Ricardo Pasqual

Nooossa, filme clássico da infância, nem lembrava que tinha assistido e quando vi aqui, voltou tudo à memória. Nem assisti recentemente pra saber se continua bom cinematograficamente, mas com certeza foi marcante.

“Tudo poderia ter sido qualquer outra coisa e teria o mesmo significado.”

Escolhas, escolhas, escolhas.... o que escolher, como escolher... sorte, razão, paixão? E o tempo? Essa maldita 4ª dimensão...

Mas e se... e se...

"Sr. Ninguém" trata de um jeito absurdamente incrível a questão das escolhas na vida, dos mundos inexistentes em nossa mente, do medo, do amor, do pensamento racional e irracional, do universo, do tempo... o que seria se pudéssemos viver tudo ao mesmo tempo, ver todos os momentos? Lembrar não só do passado, mas lembrar do futuro... saber o caminho de todas as escolhas...

O surrealismo onírico lembra um pouco “Brilho Eterno de uma Mente Sem Lembranças” e constrói inúmeras realidades paralelas de acordo com as escolhas do protagonista. Tudo com imenso cuidado e significados metafóricos atrás de cada cena...

Afinal... existe caminho errado na vida?

A poesia do curta é excelente, cheia de significados. A enfermidade de Francisco, os dramas do amor, sua paixão pela fotografia... tudo como metáforas que funcionam lindamente.