O espetáculo de imagem traz a tragédia do naufrágio na Rota da imigração clandestina
Fogo no Mar retrata a chegada de refugiados na ilha italiana de Lampedusa. O lugar contrasta de forma brusca realidades sociais e culturais particulares. Enquanto europeus se direcionam a ilha para passar férias, imigrantes ilegais chegam através do Mar Mediterrâneo. Boa parte dos refugiados vem do continente Africano ou do Oriente Médio, tentando desesperadamente a sobrevivência longe das guerras. Com imagens semelhantes ao documentário de Sebastiao Salgado, O Sal da Terra, Gianfranco Rosi desperta curiosidade em quem assiste ao documentário. São imagens impecáveis, demonstrando através de olhos extremamente estéticos a história que os jornalistas locais não se detiveram em 2013. O diretor trouxe aos olhos uma história real, trágica e emergencial, demonstrado através de uma película o véu que encobre o profundo vale da politica. E dos assuntos econômicos vindo da rotatividade do turismo e a luta pela permanência de alguns costumes dos moradores. Entre o desconforto de permanecer olhando as cenas chocantes, o sentimento de ignorância, quanto a aspectos graves, que são cotidianamente anulados por reportagens unilaterais. Utilizando o recurso de repartir o documentário em duas vertentes, o diretor foi feliz na escolha. Ao assistir entende-se a complexidade dos temas e o quão representativo cada imagem se torna. Embora a linguagem visual não humanizasse cada personagem imigrante, a mensagem passada é de que até quando alguém dá voz aquelas vítimas, elas são sobre postas pela paisagem e riqueza e detalhes do ambiente, ou até da beleza de seus traços físicos. É como se diante de tantos artifícios naturais, o telespectador, assim como os turistas esquecessem a presença dos refugiados e se apeguem à estética. No outro lado da história está a vida pacata representada muito bem quando uma idosa acompanha o noticiário enquanto cozinha. A importância de documentários como este é trazer uma forte voz a rotinas dispensadas pela grande imprensa. Fortes combates e ondas de preconceito são espalhados dia após dia. Fogo no Mar é um grito de socorro. O relato do acontecimento marginalizado para não despertar revoltas e anular a economia local. Entre tanta riqueza, a pobreza é protagonizada como imigrantes, que por estarem longe de seu habitat, de sua língua nativa precisam de tradutores para serem entendidos. Com certeza esse documentário traduziu acontecimentos silenciados.
Os efeitos sonoros são maravilhosos. A angústia que ele sente em uma das cenas é transmitida na rapidez de tragar o cigarro, mas muito mais pelo barulho da pá transferindo as pedras para outro local.
Entre milhares de crítica sobre montagem, roteiro padronizado, falas curtas, vai a minha "crítica" sobre o filme. Acho que o principal exercício quando as luzes do cinema iluminam o caminho para saída, é se perguntar: "o que o filme quis passar?" O que eu entendi ou pude analisar nas entrelinhas? Batman x Superman pode ser um filme "modinha", "para fãs da DC" e outros rótulos. Mas demonstra o poder que as informações mal encaixadas desenvolvem. Metade das lutas do filme, quase todo enredo gira ao redor de diálogos não terminados. Na analise do filme, a mídia tem um forte papel. Lois Lane, que ganhou uma versão ruiva, consegue construir a imagem (positiva) do Superman; o Batman coloca isso em cheque, em uma das cenas. Nota, 4.0.
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Fogo no Mar
3.2 69 Assista AgoraO espetáculo de imagem traz a tragédia do naufrágio na Rota da imigração clandestina
Fogo no Mar retrata a chegada de refugiados na ilha italiana de Lampedusa. O lugar contrasta de forma brusca realidades sociais e culturais particulares. Enquanto europeus se direcionam a ilha para passar férias, imigrantes ilegais chegam através do Mar Mediterrâneo. Boa parte dos refugiados vem do continente Africano ou do Oriente Médio, tentando desesperadamente a sobrevivência longe das guerras.
Com imagens semelhantes ao documentário de Sebastiao Salgado, O Sal da Terra, Gianfranco Rosi desperta curiosidade em quem assiste ao documentário. São imagens impecáveis, demonstrando através de olhos extremamente estéticos a história que os jornalistas locais não se detiveram em 2013.
O diretor trouxe aos olhos uma história real, trágica e emergencial, demonstrado através de uma película o véu que encobre o profundo vale da politica. E dos assuntos econômicos vindo da rotatividade do turismo e a luta pela permanência de alguns costumes dos moradores. Entre o desconforto de permanecer olhando as cenas chocantes, o sentimento de ignorância, quanto a aspectos graves, que são cotidianamente anulados por reportagens unilaterais.
Utilizando o recurso de repartir o documentário em duas vertentes, o diretor foi feliz na escolha. Ao assistir entende-se a complexidade dos temas e o quão representativo cada imagem se torna. Embora a linguagem visual não humanizasse cada personagem imigrante, a mensagem passada é de que até quando alguém dá voz aquelas vítimas, elas são sobre postas pela paisagem e riqueza e detalhes do ambiente, ou até da beleza de seus traços físicos. É como se diante de tantos artifícios naturais, o telespectador, assim como os turistas esquecessem a presença dos refugiados e se apeguem à estética.
No outro lado da história está a vida pacata representada muito bem quando uma idosa acompanha o noticiário enquanto cozinha.
A importância de documentários como este é trazer uma forte voz a rotinas dispensadas pela grande imprensa. Fortes combates e ondas de preconceito são espalhados dia após dia. Fogo no Mar é um grito de socorro. O relato do acontecimento marginalizado para não despertar revoltas e anular a economia local. Entre tanta riqueza, a pobreza é protagonizada como imigrantes, que por estarem longe de seu habitat, de sua língua nativa precisam de tradutores para serem entendidos. Com certeza esse documentário traduziu acontecimentos silenciados.
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Para Minha Amada Morta
3.5 95 Assista AgoraOs efeitos sonoros são maravilhosos. A angústia que ele sente em uma das cenas é transmitida na rapidez de tragar o cigarro, mas muito mais pelo barulho da pá transferindo as pedras para outro local.
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Batman vs Superman - A Origem da Justiça
3.4 5,0K Assista AgoraEntre milhares de crítica sobre montagem, roteiro padronizado, falas curtas, vai a minha "crítica" sobre o filme.
Acho que o principal exercício quando as luzes do cinema iluminam o caminho para saída, é se perguntar: "o que o filme quis passar?" O que eu entendi ou pude analisar nas entrelinhas? Batman x Superman pode ser um filme "modinha", "para fãs da DC" e outros rótulos. Mas demonstra o poder que as informações mal encaixadas desenvolvem. Metade das lutas do filme, quase todo enredo gira ao redor de diálogos não terminados. Na analise do filme, a mídia tem um forte papel. Lois Lane, que ganhou uma versão ruiva, consegue construir a imagem (positiva) do Superman; o Batman coloca isso em cheque, em uma das cenas. Nota, 4.0.
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