Renan Spies

"I need you more than dope...".

Uma das melhores fotografias que já vi na minha vida. Enredo um pouco atropelado - também, imagine apertar todo universo de Tolkien nas telinhas? -, mas bem cativante e emocionante. Um ótimo filme para se gastar três horinhas!

Talvez um dos melhores filmes indicados ao óscar. Enredo bem coerente e original, atuações impecáveis e ótima fotografia. Apesar de, ainda não entrar na minha cabeça, o fato de alguém achar saudável o amor entre uma pessoa e um software. Por mais que não possamos controlar nossos sentimentos, parece-me que Samantha e todos os outros "O.Ss" foram feitos para suprir a falta de maturidade das pessoas daquela época para com os relacionamentos interpessoais. Parece-me, também, que é uma crítica fortíssima ao jeito como levamos a vida, hoje, e o que o futuro trará. O próprio trabalho de Theodore é uma prova disto: ele escreve cartas que deveriam ser pessoais para estranhos, quase como se ele vivesse a vida de outras pessoas. Fora a incapacidade dele esquecer a "ex" e seguir em frente... Acho, também, que Samantha não sabia o que era amar. Bem, poderia passar horas escrevendo o porquê de eu achar que Samantha não sabia, nem de perto, o que era amar alguém, mas vou tentar simplificar: amar alguém é olhar para uma alma e separá-la da multidão. É enxergar alguém no banal e transformar aquilo no sentido da sua vida, por mais frívolo e pueril que pareça. É transformar o clichê na coisa mais original, o piegas na coisa mais natural e... Ah! Talvez palavras não descrevam, suficientemente, o que é. Theodore sabia o que era! Samantha era "Ela" para ele. Já ele era só mais "um" para ela...