A presença física, materializada daquelx que se ama torna o sentimento mais louvável, ou melhor, mais real? Segundo o “Ela”, não. E é interessante perceber que essa indagação possui uma causa específica e aplicada ao nosso dia-a-dia; temos a instância do virtual como uma inquestionável forma de interação interpessoal, produtiva e sentimental. E é cada vez mais comum ver essas interações questionadas por pessoas mais pessimistas: “Esse menino não sai do celular/ Só vive no whatsapp.. bla bla”; por que as experiências no mundo inteligível (aqui uma adaptação falha do termo) seriam mais reais ou melhores que aquelas virtuais? Em que a presença de “fato” legitima o sentimento? Para Spike Jonze, em nada. Da mesma forma, quando assistimos a um filme/série, ou lemos um livro, ou somos apresentados à vida ficcional de qualquer forma, a emoção vivenciada é menos válida? A raiva sincera com a morte da personagem queridx, o desconsolo com a perda do amor do ser não existente, são também inexistentes? Para mim não, e aqui estendo um pouco a discussão. Cada namoro que atravessamos não se resume ao prazer sexual/sentimental (ambos oferecidos por Samantha, diga-se de passagem) da presença de quem se ama, mas sim envolve o crescimento inevitável em função da troca de vivências e o prazer de enxergar o mundo pelos olhos dos outros. Outro que aqui surge muito mais como uma concepção do que como uma realidade absoluta. Um amor antigo, já terminado, sofre as influências do subjetivo, a memória reformula, reavalia e reconstrói as percepções sobre o mundo e o ser amado não é diferente. Assim, o sentimento resultante é genuíno ou fruto da contextualização? Esses sentimentos são reais ou frutos alucinógenos de reações químicas? Isso importa? Prefiro pensar como Spike Jonze.
Lindamente executado, é uma lembrança a todos que acham que o cinema brasileiro precisa de salvação que, ele não só vai muito bem, mas talvez seja o público nacional que não saiba valorizar o que possui. Como justificar o fato de este filme não estar incluso nas conversas do meu dia-a-dia? Somente duvidando da capacidade crítica daqueles ao meu redor, e também por eu não tê-lo assistido; erro esse que me prontifico a corrigir. Enfim, simples e belo, "Entre nós" consegue, com diálogos rotineiros e situações extremamente plausíveis, expôr sobre a alma humana o que filmes mirabolantes de tema semelhante não teriam menor capacidade. Passando das expectativas, sonhos e desejos que os adolescentes possuem até a concretização falha destes em seu futuro não tão distante, mas que no calor da juventude parece estar indizivelmente longe. E como é lindo perceber no brilho do olhar de cada ator os resquícios deste presente não desejado, mas que foi aceito com todas as suas dificuldades, Essa é a vida! Este é um ótimo filme!
A morte, como o amor, é sempre nova. O amor é sempre novo para aquele que o vive, por isso os gregos davam a Eros, deus do amor, a face de uma criança. Como eram sábios os gregos. Assim, por ser um acontecimento sempre novo não aprendemos com a morte e não somos vacinados contra ela. Cada morte é um fato irremediável e extremamente necessário. É uma ilusão besta você pensar que, nesse momento, não está morrendo e ,então, o mais sensato que você pode fazer é aceitá-la, como os gregos. Seres humanos são mortais e se distinguem dos demais animais por ter a noção clara de sua falibilidade. Por ser mortal, aceitando-se como ser finito você poderá aproveitar sua vida plenamente. Ou seja, a morte propõe o desafio de pensar a sua própria condição e assim se revela como um instante de vida, é a sua origem e o seu destino como um ser humano que é. E como é interessante pensar que Ramón aceitou a morte como uma amante nova mas sempre presente, titubeando às vezes, mas sempre com o objetivo de reencontrá-la. Seria essa uma postura estranha? Sim, definitivamente não estamos acostumados. Seria errada? Definitivamente não. Um filme que tem falhas por às vezes apelar para o melodrama sem que isso esteja incorporado fielmente à sua proposta, mas como é lindo!!
Com certeza o melhor da "saga", no entanto vale dizer que o livro deve ter prejudicado o filme, a autora foi muito covarde no final, fora os estigmas quase infantis que ela impõe aos brasileiros e russos. Bom... parafraseando Pablo Villaça, assistir a saga é como comer uma torta enorme de estrume só pq lá no meio haverá um pequeno pedaço de caramelo... Um filme mediano dentro de uma pretensa saga sofrível!!
Bom... Não posso deixar de destacar minha sincera decepção!! Gosto muito dos filmes do Tim Burton mas, ao ver esse exemplar, não pude deixar de pensar " que bosta esse cara está fazendo?". O filme consegue sim ir bem até um certo ponto, tirando risadas de grande parte do público com seus gags simples e sinceros, não falha na apresentação das personagens e permanece cativante até o momento em que precisa aprofundar em cada um separadamente. Daí em diante torna-se perceptível apenas o caos e a única dinâmica que torna o filme minimamente interessante dá-se no envolvimento de Barnabas (Depp) e Angelique (Eva Green). Não por incompetência dos outros atores, mas por culpa de um roteiro fraco que não une os elos e não consegue convencer o telespectador da utilidade de grande parte da família collins. Bom, não sou nenhum expert em filmes mas tive que deixar minha opinião (fiquei muito chateado com o filme). Quem quiser discutir civilizadamente, eu aceito!!!
Ela
4.2 5,8K Assista AgoraA presença física, materializada daquelx que se ama torna o sentimento mais louvável, ou melhor, mais real? Segundo o “Ela”, não. E é interessante perceber que essa indagação possui uma causa específica e aplicada ao nosso dia-a-dia; temos a instância do virtual como uma inquestionável forma de interação interpessoal, produtiva e sentimental. E é cada vez mais comum ver essas interações questionadas por pessoas mais pessimistas: “Esse menino não sai do celular/ Só vive no whatsapp.. bla bla”; por que as experiências no mundo inteligível (aqui uma adaptação falha do termo) seriam mais reais ou melhores que aquelas virtuais? Em que a presença de “fato” legitima o sentimento? Para Spike Jonze, em nada.
Da mesma forma, quando assistimos a um filme/série, ou lemos um livro, ou somos apresentados à vida ficcional de qualquer forma, a emoção vivenciada é menos válida? A raiva sincera com a morte da personagem queridx, o desconsolo com a perda do amor do ser não existente, são também inexistentes? Para mim não, e aqui estendo um pouco a discussão. Cada namoro que atravessamos não se resume ao prazer sexual/sentimental (ambos oferecidos por Samantha, diga-se de passagem) da presença de quem se ama, mas sim envolve o crescimento inevitável em função da troca de vivências e o prazer de enxergar o mundo pelos olhos dos outros. Outro que aqui surge muito mais como uma concepção do que como uma realidade absoluta. Um amor antigo, já terminado, sofre as influências do subjetivo, a memória reformula, reavalia e reconstrói as percepções sobre o mundo e o ser amado não é diferente. Assim, o sentimento resultante é genuíno ou fruto da contextualização? Esses sentimentos são reais ou frutos alucinógenos de reações químicas? Isso importa?
Prefiro pensar como Spike Jonze.
Entre Nós
3.6 619 Assista AgoraLindamente executado, é uma lembrança a todos que acham que o cinema brasileiro precisa de salvação que, ele não só vai muito bem, mas talvez seja o público nacional que não saiba valorizar o que possui. Como justificar o fato de este filme não estar incluso nas conversas do meu dia-a-dia? Somente duvidando da capacidade crítica daqueles ao meu redor, e também por eu não tê-lo assistido; erro esse que me prontifico a corrigir.
Enfim, simples e belo, "Entre nós" consegue, com diálogos rotineiros e situações extremamente plausíveis, expôr sobre a alma humana o que filmes mirabolantes de tema semelhante não teriam menor capacidade. Passando das expectativas, sonhos e desejos que os adolescentes possuem até a concretização falha destes em seu futuro não tão distante, mas que no calor da juventude parece estar indizivelmente longe. E como é lindo perceber no brilho do olhar de cada ator os resquícios deste presente não desejado, mas que foi aceito com todas as suas dificuldades,
Essa é a vida! Este é um ótimo filme!
Mar Adentro
4.2 607A morte, como o amor, é sempre nova. O amor é sempre novo para aquele que o vive, por isso os gregos davam a Eros, deus do amor, a face de uma criança. Como eram sábios os gregos. Assim, por ser um acontecimento sempre novo não aprendemos com a morte e não somos vacinados contra ela. Cada morte é um fato irremediável e extremamente necessário. É uma ilusão besta você pensar que, nesse momento, não está morrendo e ,então, o mais sensato que você pode fazer é aceitá-la, como os gregos. Seres humanos são mortais e se distinguem dos demais animais por ter a noção clara de sua falibilidade. Por ser mortal, aceitando-se como ser finito você poderá aproveitar sua vida plenamente. Ou seja, a morte propõe o desafio de pensar a sua própria condição e assim se revela como um instante de vida, é a sua origem e o seu destino como um ser humano que é. E como é interessante pensar que Ramón aceitou a morte como uma amante nova mas sempre presente, titubeando às vezes, mas sempre com o objetivo de reencontrá-la. Seria essa uma postura estranha? Sim, definitivamente não estamos acostumados. Seria errada? Definitivamente não. Um filme que tem falhas por às vezes apelar para o melodrama sem que isso esteja incorporado fielmente à sua proposta, mas como é lindo!!
A Saga Crepúsculo: Amanhecer - Parte 2
3.0 4,0K Assista AgoraCom certeza o melhor da "saga", no entanto vale dizer que o livro deve ter prejudicado o filme, a autora foi muito covarde no final, fora os estigmas quase infantis que ela impõe aos brasileiros e russos. Bom... parafraseando Pablo Villaça, assistir a saga é como comer uma torta enorme de estrume só pq lá no meio haverá um pequeno pedaço de caramelo... Um filme mediano dentro de uma pretensa saga sofrível!!
Abraham Lincoln: Caçador de Vampiros
3.0 2,2K Assista AgoraA mais destilada bosta!!!
Sombras da Noite
3.1 4,0K Assista AgoraBom... Não posso deixar de destacar minha sincera decepção!! Gosto muito dos filmes do Tim Burton mas, ao ver esse exemplar, não pude deixar de pensar " que bosta esse cara está fazendo?". O filme consegue sim ir bem até um certo ponto, tirando risadas de grande parte do público com seus gags simples e sinceros, não falha na apresentação das personagens e permanece cativante até o momento em que precisa aprofundar em cada um separadamente. Daí em diante torna-se perceptível apenas o caos e a única dinâmica que torna o filme minimamente interessante dá-se no envolvimento de Barnabas (Depp) e Angelique (Eva Green). Não por incompetência dos outros atores, mas por culpa de um roteiro fraco que não une os elos e não consegue convencer o telespectador da utilidade de grande parte da família collins. Bom, não sou nenhum expert em filmes mas tive que deixar minha opinião (fiquei muito chateado com o filme). Quem quiser discutir civilizadamente, eu aceito!!!
Os Vingadores
4.0 6,9K Assista AgoraApós os créditos: Será que aquele é o Thanos?... Confirma produção?? Prevejo um próximo filme bem legal, e com a manopla do infinito!!