indicaram três filmes fabulosos: The Shallows, Don't Breathe e The Invitation, os quais eu recomendo ver sem sequer ler a sinopse. Mas nessa dica aqui as listas falharam completamente: o filme é ridículo em todos os níveis, com premissa absurda, atuações de quinta, execução sofrível e um dos piores CGIs que já vi (em pleno 2017!). Dou estrela *e meia* apenas por um pequeno aspecto que me interessou: o personagem estabelecido como racional ao menos tem a chance de *usar* essa racionalidade, entendendo a situação e com isso se dando a melhor chance de escapar do problema...
O que, claro, acaba sendo desperdiçado quando ele acaba acreditando no que vê mesmo assim. E já que posso comentar spoiler aqui, esse é o pior tipo de vilão fantasmagórico: por que todo esse trabalho de ficar criando alucinações nas vítimas se, no final, ele pode simplesmente forçá-las a dizer seu (ridículo) nome? Por fim, o filme tem um final exatamente tão fraco e sem graça quanto lhe cabe.
P.S.: sinto que Carrie-Anne Moss (a Trinity de Matrix) fazendo figuração nesse filme é uma forma de descer ainda mais baixo na carreira do que, por exemplo, Hayden Christensen (o jovem Darth Vader) fazendo coisa alguma no cinema.
Eis um filme promissor: primeiro trabalho de Michael Haneke (do sensacional Violência Gratuita), seria um filme de found footage anterior a A Bruxa de Blair. Mas nem é. É apenas um adolescente psicopata que,
meio à toa, mata uma amiga em casa, enquanto está filmando. “Queria ver como é”, dirá depois. O resto do filme é a intriga familiar, envolvendo seus pais, sobre como lidar com o problema – o filho psicopata, a polícia, o corpo da garota, etc. Apesar do final interessante, o filme não se salva. Não pra mim.
É chatíssimo, daquele tipo de cinema europeu “pretensiosamente silencioso” do pior tipo. É preciso tentar deduzir as motivações dos personagens através de comportamentos e expressões completamente vagos; não há nada para deduzir, afinal, é tudo enrolação pedante. Ótimo pra turma do “me engana que eu gosto”. Quereria não ter perdido meu tempo.
Expectativa Correta: verei um filme chatíssimo com um final interessante, mas que não compensa.
Tinha lido duas coisas: que a ideia inicial deste filme seria contar o passado do Jigsaw, de Jogos Mortais (depois, a ideia mudou), e que era “um filme que te prendia do início ao fim” (o maior argumento para me convencer a assistir algo). Mas nesse caso era mentira. O que temos aqui é a tentativa de um novo serial killer, com um modus operandi interessante, mas é tudo absurdo demais:
encher uma casa de armadilhas (generic-Saw-style) para que a família, assim que acorde, vá se ferrando bonito; e, após torturar uns e outros, escolher um deles para levar (pois o vilão coleciona pessoas!) e matar os restantes. Por coincidência, um ladrão muito legal invade a casa justo num momento desses. E torceremos por ele, contra o Collector, até o fim do filme. O ruim é que tudo, no filme, é de segunda categoria: atuações, armadilhas, sequências estratégicas, torturas. E sobretudo o vilão: um mascarado grandalhão bem sem graça, espécie de Bane pobre. De bom, a esperteza e altruísmo do ladrão; e alguns momentos eficazes de tensão.
O final me agradou.
Expectativa Correta: verei um vilão sem sal, criando situações implausíveis, mas me distrairei um pouco.
Autêntico found footage, esse é um filme abaixo do razoável que eu só recomendaria para quem é extremely extreme fan do estilo “bruxa de blair” de cinema. A desculpa para a existência das filmagens caseiras, aqui, são as datas especiais do ano: Natal, Ano Novo, Páscoa, etc. Trata-se de uma família — pai, mãe, menino, menina — que, obviamente, decidiu ir morar num lugar completamente isolado. E que seria muito feliz se suas crianças não fossem completamente sinistras. Em pelo menos dois momentos, o filme consegue tornar realmente intrigante a natureza dessas crianças, mas fica por isso. O suposto “algo mais” que o filme se propõe ter (e que algumas pessoas elogiaram) é o conflito Fé x Razão: pois o pai é um pastor religioso e a mãe, psicanalista ateísta. Mas essa discussão é completamente superficial no filme, e só atrapalha. Ademais, o filme carrega mais no suspense e sugestão do que no choque explícito (ao contrário do que faria pensar sua primeira cena). Muitas vezes chato, e com um final genérico, além de mal atuado, o filme é um grande desperdício de potencial.
Expectativa Correta: até ficarei intrigado, mas frustrado pela direção chata e óbvia que a história toma.
Essencialmente o clichê: jovens + farra + lugar remoto + estupidez. Este aqui tem uma ou outra vantagem: premissa bem mais interessante (pessoas tornadas bonecos de cera enquanto vivas), mas desperdiçada; suspense razoável; a casa de cera é ótima; pelo menos uma situação perturbadora (se bem que enfraquecida pelo fato de o filme ser ruim). Consegue não ser chato a maior parte do tempo, ao menos. Mas inclui vilões muito burros, atuações caricaturais e umas tantas mortes ridículas. Dei excessivo crédito à boa premissa do filme, que foi mal utilizada. Não vale à pena perder esses 90 minutos, afinal.
(no caso aqui, graças a um vírus bastante agressivo)
. Este filme é o pior deles, por ser ultra genérico. Tudo é completamente previsível. E se desenrola de forma lenta, maçante. Os personagens são tipica e irritantemente estúpidos. Algumas pessoas elogiam o humor do filme: talvez funcione pra você, mas o achei deslocado e tosco. O que tem de quase bom é um início promissor e uma ou outra cena de força razoável. O final é desastroso. Por que o assisti? Após ver o clássico perturbador O Albergue, de Eli Roth, vi muitas pessoas elogiarem o trabalho inicial do diretor, que é este aqui. Uma decepção total.
Expectativa Correta: verei um ultra-clichê “terror na cabana” metido a engraçaralho.
Com orçamento aparente de 230 reais, a proposta “tudo pelo realismo” desse filme resulta num fracasso monumental. O filme mais breve-e-interminável que já vi: 70 minutos quase que só de mata embaçada e tremida — extremamente tremida! — filmada pelo que parecem ser adolescentes com mal de Parkinson. Atuações as piores possíveis. Em 95% do tempo, absolutamente nada acontece. Em meio à sonolência e tédio, consegue gerar algum suspense, alguma tensão, mas está muito longe de valer à pena. Tem um final que até seria um pouco interessante se você não estivesse irritadíssimo (além do mais, há quem descubra a “surpresa” logo de cara). Por outro lado, a estratégia realista extremista resultou em alguma coisa: nunca vi tanta gente ingênua acreditando, pra valer, que o filme se trata de realidade (o que é afirmado na capa); obviamente, estas são as pessoas que tendem a elogiar o filme.
Expectativa Correta: verei uma versão de 6ª categoria de A Bruxa de Blair.
Divertidíssimo. Conseguiu o feito de fazer um mundo agressivamente doce-e-cor-de-rosa ficar muito bonito e interessante. Fez-me sentir entrando no interior dos video-games, de fato (por exemplo, os créditos imergindo na tela de Street Fighter, num uso espetacular do 3D). História cativante, com momentos realmente significativos
Quando vou ao cinema ver um filme do Tarantino, levo sempre algumas expectativas positivas e negativas: as positivas incluem assistir a uma história de vingança que funcione instintivamente (ou, se não vingança, outra coleção de sentimentos intensos), momentos ímpares de um humor que só Tarantino proporciona, ver uma estética de violência que transforme o choque naquele barato de adrenalina (seja se identificando com o agressor [a noiva de Kill Bill], seja com a vítima [o policial em Cães de Aluguel]) e, sobretudo, ver um exercício de estilo que, vazio como seja, se pague pelo prazer que evoca; entre as negativas se contam o cansativo arrastar de várias firulas - visuais, sonoras e de diálogos - inevitavelmente previsíveis, repetitivas e clichês, que acabam sendo cometidas entre as boas. Também a típica estrutura desgastante do desenrolar da história que, quando menos esperamos, nos pede pra começar do zero. Ou o fato de que o tom cartunesco, bom como seja, geralmente atinge um excesso que enfraquece (muito) o peso da história.
E tudo isso, pontos bons e ruins, eu posso dizer sobre Django Livre. Mas em que proporções?
O arco de vingança foi bem fraco e irregular; e a estética de violência, pouco memorável. Sobre esta última, me vêm à cabeça duas cenas fortes: a luta entre os mandingos diante de Calvin Candin (DiCaprio) e os cães sendo soltos em D'Artagnan. São cenas fortes pelo que sugerem e isso é bom; elas funcionam como devem. Mas falta, ao resto do filme, algo para preencher a expectativa de violência estética - os brancos, invariavelmente, morrem às secas com um tiro. Numa crítica, Pablo Villaça fala em "um clímax longo e violento que certamente levará os fãs do diretor a orgasmos de sangue". Isso é o que faria sentido, certamente. Mas não. As duas sequências finais de violência - antes e depois de Django (Foxx) ser preso e escapar - são burocráticas, implausíveis e sem qualquer atrativo especial. Mais do mesmo, na melhor das hipóteses.
Quanto ao arco de vingança - Django vingando sua escravidão, bem como o cativeiro e os maus-tratos à sua esposa (Washington, numa interpretação visivelmente fraca) -, ele é enfraquecido de várias formas: pra começar, Django já mata parte dos culpados logo no começo do filme, sem qualquer grande impacto aí. A sensação de injustiça já cai muito nesse ponto: Django se vingou, afinal. Depois, a história nos leva até um ponto em que torcemos para tudo se resolver sem vingança alguma: só queremos que os heróis escapem de uma situação aparentemente irreversível, como quase conseguem fazer - não fosse uma provocação por um aperto de mão. Então a situação se torna, por assim dizer, "mais irreversível ainda". Vingança, no contexto do arco final, é um luxo dispensável: é obviamente estupidez querer se vingar, e o grande vilão já está morto de todo modo. Então, quando a vingança afinal chega, de modo basicamente mágico, é totalmente sem força - e realizada como tal.
Seja como for, a historinha de vingança e a violência burocrática são razoáveis e não estragam o filme. E o exercício de estilo? Tarantino tinha o faroeste e a causa negra para brincar, e o fez a contento; mas também, basicamente, vi mais do mesmo, com alguns riscos corridos pouco eficientes: o anacrônico hip hop quis soar genial, e talvez tenha soado a muitos, mas me soou estranho e deslocado - mas... melhor que nada. Câmera lenta, zooms rápidos, flashbacks em cores fortes, planos grandiloquentes: tudo já foi visto e aqui é reutilizado de forma legal. Outra vez, nada espetacular também.
Onde o filme me ganhou foi em alguns detalhes particularmente memoráveis: a hilária sequência da pré Ku Klux Klan discutindo as máscaras (o momento mais Tarantino do filme), o monólogo sofisticado sobre frenologia racista (em mais uma cena memorável de DiCaprio) e, acima de tudo, o velho escravo racista Stephen, na interpretação genial de Samuel L. Jackson: este, de fato, é o único ponto realmente acima da média no filme. E sua morte, embora quase burocrática, inclui ao menos uma fala genial e digna do personagem: "Jesus, deixe-me matar esse negro!".
Ponto imperdoavelmente fraco do filme: personagens femininas completamente tolas e coadjuvantes - definitivamente não é o que você espera ver em filmes do Tarantino. Com tudo o que se diz da tão maravilhosa "Broomhilde von Shaft", ela mesma não faz mais na trama do que a princesa do Mário faz no game; nesse ponto, Django Livre tem a estrutura do conto de fadas mais básico. Isso é realmente ruim. O filme também sofre do mesmo problema que me incomodava em O Senhor dos Anéis: Django, como Frodo, é alguém especial *de forma arbitrária*, por mera coincidência - isso é o que dá introduzir o personagem de uma forma que, em relação a história-base (a destruição do Anel, a Caça às Recompensas do Dr. King (Waltz)), é acidental.
Mas as críticas que faço ao filme são em relação às altas expectativas que Tarantino gera. Por si, o filme é ótimo. Ocorre que, sobretudo por estar envolto na questão racista, a expectativa ainda aumenta: o filme periga ser visto como veiculando algum tipo de mensagem ideológica ou política importante. Minha opinião: o filme não faz nada disso. A questão racista não faz mais do que permitir a Tarantino variar seu exercício de estilo. É basicamente escapismo puro, com alguma inevitável tirada ideológica acidental, e desimportante. Então não penso ser inteligente ver aí qualquer subtexto mais sério. E, se alguém insistir em ver tal subtexto, eu não me surpreenderia se ainda o considerasse involuntariamente racista afinal: apesar de ser superficialmente uma "vitória" (mágica) de um casal de negros num ambiente racista, fato é que enquanto a violência contra os brancos é basicamente levar tiro e morrer (praticamente um prêmio, dado o inferno que promovem), a violência contra os negros é sempre torturante e humilhante - incluindo mesmo o escravo racista Stephen. E fica por isso. A mim, está longe de saciar. Compare-se isso com a vingança *realmente eficaz e inesquecível* de Marv (Mickey Rourke) contra Kevin (Elijah Wood) em Sin City. Aquilo é uma vingança! A propósito, esse único filme de Robert Rodriguez me agrada mais que todos os filmes do Tarantino (sim, eu queria dar um jeito de dizer isso).
Depois de ficar chocado com a qualidade filosófica e a engenhosidade de 'O Planeta dos Macacos', que tirou uma nota 10 de mim, fiquei ainda mais chocado com o nível 'Aventuras em Marte do Chapolim' desse filme! Comédia involuntária... Quando terminei, desisti de ver as três sequências e corri pra ler como diabos poderia haver uma continuação, dado o final absurdo desse. Ri mais ainda! kkkkkk
Começo e final espetaculares; e a metade de acordo com minha expectativa: razoável. Surpresa muito positiva. Deu até pra simpatizar com o Mark Wahlberg!
Se você quer ficar 2 horas instigado - como eu queria - o filme funciona bem. *Pra mim* não foi tão bom, pois o final arriscado não me agradou (mas pode agradar você); e minha tolerância com furos na lógica temporal é muito baixa - mas o filme as disfarça muito bem e a maioria das pessoas não tem problema com isso.
Eu mal lembrava do filme. Revendo, foi quase como descobrir uma obra-prima (embora eu lembrasse do final)! O filme é simplesmente perfeito, do início ao fim. Minha nota era 8, sei lá por que. Subiu pra 10.
Na infância vi o segundo filme várias vezes, mas nunca tinha visto o primeiro - o que sempre foi uma frustração! Então - coragem - fui ver o primeiro filme esses dias. Depois de adulto. Pedindo pra estragar boas lembranças de um personagem! xD Felizmente, ao contrário de Gremlins (que revi tempo atrás só pra descobrir que é um lixo), O Incrível Robô (Short Circuit, 1986) é bem legal. Os "defeitos" que têm são, invariavelmente, claras vantagens para o público infantil. E o robô mesmo, o Número 5, é fascinante, fluído, expressivo e realista - dá um raro prazer ver algo assim sem 'sabor de computação gráfica'. Wall-E o copiou mas, verdade seja dita, o Número 5 já é uma leve cópia do ET, de Spielberg. Mas o maior barato do filme, pra mim, é ser ele uma mostra muito bem sucedida daquela teoria intuitiva mais ingênua da consciência: se você ganha consciência, *do nada* você passa a ser caprichoso, curioso, ético e, logo mais, compreende até o humor (no melhor momento do filme). Não funciona assim, claro, mas temos no filme uma das melhores apresentações dessa ideia (errada).
Qualquer filmes de zumbi é melhor: REC, Extermínio, Extermínio 2, Zoombieland, Resident Evil, até o péssimo REC 2 (que é ruim de um jeito que chega a ser engraçado). Zack Snyder virando sinônimo de caos irritante pra mim. Dele, só gostei de 300.
Esse TDKR é objetivamente ruim. Quem dá 10 está cego para as falhas gritantes. O mais engraçado – agora que a poeira está baixando – é ver o povo começando a dizer "Épico! O melhor filme de herói! Muito bom! Tudo bem que..." e então começa a falar mal de quase tudo no filme, kkkkk... O nerdcast é o melhor exemplo disso. Esse filme é péssimo. É só uma questão de começar a raciocinar um pouquinho. Vejamos...
Qual a razão para o vilão esperar 5 meses? "Dar esperança" às vítimas. Mas então ele faz o contrário, de um modo extremo. Como eles disfarçam isso? Não exibindo nenhum civil por 5 meses. E, seja como for, é o *tempo exato* para a recuperação implausível do herói, que escapou de uma prisão ridícula, seguindo um conselho ridículo, revelado após uma enrolação ridícula... É péssimo em todos os níveis. Depois, a vilã já sabia da conspiração Gordon-Blake para desativar a bomba pelo menos 23 dias antes. Os matou? Não. Ficou para o último dia ambos serem salvos por Batman no último segundo (após ele desenhar com gasolina um morcego na ponte, é claro - perder tempo e avisar para o Bane: organize-se! Estou chegando!).
Considere p. ex. Gordon: "vou me oferecer publicamente como líder da revolução que o Bane prometeu, porque aí ele me negará isto, e então o povo verá quem ele realmente é" – como se ver Bane matando alguém a sangue-frio após destruir dois times de futebol ao vivo não fosse o suficiente para o povo saber! É ULTRA patético.
E a mulher-gato? Por que entrega Wayne, se ela queria a Ficha Limpa? "Para pararem de ameaçar minha vida". Mas por que diabos Bane & cia. quereriam matá-la? É um roteiro caindo aos pedaços. Aí Wayne volta (como?) do Oriente e procura a mulher-gato. Por quê? Não só confiar nela é ridículo. Não há qualquer razão de ela estar em melhor posição que o próprio Wayne para encontrar Lucius Fox - que, diga-se, obviamente deveria estar morto se Talia tivesse a inteligência de uma barata.
E a trama fucking-ridícula de derrubar a grana de Wayne através de roubar suas digitais? Como assim "vai demorar pra provar a farsa" se o mundo inteiro viu Bane fazer a transação do modo mais escandaloso possível? Até a ação tem momentos tosquíssimos, como a polícia armar as rampas que permitem a escapada de Bane. Não é um filme razoável ou fraco. É ruim pra caralho. E eu não disse a metade. Exemplo? Por que Talia ñ entra no caminhão, mata Gordon e detona a bomba? Está fugindo pra onde? De quem? Enfim, o nível é esse em quase tudo no filme...
E esse é meu segundo comentário aqui. Repito abaixo o anterior:
Inutilmente complexo. Cansativo. Ação confusa e pouco inspirada. Caos irritante com música épica forçando a barra, foi o que vi. Batman? Só em duas cenas de boxe. Um romance absurdo vindo do nada. Um vilão completamente inexpressivo (ñ só literalmente), com história e motivações patéticas e repetidas (simplesmente resgataram o pouco de ruim que havia no primeiro filme - Liga das Sombras - e fizeram disso o centro do filme e da trilogia). Final: o ultra-clichê de evitar a explosão da bomba que destruirá a cidade, com direito a cronômetro e solução de última hora. Fucking putz.
Imperdoável: vilão que perde, após ter a vitória 200% na mão, pela simples frescura de 'saborear a vitória' (tentaram tornar isso respeitável como sendo 'a filosofia do vilão', mas não dá pra fazer mágica com uma premissa tão ruim, típica do Esqueleto do He-Man). Aliás, o pior plano de vilão ever: destruir a cidade mas antes "dar esperança às vítimas". E como? Deixando a cidade destruída, bloqueada e aterrorizante, libertando milhares de assassinos e psicopatas. Genial. E por quanto tempo? 5 meses! Tempo *exato* para o Batman, que devia ter ficado tetraplégico, malhar e se fortalecer (numa tosca 'prisão aberta' onde mal havia alimentação pra sobreviver) e ouvir a dica ridícula (que o Mestre dos Magos, após meses de enrolação, teve a boa vontade de falar sem rodeios) de como escapar de um lugar do qual até uma criança escapou com um simples salto! É inconcebivelmente ruim: todo o papo-furado pseudosofisticado (e há muito dele) não maquia o ridículo dessa trama.
Mais clichês e problemas? Pessoas cruciais salvas no último segundo: duas ou três vezes. Batman a pé, tentando resolver tudo no braço (seu papel concreto de herói se resume a isso aqui, e mal, porque ele perde os dois confrontos!). Além do mais, as lutas são contextualmente absurdas: se o objetivo é matar o Bane, sair no braço com ele - além de simplesmente ir visitá-lo no esgoto com uma ladra- é obviamente a pior ideia possível. E a mulher-gato, com um simples tiro, provou ter um QI acima de 50 nesse ponto (ao contrário do herói). Pela primeira vez, aliás, achei um herói fantasiado deslocado e ridículo.
Mais: Policiais 'bravamente' (leia-se, estupidamente), indo em direção às balas. Um veículo voador que foge ao realismo da trilogia (comecei a achar o filme ruim quando ele apareceu: de repente parecia um filme do Michael Bay), e é a solução Ex Machina para salvar o dia no último minuto. Péssimo. Batman se fodendo porque confia numa ladra dissimulada (que já lhe roubara duas vezes). Putz. Ela o deixa pra morrer. Aí ele vai e confia de novo! Puta que o pariu. E dá certo!! Não fode, Nolan. Não satisfeito, ainda faz ela virar a gratuita namorada do Batman.
Pouco tempo para desarmar uma bomba? Vamos fazer um morcego gigante de fogo, olímpico, no alto de um prédio! E os diálogos profundos? "- Veio aqui se foder de vez na minha mão, Bátema?", "- Não! Eu vim aqui te matar! Aaaaahhh!" Era tudo o que se esperava após os inesquecíveis duelos psicológicos com o Coringa, não?
E Alfred? Foi brilhante esconder de Wayne, no filme passado, o fora da Rachel. Mas SAIR DA VIDA de Wayne por revelar essa verdade? Dramalhão deslocado e inverossímil. O mesmo pode ser dito da bronca de Blake em Gordon: sério? Só porque Gordon contou uma mentira - que foi ideia do Batman! - cuja consequência foi... (!!) *eliminar o crime de Gotham*? Esse é o grande padrão moral de Blake?
Como veem, tudo me soou fraco, menor, pobre. Uns erros piorando minha tolerância aos outros, pelo visto, me fizeram cruzar o limiar e a obra desabou pra mim. O resto das pessoas parece ter conseguido se equilibrar numa visão positiva do filme. Minha aposta? Entusiasmo e hype. O futuro dirá que esse é outro Matrix Revolutions, outro Spiderman 3.
E, claro, as revelações bombasticaralhas do fim: Talia! Robin! Batman (milagrosamente) não morreu! (e ainda ganhou estátua) Depois de 2h30min da aporrinhação acima, só deu pra rir da pretensão.
E, muito claro, acho o Batman anterior (Coringa) uma obra-prima nota 10. Esse? Nota 3. Ainda tem um vago sabor de Batman, apesar de tudo... (além disso, acho o Batman Begins um 8).
Matem-me. Mas eu prefiro a (perfeita) eficácia lúdica de Avengers do que a (mal realizada) burocracia séria de The Dark Knight Rises, com sua pseudo-sofisticação. Estou chocado. É um filme... RUIM! :O
Inutilmente complexo. Cansativo. Ação confusa e pouco inspirada. Caos irritante com música épica forçando a barra, foi o que vi. Batman? Só em duas cenas de boxe. Um romance absurdo vindo do nada. Um vilão completamente inexpressivo (ñ só literalmente), com história e motivações patéticas e repetidas (simplesmente resgataram o pouco de ruim que havia no primeiro filme e tornaram isso o centro do filme e da trilogia). Final: o ultra-clichê de evitar a explosão da bomba que destruirá a cidade, com direito a cronômetro e solução de última hora. Fucking putz.
Imperdoável: vilão que perde, após ter a vitória 200% na mão, pela simples frescura de 'saborear a vitória' (tentaram tornar isso respeitável como sendo 'a filosofia do vilão', mas não dá pra fazer mágica com uma premissa tão ruim, típica do Esqueleto do He-Man). Aliás, o pior plano de vilão ever: destruir a cidade mas antes "dar esperança às vítimas". E como? Deixando a cidade destruída, bloqueada e aterrorizante, libertando milhares de assassinos e psicopatas. Genial. E por quanto tempo? 5 meses! Tempo *exato* para o Batman, que devia ter ficado tetraplégico, malhar e se fortalecer (numa tosca 'prisão aberta' onde mal havia alimentação pra sobreviver) e ouvir a dica ridícula (que o Mestre dos Magos, após meses de enrolação, teve a boa vontade de falar sem rodeios) de como escapar de um lugar do qual até uma criança escapou com um simples salto! É inconcebivelmente ruim: todo o papo-furado pseudosofisticado (e há muito dele) não maquia o ridículo dessa trama.
Mais clichês e problemas? Pessoas cruciais salvas no último segundo: duas ou três vezes. Batman a pé, tentando resolver tudo no braço (seu papel concreto de herói se resume a isso aqui, e mal, porque ele perde os dois confrontos!). Além do mais, as lutas são contextualmente absurdas: se o objetivo é matar o Bane, sair no braço com ele - além de simplesmente ir visitá-lo no esgoto com uma ladra- é obviamente a pior ideia possível. E a mulher-gato, com um simples tiro, provou ter um QI acima de 50 nesse ponto (ao contrário do herói). Pela primeira vez, aliás, achei um herói fantasiado deslocado e ridículo.
Mais: Policiais 'bravamente' (leia-se, estupidamente), indo em direção às balas. Um veículo voador que foge ao realismo da trilogia (comecei a achar o filme ruim quando ele apareceu: de repente parecia um filme do Michael Bay), e é a solução Ex Machina para salvar o dia no último minuto. Péssimo. Batman se fodendo porque confia numa ladra dissimulada (que já lhe roubara duas vezes). Putz. Ela o deixa pra morrer. Aí ele vai e confia de novo! Puta que o pariu. E dá certo!! Não fode, Nolan. Não satisfeito, ainda faz ela virar a gratuita namorada do Batman.
Pouco tempo para desarmar uma bomba? Vamos fazer um morcego gigante de fogo, olímpico, no alto de um prédio! E os diálogos profundos? "- Veio aqui se foder de vez na minha mão, Bátema?", "- Não! Eu vim aqui te matar! Aaaaahhh!" Era tudo o que se esperava após os inesquecíveis duelos psicológicos com o Coringa, não?
E Alfred? Foi brilhante esconder de Wayne, no filme passado, o fora da Rachel. Mas SAIR DA VIDA de Wayne por revelar essa verdade? Dramalhão deslocado e inverossímil. O mesmo pode ser dito da bronca de Blake em Gordon: sério? Só porque Gordon contou uma mentira - que foi ideia do Batman! - cuja consequência foi... (!!) *eliminar o crime de Gotham*? Esse é o grande padrão moral de Blake?
Como veem, tudo me soou fraco, menor, pobre. Uns erros piorando minha tolerância aos outros, pelo visto, me fizeram cruzar o limiar e a obra desabou pra mim. O resto das pessoas parece ter conseguido se equilibrar numa visão positiva do filme. Minha aposta? Entusiasmo e hype. O futuro dirá que esse é outro Matrix Revolutions, outro Spiderman 3.
E, claro, as revelações bombasticaralhas do fim: Talia! Robin! Batman (milagrosamente) não morreu! (e ainda ganhou estátua) Depois de 2h30min da aporrinhação acima, só deu pra rir da pretensão.
E, muito claro, acho o Batman anterior (Coringa) uma obra-prima nota 10. Esse? Nota 3. Ainda tem um vago sabor de Batman, apesar de tudo... (além disso, acho o Batman Begins um 8).
They Look Like People
3.1 59Boa tentativa, e tem suas qualidades, mas não chega lá. Muito cedo, talvez já desde o título, fica claro que o ponto da história é se o que está ocorrendo é “isso” ou “aquilo”, e infelizmente é de tal modo que qualquer desfecho será pouco impressionante. E é. Outro fato não ajuda: o filme parece fazer questão de não te deixar ver direito o que está acontecendo, com closes e enquadramentos limitados, tremores gratuitos e cortes secos arbitrários, além de um insistente silêncio antiquado, e você se pergunta se tudo isso é criação deliberada de uma “atmosfera confusa”, mero amadorismo ou alguma mistura de ambos — pois o incômodo gerado parece menos do tipo elogiável que contribui para a narrativa, e mais do tipo “falta de talento” ou “falta de recursos” mesmo (algo que senti por todo o barato, mas de resto fabuloso, Coherence). No fim das contas, é mesmo uma mistura de ambos — um ar confuso deliberado somado à falta de recursos —, o que significa que por um lado faz sentido mas, por outro, continua sendo desnecessariamente cansativo e irritante.
Ainda do lado negativo, não me agrada o fato de que o drama particular e mais mundano de Christian pareça apenas consumir tempo de tela e não se conecte de nenhuma forma substantiva ao drama do protagonista, Wyatt: uma história de 80 minutos que ainda precisa encher linguiça não é bom sinal. Já pelo lado positivo, os atores fazem um bom trabalho, o que não é pouca coisa considerando a facilidade com que filmes de terror ou suspense tem atores péssimos. Também se pode dizer que a situação do protagonista não deixa de ser interessante e até memorável. E há dois ou três momentos impactantes que são a razão de eu não me arrepender de ter visto:
Refiro-me ao primeiro momento em que a grande trama é “revelada” (de fato alucinada) no telefone; à sequência no porão onde Mara não corresponde à paranoia de Wyatt; e ao final, onde você se agarra na cadeira torcendo contra uma conclusão devastadoramente trágica e melancólica. Não creio, no fim, que esses bons momentos compensem o que, de resto, é uma experiência arrastada e pouco interessante. Talvez porque algo mais me incomode, algo que provavelmente agradará a muitos: a decisão de Christian de “ajudar” o amigo (ou será irmão?) entrando na paranoia dele, e inclusive levando isso às últimas consequências, pode parecer o melhor toque da história pra muitos, mas me atinge como demasiado implausível e irresponsável.
Nunca Diga Seu Nome
2.2 468 Assista AgoraVi esse filme — que, adianto, não recomendo a ninguém — por aparecer pelas mesmas listas que me indicaram três filmes fabulosos: The Shallows, Don't Breathe e The Invitation, os quais eu recomendo ver sem sequer ler a sinopse. Mas nessa dica aqui as listas falharam completamente: o filme é ridículo em todos os níveis, com premissa absurda, atuações de quinta, execução sofrível e um dos piores CGIs que já vi (em pleno 2017!). Dou estrela *e meia* apenas por um pequeno aspecto que me interessou: o personagem estabelecido como racional ao menos tem a chance de *usar* essa racionalidade, entendendo a situação e com isso se dando a melhor chance de escapar do problema...
O que, claro, acaba sendo desperdiçado quando ele acaba acreditando no que vê mesmo assim. E já que posso comentar spoiler aqui, esse é o pior tipo de vilão fantasmagórico: por que todo esse trabalho de ficar criando alucinações nas vítimas se, no final, ele pode simplesmente forçá-las a dizer seu (ridículo) nome? Por fim, o filme tem um final exatamente tão fraco e sem graça quanto lhe cabe.
P.S.: sinto que Carrie-Anne Moss (a Trinity de Matrix) fazendo figuração nesse filme é uma forma de descer ainda mais baixo na carreira do que, por exemplo, Hayden Christensen (o jovem Darth Vader) fazendo coisa alguma no cinema.
O Vídeo de Benny
3.6 231Eis um filme promissor: primeiro trabalho de Michael Haneke (do sensacional Violência Gratuita), seria um filme de found footage anterior a A Bruxa de Blair. Mas nem é. É apenas um adolescente psicopata que,
meio à toa, mata uma amiga em casa, enquanto está filmando. “Queria ver como é”, dirá depois. O resto do filme é a intriga familiar, envolvendo seus pais, sobre como lidar com o problema – o filho psicopata, a polícia, o corpo da garota, etc. Apesar do final interessante, o filme não se salva. Não pra mim.
Expectativa Correta: verei um filme chatíssimo com um final interessante, mas que não compensa.
O Colecionador de Corpos
3.3 765 Assista AgoraTinha lido duas coisas: que a ideia inicial deste filme seria contar o passado do Jigsaw, de Jogos Mortais (depois, a ideia mudou), e que era “um filme que te prendia do início ao fim” (o maior argumento para me convencer a assistir algo). Mas nesse caso era mentira. O que temos aqui é a tentativa de um novo serial killer, com um modus operandi interessante, mas é tudo absurdo demais:
encher uma casa de armadilhas (generic-Saw-style) para que a família, assim que acorde, vá se ferrando bonito; e, após torturar uns e outros, escolher um deles para levar (pois o vilão coleciona pessoas!) e matar os restantes. Por coincidência, um ladrão muito legal invade a casa justo num momento desses. E torceremos por ele, contra o Collector, até o fim do filme. O ruim é que tudo, no filme, é de segunda categoria: atuações, armadilhas, sequências estratégicas, torturas. E sobretudo o vilão: um mascarado grandalhão bem sem graça, espécie de Bane pobre. De bom, a esperteza e altruísmo do ladrão; e alguns momentos eficazes de tensão.
Expectativa Correta: verei um vilão sem sal, criando situações implausíveis, mas me distrairei um pouco.
Filme Caseiro
2.7 49Autêntico found footage, esse é um filme abaixo do razoável que eu só recomendaria para quem é extremely extreme fan do estilo “bruxa de blair” de cinema. A desculpa para a existência das filmagens caseiras, aqui, são as datas especiais do ano: Natal, Ano Novo, Páscoa, etc. Trata-se de uma família — pai, mãe, menino, menina — que, obviamente, decidiu ir morar num lugar completamente isolado. E que seria muito feliz se suas crianças não fossem completamente sinistras. Em pelo menos dois momentos, o filme consegue tornar realmente intrigante a natureza dessas crianças, mas fica por isso. O suposto “algo mais” que o filme se propõe ter (e que algumas pessoas elogiaram) é o conflito Fé x Razão: pois o pai é um pastor religioso e a mãe, psicanalista ateísta. Mas essa discussão é completamente superficial no filme, e só atrapalha. Ademais, o filme carrega mais no suspense e sugestão do que no choque explícito (ao contrário do que faria pensar sua primeira cena). Muitas vezes chato, e com um final genérico, além de mal atuado, o filme é um grande desperdício de potencial.
Expectativa Correta: até ficarei intrigado, mas frustrado pela direção chata e óbvia que a história toma.
A Casa de Cera
3.1 2,1K Assista AgoraEssencialmente o clichê: jovens + farra + lugar remoto + estupidez. Este aqui tem uma ou outra vantagem: premissa bem mais interessante (pessoas tornadas bonecos de cera enquanto vivas), mas desperdiçada; suspense razoável; a casa de cera é ótima; pelo menos uma situação perturbadora (se bem que enfraquecida pelo fato de o filme ser ruim). Consegue não ser chato a maior parte do tempo, ao menos. Mas inclui vilões muito burros, atuações caricaturais e umas tantas mortes ridículas. Dei excessivo crédito à boa premissa do filme, que foi mal utilizada. Não vale à pena perder esses 90 minutos, afinal.
Cabana do Inferno
2.7 341 Assista AgoraInevitavelmente vi alguns filmes de adolescentes indo fazer farra e sexo em alguma cabana isolada, e se dando mal
(no caso aqui, graças a um vírus bastante agressivo)
Expectativa Correta: verei um ultra-clichê “terror na cabana” metido a engraçaralho.
O Misterioso Assassinato de Uma Família
2.9 187 Assista AgoraCom orçamento aparente de 230 reais, a proposta “tudo pelo realismo” desse filme resulta num fracasso monumental. O filme mais breve-e-interminável que já vi: 70 minutos quase que só de mata embaçada e tremida — extremamente tremida! — filmada pelo que parecem ser adolescentes com mal de Parkinson. Atuações as piores possíveis. Em 95% do tempo, absolutamente nada acontece. Em meio à sonolência e tédio, consegue gerar algum suspense, alguma tensão, mas está muito longe de valer à pena. Tem um final que até seria um pouco interessante se você não estivesse irritadíssimo (além do mais, há quem descubra a “surpresa” logo de cara). Por outro lado, a estratégia realista extremista resultou em alguma coisa: nunca vi tanta gente ingênua acreditando, pra valer, que o filme se trata de realidade (o que é afirmado na capa); obviamente, estas são as pessoas que tendem a elogiar o filme.
Expectativa Correta: verei uma versão de 6ª categoria de A Bruxa de Blair.
Detona Ralph
3.9 2,6K Assista AgoraDivertidíssimo. Conseguiu o feito de fazer um mundo agressivamente doce-e-cor-de-rosa ficar muito bonito e interessante. Fez-me sentir entrando no interior dos video-games, de fato (por exemplo, os créditos imergindo na tela de Street Fighter, num uso espetacular do 3D). História cativante, com momentos realmente significativos
(fazer o melhor por alguém = receber ódio desse alguém).
Final Fantasy
2.8 211 Assista AgoraLiteralmente esquecível. Só lembrei de cadastrá-lo por uma coincidência.
Django Livre
4.4 5,8K Assista AgoraQuando vou ao cinema ver um filme do Tarantino, levo sempre algumas expectativas positivas e negativas: as positivas incluem assistir a uma história de vingança que funcione instintivamente (ou, se não vingança, outra coleção de sentimentos intensos), momentos ímpares de um humor que só Tarantino proporciona, ver uma estética de violência que transforme o choque naquele barato de adrenalina (seja se identificando com o agressor [a noiva de Kill Bill], seja com a vítima [o policial em Cães de Aluguel]) e, sobretudo, ver um exercício de estilo que, vazio como seja, se pague pelo prazer que evoca; entre as negativas se contam o cansativo arrastar de várias firulas - visuais, sonoras e de diálogos - inevitavelmente previsíveis, repetitivas e clichês, que acabam sendo cometidas entre as boas. Também a típica estrutura desgastante do desenrolar da história que, quando menos esperamos, nos pede pra começar do zero. Ou o fato de que o tom cartunesco, bom como seja, geralmente atinge um excesso que enfraquece (muito) o peso da história.
E tudo isso, pontos bons e ruins, eu posso dizer sobre Django Livre. Mas em que proporções?
O arco de vingança foi bem fraco e irregular; e a estética de violência, pouco memorável. Sobre esta última, me vêm à cabeça duas cenas fortes: a luta entre os mandingos diante de Calvin Candin (DiCaprio) e os cães sendo soltos em D'Artagnan. São cenas fortes pelo que sugerem e isso é bom; elas funcionam como devem. Mas falta, ao resto do filme, algo para preencher a expectativa de violência estética - os brancos, invariavelmente, morrem às secas com um tiro. Numa crítica, Pablo Villaça fala em "um clímax longo e violento que certamente levará os fãs do diretor a orgasmos de sangue". Isso é o que faria sentido, certamente. Mas não. As duas sequências finais de violência - antes e depois de Django (Foxx) ser preso e escapar - são burocráticas, implausíveis e sem qualquer atrativo especial. Mais do mesmo, na melhor das hipóteses.
Quanto ao arco de vingança - Django vingando sua escravidão, bem como o cativeiro e os maus-tratos à sua esposa (Washington, numa interpretação visivelmente fraca) -, ele é enfraquecido de várias formas: pra começar, Django já mata parte dos culpados logo no começo do filme, sem qualquer grande impacto aí. A sensação de injustiça já cai muito nesse ponto: Django se vingou, afinal. Depois, a história nos leva até um ponto em que torcemos para tudo se resolver sem vingança alguma: só queremos que os heróis escapem de uma situação aparentemente irreversível, como quase conseguem fazer - não fosse uma provocação por um aperto de mão. Então a situação se torna, por assim dizer, "mais irreversível ainda". Vingança, no contexto do arco final, é um luxo dispensável: é obviamente estupidez querer se vingar, e o grande vilão já está morto de todo modo. Então, quando a vingança afinal chega, de modo basicamente mágico, é totalmente sem força - e realizada como tal.
Seja como for, a historinha de vingança e a violência burocrática são razoáveis e não estragam o filme. E o exercício de estilo? Tarantino tinha o faroeste e a causa negra para brincar, e o fez a contento; mas também, basicamente, vi mais do mesmo, com alguns riscos corridos pouco eficientes: o anacrônico hip hop quis soar genial, e talvez tenha soado a muitos, mas me soou estranho e deslocado - mas... melhor que nada. Câmera lenta, zooms rápidos, flashbacks em cores fortes, planos grandiloquentes: tudo já foi visto e aqui é reutilizado de forma legal. Outra vez, nada espetacular também.
Onde o filme me ganhou foi em alguns detalhes particularmente memoráveis: a hilária sequência da pré Ku Klux Klan discutindo as máscaras (o momento mais Tarantino do filme), o monólogo sofisticado sobre frenologia racista (em mais uma cena memorável de DiCaprio) e, acima de tudo, o velho escravo racista Stephen, na interpretação genial de Samuel L. Jackson: este, de fato, é o único ponto realmente acima da média no filme. E sua morte, embora quase burocrática, inclui ao menos uma fala genial e digna do personagem: "Jesus, deixe-me matar esse negro!".
Ponto imperdoavelmente fraco do filme: personagens femininas completamente tolas e coadjuvantes - definitivamente não é o que você espera ver em filmes do Tarantino. Com tudo o que se diz da tão maravilhosa "Broomhilde von Shaft", ela mesma não faz mais na trama do que a princesa do Mário faz no game; nesse ponto, Django Livre tem a estrutura do conto de fadas mais básico. Isso é realmente ruim. O filme também sofre do mesmo problema que me incomodava em O Senhor dos Anéis: Django, como Frodo, é alguém especial *de forma arbitrária*, por mera coincidência - isso é o que dá introduzir o personagem de uma forma que, em relação a história-base (a destruição do Anel, a Caça às Recompensas do Dr. King (Waltz)), é acidental.
Mas as críticas que faço ao filme são em relação às altas expectativas que Tarantino gera. Por si, o filme é ótimo. Ocorre que, sobretudo por estar envolto na questão racista, a expectativa ainda aumenta: o filme periga ser visto como veiculando algum tipo de mensagem ideológica ou política importante. Minha opinião: o filme não faz nada disso. A questão racista não faz mais do que permitir a Tarantino variar seu exercício de estilo. É basicamente escapismo puro, com alguma inevitável tirada ideológica acidental, e desimportante. Então não penso ser inteligente ver aí qualquer subtexto mais sério. E, se alguém insistir em ver tal subtexto, eu não me surpreenderia se ainda o considerasse involuntariamente racista afinal: apesar de ser superficialmente uma "vitória" (mágica) de um casal de negros num ambiente racista, fato é que enquanto a violência contra os brancos é basicamente levar tiro e morrer (praticamente um prêmio, dado o inferno que promovem), a violência contra os negros é sempre torturante e humilhante - incluindo mesmo o escravo racista Stephen. E fica por isso. A mim, está longe de saciar. Compare-se isso com a vingança *realmente eficaz e inesquecível* de Marv (Mickey Rourke) contra Kevin (Elijah Wood) em Sin City. Aquilo é uma vingança! A propósito, esse único filme de Robert Rodriguez me agrada mais que todos os filmes do Tarantino (sim, eu queria dar um jeito de dizer isso).
Nota: 7,5
De Volta ao Planeta dos Macacos
3.3 212 Assista AgoraDepois de ficar chocado com a qualidade filosófica e a engenhosidade de 'O Planeta dos Macacos', que tirou uma nota 10 de mim, fiquei ainda mais chocado com o nível 'Aventuras em Marte do Chapolim' desse filme! Comédia involuntária... Quando terminei, desisti de ver as três sequências e corri pra ler como diabos poderia haver uma continuação, dado o final absurdo desse. Ri mais ainda! kkkkkk
Ted
3.1 3,4K Assista AgoraComeço e final espetaculares; e a metade de acordo com minha expectativa: razoável. Surpresa muito positiva. Deu até pra simpatizar com o Mark Wahlberg!
Looper: Assassinos do Futuro
3.6 2,1KSe você quer ficar 2 horas instigado - como eu queria - o filme funciona bem. *Pra mim* não foi tão bom, pois o final arriscado não me agradou (mas pode agradar você); e minha tolerância com furos na lógica temporal é muito baixa - mas o filme as disfarça muito bem e a maioria das pessoas não tem problema com isso.
Seven: Os Sete Crimes Capitais
4.3 2,7K Assista AgoraEu mal lembrava do filme. Revendo, foi quase como descobrir uma obra-prima (embora eu lembrasse do final)! O filme é simplesmente perfeito, do início ao fim. Minha nota era 8, sei lá por que. Subiu pra 10.
Um Robô em Curto Circuito
3.4 163Na infância vi o segundo filme várias vezes, mas nunca tinha visto o primeiro - o que sempre foi uma frustração! Então - coragem - fui ver o primeiro filme esses dias. Depois de adulto. Pedindo pra estragar boas lembranças de um personagem! xD Felizmente, ao contrário de Gremlins (que revi tempo atrás só pra descobrir que é um lixo), O Incrível Robô (Short Circuit, 1986) é bem legal. Os "defeitos" que têm são, invariavelmente, claras vantagens para o público infantil. E o robô mesmo, o Número 5, é fascinante, fluído, expressivo e realista - dá um raro prazer ver algo assim sem 'sabor de computação gráfica'. Wall-E o copiou mas, verdade seja dita, o Número 5 já é uma leve cópia do ET, de Spielberg. Mas o maior barato do filme, pra mim, é ser ele uma mostra muito bem sucedida daquela teoria intuitiva mais ingênua da consciência: se você ganha consciência, *do nada* você passa a ser caprichoso, curioso, ético e, logo mais, compreende até o humor (no melhor momento do filme). Não funciona assim, claro, mas temos no filme uma das melhores apresentações dessa ideia (errada).
Madrugada dos Mortos
3.5 1,4K Assista AgoraQualquer filmes de zumbi é melhor: REC, Extermínio, Extermínio 2, Zoombieland, Resident Evil, até o péssimo REC 2 (que é ruim de um jeito que chega a ser engraçado). Zack Snyder virando sinônimo de caos irritante pra mim. Dele, só gostei de 300.
O Ditador
3.2 1,8K Assista AgoraLegalzinho. Mas nada como Borat (perfeito) e Bruno (sensacional).
Os Mercenários 2
3.5 2,3K Assista AgoraDetestei o primeiro, mas esse é um marco da auto-paródia! :D
Sucker Punch: Mundo Surreal
3.4 3,1K Assista AgoraZack Snyder conseguiu o absurdo de fazer eu detestar um filme cheio de adolescentes seminuas!
American Pie: O Reencontro
3.4 1,8K Assista AgoraDivertido e - com o perdão do paradoxo - levemente pesado. Digno da franquia. Que venham outros!
Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge
4.2 6,4K Assista AgoraEsse TDKR é objetivamente ruim. Quem dá 10 está cego para as falhas gritantes. O mais engraçado – agora que a poeira está baixando – é ver o povo começando a dizer "Épico! O melhor filme de herói! Muito bom! Tudo bem que..." e então começa a falar mal de quase tudo no filme, kkkkk... O nerdcast é o melhor exemplo disso. Esse filme é péssimo. É só uma questão de começar a raciocinar um pouquinho. Vejamos...
Qual a razão para o vilão esperar 5 meses? "Dar esperança" às vítimas. Mas então ele faz o contrário, de um modo extremo. Como eles disfarçam isso? Não exibindo nenhum civil por 5 meses. E, seja como for, é o *tempo exato* para a recuperação implausível do herói, que escapou de uma prisão ridícula, seguindo um conselho ridículo, revelado após uma enrolação ridícula... É péssimo em todos os níveis. Depois, a vilã já sabia da conspiração Gordon-Blake para desativar a bomba pelo menos 23 dias antes. Os matou? Não. Ficou para o último dia ambos serem salvos por Batman no último segundo (após ele desenhar com gasolina um morcego na ponte, é claro - perder tempo e avisar para o Bane: organize-se! Estou chegando!).
Considere p. ex. Gordon: "vou me oferecer publicamente como líder da revolução que o Bane prometeu, porque aí ele me negará isto, e então o povo verá quem ele realmente é" – como se ver Bane matando alguém a sangue-frio após destruir dois times de futebol ao vivo não fosse o suficiente para o povo saber! É ULTRA patético.
E a mulher-gato? Por que entrega Wayne, se ela queria a Ficha Limpa? "Para pararem de ameaçar minha vida". Mas por que diabos Bane & cia. quereriam matá-la? É um roteiro caindo aos pedaços. Aí Wayne volta (como?) do Oriente e procura a mulher-gato. Por quê? Não só confiar nela é ridículo. Não há qualquer razão de ela estar em melhor posição que o próprio Wayne para encontrar Lucius Fox - que, diga-se, obviamente deveria estar morto se Talia tivesse a inteligência de uma barata.
E a trama fucking-ridícula de derrubar a grana de Wayne através de roubar suas digitais? Como assim "vai demorar pra provar a farsa" se o mundo inteiro viu Bane fazer a transação do modo mais escandaloso possível? Até a ação tem momentos tosquíssimos, como a polícia armar as rampas que permitem a escapada de Bane. Não é um filme razoável ou fraco. É ruim pra caralho. E eu não disse a metade. Exemplo? Por que Talia ñ entra no caminhão, mata Gordon e detona a bomba? Está fugindo pra onde? De quem? Enfim, o nível é esse em quase tudo no filme...
E esse é meu segundo comentário aqui. Repito abaixo o anterior:
Inutilmente complexo. Cansativo. Ação confusa e pouco inspirada. Caos irritante com música épica forçando a barra, foi o que vi. Batman? Só em duas cenas de boxe. Um romance absurdo vindo do nada. Um vilão completamente inexpressivo (ñ só literalmente), com história e motivações patéticas e repetidas (simplesmente resgataram o pouco de ruim que havia no primeiro filme - Liga das Sombras - e fizeram disso o centro do filme e da trilogia). Final: o ultra-clichê de evitar a explosão da bomba que destruirá a cidade, com direito a cronômetro e solução de última hora. Fucking putz.
Imperdoável: vilão que perde, após ter a vitória 200% na mão, pela simples frescura de 'saborear a vitória' (tentaram tornar isso respeitável como sendo 'a filosofia do vilão', mas não dá pra fazer mágica com uma premissa tão ruim, típica do Esqueleto do He-Man). Aliás, o pior plano de vilão ever: destruir a cidade mas antes "dar esperança às vítimas". E como? Deixando a cidade destruída, bloqueada e aterrorizante, libertando milhares de assassinos e psicopatas. Genial. E por quanto tempo? 5 meses! Tempo *exato* para o Batman, que devia ter ficado tetraplégico, malhar e se fortalecer (numa tosca 'prisão aberta' onde mal havia alimentação pra sobreviver) e ouvir a dica ridícula (que o Mestre dos Magos, após meses de enrolação, teve a boa vontade de falar sem rodeios) de como escapar de um lugar do qual até uma criança escapou com um simples salto! É inconcebivelmente ruim: todo o papo-furado pseudosofisticado (e há muito dele) não maquia o ridículo dessa trama.
Mais clichês e problemas? Pessoas cruciais salvas no último segundo: duas ou três vezes. Batman a pé, tentando resolver tudo no braço (seu papel concreto de herói se resume a isso aqui, e mal, porque ele perde os dois confrontos!). Além do mais, as lutas são contextualmente absurdas: se o objetivo é matar o Bane, sair no braço com ele - além de simplesmente ir visitá-lo no esgoto com uma ladra- é obviamente a pior ideia possível. E a mulher-gato, com um simples tiro, provou ter um QI acima de 50 nesse ponto (ao contrário do herói). Pela primeira vez, aliás, achei um herói fantasiado deslocado e ridículo.
Mais: Policiais 'bravamente' (leia-se, estupidamente), indo em direção às balas. Um veículo voador que foge ao realismo da trilogia (comecei a achar o filme ruim quando ele apareceu: de repente parecia um filme do Michael Bay), e é a solução Ex Machina para salvar o dia no último minuto. Péssimo. Batman se fodendo porque confia numa ladra dissimulada (que já lhe roubara duas vezes). Putz. Ela o deixa pra morrer. Aí ele vai e confia de novo! Puta que o pariu. E dá certo!! Não fode, Nolan. Não satisfeito, ainda faz ela virar a gratuita namorada do Batman.
Pouco tempo para desarmar uma bomba? Vamos fazer um morcego gigante de fogo, olímpico, no alto de um prédio! E os diálogos profundos? "- Veio aqui se foder de vez na minha mão, Bátema?", "- Não! Eu vim aqui te matar! Aaaaahhh!" Era tudo o que se esperava após os inesquecíveis duelos psicológicos com o Coringa, não?
E Alfred? Foi brilhante esconder de Wayne, no filme passado, o fora da Rachel. Mas SAIR DA VIDA de Wayne por revelar essa verdade? Dramalhão deslocado e inverossímil. O mesmo pode ser dito da bronca de Blake em Gordon: sério? Só porque Gordon contou uma mentira - que foi ideia do Batman! - cuja consequência foi... (!!) *eliminar o crime de Gotham*? Esse é o grande padrão moral de Blake?
Como veem, tudo me soou fraco, menor, pobre. Uns erros piorando minha tolerância aos outros, pelo visto, me fizeram cruzar o limiar e a obra desabou pra mim. O resto das pessoas parece ter conseguido se equilibrar numa visão positiva do filme. Minha aposta? Entusiasmo e hype. O futuro dirá que esse é outro Matrix Revolutions, outro Spiderman 3.
E, claro, as revelações bombasticaralhas do fim: Talia! Robin! Batman (milagrosamente) não morreu! (e ainda ganhou estátua) Depois de 2h30min da aporrinhação acima, só deu pra rir da pretensão.
E, muito claro, acho o Batman anterior (Coringa) uma obra-prima nota 10. Esse? Nota 3. Ainda tem um vago sabor de Batman, apesar de tudo... (além disso, acho o Batman Begins um 8).
Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge
4.2 6,4K Assista AgoraMatem-me. Mas eu prefiro a (perfeita) eficácia lúdica de Avengers do que a (mal realizada) burocracia séria de The Dark Knight Rises, com sua pseudo-sofisticação. Estou chocado. É um filme... RUIM! :O
Um longo spoiler com meus porquês:
Inutilmente complexo. Cansativo. Ação confusa e pouco inspirada. Caos irritante com música épica forçando a barra, foi o que vi. Batman? Só em duas cenas de boxe. Um romance absurdo vindo do nada. Um vilão completamente inexpressivo (ñ só literalmente), com história e motivações patéticas e repetidas (simplesmente resgataram o pouco de ruim que havia no primeiro filme e tornaram isso o centro do filme e da trilogia). Final: o ultra-clichê de evitar a explosão da bomba que destruirá a cidade, com direito a cronômetro e solução de última hora. Fucking putz.
Imperdoável: vilão que perde, após ter a vitória 200% na mão, pela simples frescura de 'saborear a vitória' (tentaram tornar isso respeitável como sendo 'a filosofia do vilão', mas não dá pra fazer mágica com uma premissa tão ruim, típica do Esqueleto do He-Man). Aliás, o pior plano de vilão ever: destruir a cidade mas antes "dar esperança às vítimas". E como? Deixando a cidade destruída, bloqueada e aterrorizante, libertando milhares de assassinos e psicopatas. Genial. E por quanto tempo? 5 meses! Tempo *exato* para o Batman, que devia ter ficado tetraplégico, malhar e se fortalecer (numa tosca 'prisão aberta' onde mal havia alimentação pra sobreviver) e ouvir a dica ridícula (que o Mestre dos Magos, após meses de enrolação, teve a boa vontade de falar sem rodeios) de como escapar de um lugar do qual até uma criança escapou com um simples salto! É inconcebivelmente ruim: todo o papo-furado pseudosofisticado (e há muito dele) não maquia o ridículo dessa trama.
Mais clichês e problemas? Pessoas cruciais salvas no último segundo: duas ou três vezes. Batman a pé, tentando resolver tudo no braço (seu papel concreto de herói se resume a isso aqui, e mal, porque ele perde os dois confrontos!). Além do mais, as lutas são contextualmente absurdas: se o objetivo é matar o Bane, sair no braço com ele - além de simplesmente ir visitá-lo no esgoto com uma ladra- é obviamente a pior ideia possível. E a mulher-gato, com um simples tiro, provou ter um QI acima de 50 nesse ponto (ao contrário do herói). Pela primeira vez, aliás, achei um herói fantasiado deslocado e ridículo.
Mais: Policiais 'bravamente' (leia-se, estupidamente), indo em direção às balas. Um veículo voador que foge ao realismo da trilogia (comecei a achar o filme ruim quando ele apareceu: de repente parecia um filme do Michael Bay), e é a solução Ex Machina para salvar o dia no último minuto. Péssimo. Batman se fodendo porque confia numa ladra dissimulada (que já lhe roubara duas vezes). Putz. Ela o deixa pra morrer. Aí ele vai e confia de novo! Puta que o pariu. E dá certo!! Não fode, Nolan. Não satisfeito, ainda faz ela virar a gratuita namorada do Batman.
Pouco tempo para desarmar uma bomba? Vamos fazer um morcego gigante de fogo, olímpico, no alto de um prédio! E os diálogos profundos? "- Veio aqui se foder de vez na minha mão, Bátema?", "- Não! Eu vim aqui te matar! Aaaaahhh!" Era tudo o que se esperava após os inesquecíveis duelos psicológicos com o Coringa, não?
E Alfred? Foi brilhante esconder de Wayne, no filme passado, o fora da Rachel. Mas SAIR DA VIDA de Wayne por revelar essa verdade? Dramalhão deslocado e inverossímil. O mesmo pode ser dito da bronca de Blake em Gordon: sério? Só porque Gordon contou uma mentira - que foi ideia do Batman! - cuja consequência foi... (!!) *eliminar o crime de Gotham*? Esse é o grande padrão moral de Blake?
Como veem, tudo me soou fraco, menor, pobre. Uns erros piorando minha tolerância aos outros, pelo visto, me fizeram cruzar o limiar e a obra desabou pra mim. O resto das pessoas parece ter conseguido se equilibrar numa visão positiva do filme. Minha aposta? Entusiasmo e hype. O futuro dirá que esse é outro Matrix Revolutions, outro Spiderman 3.
E, claro, as revelações bombasticaralhas do fim: Talia! Robin! Batman (milagrosamente) não morreu! (e ainda ganhou estátua) Depois de 2h30min da aporrinhação acima, só deu pra rir da pretensão.
E, muito claro, acho o Batman anterior (Coringa) uma obra-prima nota 10. Esse? Nota 3. Ainda tem um vago sabor de Batman, apesar de tudo... (além disso, acho o Batman Begins um 8).
2 Coelhos
4.0 2,7K Assista AgoraTinha até esquecido que vi, hehe. Mas é diversão garantida (talvez um pouco estridente pra alguns gostos).