"É provável que Ozu tenha solicitado expressamente aos atores essa interpretação pouco natural e insólita, por julgar que na cena poderiam caber apenas expressões ambíguas e estupefatas, uma vez que nós, seres humanos, quando enfrentamos um acontecimento inesperado, não temos tempo nem preparo para externar nenhum sentimento, de dor, alegria, prazer ou tristeza.
Entretanto, Ozu desestabiliza a narrativa ao subverter as interpretações de pai e filho que ele próprio solicitou aos atores. Foi-lhes subtraída a liberdade de atuação, e os intérpretes, com os olhares vagando sem foco, os rostos voltados para a câmera, repetem poses típicas de fotos comemorativas e acabam por distanciar-se dos papéis de pai e de filho, deixando impressas na película só suas próprias efígies."
-- o anticinema de yasujiro ozu, kiju yoshida
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A Nossos Amores
3.7 53"a tristeza durará para sempre"
Era Uma Vez Um Pai
4.2 17 Assista Agora"É provável que Ozu tenha solicitado expressamente aos atores essa interpretação pouco natural e insólita, por julgar que na cena poderiam caber apenas expressões ambíguas e estupefatas, uma vez que nós, seres humanos, quando enfrentamos um acontecimento inesperado, não temos tempo nem preparo para externar nenhum sentimento, de dor, alegria, prazer ou tristeza.
Entretanto, Ozu desestabiliza a narrativa ao subverter as interpretações de pai e filho que ele próprio solicitou aos atores. Foi-lhes subtraída a liberdade de atuação, e os intérpretes, com os olhares vagando sem foco, os rostos voltados para a câmera, repetem poses típicas de fotos comemorativas e acabam por distanciar-se dos papéis de pai e de filho, deixando impressas na película só suas próprias efígies."
-- o anticinema de yasujiro ozu, kiju yoshida