Luiza Braga

Esse filme foi uma surpresa. Mas foi realmente uma surpresa boa pra mim.

Não existe crítica de qualquer monstro de análise cinematográfica faça que diminua Batman vs Superman pra mim, até porque, convenhamos, assistir o que te agrada é mil vezes mais poderoso que seguir meia dúzia de palavras bonitas sobre detalhes. Pablo Villaça, por exemplo, quem eu gosto muito, citou que o filme era longo e isso era muito perceptivo: eu me espantei quando ele citou que a obra tinha 2h40 de duração porque eu não senti. Estava tão vidrada em desvendar cada pedaçinho, encaixar pedaços, achar os easter eggs que o tempo se foi. O filme foi feito pro fã da DC se entreter com suas minimas referencias.

Ben Affleck conseguiu realizar meu sonho ao surpreender cada um que duvidava de seu talento para o papel. Nunca o exaltei, mas também não critiquei... eis que ele se apresenta impecável. Henry também tem um desempenho muito bom, como as moças Amy e Gal. Ah, Gal, que Mulher Maravilha! O Lex Luthor que me incomodou no início, pois nunca tinha o visualizado daquela forma, mas dando uma chance e descobrindo que realmente houve um Lex parecido com aquele, nós temos um personagem interessantemente afetado por sua loucura - afinal, quem ali não é maluco? The joke is on you, HAHA.

As cores me pareceram até muito propícias, são aliadas ao estilo usado na atual série Gotham e nos jogos Batman Arkham. O filme me pareceu muito bem ambientado, na verdade. O roteiro talvez tenha sido cansativo para alguns, pois a história se desenvolve dando voltas nas nossas cabeças, e depois, aos poucos vai revelando suas verdades e criando uma certa expectativa para os próximos filmes. Vão sanando dúvidas e criando outras.

Sou suspeita para falar desse filme, anyway.

VIVA O FANSERVICE!

Essa mini mexeu muito comigo.

Os episódios são muito longos, te obrigam a sentar e ver tim-tim por tim-tim deles. O primeiro não me trouxe algo forte que me impulsionasse a continuar além da curiosidade natural, o segundo apresentou mais ritmo, mais emoção e então a obra como um todo se transformou numa jornada que eu fiquei honrada de participar: acompanhamos Logan Mountstuart durante sua vida conturbada, cheia de boa e má sorte, instabilidade, amores e crescimento intenso. Viajamos por vários países, vários idiomas, encontramos ícones do século passado, momentos importantes da história e testemunhamos babaquices e heroísmo daquele que se tornou amigo e confidente. Refletir a vida e suas fases é o ponto principal dessa sensível produção, adaptada pelo autor do livro.

A escolha de casting foi fantástica. Todos os atores, principalmente os que deram vida ao Logan marcaram a obra com atuações lindas. A sacada da constante cena do lago, onde Mountstuart se encontra com ele mesmo em todas ás épocas certamente vai ficar na minha memória para sempre.

Divertido, triste, sensível e simples, Any Human Heart me fez já garantir a cópia do livro homônimo. Tenham paciência para se apaixonar por essa história.

"Life is all about luck. In the end, that's all there is. The good luck and the bad luck you've had"

Little Ashes não é o melhor filme que já assisti ou o mais bem feito, mas conseguiu me tocar profundamente.

Como muitos disseram, senti falta do trabalho do Dalí, nesse aspecto houve um destaque pouco maior para a produção artística de Lorca. Os dois são artistas fantásticos, então toda aparição é válida. Gostei de conseguirem, através dessa interseção do Salvador e Federico, mostrar bem duas histórias, fora da Magdalena e do Louis. Também é interessante ver o efeito desse romance praticamente platônico entre os dois e o impacto deste na obra, vida e relações sociais de ambos. Eu assisti por ser apaixonada por Dalí e fã dos trabalhos do Robert Pattinson. Acabei drasticamente cativada pelo Federico, gostei bastante do ator que o interpretou, na verdade.

Eu não conheço a fundo a vida do Salvador para criticar fortemente o jeitão representado no início da faculdade (e algumas pessoas estão reclamando do Rob sem conhecerem esse detalhe também), mas confesso que me assustei em ver o Pattinson nesse papel. Não tenho certeza se encaixou bem, embora seja claro que no avançar do filme a gente se acomode e ele se torne um bom Dalí sim, principalmente quando o Salvador que conhecemos no geral toma forma. Ele passou a convencer muito bem, e mesmo assim, vamos contar que foi um dos primeiros trabalhos de destaque do cara.

Gostei da produção e iniciativa dos órgãos culturais da Espanha pelo trabalho. Dá pra ver que não é a maior superprodução hollywood porque não é exatamente isso que propõe o longa. É um filme que, acredito eu, não tenha enorme orçamento, mas sim venha com a proposta de retratar uma geração importante para a história espanhola de uma forma diferente, misturando efeitos de seu regime (um tabu pra qualquer país), homossexualidade e mostrando suas joias raras e, descordando de alguns, pra mim, de jeito ou de outro, é uma biografia... então paciência e paixão são necessários.

O filme me arrancou emoções em dois momentos: (REAL SPOILER!)

Levou minha marquinha de favorito por me cativar apesar de qualquer falha (mas por causa dessas minha nota foi dura).